Redenção

Ficwriter: Diadorim

Fandom: Thor e Vingadores

Personagens: Loki, Thor, Sigyn, Tony Stark, Steven Rogers, Bruce Banner, Natasha Romanov, Clint Barton, Sif, Fandral, Volstagg, Hogun, Frigga, Odin, Thanos

Essa fanfic ocorre após os acontecimentos dos Vingadores 1, ignorando totalmente A Era de Ultron. Muitos detalhes são retirados da minha fanfic Até o fim (não terminada, um dia, talvez…), mas não é necessário lê-la, tudo será explicado novamente, como uma fanfic independente.

Cap. 1

Ele observava, com cuidado, a situação a sua frente. Havia muita agitação, pessoas andavam de um lado para o outro, vestidas de uniforme azul ou com jaleco branco, atendendo as emergências que iam aparecendo. Surgiam macas empurradas com pressa através de portas, balões de oxigênio eram requeridos, soros eram aplicados na pressa de salvar vidas.

E ele observava.

E andou mais um pouco, até uma ala mais reservada. Em uma placa, tinha os dizeres: Oncologia. A equipe médica caminhava em cuidadoso silêncio, muitas cabeças baixas, e visitantes chorosos. Ele viu um dos pacientes, uma criança, sair andando com um enfermeiro e o soro que a alimentava ao lado.

A si mesmo se viu em um espelho num balcão de atendimento: baixo, magro, cabelos ruivos, máscara de proteção, roupas azuis de enfermagem. As câmeras daquela ala registravam tudo, mas era um simples enfermeiro cobrindo plantão. Quem desconfiaria?

Ele foi caminhando para um dos quartos dos pacientes e, pelo visor na porta, notou que havia duas crianças em suas camas e nenhum enfermeiro por perto. Era sua oportunidade. Entrando sorrateiramente, lá estava ele de frente a primeira criança. A aparência debilitada dela o comoveu ainda mais, incentivando-o na ação que faria logo em seguida. Estendendo suas mãos, pairou sobre o topo da cabeça dela e algo se iluminou de forma rápida. A criança murmurou qualquer coisa, sonolenta, e abriu os olhos devagar, vendo aquela figura estranha a sua frente. – Quem é você? – perguntou em voz frágil. - Onde está Harry?

-Sou seu novo enfermeiro, - disse em sua voz rouca. – Está melhor?

A criança deu de ombros, voltando a dormir. Ele sorriu, dirigindo-se para a próxima criança e realizando o mesmo ato. Esta, no entanto, nem acordou, permanecendo a dormir pesadamente. Era melhor assim.

Saindo com pressa do quarto, foi aos outros, um por vez, realizando os mesmos procedimentos. Conseguiu terminar tudo quase ao amanhecer e nenhuma das pessoas da equipe notou aquela figura estranha atuando de forma esquisita na ala infantil do hospital.

~o ~

Sede da S.H.I.E.L.D.

-Senhor, não há vestígios dessas pessoas. Verificamos as câmeras, analisamos os rostos cobertos, mas não conseguimos fazer o reconhecimento de nenhuma delas. Elas também não deixaram rastros como impressões digitais ou fios de cabelos. É como se não existissem!

Ao ouvir esse relatório, Nick Fury suspirou pesadamente. Refletiu sobre a situação mais uma vez: havia pessoas entrando em hospitais, disfarçadas de enfermeiros, e curando todas as pessoas pelas quais tinham contato, e desapareciam sem deixar nenhum vestígio. – Um roteiro de filme barato, - murmurou aborrecido. As coisas estavam fora de controle, e ele odiava quando não podia controlar algo. Os agentes já trabalharam para abafar o caso e, por enquanto, a notícia não havia vazado para o público.

– A polícia de Nova York passou essa tarefa para nós, agente Hill. Ninguém descobriu, até agora, quem são esses visitantes misteriosos. Suspeitam que sejam alienígenas, ou apenas um, novamente. Por isso nós estamos à frente das investigações. E vamos realizar o reconhecimento! Podemos pensar na área de atuação, Hill. Cidade de Nova York. E é dentro de algum perímetro?

A agente checou os dados da investigação e, após analisá-los, sua expressão mudou. – Senhor, isso é estranho.

-O quê é estranho, agente?

