Eba, voltei a escrever. Dessa vez é fanfic de HP. Para vocês não se perderem na fanfic fiz algumas considerações (CONTÉM SPOILERS DE RdM):

-A história acontece mais ou menos no mesmo mundo do Epílogo, mas algumas coisas foram alteradas, entre elas o fato de Harry sentir dor na cicatriz.
-Nessa história Lúcio Malfoy não aparece, ou seja ele morreu em Azkaban. Lúcio Malfoy está morto (reli o livro a pouco tempo e só me lembro de ser mencionado ele ser preso).
-Os nomes dos filhos são quase todos do original de J.K, não do traduzido: Scorpius, Rose, Hugo, Lilly, James e Albus.
-Os personagens não pertencem a mim são todos de J.K Rowling

Eu já escrevi alguns rascunhos dos próximos capítulos, em seguida eu vou postar eles. Ahhhhhhhh, só para dizer que em todos os capítulos que eu escrevi tem alguma frase logo no título. Aquilo é só um prólogo do capítulo (se é que existe isso).
Boa leitura

As Marcas

Prólogo

I don´t belong here, we got move on dear...

Tornou a passar as mãos pelos cabelos loiros sedosos. Os olhos cinzas examinavam o local que se encontrava: sentado na cama do seu quarto. O quarto possuía um tapete vermelho macio, logo embaixo da cama, além de paredes também avermelhadas. Mais ao fundo, havia uma cômoda onde estavam quadros seus, de sua mulher e seu filho. Mais algumas mobílias familiares para o bruxo se acomodavam perfeitamente no espaço lhes designado.
Suspirou, enquanto encontrava o olhar quente da sua mulher nas suas costas. Os cabelos escuros lhe escorriam até os ombros, pouco tapados pela camisola. Um meio-sorriso se formava nas suas faces macias. Com uma mão acariciava as costas do marido e com a outra a barriga que tornava a arredondar-se.
-Draco –ela disse, enquanto lhe passava as mãos quentes pelas costas. –Está tudo bem, você está comigo.
Draco agonizou mais uma vez com a forte dor que lhe veio no antebraço. Flexionou o estômago enquanto destapava o pijama e passava a mão incansavelmente sobre a tatuagem que lhe cobria boa parte do antebraço: uma caveira de boca aberta, uma serpente lhe saindo pelo meio da boca.
Astoria dessa vez também se levantou e retirou a mão das costas do marido. Sentou-se na beirada da cama, do lado do seu marido.
-Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem –disse ela para o marido. –Você quer que eu busque um copo de água?
Draco concordou levemente com a cabeça enquanto reprimia a vontade de berrar de dor que lhe subia a garganta. Mas o quê diabos estava acontecendo nessa última semana? A Marca voltara a doer.

