Disclaimer: Death note não me pertence, se pertencesse ia se chamar Mello's love 8D
1- Permitam me explicar, essa fica vai contar sobre a origem/passado dos personagens de Death Note. (não sei se vou fazer de todos MAS vou tentar)
2- Todos os capítulos vão ser POV de alguém próximo do personagem, mãe, pai, babá, irmão, primo e etc.
3- Me dói dizer isso mas não é yaoi :'(
4- Drama? o.o'
Origens
Eu encarava a Sra. Karie com uma dúvida no olhar, como isso era possível?
- A Senhora está falando sério?
- Claro Michelle, eu não brinco com esse tipo de coisa.
Na verdade, ela não brincava com nada, e não era apenas a Sra. Karie, era a família toda: Seus pais, seu marido e até seus filhos, mesmo sendo pequenos não pareciam ter vida.
Angelie, Kevin, Marie e Nate. Todas as crianças muito parecidas, cabelos e olhos pretos, mas havia um diferente.
E esse era Nate, seus cabelos eram prateados, chegavam a parecer brancos, e essa não era a única diferença, ele era emotivo, ele sim estava vivo.
Sorria, chorava, brincava, fazia graça, ele era uma criança feliz.
E a Sra. Karie vivia o repreendendo, eu sabia disso pois ele vinha chorando pra mim.
- Nanny, Nanny! -E me abraçava.
- Ora Nate, o que aconteceu?
Ele não me respondia, apenas abaixava a manga da blusa e me mostrava o braço.
Na maioria das vezes com cortes ou até mesmo roxo, ele tinha apanhado.
- E por que ela fez isso querido?
- Foi porque eu sorri na frente de um amigo do meu pai.
Isso lá era motivo pra uma criança apanhar? É claro que não!
Eu admito que tinha dó de Nate, mas isso antes de saber o porque da família ser assim.
Naquele dia, a Sra. Karie me chamou em seu escritório.
- Sente-se Michelle.
Eu me sentei, ela me encarou, e quando eu percebi, ela estava a beira das lágrimas, o que não era comum.
- Eu quero que você fuja, e que leve o meu filho Nate com você.
- A Senhora está falando sério?
- Claro Michelle, eu não brinco com esse tipo de coisa.
- Mas... Por quê?
- Não importa, por favor, salve a vida do meu filho!
- Como assim?! Ele está em perigo?
Ela suspirou, percebeu que eu não faria nada sem ter um BOM motivo.
- Michelle, algum dia você já se perguntou por que eu não deixo meus filhos saírem na rua? Ou por que não deixo eles terem contato com o pai?
É, eu já havia pensado nisso, mas nunca aprofundado o pensamento.
- Na verdade já.
- Bom, por sermos ricos, vivíamos sendo ameaçados por bandidos e etc. e por medo, meu marido tomou uma decisão difícil. Ele se juntou a máfia, com o intuito de fazê-los parar de nos ameaçar. Mas não deu muito certo, no dia do aniversário de 3 anos da Marie, nossa casa foi invadida e nossa filha, seqüestrada. O bandido disse apenas que não gostava de momentos felizes, e que não estávamos em condição de sorrir devido à situação do meu marido com a máfia, ele disse que mataria Marie se nós não nos tornássemos robôs sem emoções. E é por isso que somos assim hoje em dia, mas naquela época, eu ainda estava grávida do Nate, por isso ele é assim, e devido ao meu trauma, seus cabelos nasceram esbranquiçados.
Demorei um pouco para absorver tudo aquilo, e finalmente entendi, só faltava uma coisa.
- E por que eu tenho que fugir com o Nate?
- A casa vai ser invadida hoje à noite, e eu não quero ter que explicar isso a ele. Então eu te imploro, fuja com ele e não volte nunca mais.
Estava mais do que claro, ela amava Nate, e queria protegê-lo a qualquer custo.
- Claro Senhora, farei o meu melhor para salvá-lo.
