Esta é minha primeira Fic... adoro o casal Rony e Hermione, e como sei que muita gente gosta também, resolvi criar coragem e publicá-la aqui!! Prometo que vou atualizar sempre que possível... por favor me dêem dicas, opiniões, críticas ou seja lá o que for para que minha fic fique cada vez melhor!!
Comentem!
Beijos!
A PRIMEIRA (?) BRIGA
Em mais uma monótona tarde de outono, Harry caminhava lentamente pelo imenso jardim do castelo em companhia de seus dois melhores amigos: Ronald Weasley e Hermione Granger.
Rony parecia deslumbrado com a notícia de que em breve, Fleur Delacour - ex-aluna de Beauxbatons e por quem Rony tivera uma ligeira queda desde a primeira vez que a viu – estaria trabalhando como estagiária junto da professora Minerva McGonagall, que dava aula de transformações, e sem dúvida, a professora favorita de Hermione.
Hermione parecia um tanto aborrecida com a idéia de Rony tocar no nome de Fleur a cada dez minutos, e para se distrair – essa era a distração favorita de Mione - ao caminhar pelo gramado, tinha os olhos pregados no livro que apanhara esta manhã na biblioteca "Como sobreviver em uma floresta encantada por dragões", e por essa razão, já tropeçara três vezes, e graças a Harry que a segurara no último segundo, a garota não tinha caído de cara no chão.
Os três não trocaram uma palavra nos últimos dez minutos, até que Rony resolveu quebrar o silêncio, fazendo com que Hermione desse um pulo de tanto susto, quase derrubando o livro no chão:
- Que dia será que ela vai chegar?
- Ela quem, Rony? – indagou Hermione, ainda com a voz afobada por causa do susto que tomara agora pouco.
- Ela...a Fleur!!
- Mas será possível?? – disse Hermione num tom muito alto, corando instantaneamente – a cada dez palavras que você fala , nove tem o nome dessa aí!!!
- E o que é que você tem com isso? – disse Rony, também corando lentamente as orelhas.
- E o que é que VOCÊ tem com isso?!! – falou Hermione, desta vez quase que num grito, chamando a atenção de todos que também passeavam pelo jardim – sinceramente, você acha que tem alguma chance com ela?? Você acha que ela vai se lembrar de você??
- Olha aqui Hermione... – disse Rony quase perdendo a voz de tão ofendido que ficara com as palavras da garota – Eu NUNCA reclamei que você vive dizendo o dia inteiro " Ah...porque o Vitinho me mandou uma carta..", " O Vitinho me deu um presente", "O Vitinho fez isso e aquilo.."!!!!
- Não Rony, você nunca reclamou, não mesmo...magina! – Harry reparou que neste instante os olhos de Hermione se encheram de lágrimas – Ah... e me faz o favor de não chamá-lo de "Vitinho", pois este apelido é só meu e dele, tá??
Hermione fechou com rispidez o livro que estava em suas mãos,e saiu correndo em direção ao castelo. Harry pode ver por um súbito segundo que haviam lágrimas escorrendo pelo rosto da amiga, mas achou melhor não comentar nada com Rony, já que depois que Mione disse aquela última frase, ele ficou totalmente irritado.
- Você ouviu Harry? – disse Rony, parecendo que fazia força para falar, e mesmo assim tinha a voz trêmula – " Vitinho"...o que deu nela, hein?
- Não sei...- disse Harry, fazendo quase que força para não rir da cara pálida e assustada do amigo.
- Mas Harry...- continuou Rony, meio que pedindo uma explicação ao amigo sobre aquilo que acabara de ouvir – será que ela o chama MESMO de Vitinho?? Harry...será que, tipo...eles até podem...não podem, Harry?
- Não Rony, não...
- Mas ela fal...- falou novamente Rony, mas não pode terminar a frase pois fora interrompido por uma voz conhecida e desagradável vinda das costas dos dois. Era Draco Malfoy, é claro:
- O que os dois patetas fizeram para a coitada "sabe- tudo", a TROUXA da Granger...para não falar outra coisa... – Crabbe e Goyle que estavam um de cada lado de Malfoy, deram risadinhas desdenhosas, mas logo pararam ao ouvir a voz de fúria vinda de Rony:
- Vai catar coquinho, Malfoy!!Para não dizer outra coisa, não é??
- Ora, ora Weasley...eu de você ia ver o que acontece com a irritante Granger...ela tá chorando que nem uma boba pelos corredores do castelo, e é claro, Pirraça já fez todos os elogios e comentários precisos...