Ela franziu a testa. – É o mesmo perímetro da batalha de Nova York. Coincide, pelo menos.

O diretor da S.H.I.E.L.D. esfregou a testa, no ápice de seu aborrecimento. – Não me diga isso...!

-Sinto, senhor. Talvez devamos checar com Thor sobre o prisioneiro Loki.

Ele suspirou novamente. – Isso que eu temia. Lidar com Asgard novamente.

~o ~

Torre Stark

O tubo de ensaio foi colocado no agitador junto com os outros e a máquina foi acionada, obtendo logo uma reação das soluções. – Adicione mais 0,5 ml de sulfato de cobre com essa substância e veremos o resultado, - instruiu Bruce Banner a sua equipe. – Vejam a temperatura, talvez subir em 15º.F.

O laboratório era de última geração, cortesia da torre Stark, com uma equipe de especialistas de alto nível, o que o dinheiro e prestígio de Anthony Stark poderiam comprar. Banner poderia contar, também, com robôs serviçais que ajudavam em muitas tarefas de suas pesquisas.

E eram muitas.

E uma delas era descobrir como se livrar do Hulk. Ele perdeu as contas de quantas vezes extraiu seu sangue, sangue de sua medula óssea, mapeamento de DNA, amostras de tecidos de vários órgãos, tomografias, tudo que fosse possível para mapear o monstro em seu corpo, onde ele começava e onde terminava. O resultado, até o momento, apontava sempre para a mesma conclusão: Hulk e Dr. Banner estavam irremediavelmente misturados.

Diante desses resultados, ele pensou em desistir diversas vezes, sair andando por aí, sem rumo, morrer de fome, aí então os dois poderiam ser dissociados e livres. Mas ele sabia que Hulk não deixaria, antes assumiria por completo a condução de sua vida, talvez para sempre. E era isso que ele mais temia, que o monstro protagonizasse de vez o seu destino.

-Terminamos, Dr. Banner, - disse Kate Johnson, configurando o computador no modo automático. – Amanhã teremos a resposta da solução a 1500º. F. Esperamos que seja positivo, - e ela sorriu para ele.

Bruce pigarreou, ajeitando os óculos. – Tudo bem, Srta. Johnson. Amanhã continuaremos. Toda equipe, deixem tudo no modo stand by. Podem ir, já está tarde.

Laboratório esvaziado, Bruce sobe mais alguns andares, chegando ao andar onde habitava. Foi mais um dia cansativo, cansativo e inútil. Ele afrouxou sua gravata, retirando-a num só gesto, e jogou sua camisa no chão com força, fazendo o mesmo gesto com os sapatos e as calças. Inútil!

Após tomar seu banho e se vestir, ele foi até a área comum, dirigindo-se até a cozinha. Lá já estavam Tony e Steve, discutindo sobre alguma bobagem. Eles olhavam o ipad de Stark e este mostrava algo certamente escandaloso, segundo o olhar de Rogers. – Isso não é certo, Tony!

-Vai por mim, Picolé. Elas gostam!

A expressão do capitão demonstrava profundo desgosto pelo tempo presente. – Jesus...

-Não, Jesus não gosta, Steve, não diga blasfêmias! – E Tony tinha um imenso sorriso nos lábios.

Um barulho metálico soou pelo ar, um aviso claro que Jarvis falaria algo. – Senhor, Nick Fury na linha.

Tony franziu a testa. – Diga para ele que estamos jantando. Que é deselegante interromper.

-Ele diz que é urgente, senhor.

-Peça definição de urgência, Jarvis.

Alguns segundos se passaram e Jarvis retornou a falar. – Senhor, ele diz que é sobre Loki.

Todos os três pararam o que faziam, olhando uns para os outros. – Loki? – perguntou Bruce estupidamente.

-O nosso saudoso Loki? – indagou Tony.

-O irmão do Thor... - balbuciou Steve.

Quando Fury, finalmente, pode conversar com Stark, explicitou o tamanho do problema que tinham. – Ele pode estar por aí aprontando alguma coisa contra a população da cidade de novo. As pessoas aparentemente curadas estão sendo submetidas a vários testes, pois ele pode ter incutido nelas algum rastreador ou epidemia programada. Não sabemos ainda.

-E quanto a Thor? – perguntou o engenheiro. – Ele disse se o irmão fugiu?

