Nove anos haviam se passado. Neste exato momento Artie Abrams estava dirigindo, into até o teatro St. James, na Broadway após um longo dia na ilha de edição. Aos 25 anos, estava finalizando seu primeiro filme como diretor e por isso acabava sempre saindo do trabalho no começo da noite. Na verdade, era um ótimo momento para ele e Tina. Ela estava agora em um dos papéis mais importantes num musical que começaria em um mês. Mas tudo que Artie queria agora era poder voltar pra casa de Tina e dormir. Então, ele entrou no teatro.
- 1, 2, 3, 4!
No palco Matt, Tina e Mike repassavam a mesma coreografia pela quadragésima vez. A rotina de jazz se baseava numa disputa entre Mike e Matt pela companhia de Tina para aquela dança. Após alguns minutos, a história mudava, quando um rapaz loiro entrava em cena e com apenas alguns movimentos ganha o coração dela. E a antes de pudessem se beijar, ao que parecia o fim do espetáculo, alguém na coxia pediu para que parassem. Os quatro que estavam no palco começaram a rir e Mike voltou para a frente do casal, repassando parte da coreografia.
- Você tá aí há muito tempo? - Tina disse, ao fim do ensaio, quando cerca de quinze atores estavam na distribuídos entre a beira do palco e os assentos da primeira fileira. Artie, se aproximou mais deles, tentando estabelecer contato com Tina.
- Meia hora. - Artie respondeu, pouco antes que o ator loiro chegasse perto. Agora era possível notar seus olhos verdes, além de um pequeno corte em sua sobrancelha esquerda. - Ah, hey Adrian.
- Hey Arthur! - Ele cumprimentou de volta, sorrindo abertamente. - Como está indo? Quer ajuda pra sair do teatro?
- Esse teatro tem rampas, Ade. - Tina suspirou e desceu do palco, segurando seus sapatos e uma bolsa. - E eu posso ajudá-lo. Vamos, Artie.
O caminho entre o teatro até o carro foi silecioso. Artie não deixou que Tina a ajudasse a entrar no carro, o que só fez a espera entre ele se acomodar no banco do motorista e dar a partida, uma espera longa. Enquanto saia do estacionamento, o silêncio sem manteve.
- Okay, eu não o sei o que eu fiz, mas me desculpe. - Tina disse, num tom cansado, como se brigassem dessa forma com frequência.
- Não precisava ter me defendido. Eu consigo responder por mim mesmo. - Artie passou a marcha, bufando.
Tina se calou, sabendo que aquilo não era tudo. Depois de alguns minutos, Artie continuou, como se tivesse perdido uma luta mental consigo mesmo sobre continuar falando.
- E tem mesmo que ser daquele jeito? Aquela dança?
- Ah, qual é. Eu não vou permitir que você tenha ciúmes de uma peça. - Tina manteve seu olhar na frente, se controlando para não deixa transparecer o tom irritado.
- Não é a peça. Você dança com outras pessoas na peça, quase da mesma forma. Mas ele... Ele se aproveita. Ele definitivamente tem algo por você - Artie parou de falar e ajustou os óculos, virando a direita na avenida.
- OK, vamos simplesmente parar por aqui. Se ele tem algo, eu não o posso fazer nada. Você mesmo fez o casting e sabe que ele o mais qualificado para o papel. - Então ela estendeu a mão, apertando o antebraço dele. - E eu não o sei se você sabe, mas eu definitivamente tenho algo por você.