- Ela que se dane!!!- disse Rony, sem nenhum pingo de verdade nesta frase, e escondendo atrás daquela cara vermelha e sardenta uma enorme preocupação com a amiga.
- É...se você não está preocupado, é melhor eu avisar o Potter, já que alguém precisa ficar de olho nela...- Malfoy fazia cara de desprezo – vocês sabem...estamos em uma época em que a Arte das Trevas predomina, só para te lembrar Potter, você ressurgiu Você-sabe-quem....
- E também coloquei teu pai na prisão, que é o lugar onde merece estar...
Malfoy instantaneamente corou, seus olhos demonstrando a raiva que sempre sentia quando Harry o lembrava que os comensais tinham sido capturados, mas tentando se conter, voltou a falar:
- Tome cuidado, Potter... não pense que meu pai e os outros irão ficar muito tempo em Azkaban, pode apostar que logo irão dar um jeito de sair de lá e vocês vão realmente se dar mal, principalmente sua amiguinha Granger, sangue-ruins serão os primeiros...
Foi como se um balde de água fria tivesse despencado na cabeça de Harry, e ele teve uma imensa vontade de socar a cara pálida de Malfoy, mas não foi preciso, pois Rony já fizera, e agora os dois cambaleavam pelo chão.
As pessoas ao redor começaram a gritar, algumas tampavam os olhos para não ver o que acontecia e outras correram para o castelo para chamar algum professor.
Harry acabara de levar um soco de Goyle no nariz e outro de Crabbe no estômago, mas não teve tempo de socar nenhum dos dois, já que no instante em que ele fechou o pulso para golpear um deles, a voz fria de Snape surgiu:
- Potter, mas que modos são esses? Já posicionado para bater em dois colegas? – Harry neste instante teve vontade é de socar a cara oleosa e maldosa de Snape, mas a única coisa que pode fazer foi dizer algumas palavras:
- Mas professor, não fui eu...
- Não me interessa o que você diz!!!Meus olhos não me enganam!!Eu vi Potter!!- os olhos de Snape se desviaram dos olhos de Harry para o chão, onde encontrou Rony e Draco caídos, ambos com o rosto sangrando – Mas que é isso?? – continuou Snape indignado – Uma luta coletiva?? Weasley, você machucou o Draco?
- Ele que começou!!! E também me machucou – disse Rony passando a mão no nariz ensangüentado e mostrando a Snape – Não tá vendo? Os seus olhos não te enganam, não é??
- Calado Weasley!- estava cada vez mais furioso – você e o Potter sempre querendo bancar os bonzinhos...e além do mais insistem em me desafiar!! – Malfoy soltou uma risada tão falsa que fez Harry ficar com nojo – Menos trinta pontos para a Grifinória para cada um por terem batido nos seus colegas...e menos dez pontos para o Weasley por ter me desafiado!!
Alguns alunos da Grifinória que estavam assistindo a briga e a discussão com Snape, começaram a reclamar de toda aquela injustiça, mas Harry nem tentou falar nada, pois sabia que com Snape a única coisa que poderia acontecer se ele reivindicasse era perder mais trinta pontos por 'o desafiar'. Mesmo sabendo de tudo isso, Rony resolveu insistir:
- Isso é totalmente injusto!!! Foram eles que começaram!!! E além do mais o Harry nem chegou a bater em ninguém, não deveria tirar pontos dele!!
- Weasley, você está me desafiando novamente ou é só impressão minha?? Escute, você terá que me agradecer pelo resto de sua vida por eu não ter lhe dado uma detenção...mas se você insistir em me desafiar ainda há tempo...
Rony decididamente resolveu não falar mais nada, já que a última coisa que ele queria neste instante era ter mais uma preocupação, e a única coisa que eles puderam fazer depois que Snape se retirara foi ter que agüentar as risadinhas de Crabbe, Goyle e Malfoy.
- Bom – disse Harry tentando alegrar um pouco Rony – pelo menos você teve a chance de dar vários socos no Malfoy e deixá-lo sangrando...E eu que nem tive tempo de socar ninguém!!?? Era a minha maior vontade...
- É... mas pelo menos você não saiu sangrando e nem fez um amigo seu perder trinta pontos a toa...agora estamos em último lugar no torneio intercasas.....
- É, decididamente eu terei que vencer o jogo de quadribol na semana que vem... Ainda mais contra a Sonserina...
