Domo pessoal
Cá estou com mais uma fic de Saint Seya que compõe a "Saga de uma nova vida" iniciada com a trilogia da Troca Equivalente. E como Kamus e Aishi sempre foram meu casal preferido e graças a ele toda essa série de historias nasceu, não poderia deixar de voltar ao passado e contar mais uma das perolas desse casal, quando eles ainda não eram um casal.
A Virgem de Gelo, faz alegoria a uma antiga lenda grega chamada "A Virgem de Mármore", que será contada mais detalhadamente, porém a minha maneira. Espero sinceramente que gostem.
Essa historia acontece em meados de Troca Equivalente, após as Crônicas de Amor e Confusão I – Ciumento, eu... Jamais.
No mais...
Boa Leitura!
Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, apenas Aishi, Heitor e Harmonia são criações únicas e exclusivas minhas para essa saga.
.::A Virgem de Gelo::.
By Dama 9
Capitulo 1: Revendo Antigos Amigos.
.I.
Aquele era mais um dia quente em Atenas, andava calmamente pelas ruas aproveitando aquela folga de final de semana, ainda se perguntava como Kamus lhe dera essa folga, sendo que parecia estar em pleno estado de inferno astral nos últimos dias, se bem que, poderia jurar que nisso tinha dedo de Athena; ela pensou, andando pela vila, olhando distraída as coisas ao seu redor.
Era tão estranho pensar em como algumas coisas poderiam mudar radicalmente no decorrer dos anos, enquanto outras, continuavam as mesmas, como aquela feira de artesanato e algumas festas que aconteciam de vez em quando. Desde que se conhecia por gente essas coisas aconteciam ali.
Parou em frente a uma banquinha vendo uma senhora de idade pintando cuidadosamente um vaso de cerâmica, tentando retratar com traços finos em nanquim algumas cenas mitológicas que lhe eram velhas conhecidas.
-Que coincidência encontra-la por aqui; ouviu uma voz grave soar a seu lado e não pode conter o estremecimento que veio a seguir. Era sempre assim, tudo por causa àquela troca; Aishi pensou sentindo a face aquecer-se levemente.
-Como vai Saga? –Aishi perguntou o mais amável possível.
-Bem e você? –o cavaleiro perguntou casualmente parando a seu lado, fingindo ver as peças da senhora, embora estivesse interessado em outra coisa.
Se não o conhecesse jamais diria ser um cavaleiro, ainda mais de ouro. Ele vestia-se de maneira informal, uma bermuda de tectel preta, camisa regata branca, deixando os fortes braços a mostra, os longos cabelos azuis caiam pelos ombros, até mais ou menos alguns palmos abaixo da cintura, mas nem essa informalidade toda era capaz de tirar o porte aristocrático e imponente da figura altiva a sua frente.
Agora sabia o porque o pai o escolhera, Ares tinha o péssimo habito de ser egocêntrico e quando ele dizia querer o melhor, não estava brincando; ela pensou desviando o olhar do dele, não conseguindo encara-lo por muito tempo.
-Bem; Aishi respondeu cautelosa, era melhor afastar-se antes que acontecesse alguma coisa que trouxesse arrependimento a ambas as partes; a jovem pensou começando a sentir seu cosmo desequilibrar-se, para perder o próprio auto-controle, era só ficar perto dele mais alguns segundos. –Bom, eu acho que já vou indo; a jovem balbuciou, gesticulando nervosamente.
-Esta procurando por alguma coisa? –o geminiano perguntou curioso, não querendo deixa-la ir tão rápido.
-Não, só matando o tempo mesmo; a amazona respondeu com um sorriso nervoso.
-Mais uma coincidência então; ele comentou com um sorriso que faria a própria Estatua da Liberdade ficar com as pernas tremulas.
-É-É...Acho que sim; Aishi falou com a voz um pouco tremula. –E você? Passeando ou procurando por algo interessante? –ela perguntou de maneira breve para que dessem logo aquela conversa por encerrada, mas não seria tão fácil assim ficar longe do geminiano.
