essa fic é Universo Alternativo.


Alvorecer Sombrio


Ele não era o jovem mais belo do mundo, mas sempre se levantava ao amanhecer enquanto eu passava anunciando Apolo. Sou Ginevra, deusa da Aurora, meus cabelos vermelhos colorem o céu enquanto caminho nas nuvens trazendo o começo da luz do Sol de Apolo e, toda manhã, podia vê-lo começar seus exercícios de caça. Os olhos cinzentos e belos, os cabelos claros como o ouro mais fino. Aquele mortal que me fascinava, Draco.

E eu queria aquele mortal para mim, mas que tragédia seria tal vontade. Era casado há poucos meses com aquela mortal favorita de Á como ele, tão clara e de longos cabelos dourados, os olhos não eram cinzentos, mas violentamente azuis. O sorriso iluminado da bela mortal me irritava tanto e não podia fazer nada em respeito à Ártemis.

Ártemis havia lhe presenteado com um cão de caça que corre mais que todos os outros e um dardo incapaz de errar seu alvo. Astoria pegou seus presentes e deu-os para o marido como um presente.

Eu ainda o observava. Com sua esposa, com seus presentes enfeitiçados, com seus exercícios e caça. Ele gostava tanto de caçar, do desafio e de seguir os animais nas empreitadas.

Naquela manhã Draco se preparava mais uma vez. Alongava-se e descia pela floresta caçando com seu cão e seu dardo mágico e naquela manhã ele parecia tão preparado que o roubei para mim.

Coloquei sobre uma nuvem macia e esperei que acordasse e então percebesse que estava caminhando no céu ao meu lado. Ah, como sorri e fui amável, como estava tomada de amores e paixão, mas os olhos cinzentos dele me recusaram.

Draco era feliz com sua comum e mortal Astoria. Draco era famoso e querido entre os seus pelos presentes que detinha. Tão feliz em seu pequeno mundo que não enxergava o quanto poderia ser melhor comigo. Como queria que não rejeitasse meu amor.

Envolvi-o com beijos apaixonantes, mostrei todas as cores que vinham de mim, deusa da Aurora, desenhava seu sorriso nas nuvens para que ele visse e mesmo assim desejou voltar para sua mortal.

- Ora, então vá, siga aquela que lhe trará desgraça e tristeza. – disse irada à Draco e o devolvi à sua terra.

Observei-o do meu lugar nos céus enquanto ele esquecia minhas palavras e vivia naquela felicidade simples. Não posso expressar como me sentia. Como era saber que ele rejeitava meus sentimentos em favor dela. Bela mortal, Astoria. Apenas uma bela mortal sem nada mais para oferecer e agora eu só observaria enquanto ele se aproximava do que lhe causaria tanta dor.

E ele a perdeu pelas próprias mãos. Bela mortal, Astoria era, mas tola demais. E acreditou que ele se encontrasse com outra mulher. Logo ele, que rejeitara uma deusa em seu favor. E Astoria em toda sua tolice o seguiu em sua caçada e eu observei e sabia o que aconteceria.

Meu coração se apertou pelo sofrimento dele.

Porque no momento seguinte Draco ouviu o mato se sacudir e julgou ser um animal, ah pobre e querido Draco, jamais imaginaria que fosse Astoria, sua bela e mortal Astoria ferida mortalmente com o dardo que não erra o alvo jamais.

Como ele sofria e se recriminava enquanto a vida deixava Astoria e as Parcas cortavam o fio que a mantinha ali.

E naquele momento final, Draco estava sozinho e senti pena. Senti seu pesar e quis confortá-lo, mas não me movi. Tola e bela Astoria que agora estava com Hades. Tola e bela mortal que tinha o amor do mortal que eu amava e desconfiou desse amor e agora estava perdida. E logo ele estaria também.


NA.: fanfic para o across the universe utilizando mitologia grega.