- Harry – disse Rony se desligando totalmente do assunto anterior – acho melhor procurarmos a Mione...Sabe, não que seja verdade o que o Malfoy falou sobre Você-sabe-quem...ou será que é??
- Acho que não...- Harry via que o amigo estava realmente preocupado com Hermione, e tentou ajudar, mas sabia que nada melhoraria o estado de humor de Rony – Não se preocupe... ela deve estar bem... que tal irmos agora lá pra sala comunal da Grifinória procurá-la?
- Tudo bem...- disse Rony, com a voz mais triste que Harry já ouvira até hoje.
Chegando a sala comunal, que no momento estava quase vazia e silenciosa, Harry e Rony não encontraram ninguém, a não ser uma meia dúzia de alunos do segundo ano que faziam entediados um trabalho de Herbologia que a Professora Sprout pedira sobre o "efeito da mandrágora" e isso fez com que Harry se lembrasse da horrível cena de sua melhor amiga, Hermione, deitada imóvel na ala hospitalar, há 4 anos atrás, quando ficara petrificada através do reflexo do olhar de um basilisco gigantesco que habitava a câmara secreta que havia em Hogwarts. Por um tempo Harry ficou sentado, todo encolhido em uma poltrona ao lado de Rony, recordando cenas que ainda faziam seu estômago embrulhar, como a imagem de Gina caída quase morta no fundo de um corredor escuro e molhado, a imagem de Cedrico caindo imóvel, morto ao seu lado no cemitério onde encontrara Voldemort novamente cara a cara, na noite em que o sangue de Harry fez o maior e pior bruxo das trevas ressurgir. Mas apesar de todas estas lembranças, a cena que mais lhe fazia se sentir mal e se mexer irritado em sua poltrona era a de seu padrinho, Sirius Black, caindo dentro de um misterioso véu branco, guardado dentro de uma sala no Ministério da Magia, com uma expressão de assombro. Harry nunca achou que veria Sirius com esta expressão facial, já que o medo e o perigo sempre foram suas maiores diversões.
Certamente, a morte de seu padrinho era um acontecimento que a cada dia se tornava mais difícil de se superar; se sentia agora sempre sozinho e com medo. Agora não teria mais a quem pedir ajuda e a quem dividir segredos que não queria que Mione e Rony soubessem, sem contar que perdera a única pessoa que fazia Harry se lembrar dos pais, a pessoa que fazia ele sentir que tinha um pai... Sirius era como se fosse seu pai.
Seus pensamentos prosseguiram e só depois de um tempo notou que a sala comunal agora já estava cheia de alunos que falavam alto, riam, brincavam. Mas para Harry não importava quantas pessoas havia lá dentro, não importava se estava cercado de dezenas, centenas ou milhares de pessoas. Seu coração estava apertado, solitário, e a única pessoa que ele gostaria que estivesse ali não poderia jamais estar.
- Harry??
Se desligando totalmente de seus pensamentos conseguiu distinguir a cara sardenta de Rony o chamando:
- Harry, vamos jantar? Estou morto de fome, você não??
Harry acenou negativamente com a cabeça. Não sentia fome alguma, não tinha vontade de comer e nem de fazer mais nada.
- Ora Harry, vamos, você tem que comer alguma coisa cara! Não comeu nada também hoje no café e nem no almoço, assim você vai ficar doente ou sei lá o que... e pense bem, se tivermos outra briga com Malfoy, como você vai conseguir socar ele se estiver assim fraco? Levante daí, vamos comer... e quem sabe no salão principal a gente encontra Hermione e pergunta como ela está??
Hermione! Harry não a vira mais desde a hora em que a viu sair correndo e chorando para o castelo. Será que estava bem? Resolveu então seguir com Rony ao salão principal, não para jantar, e sim para ver como estava sua amiga. Porém não deram sorte. Ao chegar na mesa da Grifinória, Hermione não estava lá jantando, fazendo com que Rony soltasse um gemido e exclamasse baixinho:
- Onde será que ela está?
- Não sei, não sei... Vamos nos sentar e comer, depois procuramos ela... Ela pode ter entrado na sala comunal hoje à tarde e não percebemos...
- Não Harry, não pode... eu fiquei olhando o tempo todo para a porta e não vi nenhum sinal da Mione...
