áá
ááBem essa é a minha primeira fic... Então por favor, tenham paciência por qualquer erro que eu possa cometer! sei que o primeiro capitulo pode pareçer uma verdadeira "seca" p, mas asseguro-vos que o resto da fic não será assim! xD
Disclaimer: Harry e Potter e companhia não me pertencem...(olhando para os lados)... mas um dia vão!Prepare-se tia Jô! Muahahahaha!(risada e olhar demoniaco)
Resumo: Virgínia Weasley, uma jovem orfã que mora no bordel do seu tio, ao conheçer Draco Malfoy,o temível e poderoso capitão do exército Romano do Norte, é obrigada a tornar-se numa prostituta. Será o amor deles possível?
Prólogo - A rotina
Uma figura feminina corria apressadamente pelas ruas desertas de um bairro degradado. A mulher agarrava com força um fino cobertor azul escuro protegendo um bébé que chorava desesperadamente, quase como a sua mãe. A mulher entrou por uma das ruas, mas estacou vendo que se tratava de uma rua sem saída.
O som de uma trombeta foi ouvido, e a mulher virou-se para ver que vários homens a cercavam, todos eles com fortes armaduras prata e capas de veludo vermelho sangue, brilhando á luz da lua. A mulher agarrou com mais força o embrulho em suas mãos, como se tal pudesse proteger o seu precioso conteúdo. Os seus orbes castanhos mostravam determinação e frieza, contudo estes mudaram de expressão quando uma forte e alta silhueta se destacou entre os soldados romanos.
- Entrega a criança,Molly - Disse a silhueta num tom de voz grave, mas estranhamente calmo. A mulher apertou o bébé contra si, que continuava a chorar desesperadamente.
- Não entregarei Virgínia... - Disse com firmeza, enfrentando a alta e forte silhueta, cuja face era impossível de visilubrar nas sombras.
- Virgínia, dizes tu? - Sussurrou o homem, num tom de perigo e ameaça - Achas que uma mestiça, mereçe o nome da imperatriz mais bela que Roma teve o prazer de possuir? Creio que não.. - Completou num sussurro quase inaudível - Tirem-na! - Ordenou súbitamente.
- NÃO! - Gritou a mulher ao ver arrancado de si,o seu precioso embrulho - NÃÃO!
Dois homens agarraram-na fortemente não permitindo que esta fosse de encontro ao seu bébe, que chorava agora embrulhado no fino cobertor azul, nos braços do homem sob a qual ordenara a sua sentença.
O homem saiu das sombras, revelando o seu rosto. Os seus olhos eram de um verde escuro mas extremamente brilhante, e os cabelos ruivos e longos, revelando uma beleza séria. O homem desembrulhou o cobertor, sob os gritos sofredores da jovem mulher, e visualizou a criança inocente e indefesa que chorava em seus braços.
A sua pele era branca, e a sua pelagem rala na nuca, daria a entender ser de um ruivo fogoso. Suas pequeninas feições eram angelicais e perfeitas, mas o que mais chamou a atenção do belo homem, foram seus olhos. Verdes esmeralda, extremamente vivos e brilhantes. Tal como a sua falecida mãe.
A expressão dura e impassível do homem, tornou-se súbitamente melancólica á medida que analisava o pequeno ser em seus braços.
- Virgínia... - Sussurrou esticando os lábios levemente num sorriso melancólico e nostálgico, e passando o dedo indicador por uma das bochechas brancas como a neve da pequena, abriu um pequeno sorriso.
A mulher que chorava e esperneava desesperadamente, tentando soltar-se dos fortes braços dos soldados que a agarravam, acalmou-se vendo essa reacção.
- Virgínia... é afinal um bom nome... - Disse o homem, aproximando-se e ficando de frente para a mulher que o encarava confusa e de lágrimas nos olhos castanhos - Mas receio, que a pequena Virgínia não seja bem-vinda aqui...
- Arthur... - Sussurrou a mulher confusa ao ver a sua filha ser novamente depositada na segurança dos seus braços pelo forte homem á sua frente.
Então o belo homem, aproximou-se da mulher depositando-lhe um beijo na sua testa e um outro na testa da sua filha, e sem perder tempo virou-lhes as costas e sacou da sua espada romana de capitão, infrentando todos aqueles que eram testemunhas do seu feito, e dando a sua vida para proteger a sua nova e pequena família.
16 anos mais tarde...
Era uma noite de sexta-feira, um dia da semana como outro qualquer. Era uma grande animação de um conheçido e popular bordel nos arredores de Roma. Este encontrava-se cheio de homens, na maioria soldados romanos que festejavam a sua última batalha contra os bárbaros. O cheiro a alcool e a tabaco inundava o imenso salão, mas ninguém pareçia se importar com isso
Os quartos do bordel estavam practicamente lotados, há exceção de um. A porta branca com detalhes em dourado, no final do extenso corredor dava entrada a um quarto, não tão grande como os outros, mas extremamente bem cuidado e limpo.