-Conseguimos falar com nosso contato com Asgard, o guardião deles, e Heimdall já nos adiantou que Loki não se encontra em Asgard.

-Como? – Banner tentou não se irritar além do seu limite. – Quando foi isso? E por que ninguém nos avisou?

-Isso que quero descobrir, Dr. Banner. – A voz de Fury estava rouca. – O mais interessante é que o tempo que ele está desaparecido de Asgard é o mesmo tempo em que começaram as tais curas suspeitas.

-Precisamos falar logo com Thor, - disse Steve. – Ele nos deve explicações.

-Já o convoquei, Capitão, - disse Fury. – Amanhã, às 10h, na sede da S.H.I.E.L.D., gostaria que vocês e agentes Barton e Romanov estivessem lá para uma reunião com o deus de Asgard. Precisamos de respostas. – Ele fez uma pausa. - Dependendo delas, poderemos entrar em guerra novamente.

~o ~

A sala de reunião da S.H.I.E.L.D. reuniu os vingadores juntamente com o diretor Fury e os agentes Hill e Coulson. Thor foi o último a aparecer, vestido com imponência e ladeado por outros dois guerreiros que se identificaram como Fandral e Volstagg. – São de confiança.

-Tudo bem, Thor, - disse Fury olhando-o com seu olho bom. – Estamos com problemas, como deve ter adiantado seu guardião. Gostaríamos de saber a posição do prisioneiro Loki no momento.

O príncipe olhou para todos os presentes com expressão consternada. – Não sabemos, diretor Nicholas. Meu irmão ficou ensandecido e fugiu das masmorras.

Fury tomou uma longa respiração antes de continuar. – E como ele fugiu?

-Não temos certeza, mas desconfiamos que foi com a ajuda de nossa guardiã das maçãs.

Todos se entreolharam e Tony soltou uma gargalhada. – Eu sabia que maçãs tinham um componente perigoso. Não podiam ser tão saudáveis!

Natasha olhou severamente para ele, que se calou com olhar irônico.

-Conte o que aconteceu, Thor. – pediu Bruce suavemente. – Do início, desde que Loki saiu aqui da Terra.

O guerreiro suspirou, como se tentasse ganhar coragem. Fandral assentiu com a cabeça dando apoio ao amigo. – Conte tudo, Thor.

-Sim, amigos. Contarei. Como bem sabem, meu irmão Loki foi capturado após os ataques a essa vila. – Tony rolou os olhos. – Quando chegamos a Asgard, ele foi recebido pela guarda real e levado até nosso pai, o rei. Odin promulgou a sentença e Loki teria de cumprir sua pena por 500 anos. Muitos Conselheiros protestaram, acharam o tempo muito pouco, alguns acusaram meu pai de favoritismo. Mas o rei não voltou atrás. Enquanto isso, minha mãe foi visitando Loki e notando alguma coisa de diferente nele. Ela achava que ele fora enfeitiçado, porém não tinha certeza como e nem o grau do feitiço. Então, ela solicitou os favores de Lady Freya para investigação, com o aval de nosso Conselho e do rei, e elas descobriram que Loki foi realmente enfeitiçado no tempo em que ele esteve com Thanos e após isso, na batalha de Midgard. Meu irmão, amigos, nunca esteve em sã consciência ao roubar o Tesseract e nem quando convocou os chitauri para destruição. Isso tudo foi manipulação de Thanos.

-Besteira! – chiou Barton. – Ele é um bastardo manipulador, quem garante que não está manipulando vocês para pensarem assim?

-Amigo Barton, peço que não fale assim de um príncipe de Asgard. E os poderes de minha mãe, Rainha Frigga, e de Lady Freya não devem ser contestados.

-Isso é loucura! – disse Steve. – Estávamos combatendo um homem inocente?

Tony bufou. – Esse homem inocente me lançou do alto da Torre Stark!

-Amigos, - tornou o asgardiano, - Loki não fez nada por sua vontade. Thanos tinha sua mente e suas ações com intuito de fundar um domínio aqui em Midgard.

-Thor, - pediu Natasha, - você disse no início que ele fugiu das masmorras. Ele ainda estava preso, mesmo com essas revelações?

