Nome do
autor:
Dione Kurmaier
Título:
Trançada
Capa:
-
Ship:
Bellatrix Lestrange
Gênero:
Genfic
Classificação:
K+
Observação:
Marotos (pois a Bella foi preza pós 1ª Guerra Bruxa)
Link
para a fic se ela já estiver publicada:
-
Tema:
Devoção
Itens:
O ato de trançar os cabelos/ Marca Negra
NA: Bom, essa fic é como se fosse uma reflexão da Bella em relação ao Voldemort. Em algumas partes as coisas podem parecer forçadas, mas espero realmente que goste. Bellatrix podem lhe parecer OOC, mas tentei demonstrar como ela foi parar ao ponto de ser devota ao Lord. Que antes ela tinha medo, mas fez o que tinha que ser feito. É isso. ^^'
Trançada
x Três Caminhos x
Partido em três, iniciava a trança que sempre fazia nos cabelos antes de dormir. Uma pra lá, outra pra cá, e assim ia mexendo com os cachos revoltos. Bellatrix era também revolta, e também esteve divida em três vidas que poderia ter levado: A Senhorita Black, a mais velha das irmãs, o orgulho da família; A esposa de Rodolphus, mãe de família. Ou a Comensal da Morte, que matava e torturava, sem pestanejar uma vez sequer. Bellatrix Black se embrenhara pelo pior caminho, o mais tortuoso. O terceiro caminho.
x Ida sem volta x
Uma vez cravada na pele, sempre veria aquela marca em seu braço e saberia quem deveria servir a quem deveria obedecer. Olhava a caveira em seu pulso, e sentia asco de si mesma. Asco da devoção que oferecera, e junto com toda essa devoção, seu corpo e sua alma. Asco de que sempre saberia de quem era tudo aquilo, e porque estava naquele lugar imundo, ao lado de um verme.
Não que tivesse escolhido por outros, mas por que havia tido livre arbítrio, e agora se arrependia da falta de limites. No ínicio, Walburga celebrou e Orion apenas assentiu, fingindo prestar atenção a terrível decisão. Mas eles acreditavam que Rodolphus a ajudaria a ser uma boa comensal, e a família Black seria honrada, graças à maravilhosa comensal que cedia a Voldemort.
x Milorde x
Ele a usava e jogava fora. Com o tempo de devoção, Bellatrix se acostumou à presença do senhor. Acostumou em ter que se deitar com ele quando ele queira independentemente se era de sua vontade. Ela não podia chiar, pois ele era o mestre. E ela tinha que ser a maior serviçal. Afinal, o caminho que escolhera era aquele, e se tinha que segui-lo, sofrendo ou não, isso era seu problema. E arcaria com ele, por mais que isso fosse desagradável.
x Prender x
Prendia a trança no final, com um pedaço de fita do velho vestido que usava. O tecido negro corria em sua mão, enquanto fazia o laço, enquanto lembrava-se do quanto fora doloroso ser presa. E mais uma vez, a devoção brincava com a sua vida, brincava com a sua mente. Estava ficando louca. Assumir o que tinha feito era o melhor, mas pensar que um dia voltaria a se dar de corpo e alma ao Milorde.
Era essa sua nova preocupação: ser dele, do homem que lhe ensinou tudo, mas que também a ensinava a se auto flagelar. Matar era seu dever e sua culpa era sua missão. Era uma devota compreensiva e displicente, nunca retrucava. E agora, tinha que cumprir seu dever.
x Fim do trançar x
Bellatrix sabia que um dia o Lord voltaria. E quando sentiu a Marca queimar, sabia que agora se iniciava a guerra. Que agora tudo chegaria ao fim, que ou ela sobreviveria ou ela morreria. Por mais que ela se aproveitasse da segunda opção, ela sabia que se sobrevivesse, era a vitória do Lord. E se o Lord vencia, ela vencia. Bellatrix Lestrange deixara de ser a menina e se tornara mulher. A mulher brutal, que tinha prazer em matar, que tinha prazer em torturar. Mas não torturava os outros, mas a si mesma.
