Disclaimer: Os personagens não me pertencem, blá, blá, blá.

Sinceramente? Eu nunca te amei. E a culpa não é sua, mas se é para ser sincero, temos que admitir que eu te avisei desde o início que eu não sei amar e que você não devia se apaixonar por mim. Mas você é teimoso, não é Milo? Você nunca ouve uma só palavra do que eu digo.

Quando naquele dia (faz quanto tempo? Um ano? Ou mais?) você me disse que estava desistindo de nós eu quase ri. Quase. Acho que você não ia acreditar se eu te dissesse que eu quase te pedi para ficar. Quase. Foi coisa de um segundo, mas aí você virou as costas e saiu do meu quarto para nunca mais entrar.

Merd, Milo! Porquê você tinha que estragar tudo? Sim, porque disso eu não tenho dúvida, foi você que fez dar errado. Você não podia se contentar com o que a gente tinha? Por acaso o sexo não era bom? As manhãs juntos? Os momentos de silêncio no colo um do outro? Por que você tinha que inserir no contexto essa maldita palavra: Amor.

Eu não sei, mas talvez eu tenha nascido com algum defeito. Eu não sei o que é exatamente isso que as pessoas chamam de amor. Me parece uma palavra vazia.

De qualquer forma, me pareceu o início do fim quando você me disse "Eu te amo". Que é que você queria que eu respondesse? "Eu gosto muito de você"? Teria sido pior do que o silêncio, não acha?

E aí, um belo dia, você me veio com essa história de que não agüentava mais não ser correspondido, que tinha cansado, que precisava me esquecer, que estava desistindo de nós. Pois bem, foi feita a sua vontade! Eu desapareci, nunca mais te procurei.

Sabe o que é pior, Milo? É que a gente se acostuma até com as coisas ruins. Eu sei lá, mas sinto falta de você falando que nem um enlouquecido pela casa, da sua mania de roubar o lençol, da sua cara quando quebrava a minha porcelana. Idiota, não é? Em vez de remoer os momentos bons eu fico pensando em como era bom ter alguém me irritando. Eu devo estar louco, devo ter congelado meus neurônios.

Vou aproveitar que resolvi ser franco e admitir que fiquei bastante...intrigado quando descobri que você e o Saga estavam de casinho. Lindo, não é? O nosso own Madalena Arrependida do Santuário achando amor nos braços de um antigo amante. Parece até enredo de folhetim. Me dá náuseas. Mas é bem o que você queria, né? Um amor para recordar. Fico feliz por você, de verdade.

Sabe por que, Milo? Porque, sinceramente, eu nunca te amei. Eu nunca te amei. Eu nunca te amei. Eu nunca te amei. Eu nunca te amei. Nunca! Nunca! Nunca! E vou repetir isso pra sempre, e toda vez que você olhar para mim você vai ver isso estampado no meu rosto, seu maldito.

Fim

N.A - Curtinha, né? Mas se mesmo assim vocês gostaram deixem uma review para uma autora de primeira viagem ainda muito insegura.