Paixão não é amor. Podemos apaixonar-nos e odiar (Fiodor Dostoievsky)

Confesso que sempre tive certa implicância com homens loiros. Eles sempre pareceram demasiadamente prepotentes, muito cheios de si. Não sei exatamente qual foi o principal fator que fez com que eu me apaixonasse pelo Malfoy. Talvez tenha sido a cor incerta de seus olhos ou seus lábios apelativos. Irrelevante.

Irônico é que ele tenha tomado conta de meus dias, pensamentos e sonhos. Draco é loiro. O quão clichê isso soa? A garota se apaixona por tudo aquilo que ela aparentemente repugna. Clichê demais, eu diria em outros tempos. Mas os outros tempos já não importavam muito.

Até hoje me pergunto o que foi mais estranho: pensar amá-lo ou ser correspondida em meu delírio momentâneo. Talvez a guerra tenha sido o fator chave. Eu podia até supor que o amava, mas jamais deixei de odiá-lo. Talvez estivéssemos tão carentes que a companhia um do outro fosse um bom refugio. Talvez Draco tenha sido a forma que encontrei para me sentir segura.

O que começa na guerra termina na guerra. Não foi feito para durar eternamente, não foi feito para ser um elo inquebrável. Frágil, passageiro, indefinido. De qualquer forma não daria certo, nunca gostei de loiros.


N/A: Só lembro de ter escrito para um projeto da D/G lá no 6v, não sei qual. Aliás, não gosto do casal T_T