E foi o que eu fiz, um pouco antes do anoitecer, entrei no quarto do garoto, o peguei no colo e andei até a porta de saída.
Nate era muito esperto, esperto até demais, ele sabia que não íamos apenas dar um passeio.
- Onde estamos indo Nanny?
- Vamos passear. -Menti, não custa nada tentar.
Ele me olhou com uma carinha suspeita, abriu a boca para falar mas um barulho o impediu.
O que era aquilo? Um tiro? Não, não podia ser eu tinha certeza de que estava adiantada, será que eu ia falhar?
Ele se jogou do meu colo, e subiu correndo.
- Mãaae, Paaaai!
Outro tiro.
Ele corria, corria sem parar, e eu corria atrás dele.
E depois três tiros seguidos.
Tarde demais, ele abriu a porta do quarto, e ficou parado. Eu o alcancei e vi o que ele viu.
Dois corpos estendidos no chão, juntos.
Um era de Angelie, sua irmã mais velha, e o outro, um rapaz.
Ele era namorado de Angelie, eu era a única que sabia disso, porque tinha de dar a autorização pros seguranças o deixarem entrar.
Angelie era linda, alta com os cabelos até a cintura, lisos em cima e cacheados nas pontas, estava no auge de seus quinze anos. E agora, esta morta.
Sem que eu percebesse, Nate correu para o próximo cômodo, abriu a porta e encontrou novamente corpos, dessa vez, de seu irmão Kevin.
Ele estava sozinho em seu quarto, jogando seu DS, o que eu sabia que o deixava feliz.
Ah Kevin, nunca vou me esquecer de seu rosto, ele era provavelmente o garoto de treze anos mais bonito do mundo, a pele impecável, sem uma mancha, uma espinha. Ele usava uma franja em cima do olho esquerdo, mas estava longe de ser o que as pessoas chamam de emo. E agora, está morto.
Nate andou até o escritório, abriu a porta sem medo. Olhei no quarto e vi a mesma cena.
Sua mãe e sua irmã Marie estendidas no chão.
Ambas muito parecidas, cabelos curtos e cacheados, as mesmas feições, de longe se via que eram mãe e filha. E agora, estão mortas.
Olhei para Nate, ele chorava, não gritava, nem fazia escândalo, apenas chorava, quieto.
Eu o peguei no colo, um garoto de cinco anos não deveria ver aquilo, e em seguida ouvi um barulho, passos que subiam as escadas. Merda, eles voltaram.
Conhecia aquela casa de cima a baixo, sabia todas as saídas, conhecia até os encanamentos. E foi o como conseguimos escapar.
Sem demora, eu peguei o garoto e me joguei da janela, um ato imprudente da minha parte de fato.
Sentia o peso de Nate me esmagando, minha cabeça dava voltas e mais voltas.
- Nanny! Você está bem?! -Ele me perguntou, as lágrimas caindo dos olhos.
- Sim meu querido, me faz um favor?
- Aham.
- Corre, corre pro lugar mais longe que você conseguir, e não deixe os seus sentimentos te atrapalharem, não queria dizer isso, mas agora, os ignore e corra. Como se sua vida dependesse disso.
Eu não queria ter dito isso a ele, mas foi a maneira mais fácil dele me deixar e fugir.
E ele correu.
Agora enxergo duas sombras, chegou a minha vez.
O moço me olhou, tirou a arma e atirou.
Senti a bala penetrar meu estômago.
Dói, dói muito, espero que o Nate não tenha visto isso.
Já não vejo as coisas com clareza, mas vejo a silhueta branca correndo sem parar, já inalcançável.
Viva a sua vida, pequeno Nate River.
Okaaay, eu preciso explicar que o POV é da babá?
Hahaha, e sobre o pai do Near, ele já morreu lá na máfia mesmo.
e aí, vocês gostaram? Tipo, eu demorei um porre pra fazer esse capítulo, espero que esteja bom .-.
E como vocês devem ter percebido, eu tenho um vício pela máfia, adoooooro :D
Bom, é isso.
Beeeijos :*