-Os dois; Saga respondeu calmamente.
-Uhn? –ela murmurou confusa, diante do tom dele.
-Estou passeando e procurando por algo interessante, ou melhor, alguém, que acabei de encontrar; o cavaleiro respondeu com um olhar intenso.
-Ahn! Bem...; Aishi balbuciou com a face em chamas.
-Sabe, estava pensando, não quer tomar um sorvete comigo? –ele perguntou casualmente apontando para uma sorveteria não muito longe de onde estavam.
-Bem...; ela ponderou, mas quem resistia aquele olhar? –a jovem se perguntou sentindo qualquer pensamento muito lógico escapar de sua mente e novamente lembrou-se da troca. Céus, precisava de um jeito de se livrar daquela coisa de uma vez, antes que acabasse se metendo em problemas de novo, como a algum tempo atrás que entrara em inferno astral. –Tudo bem; a jovem falou por fim.
-Ótimo, vamos então; o geminiano falou animado, enlaçando-lhe o braço e puxando-a consigo.
-o-o-o-o-o-
Suspirou cansada, a mais de duas horas tentava fazê-la parar quieta um instante, mas parecia uma tarefa impossível; Ártemis pensou.
-Quer ajuda, querida? –Thouma perguntou ajeitando de maneira mais confortável o filho no colo.
Os gêmeos já contavam com mais ou menos três anos e meio, desde que nasceram, o casal esperava pela oportunidade de leva-los a Grécia para visitarem a tia e alguns velhos conhecidos, mas a garotinha de melenas vermelhas parecia a cada minuto mais agitada, desde que o avião havia pousado.
-Deixa, não adianta. Se Harmonia não obedece a mim, o que dirá de você; ela falou cansada, voltando-se com um olhar entrecortado para a menina que sorriu matreira, -Isso deve ter algo a ver com o nome;
-Porque diz isso? –o anjo celeste perguntou confuso.
-Acredite, quando conhecer Aishi pessoalmente você vai entender; Ártemis completou veemente.
-O que acha de irmos até aquela sorveteria, depois vamos ao santuário; ele sugeriu.
-Simmmmmmmmmmmmmmmm; a garotinha falou batendo palmas alegremente seguida por Heitor que também aprovava a idéia.
-Queria só entender porque essa fixação por coisas geladas? -a jovem de melenas douradas murmurou consigo mesma.
-Realmente, Harmonia adora o Hyoga, será que tem alguma coisa a ver? –Thouma perguntou.
-Tenho até medo de descobrir; a esposa respondeu, enquanto entravam na sorveteria.
.II.
Sentaram-se em uma mesa longe do movimento que o centro da sorveteria possuía, pelo menos ali poderia conversar com tranqüilidade de longe dos olhares hostis de muitas mulheres que pareciam querer retalha-la com o olhar; a jovem pensou vendo-o sentar-se na cadeira a sua frente.
-Então, o que esta achando do treinamento? –Saga perguntou casualmente.
-Bom; ela respondeu, porém isso não soou muito animador.
-Kamus anda pegando pesado com você de novo? –o geminiano perguntou adquirindo uma expressão mais fechada e séria.
-Não, não; a amazona apressou-se em responder. –Eu que ando um pouco desanimada... Só isso; ela tentou corrigir.
-Você precisa sair mais, pelo menos nos finais de semana, ficar no santuário o tempo todo acaba sendo cansativo demais; o cavaleiro comentou, vendo-a assentir. –Se bem que...; ele ponderou analisando algumas possibilidades. –A julgar pela quantidade de pervertidos que tem por ai, não da para saber o que é pior; o cavaleiro completou lembrando-se do assedio do Escorpião sob a jovem de melenas douradas.
