N/A: Minha segunda Violate, que emoção! x)
Por favor gente, eu preciso muuuuito saber o que vocês acham, então, por favor mandem Reviews!
Agora chega de atrapalhar, boa leitura :*
3rd P.O.V
Escondido nas sombras havia um rapaz de cabelos loiros, suéter preto, velhos jeans rasgados e gastos e all star puído. A mesma roupa que usava quando morreu vinte anos atrás. Ele estava sentado em uma cadeira largada no vazio de um velho e úmido porão, em uma antiga e sedutora, porém perigosa casa. The Murder House.
Uma tímida luz reluzia na penumbra, o único foco que espantava a escuridão era o reflexo prateado do anel em seu polegar. Estava curvado sobre si com os cotovelos apoiados nas pernas, os dedos cruzados apoiavam sua boca equilibrando sua cabeça. Estava pensando.
Ele parecia perturbado, seus olhos vidrados e vermelhos o traiam, andara chorando. Esteve engolindo saliva constantemente para tentar desatar o nó que crescia em sua garganta, mas só havia um jeito de se livrar dele, mas Tate já estava cansado de gritar só o que ele queria era arrancar toda aquela fúria provocada pelo desespero de seu peito.
Levantou, estava inquieto, andou de um lado para o outro tentando se acalmar. As vozes ecoando em sua cabeça e eclodindo temor e raiva em seu peito. Suas mãos estavam gélidas e suavam. Sua nuca doía. Isso acontecia quando seu humor mudava bruscamente, uma dor lasciva se alastrava por sua nuca repuxando seus músculos provocando-lhe espasmos que puxavam seu rosto para os lados, assim como aos maníacos nos filmes. Como um tique.
Ele finalmente perdeu sua paciência e chutou a cadeira, depois a pegou e jogou-a na parede, descontou toda sua fúria nela até que não restasse um único centímetro intacto dentre o metal retorcido, mas não era o suficiente, a raiva, a angústia, o medo e a dor permaneciam.
-Violet... – Ele sussurrou socando a parede começara a chorar. Encostou a testa na superfície gelada do concreto rendendo-se. – VIOLEEET! – Ele gritou até sua garganta arder e seu peito ficar em chamas por conta da falta de ar.
Tate socou a parede mais uma vez e se afastou, correu a largos passos até o sótão e começou a procurar alguma coisa, jogando objetos, papeis e móveis no chão, abrindo passagem e destruindo tudo o que estivesse em seu caminho.
Até que ele parou de estalo. O tilintar de correntes próximas o trouxe de volta.
-Beau? Beauregard cadê você? – O som das correntes ficou mais próximo, assim como o som da respiração pesada e obstruída do irmão.
-Hey, Beau! Como você está? – Tate sorriu e bagunçou o cabelo desgrenhado do irmão. Beau sorriu contente e pulou no mesmo lugar.
-Eu preciso saber. Onde está aquele pacote que eu te entreguei? Onde o escondeu? – Beau rodou em torno de si e desapareceu correndo para a sombra, quando voltou trazia na mão um pequeno embrulho em saco plástico, tinha um sorriso satisfeito no rosto quando o entregou.
Tate não se fez de rogado e abriu o pacote para verificar seu conteúdo. Outro sorriso voltou a desenhar-lhe o rosto e ele olhou para o irmão.
-Bom trabalho Beau! – Ele começou a grunhir de contentamento e ofereceu a bola vermelha a Tate.
-Brincar?
-Mais tarde amigão. Agora tenho algo a fazer, mas prometo que te trago aquela torta de maça que tanto gosta. – Beau nem teve tempo de mostra-se triste, sua doçura e inocência eram facilmente compradas com promessas de brincadeiras e guloseimas.
Tate sorriu uma última vez para o irmão e correu apreçado para o segundo piso, entrou em seu antigo quarto, que agora também era o... Dela... Trancou a porta, ligou o som e com desespero derramou o conteúdo do saquinho na mesa, separou alguns comprimidos e os esmagou. Triturou-os e formou pequenas fileiras com o pozinho branco. Cocaína. Usou uma folha enrolada em forma de cilindro para inalar a droga.
Em pouco tempo ela já começara a fazer efeito, a sensação de euforia e bem estar o consumiam, seu coração estava acelerado e as pupilas dilatadas.
No som estava tocando Iowa do Slipknot. O instrumental da música presente nos primeiros minutos foi embalando-o e deixando-o em êxtase, quando a letra finalmente começou, ele a acompanhou com um sussurro:
"Relax... It's over, you belong to me; I fill your mouth with dirt"
Ele sorriu, fechou os olhos e pendeu a cabeça para trás.
"Relax... It's over, you can never leave
I take your second digit with me...
Love..."
Começou a mover-se na cadeira.
"You are... My first, I can barely breathe
I find you fascinating
You are... My favorite, lay you down to sleep
It's all that I can do to stop...
Love..."
Pendeu novamente a cabeça e começou a sacudir a perna marcando o tempo.
"So blue... So broken, paper doll decays
I haven't left you yet
So cold... Subversive, your eyes are full of bleach
Tomorrow, I will go away again... Love..."
Ficou seguindo o ritmo da música balançando a cabeça durante a longa pausa na letra, apenas se movendo de acordo com o ritmo. Então quando Corey recomeçou a cantar, ele se dobrou sobre si e começou a berrar junto com a canção.
"YOU ARE MINE, YOU WILL ALWAYS BE MINE, I CAN TEAR YOU APART
I CAN RECOMBINE YOU
ALL I WANT IS TO COVET YOU ALL
YOU BELONG TO ME
I WILL KILL YOU TO LOVE YOU."
Sua mão correu até a gaveta de cima e dela tirou uma navalha, arregaçou a manga do suéter e pressionou a lâmina contra sua pele branca que logo exibiu dois longos cortes vermelhos no formato da letra "V".
Ele sorriu para o sangue que escorria tingindo o soalho de madeira, assim que o corte desapareceu, ele fez uma série de outros consumindo todo o espaço de seu antebraço até que sua pele não passasse de uma grande mancha rubra, esses levaram um pouco mais de tempo para se curarem, haviam sido fundos.
Mas assim que eles sumiram, Tate tornou a cravar a lâmina no antebraço, ainda mais fundo, desta vez ele escreveu o nome dela "VIOLET". Volumosos jorros de sangue escuro pulsaram para fora da ferida e empaparam o chão, então ele recomeçara a chorar baixinho, a voz dela o chamando em sua cabeça.
"Tate!" "Tate!" "Tate!" "Tate!" "Tate!"
"Tate!" "Tate!" Tate!"" Tate!"" Tate!"
Ele levou as mãos à cabeça tentando tapar os ouvidos.
-Violet! – Ele gritou entre lágrimas – Me perdoe, por favor, não me deixe... Não me deixe!
Começara a sentir-se tonto pela perda de sangue e o aumento da pressão provocado pela droga. Escorregou da cadeira chocando-se com o chão, não havia dor, pois seu corpo estava entorpecido, mas ele conseguiu ouvir o baque de seu corpo e perceber a poça de seu próprio sangue. A última coisa da qual se lembra antes de desmaiar era a imagem distorcida de Violet horrorizada ao abrir a porta e do desespero da sua longínqua voz gritando: "Oh não! TATE!"
N/A: E ai o que acharam do primeiro capítulo? Sejam sinceros, ficou muito ruim? :X
Não se esqueçam, por favor mandem reviews! :*
~T.
