Ninguém conseguiu acreditar muito bem quando a carta chegou aqui em casa. Eu estava pacificamente tomando meu café da manhã, imersa em pensamentos e alheia a tudo que se passava ao meu redor. Apenas eu e mamãe estávamos na cozinha quando a coruja chegou trazendo a notícia. É claro que eu nem a percebi se aproximando, só acordei de meus devaneios quando os gritos ensurdecedores começaram.

- Pelas barbas de Merlin! Arthur, venha cá! Agora! Ginny... Oh, não consigo acreditar nisso!

Papai obviamente apareceu imediatamente ao meu lado, preocupado com a possibilidade de mais um gnomo ter adentrado nossa casa.

- Molly querida, eu juro que quando fizemos a ultima desengnomização, todos haviam sumido!

- Gnomos? O que? Ah, Arthur querido, não é a isso que estou me referindo! – Nesse ponto, todos os meus irmãos estavam na cozinha querendo saber o motivo de tanta gritaria. O cômodo parecia uma panela cozinhando um ensopado de cenoura (o verão não perdoa, e os cabelos ruivos tão característicos de nossa família são acentuados pelo sol que entra pelas janelas). – Nossa Ginny ganhou!

Esse foi o momento em que eu soube o quão fodida eu estava.