Harry não soube o que responder. Também estava preocupado, sua amiga não podia ficar andado pelo castelo sozinha, não agora que Voldemort ressurgira e queria definitivamente acabar com os bruxos nascidos trouxas. Agora ele estava realmente forte, Harry o vira no ano passado no Ministério da Magia. E se Voldemort começasse a atacar, a matar... Mione talvez estivesse correndo perigo sozinha por aí e... NÃO! Harry se deu uma sacudida e um basta em seus pensamentos irreais, dizendo para si mesmo: "estamos em Hogwarts, Dumbledore está aqui, nada de ruim pode acontecer, com ninguém... não pelo menos enquanto estiverem dentro da área da escola."
Os alunos começavam a sair do salão para se dirigir aos seus dormitórios e Harry nem tocara na comida, seu prato estava vazio e ele sentia um pouco de enjôo. Olhou para Rony, que devorava seu 5º pedaço de frango como se nunca tivesse visto comida na vida, e disse:
- Rony será que você se importaria se eu já fosse para nosso dormitório, é que não estou me sentindo muito bem, sabe, estou um pouco enjoado e talvez...
Mas não conseguiu terminar a frase vendo a cara assustada de seu amigo, que parecia acabar de ter visto um fantasma.
- Que foi, Rony?
- Harry, o que há com você? Está pálido e... – seus olhos correram para o prato que estava na frente de Harry e novamente sua franziu face – Harry, você não comeu nada? O que pretende com isso? Quer desmaiar, morrer de fome ou o que? Não percebe que está ficando doente e você não pode, não agora... Vamos, coma alguma coisa! Impossível não estar com fome, não pôs nada na boca, o dia todo!!
- Não, não estou com fome e não vou comer! E não preciso de ninguém para ficar cuidando de mim e dizendo o que devo fazer ou não...
- HAAARRY!!
Harry tentou se levantar do banco, mas no momento que colocou seus pés no chão sentiu que não conseguia suportar o grande peso de seu corpo e caiu na superfície dura e fria do salão principal. A última lembrança que teve foi a sensação do corpo de Rony caindo sobre o seu e gritando o seu nome.
Acordou com uma enorme dor de cabeça e se viu deitado na ala hospitalar, rodeado por Madame Pomfrey, Rony, Professora McGonagall e Dumbledore. Todos olharam aliviados para o garoto quando viram que ele acordara e Harry logo ouviu a voz afobada de Rony.
- Harry, você está bem? Eu não disse, Harry, que você tinha que comer porque senão podia desmaiar? E não quero mandar em você nem nada, é só que você...
- Muito bem, sr. Weasley, muito bem... Harry entende que ele tem que comer alguma coisa, não é Harry? Separei algumas torradas e batatas para você comer, mas agora vamos deixá-lo em paz, sem comentários e perguntas, sim? – disse Dumbledore com a tranqüilidade de sempre, entregando a Harry um prato cheio de comida.
- Mas eu não quero comer, não sinto fome, não quero... – tinha que fazer forças até para falar.
- Porém irá comer Potter, ou pretende sobreviver de que, de vento? – disse McGonagall com uma voz muito fina.
Não ouve outra escolha, Harry teve que comer pelo menos uma dúzia de torradas e batatas, e em vários momentos sentiu que vomitaria tudo o que comia, mas conseguiu disfarçar. Quando terminou de comer tudo que Dumbledore o ofereceu, olhou para Rony e perguntou:
- Mione, onde está? Como está? Por que não foi ao jantar?
- Não sei Harry, ela parece que... hum, bem... parece que não quer falar... comigo. Não sei o que fiz, enfim.
- Quanto tempo estou aqui?
- Mais precisamente, há uma hora e dezesseis minutos - Disse Dumbledore, consultando um relógio que estava pendurado em seu pescoço.
- Vou sair ainda hoje, não vou?
- Provavelmente sim, mas uma meia hora e o senhor já vai estar recomposto... Só espero que isso não volte a acontecer, francamente, um dia inteiro sem comer, o que pensou que aconteceria? – disse a enfermeira, parecendo muito nervosa.
- Madame Pomfrey, sr. Weasley, McGonagall? Será que poderia dar uma palavrinha com Harry? Só um instante... preciso dizer algumas coisinhas a ele...
Madame Pomfrey acompanhou os dois até a porta, e antes de sair, Rony se virou e disse:
- Te espero no dormitório, está bem?
Harry afirmou com a cabeça. Se sentia mais forte agora e também feliz em ver Dumbledore. Várias vezes refletira sobre a conversa que os dois tiverem no fim de junho e Harry se sentia um pouco constrangido ao lembrar que destruíra parcialmente o escritório do diretor e estivera a ponto de insultá-lo. Mas sabia que Dumbledore não se sentiu ofendido e entendeu os motivos das atitudes de Harry.