-Coitado do Milo, ele não te fez nada; Aishi falou rindo, sabendo perfeitamente de quem ele estava falando. –Ele não tem culpa de ser despojado; ela defendeu.
-Despojado? Pervertido em ultimo grau isso sim, eu se fosse você não ficaria o defendendo; o geminiano falou emburrado.
-Ninguém é perfeito Saga; ela falou de maneira enigmática.
-Galatéia sim, pelo menos aos olhos de seu criador; o cavaleiro falou voltando-se para ela com um olhar indecifrável.
-Mas ela não passa de um mito, Saga; Aishi falou sentindo-se incomodada com os olhares cheios de significados dele e com o assunto que acabara de abordar.
-Acha mesmo que é apenas um mito? –ele perguntou com um olhar intenso sobre ela. –Depois de tantas coisas que já vimos nessa Terra, acredita que aquilo seria impossível?
-Eu, bem... Não sei, pode ser, como pode não ser; ela falou apressadamente, sentindo a mente começar a turvar-se diante da intensidade com que o cosmo dele agia sobre sim, minando-lhe as resistências.
-Com licença, desejam pedir? –uma garçonete perguntou cordialmente ao aproximar-se. Piscou confusa, desviando o olhar, sentindo aos poucos seus olhos voltarem ao foco, precisava tomar muito cuidado com aquele cavaleiro; a jovem pensou.
-O que vai querer? –ele perguntou voltando-se para ela, sentindo uma nuvem de tensão pairar sobre ambos e ele bem sabia o motivo disso tudo.
-Milk shake; Aishi respondeu dando graças aos céus por aquela garota ter aparecido.
-O mesmo pra mim; Saga completou.
-Só um momento, por favor; ela avisou afastando-se depois de anotar o pedido.
-Então? –o cavaleiro continuou, voltando-se para ela.
-O que? –Aishi perguntou engolindo em seco, como queria que ele houvesse simplesmente esquecido daquele assunto.
-Você não me respondeu, acha mesmo só uma lenda? –ele a questionou.
-Ahn! Bem...; A amazona começou, tentando encontrar uma resposta que o satisfizesse.
Sabia que Saga estava lhe testando, conseguia sentir isso dele com intensidade redobrada, não apenas pela Troca, como também pelo fato de pertencerem ao mesmo signo, era uma espécie de sintonia existe entre os dois que fazia com que conseguisse quase prever as ações dele, embora na maioria das vezes ele sempre lhe surpreendesse.
-HARMONIA O QUE É ISSO? –ouviu uma voz conhecida a algumas mesas atrás.
Imediatamente virou-se em busca da voz e teve tempo de ver algumas bolas de sorvete voarem pelo corredor entre as mesas e uma consternada Ártemis tentar conter a filha que parecia brincar com uma colher, como se estivesse jogando bolas de neve no inverno.
-Ártemis; ela falou quase num sussurro, surpresa por vê-la ali. Sabia que a jovem estava no oriente, que havia se casado, mas não imaginava que nos últimos anos Lea houvesse tido filhos e gêmeos por sinal; ela concluiu ao ver duas crianças na mesa com ela.
-Você conhece? –Saga perguntou assustando-a.
-Uhn? –Aishi virou-se para ele quase dando um pulo ao vê-lo sentado a seu lado agora. -...; Apenas assentiu com a face adquirindo um leve rubor.
Nota mental: só deixar o santuário acompanhada da próxima vez e evitar encontros casuais com algum cavaleiro, principalmente se esse tiver o poder de alterar sua linha de pensamentos e desestabilizar seu cosmo ao se aproximar; ela pensou sentindo uma gotinha fria escorrer por sua testa.
-Porque não vai cumprimentá-la, eu espero os sorvetes; ele sugeriu casualmente, resolvendo dar uma trégua nas provocações por enquanto, aos poucos fez com que a intensidade de seu cosmo reduzisse e sentiu-a mais calma a seu lado.
