Bom pessoas, minha primeira fic de Body of Proof. Era pra ser uma oneshot, mas devido a alguns acontecimentos, acabou por se tornar uma two-shots.
Estou enferrujada, pois faz tempão que não escrevo, então sejam piedosos, sim?
A classificação é M, pois o próximo capítulo terá lemons, lemons e mais lemons! Ok?
Agora, bora ler!
(Luuu, essa é pra ti lovinha!)
DISCLAIMER: Esta fanfic foi criada apenas para diversão. Os personagens utilizados não são meus (infelizmente...), bem como nada relacionado á série.
Another One Bites the Dust*
O lugar estava lotado. Música alta, tilintar de copos, fumaça de cigarros, pessoas conversando e rindo.
Pessoas vivendo. O completo oposto do meu escritório.
Não que isso fosse ruim. Pelo contrário, era bom ver gente viva de vez em quando, só para variar.
Com alguma dificuldade consegui andar até o bar e encontrar dois banquinhos vagos. Provavelmente todos os que estavam ali tinham companhia e não precisavam ficar sozinhos, perto do bartender.
- Vou querer... hum...- pensei um pouco.- Uma marguerita.
Assim que pedi a bebida, ouvi uma risada atrás de mim.
- Marguerita, huh? Vejo que alguém está querendo se divertir esta noite.
- Tommy Sullivan. Não sei porque isso não me surpreende.- disse, sem me voltar para olhá-lo.- Devo perguntar a que devo a honra?
Ele sentou-se no banquinho ao meu lado e esperou até que eu o encarasse, para responder.
- Estava entediado, é sexta-feira, resolvi tomar alguma coisa.
- E, por uma coincidência do destino, você acabou vindo parar logo aqui, ao meu lado?- ergui uma sobrancelha enquanto tomava um gole da marguerita.
- Quem sabe seja o destino conspirando a nosso favor?
- Nosso?- eu ri.- Não vejo como essa "conspiração" seja vantajosa para mim...
- Tem certeza de que quer ir por este caminho, Dra. Hunt?
- Que caminho, Det. Sullivan?
Ele se inclinou na minha direção.
- Me desafiar. Você sabe muito bem o quão vantajosa essa "coincidência" pode vir a ser.- então endireitou-se no banco e chamou o bartender.- Um cowboy, por favor.
- Ok, Tommy, eu não vim aqui para me incomodar. Vou apenas tomar meu drink e ir embora, pode ser?
- Ora, vamos aproveitar a noite. Duvido muito que você tenha vindo até aqui por um drink apenas.- ele tomou de um gole só o whisky.- Minha companhia não pode ser tão detestável assim.
Continuei tomando meu drink e não respondi. Eu realmente não estava ali para, apenas, uma bebida e a presença dele não era detestável, embora eu jamais fosse admitir isso em voz alta.
- Hum, bem, e a Lacey? Gostando da Inglaterra?- Tommy perguntou para quebrar o silêncio.
- Sim. – respondi, engolindo o restante do líquido.- Falamos hoje mais cedo e ela está fascinada por tudo.
- Legal. Quando eles voltam?
- Em uma semana.- fiz sinal para o bartender, pedindo outra marguerita.- E você?
- Eu?- ele me olhou com estranheza.- Eu o quê?
- Céus, Tommy! Estou tentando ser cordial!- bufei, sem saber se ficava indignada ou ria dele.
- Não há muito que falar de mim. É sempre o mesmo, sabe? Prender os caras maus e ir para casa.
- Você esqueceu de mencionar a parte de sair com jovens policiais atraentes.- cutuquei.
- Ah, Megan, pelo amor de Deus. Eu já disse que não existe nada entre eu e a oficial Dunn.- ele me encarou.- Além do mais, eu a convidei para ir ao jogo comigo somente porque você recusou minha oferta.
Pensei em retrucar, mas nenhum dos setecentos argumentos que me ocorreram pareciam válidos. Pelo menos não para qualquer pessoa com mais de doze anos de idade.
Então, antes de qualquer nova tentativa de conversa, soaram os primeiros acordes de uma música muito conhecida nossa, e eu não pude conter uma gargalhada quando Tommy me olhou e falou:
- "Another one bites the dust!"
- Meu Deus, há séculos não ouço essa música!- comentei ainda rindo.- E, mesmo assim, ela sempre vai me lembrar da sua cara cantando isso quando o senhor Mason morreu.
"Você parecia um maluco."
Ele começou a rir também.
- Você queria o quê? Eu estava com meu ombro arrebentado, uma residente mau humorada estava me atendendo e eu não sabia se o velho, que parecia o Freddie Mercury com trezentos anos, estava morrendo ou dançando o moonwalk.- ele sorriu.- A única atitude que me ocorreu foi essa.
Naquele momento o refrão tocou e ele cantarolou junto:
- "And another one gone, and another one gone. Another one bites the dust!"
- "Hey! I'm gonna get you too! Another one bites the dust!"- emendei.- Aquilo foi insensível.
- Mas te fez rir, se bem me lembro. E me valeu o número do seu telefone.
- Eu não podia dizer não a um oficial da lei ferido em combate.- falei com a voz mais grave, tentando segurar o riso.
Ele riu e secou o segundo copo de whisky, enquanto eu tomava um gole substancial da marguerita.
- Bom, então devo fazer uma confissão agora que sei disso.
O encarei, subitamente séria, quando ele disse aquelas palavras. Qual seria a bomba que viria a seguir?