- Está se sentindo melhor? – perguntou Dumbledore com a voz muito baixa, o mirando através de seus óculos.
- Sim, obrigado. Estou melhor.
Dumbledore o encarou por um longo período. Seus olhos profundamente azuis encararam os olhos verdes vivos de Harry e o garoto sentiu um pouco de preocupação e medo vindos do olhar do diretor. Depois de alguns minutos, Dumbledore desviou os olhos e deu um suspiro de alívio.
- Bom, acho que você não sentiu vontade de me atacar, não é Harry?
- Não! Claro que não... – respondeu Harry rapidamente, pensando que a única coisa que sentiu no momento em que olhava Dumbledore foi que ele estava envelhecendo muito rapidamente.
- Ótimo, agora que está bem vou ao corujal enviar uma coruja ao Ministério. Provavelmente Madame Pomfrey logo irá liberá-lo e poderá voltar ao seu quarto. Tchau Harry.
Harry acenou suavemente com as mãos e ficou mirando Dumbledore. Entendera muito bem o motivo do diretor o ter encarado e depois perguntado o que sentira, já que nas últimas vezes que os olhos dos dois tinham se encontrado Harry teve uma sensação estranha de querer morder, matar... Mas desta vez não sentiu nada e isto o deixou mais aliviado. Será que Voldemort não estava mais conseguindo invadir sua mente? Acho que não, pensou Harry.
Agora praticava Oclumência com muita freqüência e se esforçava muito mais do que antigamente. Depois da morte de Sirius, de refletir muito nas férias e principalmente depois de não agüentar mais Hermione dizendo todos os dias Harry, você realmente precisa pedir ao Snape...tentando deixar seu orgulho de lado, Harry, ao fim de uma aula de Poções, se encaminhou a escrivaninha do professor e disse:
- Hum... licença, professor? Eu... poderia... hum... falar com... o senhor?
- O que deseja, Potter? – disse Snape, lançando a Harry um olhar frio e ao mesmo tempo surpreso.
- Bem, eu estava pensando se o senhor... – respirou profundamente e disse com decisão – Se o senhor não poderia novamente... me ensinar... – sentia um nó na garganta e achava que as palavras não iriam conseguir sair. Seus olhos se encontraram com o de Snape e por um segundo viu que o professor já entendera o que queria dizer.
- Potter, se o senhor está me implorando para lhe dar aulas de Oclumência novamente, o que mais eu poderia responder, vendo o seu rosto desesperado?
- Não estou desesperado! – brandiu Harry, sentiu uma pontada de raiva em seu estômago.
- Bom, se o senhor então não está me implorando aulas, não sei o que faz aqui agora, Potter.
- Quero que o senhor me de aulas de Oclumência!
- E para que deseja isso? – disse Snape, com ar de satisfação ao ver o rosto de raiva do aluno.
- O senhor sabe para que servem aulas de Oclumência!
- Para que deseja isso, Potter?
- Para não permitir que Lord Voldemort invada minha mente e para eu parar de ter sonhos que me façam acordar vomitando! – falou Harry num tom muito mais alto que pretendia.
- Não sei se estou enganado, mas já lhe disse para não dizer o nome do Lorde das Trevas!
Harry respirou profundamente, tentando manter a calma. Não poderia brigar novamente com Snape, ou então, não iria conseguir ter as aulas de Oclumência. Sem contar que não iria agüentar Hermione dizendo quando voltasse ao salão comunal que ele fora idiota de ter brigado com o professor que era o único que poderia lhe oferecer ajuda.
Pensando que pedir um favor a Snape estava sendo mais difícil do que chamar Cho Chang para ir ao baile de Inverno, Harry tornou a falar, voltando a seu tom normal:
- Professor... o senhor poderia me dar aulas de Oclumência... por favor? – Harry estava se sentindo totalmente desprezado, um verme. Não conseguia encarar Snape, e já estava apurando os ouvidos para as palavras sarcásticas que o professor iria lhe dirigir, mas para seu alivio, elas não vieram.
- Segunda feira, às seis. Não admito atrasos. E saia logo da minha frente antes que eu mude de opinião, Potter.
Sei que este primeiro capítulo está meio sem história nem nada, foi só uma introdução mesmo... a partir do segundo capítulo que começa a história mesmo!! Muito bom para quem gosta de romance, e principalmente para quem gosta de R/Hr!!