-Ah, bosta. –disse Harry, enquanto esfregava a cicatriz que lhe formigava na testa há algum tempo. Olhou novamente o seu reflexo no espelho, a boca coberta de pasta de dente. Cuspiu a pasta de dente e lavou o rosto enquanto saía do banheiro.
-Querido? –ouviu uma voz peculiar, lá embaixo das escadas.
-Eu já vou Gigi. –respondeu Harry, enquanto caminhava para agora o seu quarto na Toca. O quarto tinha como mobília uma cama estrondosamente confortável, uma cômoda de uma das melhores madeiras feitas pelo povoado bruxo, um armário grande o bastante para coleção de roupas que Gina possuía além de alguns aparelhos trouxas que Gina relativamente gostava. Mas, o que mais interessava Harry era a extensa sacada que se projetava para fora do seu quarto.
Harry caminhou até ela, apoiando os braços no parapeito de madeira. Um jardim cheio de gnomos e amarelado lhe encarou, mas não parecia tão feliz quanto antes. Uma cruz branca estava cravada ao chão, com homenagens a Fred Weasley. Os olhos marejaram um pouco, mas mudou logo ao ver Lilly agarrar-lhe os joelhos.
-Papai, papai. –ela gemeu, com sua linda voz infantil. –A mamãe ta chamando.
-Oh, eu já estou indo queridinha. –ele disse, afagando calorosamente o topo da cabeça da menina. Deu uma última olhada para o jardim da Toca, dessa vez focalizando o lugar aonde fizera o enterro de Dobby.
Harry saiu do quarto e se dirigiu as escadas espirais de madeira, ouvindo os passos rápidos de sua filha Lilly. Esfregou mais uma vez a cicatriz que formigava e mais uma vez algo agarrou-se aos seus pés. Dessa vez não era seu filho, mas sim Joanne, o seu elfo doméstico. Joanne atirou-se aos seus sapatos limpando-os incansavelmente. Harry, pessoalmente, não apreciava que os elfos se matassem trabalhando, mas logo que ficou sabendo da morte de Dobby, Joanne se ofereceu para o trabalho. Joanne era a filha de Dobby, o que imediatamente se tornou uma surpresa para Harry, já que ele não fazia a mínima idéia que um elfo poderia ter filhos e Dobby nunca a mencionara.
Harry tratava de pedir para Joanne se retirar quando Hermione lhe visitava a Toca, fato que seu melhor amigo Rony achava incrivelmente cômico. A escada terminava bruscamente em um tapete puído. A sua frente, estava a famosa cozinha dos Weasley. Um aroma delicioso saía daquele lugar. Olhando fixamente viu Gina absorta em conversa com Albus. Pela deixa de porta aberta podia se ver que Lilly estava agachada, brincando com as flores que brotavam no local. Devidos aos cortes brutos no ar, era óbvio que James jogava Quadribol – assim como o pai, se tornara apanhador da Grifinória.
Rapidamente, adiantou-se a mesa e sem cortar a conversa de Gina e Albus –que por sinal, Harry achou extremamente entediante, apanhou uma torrada e deu duas violentas dentadas. Após ter a mastigado completamente, beijou Gina nos lábios (que parecia ter terminado a conversa com Albus) e despediu-se rapidamente dos filhos.
-Harry, eu não tenho muito o quê escrever de noticias hoje –disse Gina, minutos antes de Harry usar a lareira para transportar-se –Se você puder chegar mais cedo, irei preparar panquecas.
Por um momento, Harry realmente lamentou não poder chegar mais cedo. Com algumas palavras explicou a situação que sua carreira de auror lhe havia condenado.
-Droga, querida –começou ele –Os desgraçados me chamaram para o turno de Azkaban.
Gina riu dos lamentos de Harry, e então finalmente assistiu o marido desaparecer na fumaça que emanou da lareira – viajem em Pó de Flu.