O príncipe abaixou a cabeça, constrangido. – O rei não acreditou de imediato. Ele estava julgando o caso juntamente com o Conselho. Loki, com a consciência recuperada, entrou em desespero ao ver onde estava e fugiu.

-Nem o próprio pai acreditou... – resmungou Barton.

Natasha pigarreou. -Há alguma história antes disso? Quer dizer, como Loki foi ter contato com Thanos? É comum isso em seu reino?

-Não é comum, Lady Romanov. – E calou-se.

-Você havia dito, na época – disse Steve, - do exército chitauri e que ele liderava. Como soube disso?

O asgardiano olhou para seus guerreiros e baixou a cabeça. – Nosso guardião nos disse algumas coisas. Ele tem visão além do limite dos reinos. Tudo que não for encoberto por magia ele pode ver.

-Ele sabe onde está Loki agora? – indagou Fury surpreso.

-Não, amigo Nicholas. Loki está encoberto por magia.

Natasha olhava fixamente para o príncipe, a espera de sua resposta. – E então, Thor? Eu insisto em saber sobre a história pregressa de Loki. Pode ser a chave para esse comportamento dele.

Thor suspirou. -Ele conheceu Thanos depois de sair de Asgard. Thanos é uma criatura além dos nove reinos, ele vive em outros sistemas, em alguma lua estéril. Heimdall não pode, também, detectá-lo, a magia dessa criatura é além das possibilidades do nosso guardião.

-Vocês souberam dele através do feitiço da rainha e dessa Freya? – indagou Tony.

-Não, foi quando Loki saiu do sistema de Thanos e foi até Nidavellir forjar seu cajado. Heimdall conseguiu rastreá-lo e descobrimos sobre a criatura e seu exército. Imaginem nossa surpresa ao sabermos que ele estava vivo.

-Como? – Bruce franziu a testa. – Vocês pensavam que ele tinha morrido?

-Thor, - Romanov estava perdendo a paciência. – Conte tudo de uma vez. O que aconteceu a Loki?

Fandral colocou a mão no braço do amigo. – Thor, acho melhor contar tudo mesmo. Não vai adiantar esconder.

O guerreiro deu outro longo suspiro. – Loki descobriu que era adotado e jotun por acaso. Numa de nossas tolas excursões a Jotunheim, ele ficou azul ao toque de um jotun. Eu soube disso depois, quando tudo tinha ficado bem ruim. – Ele olhou para os dois guerreiros, que assentiram com a cabeça. – Após alguns eventos que não quero mencionar, Loki se desesperou e se jogou da Bifrost para o abismo. Heimdall não conseguiu detê-lo. Depois disso não soubemos dele por um bom tempo, não achávamos que tinha sobrevivido, até esse evento de Nidavellir pelo nosso guardião.

Natasha observava o asgardiano a sua frente. Para ela, justamente o que ele não queria mencionar era a informação mais importante a ser conhecida. A tal da chave para todo aquele problema. – Deve ter acontecido algo muito forte para seu irmão ter tentado se matar, Thor.

-Lady Romanov, prefiro não falar sobre isso.

-E ele sobreviveu a uma bela queda. Thanos o acolheu e o enfeitiçou logo depois?

-Não sei detalhes. Minha mãe e Lady Freya detém todo o detalhamento dos acontecimentos. Elas leram a mente de meu irmão.

Tony tamborilava os dedos na mesa desconfortável. Por que Thor nunca havia dito que seu irmão havia tentado se matar? – Concordo com Natasha. Tem alguma coisa importante faltando nessa estória. Uma pessoa tentou se matar. O que aconteceu? É tão ruim ser esse tal de jotun?

-Eles são monstros! – afirmou Volstagg, como se fosse óbvio.

-E Loki aparentava ser um monstro? – indagou Bruce, incomodado.

-Não, amigo Bruce. – Thor sentiu uma grande tristeza. – Meu pai o havia disfarçado como asgardiano, como vocês bem se lembram da aparência dele: um pouco mais baixo do que eu, pálido, cabelos negros e olhos verdes. Na forma jotun, ele teria olhos vermelhos e pele azul.

E ele contou, também, como os jotuns eram gigantes, na verdade, e o quanto Loki era nanico. O príncipe recordou que Jotunheim era inimiga mortal de Asgard e que eram odiados por todos os asgardianos.

