16 de maio de 1998 – A Toca
Todos olhavam para o mapa em cima da mesa dos Weasleys procurando por pistas onde poderiam encontrar Ginny Weasley, que estava desaparecida desde a morte de Voldemort.
- Já vasculhamos todos os lugares, não sei mais a onde ir – Rony disse.
- Não podemos desistir! – Molly dizia com o olhar desesperado e cansado pelas noites a fio sem dormir.
- Podemos tentar as colinas, próximo à casa dos Malfoy – Hermione fitou Harry.
- Duvido muito que esteja próximo a casa dos Malfoy, não seriam tão burros, e já verificamos os arredores várias vezes – Harry a respondeu.
Todas as noites eram assim, discutindo novos planos, procurando por lugares onde não haviam procurado ainda. Uma busca incansável. Harry achava que após a batalha teria o tão esperado descanso... errado! Ele nunca se sentiu tão culpado, tão magoado em toda sua vida, a pessoa que ele tanto ansiava ter em seus braços havia desaparecido e não haviam rastros que levassem até ela. Com Voldemort ele pelo menos sabia onde procurar, sabia seus planos e fraquezas. Ele nunca esteve tão perdido.
- Ok, por hoje chega, estamos cansados e todo esse sono não nos ajudará em nada – Jorge dizia fechando o mapa.
- NÃO! MINHA FILHA ESTÁ LÁ FORA, PERDIDA, EU NÃO POSSO PARAR DE PROCURÁ-LA! – Sr. Weasley estava no seu limite e lágrimas brotavam em seus olhos.
- Pai, calma! Eu sei o quão doloroso isso está sendo, já são quase 15 dias sem notícias dela, mas precisamos estar descansados e saudáveis se quisermos ajuda-la – Jorge agora abraçava seu pai e sua mãe, por incrível que pareça ele era o mais calmo da situação e o que levava tudo com muita paciência e inteligência.
- Jorge está certo, gente. Vamos – Hermione pegava a mão de Rony e o puxava na direção da escada.
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Harry estava deitado em sua cama, dividia o quarto com Rony e os roncos do amigo não o deixavam pegar no sono, não que ele conseguisse dormir, mas o barulho do amigo apenas ajudava com que o sono realmente não chegasse. Por um segundo jurava ter escuto gritos nos arredores d'A Toca, levantou da cama e olhou pela janela. Não havia nada, tudo extremamente escuro, deu as costas e se sentou em sua cama. Outro barulho. Alguém gritando e clarões vinham de fora. Harry levantou correndo, Rony acordou com o barulho da porta abrindo rapidamente, Sr. e Sra. Weasley já estavam correndo pelas escadas com Jorge atrás deles. Hermione e Rony vieram logo em seguida.
- Quem pode ser? – Arthur corria para a porta abrindo-a.
- SOCORRO! POR FAVOR, SOCORRO – Uma figura saia do meio das árvores e corria de encontro para a porta principal d'A Toca – SOCORRO! – Ela lançava feitiços às cegas em alguém que vinha atrás dela.
- É GINNY! – Molly gritou.
Todos saíram correndo de encontro com a garota, Ginny caiu nos braços de seu pai, estava com as roupas rasgadas, sangue em sua boca, cheia de cortes pelo rosto e hematomas.
- Por favor, me ajudem! Minha barriga – ao dizer isso a garota desmaiou.
Arthur a levou para dentro da casa e a colocou em cima do sofá. Molly ergueu o que restava de sua blusa – pois estava toda rasgada – para cima e viu um grande hematoma roxo na parte de seu estômago, Hermione soltou um pequeno grito, Rony seguido de seu pai e seu irmão colocaram a mão na boca abafando o som de pânico que passava pelo corpo de todos.
- PRECISAMOS LEVA-LA PARA O ST. MUNGUS AGORA! – Harry gritou.
