Título: A Bibliotecária
Autor: Fernanda
Categoria: Concurso NFF II/2011, Curtindo a Vida Adoidado / Mentiras, The Vampire Diaries, Stefan&Elena, 2ª Temporada, pós epi 2x11, smut.
Ship: Stelena
Advertências: Sexo
Classificação: NC-17
Capítulos: 1 (one shot)
Completa: [X] Yes [ ] No
Resumo: Stefan mata a saudade de Elena, depois de ficar trancado na Tumba.

Tema (s) utilizado (s): Curtindo a vida adoidado
Itens utilizados:
1- A pergunta não é o que vamos fazer, mas o que não vamos fazer.
2- A vida passa rápido demais, e, se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo.
3- Vou deixar a vida me levar aonde ela quiser...

Elena olhou-se no espelho mais uma vez. Ela vestia uma blusa vermelha, justa e decotada, mini-saia jeans rodada e óculos de aro escuro. Os cabelos presos em um rabo de cavalo completavam o traje. Rodopiou pelo quarto e a saia curta se ergueu, revelando a calcinha de renda. Sentia-se ridícula e riu.

_ Uma das fantasias de todo homem... uma bibliotecária safada.

Ela pulou de susto, levando as duas mãos ao coração.

_ Stefan! Não devia entrar assim no meu quarto. Quase me matou de susto!

Ele se aproximou, saindo das sombras da janela. Os braços cruzados sobre o peito e o olhar guloso, apreciando as pernas perfeitas.

_ Você pretende comparecer ao evento amanhã, assim?

_ Por que? Com ciúmes? – ela provocou com um sorriso.

_ Com certeza...

_ Não devia...

_ Eu te amo, não posso evitar.

_ Não se esqueça de que você também será leiloado. E ainda por cima vestido de zorro!

_ É diferente.

_ Machista!

Stefan riu. Elena sorriu e o encarou, mas logo o semblante dela se anuviou.

_ Não fique assim. – ele pediu.

_ São tantas coisas acontecendo, Stefan. Tantos problemas...

_ Mas esse fim de semana nós combinamos esquecer todos eles, certo?

Elena suspirou.

_ Não sei se consigo.

_ Precisa tentar.

_ Mas o que vamos fazer se eles aparecerem no festival?

_ A pergunta não é o que vamos fazer, mas o que não vamos fazer. Não vamos pensar neles. Esse fim de semana nós vamos curtir. Sem Elijah, sem Klaus, ou qualquer das outras aberrações que nos causam problemas.

Elena sorriu. Stefan a tocou. A mão dele foi subindo lentamente até alcançar-lhe as maçãs do rosto e prosseguiu, tocando-lhe a nuca. Então, puxou o elástico que lhe prendia parte dos cabelos e os soltou.

_ A vida passa rápido demais, e, se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo. – ele sussurrou em seu ouvido.

Seu toque a impressionava, a inebriava e sua respiração adquiriu um ritmo mais lento, enquanto ondas de arrepio a estremeciam. No momento, parecia-lhe inconcebível a idéia de pesar em outra coisa, a não ser nele, em seu toque. Poderia desfrutar daquele carinho por toda a eternidade.

— O que acha de não pensarmos em mais ninguém? — A voz de Stefan soava como música aos ouvidos dela. — O que acha de nos concentrarmos apenas em mim e em você? — sugeriu, encostando os lábios úmidos contra os dela. — Só nós dois. Dois estranhos, que acabaram de se conhecer... – ele olhou para a roupa dela. – Em uma Biblioteca, é claro.

Elena riu. Só os dois... A idéia a agradava. Stefan sentou-se na cama, ao lado de Elena que, não resistindo à tentação, apoiou as mãos em seu peito.

_ Stefan, essa também é sua fantasia? – ela perguntou maliciosa.

_ Adoro ouvi-la dizer meu nome. — ele afirmou, segurando-lhe o rosto entre as mãos. — Repita.

Incapaz de deixar de retribuir aquele olhar penetrante, Elena obedeceu-lhe:

_ Stefan...

Elena ouviu a própria voz rouca, sedutora e quase não a reconheceu.

Os lábios dele cobriram os dela com ânsia e Elena os entreabriu para receber a língua úmida que provava a sua. Enlevada, deslizou-lhe as mãos pelos braços e entrelaçou-as atrás da nuca de Stefan, cedendo à paixão que os consumia.

Ele afundou os dedos entre seus cabelos sedosos, fazendo-a pender a cabeça para trás. Quando interrompeu o beijo, ouviu-a protestar e tranqüilizou-a:

_ Calma, meu amor. Não vou a lugar nenhum.

