[Supernatural] Acredite
Disclaimer: Jared, Jensen e qualquer outro ator aqui citado não me pertencem. Eles são pessoas reais, e não é minha intenção ofender nenhum deles. Essa história é apenas uma fantasia louca criada por uma autora ainda mais louca que a história. Isso é apenas uma ficção criada de fã para fã e eu não ganho nada escrevendo isso. É uma fanfic Slash, dois homens numa relação amorosa, então, se não gosta, não leia.
Classificação: +18
Gênero: Angst / Drama / Tragédia / Romance / Yaoi / Lemon / UA (Universo Alternativo)
Avisos: Relação homossexual! Drama! Angst! E, dependendo de como você ver, altos níveis de açúcar em algumas cenas! Prosseguir com a leitura, ou não, os riscos são todos de vocês! ;)
Shipper: PadAckles (Jensen Ackles/Jared Padalecki)
Sinopse: Eles se conhecem há anos. Eles eram melhores amigos. Um, tímido e reservado. O outro, sorridente e amigável. Da amizade pode surgir um sentimento mais forte? "Acredite... Eu te amo." (PadAckles, UA)
Beta: Sem beta! Erros todos meus e do Word!
Essa é uma das minhas Fanfictions que já estava postada até o capítulo 17 no Nyah. Admito que pensei seriamente em reescrevê-la, melhorando algumas coisinhas e algumas falhas que meus leitores queridos apontaram. Mas acabei decidindo que não. Por quê? Bem, cheio de erros ou não, eles gostaram dos capítulos, e minha ideia inicial para a Fanfiction está no papel tal qual eu escrevi. Então, além de não saber se eu conseguiria escrever de outra forma, não acho que seria muito legal de quem gostou da história do modo como ela estava escrita, com erros ou não. Sem falar que foi/é a primeira PadAckles que eu escrevi na minha vida, então pra mim ela é especial. Vai ter umas partes, tipo, SUPER dramáticas, e, sim, admito, um pouco maçantes de se ler. Porém, como já expliquei, não vou reescrever, nem mudar nada. Espero que ninguém leve para o lado pessoal.
Aos que liam, e pretendem continuar, obrigado! ;)
Espero que tenham uma boa leitura.
Beijos, e até o próximo capítulo!
Capítulo 1. Passado
Jared sorriu – aquele seu sorriso cheio de covinhas, que sempre fazia com que as outras crianças se aproximassem dele –, enquanto observava, em silêncio, Jake procurá-lo às cegas pelo parque.
O esconderijo que encontrara – no meio de um bando de arbustos, escondido entre folhas e galhos – era perfeito para brincar de esconde-esconde. Enquanto o procuravam, ele podia observá-los, e, conseqüentemente, saber quando estivessem se aproximando.
– Tudo bem, Jay, você venceu! – pôde ver quando Jake jogou os braços para o alto, em sinal de rendição. – Você é o melhor em esconde-esconde, eu não faço a mínima idéia de onde você está, Padalecki! Agora será que dá pra aparecer?
O sorriso de Jared aumentou – finalmente havia feito Jake admitir que era o melhor em esconde-esconde –, e estava prestes a sair de seu esconderijo e se revelar para o amigo, quando ouviu um soluço.
Confuso, e esquecendo completamente Jake, o Padalecki se virou, tentando encontrar quem quer que estivesse ali.
– Oi? – sussurrou, baixinho, ao ouvir outro soluço. – Quem está aí?
Sem receber qualquer tipo de resposta, Jared adentrou ainda mais no meio dos arbustos, observando cada detalhe atentamente.
– Oi? – sussurrou novamente, ao encontrar um garoto aparentemente da sua idade, mas um tanto mais baixo, encolhido no chão, ao lado do arbusto mais próximo, o rosto escondido nos joelhos, as mãos cobrindo as cabeças, enquanto seus soluços se tornavam cada vez mais ininterruptos. Jared já nem ouvia mais Jake chamando-o, em algum lugar do parque. – Você está bem? – ainda sem receber respostas, o Padalecki aproximou-se do outro, a testa franzida deixando óbvia sua preocupação. – Por que está chorando? – tocou-lhe o ombro, num ato claramente impensado.
Ele não tinha feito por maldade – na verdade, nem pensara direito no assunto –, mas o fato é que acabou dando um grande susto no menor, que, ao levantar-se com o sobressalto, acabou escorregando na grama úmida, e caindo sentado.