Lá repousava uma jovem, de longas e brilhantes melenas vermelhas soltas até ao final das suas costas, e uns olhos de um verde espantoso. Verde esmeralda. As suas feições eram perfeitas e delicadas, e esta possuía uma beleza delicada e rara.
A jovem, sentada numa cadeira de pinho em frente a uma pequena escrevaninha, pareçia absorta na leitura de um livro de capa verde-couro, os seus olhos moviam-se com rapidez e atenção por entre as finas linhas do grosso volume.
Três batidas suaves, foram ouvidas na porta branca com detalhes em dourado, e uma mulher de aparência mais velha, mas sorridente entrou com uma bandeja de comida nas mãos, fechando a porta logo de seguida.
- Gina, querida trouxe-te o jantar - Disse a mulher depositando a bandeja em cima da colcha azul-clara da cama.
- Obrigada tia... - Disse Virgínia absorta na leitura do livro. A mulher caminhou até á jovem, curiosa por saber o motivo de tanta atenção por parte da ruiva.
- A ler outra vez a Biblia querida? - Perguntou a mulher num tom de voz cansado - Não sabes já as falas de cor e salteado?
Virgínia sorriu, e desviando a atenção do livro pela primeira vez, concentrou os seus orbes verdes esmeralda nos olhos castanhos claros da mulher que a encarava com uma expressão divertida atrás de si.
- Ainda não decorei os sinais de pontuação - Disse sorrindo travessa. A mulher gargalhou e pegou numa escova de madeira depositada na pequena escrevaninha, começando a pentear as melenas soltas de Virgínia.
- Hoje Gina, não desças para o salão - Disse a mulher com um tom de voz mais sério - Ouvi dizer que hoje chegaram os soldados do norte da batalha, e que com certeza vão querer festejar.
- Tudo bem, eu vou ficar aqui - Disse Virgínia suavemente. Ela já estava habituada a passar noites inteiras no seu quarto, sem poder sair quando chegavam outros clientes, novos principalmente. Sim, porque os clientes habituais já a conheçiam, desde que practicamente ela nascera. Tanto que a tinham apelidado de "Pequena Princesa", um apelido carinhoso, pois para eles ela não passava mesmo de uma menina.
Contudo quando Virgínia completou os seus 12 anos, e começou a apareçer os seus primeiros sinais de que o seu corpo estava a mudar, fora proíbida de descer para o salão em dias mais cheios, pois havia receio por parte daqueles que a amavam, que clientes cobiçosos ousassem retirar a pureza da menina.
- Ah a propósito querida, o senhor Lupin e Albus tem saudades tuas - Disse a mulher finalizando de pentear as melenas ruivas de Virgínia - Eles já não te veêm há um bom tempo...
O senhor Lupin e Albus, eram dois dos clientes habituais que o bordel possuía. Eles começaram a frequentar o bordel quando a jovem tinha apenas 6 anos, e tinham muito carinho e consideração por esta.
- Eles estão cá? gostava de os poder ver... - Disse Virgínia com uma expressão triste, encarando a tia. Esta sorriu-lhe mas acenou negativamente com a cabeça.
- Hoje não querida, o salão está cheio e nem eu nem o teu tio Sirius queremos-te lá embaixo - Disse a mulher com firmeza colocando uma mecha ruiva atrás da orelha da sobrinha. Virgínia suspirou lentamente e acenou afirmativamente com a cabeça. Não valia a pena discutir com a sua tia ou com quem quer que fosse sobre esse assunto.
- Posso ao menos ir á cozinha? - Perguntou a ruiva com um brilho de esperança nos orbes verdes esmeralda - Por favor...?
A mulher riu com a expressão da sobrinha e acenou afirmativamente, e dando-lhe um beijo de boa noite na sua testa, retirou-se do pequeno quarto em tons de azul claro e branco.
A ruiva deu um suspiro quase inaudível ao ver a sua tia a fechar a porta do quarto, e voltou o seu olhar para a janela , onde era possível ver a lua cheia em todo o seu esplendor no céu negro.
Virgínia levantou-se da escrevaninha e caminhou lentamente até á janela, abrindo-a para poder admirar melhor as estrelas e a lua. Lá embaixo era possível ouvir muitas gargalhadas, dando a clara indicação de que o salão de facto estava cheio.
Deu um último suspiro antes de voltar a fechar a janela. Já estava farta de ter de passar practicamente os dias inteiros trancada no quarto, tudo por culpa dos clientes.