-Mas...; ela balbuciou, sem saber ao certo o que fazer. Se se aproximasse, certamente ele lhe perguntaria depois de onde conhecia Ártemis, responder isso a ele era o mesmo que admitir quem era, mas se não fosse, ela poderia lhe reconhecer e colocar tudo a perder ao se aproximar.
-Vai lá; Saga falou com um sorriso calmo,pousando a mão suavemente sobre a dela, fazendo com que uma espécie de descarga elétrica corresse por ambos os corpos.
Se bem que ficar ali seria mais perigoso do que correr qualquer outro risco; ela pensou assentindo, desvencilhou-se com delicadeza do toque do cavaleiro e levantou-se rapidamente se afastando, sentindo o olhar do cavaleiro a acompanhar todos os seus movimentos a cada passo.
-o-o-o-o-o-
-Amor, calma, ela só estava brincando; Thouma tentou justificar.
Viu Ártemis bufar e lançar olhares envenenados para todos os lados, quando a esposa ficava com a ponta das orelhas vermelhas como estava agora era porque estava muito, mas muito irritada.
Sabia que Harmonia não fizera por mal, a menina era apenas geniosa e sempre dera sinais do que lhe agradava ou não, mas aquela garçonete não tinha a mínima noção do perigo.
Quando haviam pedido os sorvetes, ouvira a garota comentar sobre a filha. "Como é lindinha", "Que cabelos vermelhos"... A cada palavra melosa da garota, via a face da menina se contrair em desgosto pelos elogios que ela certamente considerava patéticos para lhe descrever, mas na hora que a garota voltara e deixara a taça de sorvete em frente à Harmonia, para em seguida apertar-lhe as bochechas chamando-a de "Fofinha" foi o mesmo que despertar a fúria de todos os titãs de uma vez só.
O que a fez não só se irritar, mas como desejar uma retaliação; ele pensou balançando a cabeça levemente para os lados, enquanto Heitor em seu colo, imitava-lhe os movimentos, com ar sério.
Era estranho pensar no quanto os filhos eram precoces, Heitor poderia parecer uma criança calma, alis, ele era bastante calmo, mas era só virar as costas e conseguia pegá-lo tentando subir em cima de sua escrivaninha ou da prancheta de projetos que desenvolvia para a fundação, quando queria o filho sabia ser bastante ativo, que às vezes se perguntava se ele não colocara o dedo na tomada ou alguém havia lhe dado café com coca.
Agora Harmonia, céus, aquela menina parecia ter uma bateria interna com energia renovável, nem dormindo ela os deixava tranqüilos, quantas não foram as vezes que acordara no meio da noite encontrando no berço apenas uma Tereza pendendo para fora da grade do mesmo e a garotinha já estava longe do quarto, andando tranqüilamente pelos corredores da mansão procurando por Hyoga para lhe contar alguma historia. Quando ela queria, sempre conseguia o que desejava, seja uma historia, ou subornando alguém com risos e sorrisos angélicas, para dobrar a todos as suas vontades. Aquela menina seria um perigo quando crescesse; ele pensou.
Mesmo porque, uma ruiva de olhos azuis como ela, puxando as características de Ártemis e suas como já podia se ver, modéstias a parte, teria muitos problemas ao afastar os pervertidos da filha; Thouma pensou, suspirando casado premeditadamente.
-Oi; alguém falou aproximando-se com cautela.
-Uhn! –Ártemis murmurou, enquanto terminava de limpas as mãos da filha cheias de sorvete e virava-se na direção da voz, surpreendeu-se ao ver a jovem de melenas douradas ali. –Aishi;
-Como vai? –a amazona perguntou calmamente, mas quase foi ao chão quando a outra pulou sobre si lhe abraçando.
-Que bom te ver; ela falou apertando-a fortemente em um abraço.
-Art-... Ta me sufocando; Aishi falou com a voz entrecortada.
-Ah sim; a jovem falou com um sorriso sem graça se afastando.