- Me feri num treinamento de tiro, não em combate. Só disse aquilo para te impressionar.
Acho que o alívio que senti deve ter ficado estampado em meu rosto, pois ele riu e perguntou:
- Nossa, Megan, o que você esperava? A confissão de um assalto á banco?
- Não sei. Provavelmente algo assim... ou pior...
- Agora você me ofendeu.- ele falou e percebi algo estranho em sua voz.
Nos dois segundos que tive para pensar, eu soube que precisava decidir entre manter a pose de durona, sarcástica e arriscar afastá-lo ainda mais; ou apenas me desculpar e, bem, seguir em frente do jeito que estávamos.
Embora eu não soubesse bem qual era esse "jeito".
- Desculpe, eu não quis dizer... Eu não...
- Ok, Megan. Como se eu não a conhecesse...
- O que, exatamente, você quer dizer?
- Não vamos começar com isso de novo, vamos? – ele pediu duas tequilas ao bartender.- Levantemos a bandeira branca, huh?
Eu sorri. Por que complicar mais as coisas? Além do mais, era só uma noite normal, uma conversa entre dois amigos com um passado em comum.
- Já tomei duas margueritas, Tommy. Sem chance de eu tomar algum shot de tequila!
- Ah, mas eu já pedi. Além do mais, não era você a durona? Aquela que aguentava uma garrafa de tequila? A...
- Bom, não quero ser estraga-prazeres, mas isso foi há vinte anos. Eu envelheci e você também, garotão!
- Ora, Megan, vai amarelar? Vamos, a intenção hoje não era se divertir?
- Ok, isso vai fazer você ficar quieto?
Ele só fez um sinal afirmativo, embora sua expressão facial demonstrasse que aquilo não era verdade.
E lá se foi um, dois, três, quatro shots de tequila com limão e sal.
O lugar logo estava muito quente, a música já não parecia tão alta e tudo estava tão mais engraçado. A conversa fluía fácil, a risada vinha espontânea e a vontade de estar mais perto também. Logo, Tommy estava com a mão esquerda sobre a minha coxa e eu me inclinava cada vez mais em sua direção.
- Eu preciso ir. Está tarde.- levantei-me do banquinho e o bar girou diante de meus olhos, fazendo com que eu me desequilibrasse.
As mãos fortes de Tommy me seguraram, impedindo-me de cair ou dar um passo em falso.
- Ops, parece que alguém precisa de ajuda.- a voz dele saiu arrastada.
- E não pareço ser a única. Acho que precisaremos nos apoiar um no outro para chegar até um táxi.- constatei, com a fala tão enrolada quanto a dele.
Apanhei minha bolsa e casaco, que jaziam sobre o balcão, e saímos de braços dados, ainda rindo de qualquer coisa.
O vento gelado conseguiu me deixar um pouco mais desperta, mas, obviamente, não foi capaz de me devolver o equilíbrio perdido três tequilas antes.
- Eu pego o primeiro táxi, afinal sou a dama da situação.- falei, encarando-o, com o rosto bem próximo ao dele.
- E por que não pegamos o mesmo?
- Por que eu pretendo ir para casa, dormir na minha cama.
- E quem disse que eu a impediria de fazer isso?
Naquele momento não soube o que pensar da declaração dele. Claro que eu não queria nada com ele, mas, ao mesmo tempo, aquela resposta me deixou insegura. Será que eu não era mais atraente? Será que a história dele com a Oficial Dunn estava mais séria do que eu supunha? Será que tudo estava, realmente, acabado entre nós?
"Maldita tequila, odeio o modo como me deixa vulnerável!- pensei.- Era pra ser uma noite tranquila, não um festival de ideias idiotas e pensamentos absurdos sobre como..."
- Ei, Megan, você vem ou não?
Quando dei por mim, Tommy já estava segurando aberta a porta de um táxi, esperando que eu entrasse, embora eu não soubesse de onde tinha surgido aquele veículo.
Com sua ajuda, entrei no carro e, apesar do gesto dele ter sido cavalheiresco, suspeito que a "nobilíssima" intenção dele era apenas olhar meu traseiro.
- Posso?- ele me perguntou, assim que me ajustei ao banco.
- Entre antes que eu mude de ideia.
Ele entrou e fechou a porta, em seguida deu meu endereço para o motorista.
- Foi uma noite muito agradável, Tommy. É incrível como você sabe ser atraente, quando quer.
- Isso foi uma cantada, Dra. Hunt?- ele arqueou uma das sobrancelhas e me encarou, com aquele sorriso canalha.
- Não Detetive Sullivan, foi uma constatação. Não sou mulher de dar cantadas!- falei, insinuante. Era um jogo? Pois bem, dois podiam jogar.
- Claro que não, você é uma mulher de ação, eu sei disso. É por isso que combinamos tão bem.
Então ele se aproximou e, antes que eu pudesse reagir, me beijou.
...
CONTINUA
*Another one bites the dust: expressão inglesa que significa o mesmo que "mais um bate as botas". Também o nome de uma canção da banda Queen, que foi lançada e teve seu auge há 20 anos.
Bem, pessoas lindas, deixar review ainda é graça, sabiam? Então sejam gentis com esta pobre ficwriter e deixem sua crítica/elogio/sugestão/palpites da Mega Sena, enfim, o que for, naquele espaço que diz: REVIEW.
Estamos conversados?