Beijando-lhe o queixo, escorregou os lábios pescoço abaixo, provando-lhe a pele de pêssego. Elena não pensou em detê-lo, nem por um segundo. A respiração de Stefan tocava seu pescoço suavemente, roubando-lhe as defesas.

_ Elena, eu te amo tanto. — Stefan revelou, beijando-lhe um dos ombros. — Senti tanto a sua falta quando estava preso naquela tumba...

_ Eu também senti sua falta.

Ele mordiscou-lhe o lábio inferior e o prendeu entre os dentes, sem exercer pressão, depois o mordeu de leve. Elena tocou-lhe o maxilar e sentiu uma deliciosa onda de arrepio percorrer-lhe as costas. Prosseguindo matando a saudade, insinuou os dedos pela abertura do colarinho, sentindo-lhe a pele lisa. Ao desabotoar-lhe o primeiro botão, ouviu-o prender a respiração de modo sibilante e sorriu baixinho.

Stefan segurou-a pela cintura e sentou-a em seu colo. Ele beijou-lhe a boca mais uma vez e, agora, foi ela quem tomou a iniciativa de aprofundar o beijo.

A saia de Elena se ergueu ligeiramente revelando-lhe as coxas perfeitas. Stefan tocou-a sobre a calcinha, deliciando-se com o contato sedutor. Curvando-se, ajudou-a a tirar os sapatos de salto alto e tocou-lhe os tornozelos delicados subindo as mãos bem devagar. Sentindo-a remexer-se, impaciente, ele sorriu.

Como não ter pressa, ela pensava, se tinha os nervos à flor da pele. Por quanto tempo ainda suportaria aquela doce tortura?

Os carinhos de Stefan tinham o poder de lhe despertar sensações maravilhosas.

Stefan a abraçava como quem segura uma peça rara e delicada nas mãos. Sua ternura a encantava, desde o começo do namoro. O beijo, que começou suave e terno, foi se intensificando e suas línguas se encontraram, sedentas.

Stefan deitou-a cuidadosamente e acomodou-se a seu lado. Abraçando-a pela cintura, pressionou-lhe os quadris de modo sensual, fazendo-a perceber o quanto já estava excitado. Elena moveu os quadris no mesmo ritmo.

Stefan moveu os lábios por seus ombros, deslizando a ponta da língua, e foi progressivamente descendo em direção ao decote da blusa. Com a mão livre, tocou-lhe um dos seios, estimulando-lhe o mamilo até senti-lo ereto sob os dedos. Elena arqueou as costas e retirou a peça completamente.

Stefan puxou-a pela mão e a fez levantar-se. Elena, sustentando-lhe o olhar, esticou os braços para trás e desceu o zíper da mini-saia.

A saia curta escorregou-lhe pelos quadris, amontoando-se sobre seus pés. Sob ela, Elena usava apenas uma calcinha de renda branca. Excitado, ele mediu-a dos pés à cabeça, detendo o olhar em cada curva. Então, abraçando-a pela cintura, curvou-se e mergulhou o rosto no vale entre seus seios.

Ao sentir os joelhos estremecerem, Elena respirou fundo e segurou-lhe a cabeça entre as mãos, puxando-o para mais perto. Stefan entendeu seu gesto e beijou-lhe um mamilo, levando-a ao delírio.

_ Oh, Stefan...

Seu murmúrio quase inaudível foi uma verdadeira confissão aos ouvidos dele, que continuou a estimulá-la.

Elena apoiou as mãos em seus ombros e o empurrou delicadamente, abrindo uma distância entre eles. Sorrindo com malícia, desabotoou os demais botões da camisa de Stefan e jogou-a ao chão, impedindo-o de abraçá-la, beijou-lhe o peito com paixão e foi deslizando a boca molhada até alcançar-lhe o cós da calça.

Ele respirava depressa, ofegante, e Elena sorriu, feliz por lhe proporcionar prazer. Com dedos ágeis, soltou o fecho da calça e desceu parcialmente o zíper. Então, procurando prolongar aqueles momentos deliciosos, ajoelhou-se e tirou-lhe cada uma das meias.

Ao se reerguer, terminou de descer-lhe o zíper da calça e ajudou-o a se livrar daquela incômoda barreira. Sua intenção era prosseguir com seus carinhos, porém Stefan percebeu que não conseguiria se conter por muito mais tempo, pois a saudade era muita.

Ele tornou a deitá-la na cama, cobrindo-a com seu corpo. Tornando a beijá-la, insinuou um joelho por entre suas coxas e, ao senti-la pronta para recebê-lo, penetrou-a devagar.