– Quem é você? – perguntou, enquanto se arrastava pra longe do moreno, os olhos arregalados. – O que está fazendo aqui, eu...
– Você é muito bonito, sabia? – soltou Jared, sem pensar, fazendo o garoto ficar confuso. Porém, ao perceber o que dissera, corou, e desviou os olhos, constrangido.
Não que, em sua opinião, estivesse mentindo. O garoto era mesmo bonito. Tinha olhos verde-esmeralda bastante expressivos, cercados por cílios tão longos que pareciam quase femininos. Os cabelos dele eram curtos e um tanto bagunçados, mais ou menos ao estilo "bad boy", e tinham uma fascinante coloração louro-acinzentada. Tinha a pele claríssima, e as bochechas e o nariz cobertos por sardas rosadas. E, por fim, tinha lábios cheios e ligeiramente rosados.
– Quem é você? – murmurou o louro, baixando o rosto, tentando esconder o rubor que subira por seu rosto após ouvir aquele comentário.
– Eu ainda nem me apresentei, né? – Jared sorriu, um tanto sem graça, enquanto passava as mãos pelos cabelos, aparentemente sem ter ouvido a pergunta do menor. – Padalecki. Meu nome é Jared Padalecki. Mas pode me chamar de Jay. - recebeu olhar desconfiado do outro, e, ao ver seus olhos ligeiramente inchados, lembrou-se do motivo de ter ido até ali. – Por que você estava chorando?
– Eu não estava chorando! – retrucou o menor, virando o rosto.
– Então por que seus olhos estão inchados e você estava soluçando? – Jared cruzou os braços. Era teimoso, e não sairia dali sem uma resposta da parte do louro. O que ele não sabia era que o menor era igualmente teimoso.
– Eu... Eu caí! Por isso eu estava chorando!
– Ah, qual é. Ninguém chora porque caiu no chão. – Jared revirou os olhos, sentando-se de frente para o garoto.
– Pois então eu choro.
– Você não estava chorando por causa disso, eu sei.
– Prove.
Pela primeira vez durante aquela pequena discussão, Jared ficou sem palavras. Não esperara, de fato, que o louro fosse tão teimoso. Quando perguntava as coisas, estava acostumado às pessoas lhe respondendo, ou simplesmente lhe dizendo que não queriam falar sobre o assunto. Mas aquele baixinho não parecia querer nem dizer pra ele que não era de sua conta. Se tivesse dito, Jared teria ignorado sua curiosidade, e ido ao encontro de Jake. Mas não o fizera, o que, para o Padalecki, significava que ele podia ficar ali e perguntar até que o outro respondesse.
– A gente pode ficar aqui o dia inteiro. – comentou, fazendo um biquinho emburrado. – Quantos anos você tem?
– Não te interessa.
– Olha, se você não quer falar, tudo bem, mas não precisa ser mal-educado, sabia?
O garoto hesitou por um instante, como se quisesse dizer "desculpa", mas, logo em seguida, virou o rosto, bufando. Não era culpa dele, afinal. Estava quieto, chorando no seu canto, por que raios Jared tivera de se meter? Ele não ia se desculpar, principalmente porque não queria ser amigável com Jared – estava se esforçando ao máximo para o garoto ir embora, mas então, por que ele não ia? O Padalecki não ia gostar se fossem amigos – ele sabia. Era sempre assim.
– Tem certeza que não quer falar por que estava chorando? – Jared suspirou, encarando o chão. – Você brigou com alguém? Foi isso?
O louro virou-se para ele, os olhos arregalados.
– Eu... Na verdade, eu... – como ele sabia?
– Dá pra adivinhar pela sua expressão agora. – comentou Jared, encarando o louro, um meio-sorriso no canto dos lábios. – Tem certeza que não quer falar? A gente costuma se sentir melhor depois que fala.
– ... – o garoto dos olhos verdes hesitou por alguns instantes, antes de balançar a cabeça. Se arrependeria mais tarde por contar, mas se arrependeria agora se não contasse. – Foram os garotos do parque. Os que estão brincando perto dos balanços.
– O que eles fizeram pra você? – Jared se inclinou para o garoto, ao perceber que os olhos do mesmo estavam cheios de lágrimas. – Eles te bateram?