Num ímpeto de raiva e determinação, a ruiva abriu uma gaveta da sua penteadeira, retirando de lá uma capa negra e comprida com um capuz, e colocou-a cuidadosamente e rumou para fora do pequeno quarto.
Caminhando silenciosamente pelo extenso corredor repleto de portas, Virgínia desceu as grossas escadas em caracol que iam dar ao enorme salão, e com uma rápida olhada para certificar-se de que ninguém a olhava, esgueirou-se rapidamente para dentro de uma porta verde-escuro, a cozinha.
- Gina! vieste nos fazer uma visitinha? - Perguntou uma mulher de longas melenas negras, e uns olhos igualmente negros e puxados.Esta possuía um sorriso sincero em seus lábios.
- Sim Cho, a cozinha é o único lugar que eu posso "visitar" ultimamente... - Disse Virgínia com uma certa amargura na voz, abaixando o capuz que mantinha na sombra o seu rosto.
- Ora querida, mas tu sabes o motivo - Disse a mulher começando a colocar uns quantos aperitivos numa bandeja - Fazemos isto porque queremos acima de tudo proteger-te - Finalizou sorrindo sincera para a ruiva com um semblante aborreçido.
- Eu sei, eu sei - Suspirou encarando o chão, levantando logo de seguida os orbes verdes esmeralda para encarar os negros inexpressivos - A tia Ninphadora disse-me que hoje estavam á espera da chegada dos soldados do norte, eles vêm mesmo?
A mulher de longas melenas negras confirmou com um aceno de cabeça, enquanto colocava mais aperitivos numa outra bandeja.
- Eles devem mesmo estar quase a chegar, se ainda não chegaram - Disse ela - Mas podes dar uma olhada para confirmar querida, mas tem cuidado para ninguém te ver - Concluíu com uma piscadela.
Virgínia sorriu, e voltou a colocar o capuz na cabeça dirigindo-se para fora da cozinha. Colocou-se atrás das grossas escadas em caracol, e analisou cuidadosamente o salão. Nenhum soldado do norte á vista.
Sorriu com o pensamento de que talvez hoje pudesse cumprimentar os senhores Lupin e Albus, e muitos outros clientes conheçidos e queridos do bordel, enfim, uma noite em que não tivesse que ficar trancada no seu quarto.
Contudo o seu sorriso desapareçeu, quando visualizou quem acabava de entrar no bordel. Um soldado do norte.
A sua capa vermelho sangue, característica dos soldados romanos do norte, cobria todo o seu corpo desde a região do pescoço até practicamente aos seus pés, não conseguindo esconder no entanto, os detalhes da armadura de prata por baixo, o medalhão prata e vermelho sangue preso no seu peito indicava que este possuía o cargo de capitão. Os seus cabelos eram de um loiro quase branco e extremamente lisos, que caiam suavemente abaixo dos seus ombros largos. Fios finos e sedosos de franja que lhe caiam para a frente do rosto,não conseguiam ocultar os seus olhos brilhosos, de uma tonalidade azul cinza.
O homem analisou o salão com um olhar rápido e dirigiu-se para o balcão do estabeleçimento sendo seguido por vários outros soldados.
Virgínia viu o capitão juntamente com alguns soldados a ser atendido por o seu tio Sirius.
Certamente seria uma noite muito longa.
Suspirando desiludida e cansada, esgueirou-se novamente para dentro da cozinha, onde Cho enchia agora várias canecas de cerveja ao mesmo tempo.
- Eles já chegaram... - Disse Virgínia desiludida, retirando novamente o capuz da cabeça.
- Eu sei querida, este pedido é para eles - Disse Cho olhando para a ruiva com uma expressão de pena - Pareçe que ainda não é hoje...
- É.. pareçe que não.. - Disse Virgínia com melancolia e tristeza. Esta era a terçeira semana em que não podia atrever-se a ser vista por os "clientes novos".
- Não te preocupes Gina, haverão outras opurtunidades com certeza - Disse Cho sorrindo-lhe confiante. Virgínia retribuíu o gesto, e despediu-se colocando novamente o capuz negro sobre a sua face, dirigiu-se rapidamente para trás das grossas escadas em caracol.
Estava pronta para subir novamente para o seu quarto, quando visualizou Hermione a servir umas das mesas mais afastadas da enorme multidão de homens bêbados. Hermione era a melhor amiga de Virgínia, e trabalhava no bordel a servir mesas.
A jovem ruiva sorriu, para a figura distante de sua amiga morena, e sem pensar nas consequências, caminhou rapidamente na sua direcção.
O que Virgínia, não sabia era que estava a ser intensamente observada por um par de olhos azuis cinza...