-Malfoy. –cumprimentou-lhe um bruxo de longos cabelos compridos e uma barba amarrada por um pedaço de arame. Sentiu os olhos do homem percorrer todo o seu corpo, a procura de qualquer artefato perigoso. –Senhor, terei de pedir a sua varinha.
Draco Malfoy olhou de esguelha para o homem, e para os outros cinco que lhe cercavam. Todos aurores, que agora guardavam a prisão dos bruxos, Azkaban. Não havia nenhuma chance daquela droga de plano dar certo, já que todos os cinco tinha as varinhas em prontidão. Só se ele... Só se ele improvisasse.
Mais uma vez olhou para os lados. Seis homens lhe faziam um círculo oval, no meio do que parecia uma pequena sala. De mobília só uma mesa feia, coberta por uma toalha rasgada. Uma janela quadrada ao fundo, lhe mostrava o oceano, que particularmente hoje, estava assustadoramente violento.
Ele tinha uma esposa, um filho... Mas era o quê deveria ser feito, o que seu pai gostaria que fosse feito. Tudo ficava bem mais fácil sem o Potter ali. Suspirou fundo antes de puxar a varinha. Puxou a lentamente, e quando estava de prontidão a entrega-la, soqueou o bruxo com dois ganchos. O homem caiu no chão, quase inconsciente com a força do golpe baixo.
Os outros aurores pareceram repentinamente assustados mas logo recuperaram as poses. Os cinco puxaram as varinhas juntos, mas já era tarde demais para alguns.
-Avada Kedrava! –murmurou Draco, enquanto a luz verde que saíra da sua varinha atingia o peito de um dos aurores mais próximos.
Os quatro restantes indignaram-se e agora murmuravam também Maldições Imperdoáveis. Com rápidos desvios, Draco deu cabo dos quatro rapidamente. Após isso, matou o auror que ainda jazia no chão, inconsciente, pelos socos recebidos.
Saiu da sala, sem estar impressionado com seus feitos. Logo, se deu de cara com um longo corredor, marcado por gemidos pedindo libertando. O corredor extenso era na sua maior parte de pedras pontiagudas que machucavam os pés quando pisadas, além de serem extremamente geladas. Havia também várias selas, essas demarcadas por longos canos pretos cheios de ferrugem, cada uma delas contendo uma fechadura.
Verificou várias selas, libertando só alguns dos prisioneiros: Conhecidos seus, Comensais da Mortes.
-Alô, Macnair. –disse ao ver um homem, agora ligeiramente velho, atirado em um canto de uma cela. –Alohomorra.
O homem ergueu os olhos, assustado, procurando o seu libertador. Macnair agora tinha sua barba estendida quase até a cintura, maior até que a do velho Dumbledore. Apoiando-se nos cotovelos o homem se levantou, hesitante.
-V-você t-tem s--tido...? –começou Macnair, a voz rouca devido ao tempo sem falar.
-Sim, tenho. –cortou Malfoy, enquanto libertava Avery. –Nott, Alohomorra! –cuspiu Draco.
Nott levantou-se e apareceu no corredor rapidamente, um sorriso já iluminando o seu rosto.
-Então, quer dizer que Ele voltou? –perguntou o homem. Diferente de Macnair, esse parecia são –um milagre para quem viveu tanto tempo em Azkaban. –O Lord das Trevas voltou?
-Não. –disse Draco categoricamente. –Eu explicarei para vocês no nosso caminho de volta.
Ao falar tais palavras muitos murmúrios de raiva percorreram a prisão de Azkaban. Alguns choravam e imploravam, enquanto outros xingavam com adjetivos realmente poderosos. As ondas batiam com tal força nas pedras, que Draco pode jurar que a prisão tremeu levemente.
-Eu não vou libertar vocês, seus mestiços imundos e... –começou Draco, de repente interrompido.
-Não, você não vai Malfoy. –interrompeu-o Harry Potter, que acabara de chega na prisão e parecia entender o ocorrido. –Você vai ficar junto deles.
-Não se meta, Potter. –respondeu Malfoy, enquanto tentava calar a boca dos outros seres malignos que espreitavam a fortaleza.
-Você matou cinco aurores Malfoy. –disse categoricamente Harry, boquiaberto. –Malfoy, você tem um filho, você tem uma mulher.
-Não se atreva a falar do meu filho. –disse Malfoy, a varinha em riste, enquanto tentava impedir Nott e Avery de avançar em Harry. –Nem de minha mulher.
Harry e Draco encararam-se por alguns segundos, os dois com a varinha em riste.
Com o descuido de Malfoy, Nott e Avery já avançavam letalmente. Draco pareceu seriamente irritado com o fato de Nott e Avery o terem desobedecido.
Harry franziu o cenho e murmurou Estupefaça, ao que os dois voaram alguns metros longe, estuporados.
-Eu lhe dei uma chance Malfoy.
Alguns murmúrios continuaram a ser ouvidos, dessa vez torcendo pelo embate dos dois.
-Já lhe disse para não se meter Potter. –cuspiu Malfoy. –Eu sou grato pelo fato de você ter me tirado daquela sala vivo, mas...
-Chega! –berrou Harry. –Eu tentei salvar você da podridão, mas...
-Expelliarmus! –berrou de volta Malfoy, desarmando Harry.
Quanto Harry preparava-se para reclamar foi estuporado.