– Não... Eles... Eles ficaram me chamando de órfão... Disseram que meus pais não queriam ficar comigo e que por isso eles me entregaram pra doação... – um soluço escapou por entre os lábios rosados do garoto. – Mas que droga!... Por que eu estou... Por que eu fico... Chorando?
– Por que eles te disseram isso? – Jared o encarou, horrorizado com a insensibilidade de algumas pessoas. Como podiam dizer uma coisa como aquelas para uma criança, assim como ele? O pior era saber que ele conhecia aquelas pessoas, e que, conseqüentemente, era amigo de algumas delas. Os meninos que sempre costumavam brincar perto dos balanços eram seus vizinhos.
– Porque eu pedi pra brincar com eles...
Jared continuou encarando o garoto louro, só que dessa vez, com pena. Não podia evitar também ficar angustiado ao ouvir aquilo.
– Quantos anos você tem? – sem poder se conter, secou algumas das lágrimas que escorriam pelos olhos do menor.
– Sete... – murmurou o louro, então, levantou os olhos, e viu a pena estampada no rosto do outro. Afastou seus braços com um empurrão, enquanto levantava-se, irritado. – Eu não preciso da pena de ninguém, tá legal?! Muito menos da sua!
– Ei, calma lá, eu não estou com pena de... – Jared se calou, ao perceber como aquilo ia soar rude e, principalmente, falso. – Quer dizer, não precisava ficar tão irritado assim com...
– Se tem uma coisa que eu odeio, Jared Padalecki, é quando as pessoas sentem pena de mim. – o louro virou-lhe as costas, enquanto esfregava a testa. – Eu não preciso dela. Onde isso vai me levar?
– Tudo bem, tudo bem. – Jared levantou-se, erguendo os braços. Pelo que podia ver, irritara de verdade o outro. – Nada de pena. Não foi por querer, tá legal? Eu não sabia. Se você quiser, eu posso até ir embora agora e te deixar em paz.
– Não! ... Quer dizer... – o menor afundou o rosto nas mãos. Droga, estava ali há o quê? Quinze minutos? Dez? E já se sentia tão confortável com a presença do moreno que a simples idéia de vê-lo partir já doía. Como saberia que o encontraria de novo? Droga, ele não agüentaria perder mais ninguém, mesmo que fosse um completo estranho. – Não precisa ir embora agora... É que eu só... Não, eu...
– Jared! – Jake apareceu, correndo, olhando para os lados, desesperado. – Jared, seu irresponsável, cabeça-dura, idiota! Se você some desse jeito, e aí sua mãe descobre que eu não faço a mínima idéia de onde você tá, já imaginou o que ela não faz comigo?! – ele balançou o amigo pelos ombros. – Você endoidou de vez?! Que me matar?!
– Jake, calma! – Jared tentou se soltar dos braços do amigo, que quase o estrangulavam. – Jake Abel, desse jeito você vai me machucar!
As palavras finalmente pareceram fazer efeito no mais velho, que o soltou, nervoso. Jared tinha sete anos – assim como o garoto cujo nome ele ainda não sabia – e Jake tinha dez, mas eram amigos desde o dia em que o Padalecki nascera. Se davam bem desde pequeninos, mas, muitas vezes, Jared tinha a sensação que ele é quem era o mais velho – principalmente quando Jake tinha aqueles colapsos nervosos.
– Desculpa. – murmurou Jake, passando as mãos entre os cabelos, enquanto respirava fundo. – Você sabe como eu sou com essa história de cuidar de você quando a gente vem no parque.
– Sim, Jake, eu sei. – Jared revirou os olhos, afastando-se um passo do amigo.
Jake riu, um tanto histérico, e olhou para os lados. Franziu a testa ao ver que havia mais alguém ali além deles. Um garoto louro que observava a cena, com cara de quem queria estar em qualquer outro lugar.
– E quem é esse? – virou-se para Jared, confuso, que deu de ombros.
– Bem, esse é o... Hã... O … – ele olhou para o menor, franzindo a testa.
– Ackles. – o louro esticou a mão para Jared, sem conseguir conter um sorriso. Pela primeira vez em muito tempo, ele se sentia feliz, observando Jared e aquele garoto que surgira de repente. Não entendia o porquê daquele sentimento, e, curiosamente, nem queria entender. – Meu nome é Jensen Ackles.
