Serão certas as suas palavras?

Estavam na Era Feudal. InuYasha, Kagome e Shippou foram a cabana da velha Kaede pedir medicamentos, enquanto Sango e Miroku ficariam para tomar conta de um vilarejo em que passavam os dias. Estava tudo calmo. Sango resolveu ir dar um passeio.

- Estou saindo. Fique ai para tomar conta de tudo, entendeu? – Falava com firmeza olhando para Miroku, afinal, estava nervosa com ele por ele ter paquerado outra mulher.

- Uhum. – Respondeu sem discussão, acenando com a cabeça. Afinal, Sango parecia realmente muito brava. – Er...

- Sim?

- Não, não é nada Sango-chan. – Perdera as palavras. Corou na mesma hora.

- Ótimo. Se assim, já vou, e não me espere tão cedo.

E saiu em direção a uma floresta, perto do vilarejo. Sango não agüentava mais ver aquela mesma cena repetitivas vezes! Gostava muito de Miroku, ao ponto de não admitir isso por medo de ser rejeitada. O monge sempre fala que a ama, mas serão certas as suas palavras?

- Monge... Por que logo você, tão pervertido, foi tomar o meu frágil e puro coração? – Pensava em meio de soluços enquanto caminhava.

- Não posso ficar aqui! Tenho que me redimir com Sango! – Miroku também estava aflito. Magoara mais uma vez a mulher que amava? Não, de novo não. Ele tinha que dar um "fim" nisso. – Como dizer a ela que eu a amo mais do que tudo nesta vida? E o amor que alimento por ti é mais forte do que qualquer outro sentimento que eu já possa ter sentido, mesmo que sendo a dor? Tenho que ir atrás dela. Mas não posso deixar o vilarejo sozinho!

- Vá, Houshi-sama. – Ouviu uma voz.

- Hã? – Olhou para trás assustado. – Kikyou-sama?

- Vá atrás de sua felicidade. A minha pode não estar aqui, afinal, já estou morta. Mas busque a sua. Deixe o vilarejo por minha conta.

- Arigato, Kikyou-chan.

E começou a correr. Será que daria tempo de, mais uma vez, pedir desculpas a sua amada? Ela aceitaria, mais um pedido de perdão?

Chegou à floresta. Agora Houshi-sama respirava, estava cansado. Mas nem o cansaço o impediria de fazer o que precisava ter feito há muito tempo.

Andou por mais um tempo, até avistar de longe sua amada.

- Sango-chan! – gritou desesperadamente.

- Hã? Miroku? – Disse, virando-se para trás.

Se eu tivesse o mundo
que eu queria ter, trocaria tudo
por você...
só você...

Os meus dias são
tristes e sem cor...
sem seu calor,
tudo é dor e solidão...

Fecho os meus olhos
e vejo você
sempre o sol do meu céu,
sorrindo pra mim...
com toda sua luz...

Nos meus sonhos, vou sempre ter você.
Seu sorriso é o que me faz viver.

Vou guardar aqui dentro de mim
o seu sorriso lindo até o fim.

Seus olhos brilhavam. Miroku veio atrás de dela? Sango não acreditava, também, mal podia acreditar.

- Sango! – disse ao encontro dela.

- O que faz aqui, Houshi-sama? Não pedi para você tomar conta do vilarejo? – Perguntava tentando disfarçar a sua alegria em vê-lo.

- Desculpe Sango, mas se eu não viesse aqui agora, eu não dormiria em paz esta noite. A Kikyou esta tomando conta do vilarejo para nós.

- Hunf. – dizia fingindo não se importar com a sua presença. - Mas afinal, por que a preocupação?

- Sango... – pegou as mãos delas, num ato impensado, talvez.

- Glup! – Sango engolia em seco. Sentiu seu rosto queimar, estava ficando corada. – Mas o que você está fazendo afinal? – Disse se afastando.

- Sango, não posso mais mentir para mim mesmo. Cansei desta palhaçada de amor que vivemos.

- C-Como assim?

- Não quero mais enganar você. Não posso! Meu coração não me permite isso. Não posso mais te causar ciúmes, talvez, pedindo para outras garotas parirem um filho meu. – Deu uma pausa. Sango não acreditava no que estava ouvindo!

- Estou c-confusa.

- Afinal, de que adianta se um dia uma dessas mulheres aceitarem terem um filho meu se eu não estarei ao lado da pessoa que eu realmente amo?

- Miroku-sama...

- Sango... Apesar de minhas atitudes pervertidas e das piadas às vezes inconvenientes, não dá para esconder! Sango, eu amo você!

- Houshi-sama! – Seus olhos estavam com lágrimas.

- Sango-chan! – Exclamou, e na mesma hora, virou-se e deu um beijo em Sango. Foi um beijo inesperado, apaixonado, demorado e não instantâneo. Agora Miroku tentava demonstrar todo amor que sentia em seu coração, tão puro e frágil também.

Separaram-se por um tempo, não por falta de amor, mas sim por falta de ar. Sango estava muito corada, e não achava palavras certas para falar agora.

- Houshi-sama... O que foi isso afinal?

- Sango, você me ama?

- C-Como assim?


Mesmo que eu queira esconder
o que eu sinto aqui dentro de mim
meus olhos não param de dizer
que eu te amo tanto assim

Nos sonhos sempre vou te procurar
para poder te falar que sem teu amor
não há luz calor, o meu mundo é frio
Tem tantas coisas que eu quero te mostrar,
eu quero te contar
os meus sonhos, dons da minha vida,
a cor com todos os tons, do meu amor

Peço para o vento te levar meu beijo
E te contar que eu te amo, meu maior desejo

Peço para o vento te levar meu beijo
E te contar que eu te amo, meu maior desejo...

- Eu perguntei se você me ama!

- Monge...

- Vamos Sango! Por favor, me responda! Eu preciso saber!

Sango estava corada. Agora não poderia escapar. Teria de falar tudo de uma vez, ou então, perder o que ela mais valorizava em sua vida.

- Miroku... Não está obvio que eu te amo? – Disse dando um sorriso meio que de lado.

- Sango! – Tinha os olhos brilhando, de imensa felicidade que sentira ao ouvir essas palavras.

E se beijaram. Foi um beijo bem mais longo do que o primeiro. Até esse ponto, é o que sei da história. O que aconteceu depois... Só eles sabem.

By Kik-chan (12/05/2005)

Fim

Oi! É meu segundo one-shot que dá certo! Nuca tinha escrito uma história da Sango e do Miroku, escrevi essa dedicando para uma amiga minha, a Aninha (Sango! Te adoro, Ni!) Espero que vocês tenham gostado!Beijos!

Músicas: "Maior Desejo" e "Seu sorriso" – temas finais da série InuYasha