Spoiler: Atenção, contém SPOILER de HBP. Não leia se você não quer saber o que se passa no sexto livro.

Disclaimer: Nunca mais jogo pôquer na minha vida. Já eram todos meus. Mas aí a JK ofereceu um tudo ou nada: o bicho-papão e o patrono do Snape contra todos os personagens. Eu topei. Mas como eu ia adivinhar que ela iria transfigurar as cartas? Buááááá. Perdi tudo e o universo Harry Potter ainda é da loira. Mas ela não sabe que eu peguei todos emprestados para brincar. Como estou só brincando, não terei fins lucrativos e nem vou ganhar nada. A não ser o prazer de me divertir. Ah, a música também não é minha.

Nota da autora: Eu reli esse capítulo umas dez vezes, mas ele não foi betado. Assm, se alguém achar algum erro enorme, perdoe e me avise, por favor.

Cap 1 - Encontro e discussão

Logo após a cerimônia de sepultamento de Alvo Dumbledore se encerrar, Hermione Granger, ainda atordoada com tudo que havia ocorrido na escola, segue com os demais alunos para o Expresso de Hogwarts, que seguiria para Londres, levando os alunos, uma vez que o ano letivo estava suspenso. Ao chegar próximo ao comboio, no entanto, resolve que não pretende esperar pela longa viagem de trem. Ela não se sente segura e suspeita que os comensais poderiam atacar no caminho.

Ela avisa aos amigos Harry e Ron para não se preocuparem e, como já tem autorização do Ministério da Magia, ela aparata diretamente na casa de seus pais, esperando que o período de férias forçadas após a morte do diretor lhe traga, pelo menos, equilíbrio e esperança. Correndo, procura pela mãe e a encontra no quarto, fazendo as malas.

- Hermione, querida, que bom que você chegou. Como foram as aulas, pergunta a senhora Granger.

- Ah, mãe, nem queira saber. Tanta coisa aconteceu..., diz a jovem, recomeçando a chorar sem controle. – O professor Dumbledore morreu. Mas não quero falar nisso agora, mamãe. Que malas são essas?

- Filha, você não recebeu a nossa carta? Fomos sorteados para passar dez dias a bordo de um cruzeiro pelo Caribe. Vamos partir amanhã cedo. Você tem que correr para arrumar suas coisas.

- Ah, mãe. Desculpe, mas vão vocês. Eu não estou com vontade para passear e o Harry vai precisar de mim a qualquer momento.

- Mas como eu posso deixar você aqui sozinha?

- Eu vou arrumar as minhas coisas, descansar um pouco, uns dois ou três dias, e depois vou para a Toca, ficar lá com os Weasley. Fique tranqüila que vai ficar tudo bem.

- Mione...

- Pode deixar, mamãe. Você e o papai bem que merecem outra lua-de-mel..., diz a jovem.

- Sim, merecemos. Uma tranqüila e proveitosa viagem. E é por isso que, caso você não viaje conosco, terá que seguir diretamente para a casa dos seus amigos Weasley. Isso é uma ordem, mocinha, não está em discussão, diz a senhora Granger.

Hermione, sem opção, concorda e sai do quarto. Já no seu quarto, ela se joga na cama e recomeça a chorar. E agora, pensa, como será a luta contra Voldemort? E como o professor Snape pôde matar Dumbledore? Porque ele traiu a todos, traiu a Ordem? Como ele pôde traí-lo, logo o diretor, que sempre esteve do lado dele, defendendo-o das pessoas que não confiavam em Snape?

Todas essas perguntas passavam pela mente de Hermione, que chorava sem parar até que, exausta, dormiu um sono agitado. Os Granger foram até o quarto da filha, para tentar dissuadi-la da idéia de não acompanhá-los na viagem, mas diante da aparência desconsolada e do sono inquieto da filha, acabaram por concordar em não insistir na idéia e deixar que ela fosse para a casa dos amigos.

Na manhã seguinte, mais disposta, Hermione vai com os pais até o cais, onde eles embarcam para a viagem. Voltando para casa e já pensando em arrumar as malas e seguir até a Toca, Mione primeiro vai até a cozinha, onde prepara um lanche rápido, afinal, ela estava faminta. Não se lembrava mais qual tinha sido a última vez que se alimentara. Distraída, se assusta ao ouvir um "plop" característico: ela tem certeza de alguém aparatou na sua casa.

A jovem sai correndo da cozinha, em direção da sala da casa, de onde parecia vir o barulho. Sem pensar direito, ela saca a varinha e já estava se preparando par estuporar o visitante inesperado, quando o ouve gritar:

- Expelliarmus!

Pega de surpresa, e desarmada ainda por cima, Mione é obrigada a parar.

- Posso saber o que você está fazendo aqui? Eu deveria era te entregar para a Ordem. Posso te garantir que todos estão querendo colocar as mãos em cima de você, professor Snape, seu traidor, grita ela.

- Calma, Hermione. Eu posso me explicar..., diz Severo Snape, não surpreso com a reação dela. Já esperava por algo semelhante, desde o que acontecera em Hogwarts. Mas acreditava que a sempre ponderada e justa Hermione Granger pudesse ouvir suas explicações.

- Hermione? Como assim, Hermione. É se-nho-ri-ta Granger para o senhor, professor Severo Snape. E explicar? Explicar o que? Explicar que você sempre foi um traidor, que traiu a confiança da única pessoa que conhecia seu passado e ainda assim te aceitou, que confiou em você? Explicar que na verdade você nunca deixou de ser um Comensal da Morte, eu nunca abandonou Voldemort? Ora, isso está muito claro para todo mundo depois que você matou Dumbledore, afirmou Hermione, quase aos berros.

- Não é isso o que você está pensando, senhorita Granger. Por favor, espera, me deixa fa..., Snape é interrompido.

- Falar, falar o que? Eu não sou o professor Dumbledore, que vai se deixar enganar pelas suas palavras que, no fundo, são falsas. Falsas como você é. Como eu pude me enganar, como eu não confiei na minha lógica, que dizia que uma vez Comensal, sempre Comensal da Morte, afirmou Hermione.

- Por favor, acredite na sua intuição, nas suas emoções, diz Snape.

- Ora, ora. Mas a que ponto o grande, frio, cruel e lógico professor de Poções chegou, na sua tentativa de enganar as pessoas. Intuição, professor Snape? Logo o senhor vem me falar em intuição, o senhor que sempre desdenhou de tudo que não fosse científico? Emoções? E por acaso o senhor sabe o que isso quer dizer? Não me faça rir, até porque não é caso para piadas. Quer saber? Desaparece da minha casa. O senhor não foi convidado para vir aqui e a única coisa que me impede de te entregar nesse momento para alguém da Ordem é o fato de que, bem ou mal, o senhor foi um bom professor. Mas por favor, desapareça agora, ou vou me esquecer desse fato, diz, friamente, Hermione.

- Está certo, senhorita. A senhorita quer assim e assim será, diz Snape, antes de desaparatar e deixar Hermione caída no chão da sala. O choque foi demais para ela...