Elena gemeu de prazer e lançou-lhe as pernas ao redor da cintura. Em poucos instantes, seus corpos começaram uma dança lânguida, primitiva. Stefan percebeu que logo ela atingia o clímax, dizendo seu nome baixinho, enquanto lhe cravava as unhas nas costas.

Logo em seguida, era a vez dele também alcançar o êxtase.

Passados alguns instantes, sempre abraçando-a, ele a beijou e inverteu as posições, deixando-a adormecer com a cabeça pousada em seu peito.

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O barulho de água vindo do banheiro despertou Elena. Sonolenta, apoiou-se em um cotovelo e olhou para o relógio de cabeceira: sete horas da manhã. Resmungando, tornou a afundar o rosto no travesseiro. Por que acordar tão cedo num sábado?

Levantando o travesseiro, ouviu Stefan cantando no banheiro e riu sozinha. Ele improvisava a seu modo a letra de uma famosa canção country.

Elena bocejou e trançou os dedos sob a nuca; só então sentiu o cheirinho de café fresco no ar. Virando-se para a mesinha-de-cabeceira, viu uma xícara fumegante com um bilhete embaixo: "Já está com saudades? Volto já!"

Jamais poderia pensar que Stefan lhe traria café na cama. Feliz, ajeitou os travesseiros às costas e sentou-se na cama. Stefan era mesmo especial, um namorado apaixonado, capaz de fazê-la perder o autocontrole em total abandono. Só de lembrar os momentos que haviam passado juntos, já sentia o rosto esquentar.

Fora uma noite maravilhosa. Stefan a deixara plenamente satisfeita e suas carícias a levaram ao delírio. Ela conseguira se esquecer completamente de seus problemas.

Elena sequer se lembrava de quando finalmente acabara adormecendo. Haviam feito amor várias vezes, até que finalmente o cansaço os vencesse. Dormir novamente nos braços de Stefan tinha sido uma experiência deliciosa. Há muito tempo não desfrutava de tanta paz e aconchego.

Ao ouvir a porta do boxe se abrir ela se deu conta de que devia estar com uma aparência horrível, toda descabelada.

A porta do banheiro abriu-se e Stefan emergiu de uma nuvem de vapor, usando uma toalha amarrada à cintura. O peito e os cabelos continuavam molhados.

_ Bom dia. — cumprimentou-a com um de seus sorrisos radiantes.

_ Bom dia!

Ele contornou a cama e sentou-se junto de Elena, beijando-lhe os lábios.

_ Vejo que encontrou meu bilhete.

_ Obrigada pelo café. — ela agradeceu, sentindo-se encabulada ante o olhar faminto que ele lhe dirigia. – Pelo que percebi estamos sozinhos em casa, ou você não teria descido para preparar meu café...

_ Estamos. – ele confirmou com um sorriso. - E então? Sentiu minha falta?

Bem-humorada, Elena deu de ombros, fazendo pouco-caso:

_ Não, por quê?

Ele curvou-se mais um pouco e beijou-lhe o ombro.

_ Nem um pouquinho?

_ Não mesmo. Para ser franca, ao acordar, tive de me esforçar para lembrar quem era aquele sujeito que cantava no meu chuveiro. — ela brincou.

_ Bem, neste caso, acho que vou ter de me apresentar de novo.

Stefan tinha um brilho malicioso no olhar e Elena levou a brincadeira adiante:

_ Como é mesmo seu nome?

_ Stefan. Stefan Salvatore.

_ Ah, é! — Elena arregalou os olhos ao vê-lo introduzir um braço sob as cobertas. — Stefan... — murmurou com voz sensual.

Ele acariciou-lhe os seios.

_ O que pretende fazer hoje? – ele perguntou. – Antes do evento, eu quero dizer.

_ Não sei... O que acha de irmos passear no parque?

_ Não, não. - ele protestou, deslizando a mão sobre seu ventre macio. - Muitas formigas, cachorros e confusão.

_ E o cemitério onde nos conhecemos?

_ Muito mórbido. Tenho uma idéia melhor. — garantiu ele, atirando a toalha no chão. — Vamos ficar aqui mesmo.

_ E fazer o que? – ela se fingiu de boba.

_ Confia em mim? – ele perguntou beijando-a na boca.

_ Com a minha vida. – ela sussurrou contra os lábios dele.

_ Então deixa que eu te levo. – ele sussurrou de volta.

_ Vou deixar a vida me levar aonde ela quiser... – Elena cantou baixinho.

Eles riram e rolaram pela cama.

FIM