-E como Loki foi parar na realeza asgardiana? – perguntou Barton tentando entender todas as peças do quebra-cabeça.

Thor abaixou a cabeça novamente e ficou em silêncio.

-É tão ruim assim? – indagou Natasha.

-É vergonhoso, Lady Romanov. – Havia lágrimas nos olhos do guerreiro e ele suspirou. – Meu pai o achou abandonado, numa de suas incursões contra Jotunheim. Loki, na verdade, é filho de Laufey, o rei dos jotuns, com a princesa Artanis, de Alfheim. Um mestiço da realeza.

Todos puderam ouvir trovões ecoando pelos ares e um grande vento começou a soprar do lado de fora da sede. Fandral fechou os olhos, balançando a cabeça. Volstagg manteve-se rígido na cadeira, tentando não expressar nenhuma opinião.

-E ninguém veio para recuperá-lo? - perguntou ela.

-Ninguém soube e ainda não sabem. Meu pai o adotou para si, cuidando como se fosse seu filho próprio. Mas Loki não recebeu isso muito bem.

Todos ficaram quietos por um tempo. Muita coisa havia mudado, Loki não era um inimigo comum. Ou antes, nem era um inimigo. Se ele não estiver sob as ordens de Thanos novamente, o que ele pretendia?

-Thor, - perguntou Coulson, - o que acha que Loki está pretendendo? Quer dizer, ele está curando mesmo as pessoas ou é algum plano?

-E é estranho isso, - disse Natasha. – Por que voltar a Terra, se tem esses dois reinos para retornar? Ele poderia voltar a sua família verdadeira.

-Poderia, também, ficar incógnito, - completou Tony. – Sem fazer alarde, sem curar ninguém, viver anônimo em Nova York ou qualquer lugar desse planeta. Ele quer aparecer?

-Uma diva, como sempre, - resmungou Barton com amargura.

O príncipe asgardiano ergueu-se da mesa de reuniões e foi andando em direção a um aparador, olhando para o nada. Suas mãos suavam e ele tinha problemas para respirar normalmente. Aquela sala estava tão quente!

-Thor? – chamou Fury. – Está tudo bem?

-Meu irmão está desaparecido, nada pode estar bem, amigo Nicholas.

-Thor, - tornou Fury, - quando seu irmão desapareceu de Asgard, vocês imaginaram procurar aqui na Terra?

O guerreiro sorriu tristemente. – E onde começaríamos? Midgard é imensa, cheia de vilas e reinos. E era muito improvável que Loki retornasse justamente para esses lados. Onde ele causou tanta dor.

-Pode ser, - sugeriu Coulson, - que ele queira vingança. Ele sabe que você gosta muito da Terra, que a protege.

-Pode ser tantas coisas! – afirmou Steve, desconfortável. – Loki deve estar sofrendo muito, vocês compreendem isso? Não sei se asgardianos tem sentimentos diferentes de nós, da Terra, mas se não tiverem... Ele deve estar péssimo! Eu não vejo, pelo o pouco que você contou, Thor, como ele agiria por vingança. Como se ele quisesse acrescentar mais drama a sua vida assim, voluntariamente. Isso é loucura!

Clint bufou. – Mas ele é louco! Rogers, ele não é bom da cabeça! É um psicopata!

-Era Thanos, Barton, - corrigiu o capitão. – Você também foi controlado, lembra? Com Loki foi a mesma coisa.

-Ele não tinha nada a perder, Steve, - disse o arqueiro. – Não ouviu a história?

Thor respirou profundamente. Não, não era verdade, Clint... Fandral e Volstagg olharam espantados para o príncipe que se mantinha calado, que não refutava as acusações.

-Bom, se capturarmos Loki, - disse Fury, - ele ficará conosco por um tempo, para interrogatório. Depois podem fazer o que quiser com ele. Só espero que ele não volte para a Terra sem nossa autorização.

-Heimdall está conosco nessa busca, - afirmou Thor. – Vamos achá-lo.

Quando a sala foi esvaziada, Natasha ainda se manteve no local, olhando fixamente para o nada. Foi Steve quem a despertou. – Ficará aí? Temos trabalho a fazer.

Ela sorriu para ele. – E quando não temos?

Nota da Autora: não entendo nada de química, então finjam que está tudo ok e todos seremos felizes :D