Os três fitavam as duas com uma gotinha escorrendo na testa, embora a garotinha de melenas vermelhas fitasse a amazona com ar curioso e intrigado, como se estivesse lhe estudando.
–Aishi esse é meu marido, Thouma; Ártemis começou, indicando o ruivo.
-Oi, muito prazer; ela o cumprimentou com um sorriso amigável, embora tenha voltado-se para a garotinha de melenas vermelhas que lhe fitava fixamente.
-Igualmente, Ártemis me falou muito de você; ele respondeu sorrindo.
-Tenho até medo de saber o que; a amazona murmurou olhando a jovem de soslaio.
-E esses dois, nossos filhos. Heitor e Harmonia; ela falou indicando as crianças.
-Uhn! –Aishi murmurou vendo os dois, o garotinho parecia entretido em esculpir alguma coisa no sorvete como se estivesse fazendo alguma estatua e a menina, estendeu os braços em sua direção pedindo colo. –Ártemis?
-Pega que a sobrinha é sua; ela brincou, dando de ombros, as vezes nem ela entendia a filha.
Com cuidado pegou a garotinha no colo, que rapidamente aninhou-se entre seus braços, pousando a cabeça em seu ombro, para logo em seguida bocejar e serrar os orbes para dormir.
Sentiu uma gotinha escorrendo na testa, o que estava acontecendo? –Aishi se perguntou voltando-se para Ártemis que estava literalmente de boca aberta.
-O que você fez? –Artemis perguntou a queima roupa.
-Nada; Aishi respondeu confusa.
-Faz mais de três horas que estamos tentando fazer Harmonia ficar quieta; Thouma esclareceu, diante do choque da esposa. –Mas porque não se senta com nós? –ele sugeriu, vendo a filha abraça-la ainda mais forte, dando sinais de que nem dormindo a soltaria com tanta facilidade.
-Ahn! Bem... Eu estou com Saga e...; ela falou apontando para o cavaleiro a poucas mesas atrás.
-Ah, então é melhor chamá-lo, você não vai fugir de mim tão cedo, alem do mais, agora que vejo Harmonia se dando tão bem com você, preciso que você me faça algo; Ártemis falou com um sorriso nada inocente.
-Não estou gostando disso; Aishi balbuciou desconfiada.
-Querida, em que esta pensando? –Thouma perguntou engolindo em seco.
-Bem, como depois nós vamos ao santuário mesmo, Aishi poderia cuidar deles para nós um pouquinho, não pode? –ela perguntou voltando-se com um olhar de criança carente para a jovem de melenas douradas.
-Ártemis, não sei; Aishi falou incerta. Nunca cuidara de uma criança na vida o que dirá de duas. Era mais fácil lhe pedir para lutar contra deuses e titãs do que algo aparentemente impossível para si.
-Heitor é quietinho; ela apressou-se em dizer.
-Ele é geminiano Ártemis, você sabe que esse lance de quietinho é só fachada; Aishi falou com um olhar entrecortado.
-Realmente, meu irmão era uma peste quando mais novo; a voz de Saga soou bem perto dela, fazendo-a se assustar.
-Saga;
-Uhn? –Ártemis murmurou virando-se na direção do cavaleiro. –Ah! Você é o Saga; ela falou ainda mais animada ao dar uma rápida escaneada no cavaleiro.
Agora entendia porque Hera e Anfitrite andaram fazendo piquete contra o onipotente por causa de alguns cavaleiros, porque se aquele era como imaginava, um dos santos de Athena e ainda existiam pelo menos mais treze, se contar que gêmeos são dois, entendi porque elas falaram que o Onipotente estava paparicando demais Athena que ela não merecia todas as regalias que tinha; ela lembrou-se da ultima "reunião familiar" que comparecera e ouvira como pauta do dia que Athena não merecia tantos cavaleiros bonitos.
-Como? –ele perguntou confuso.
-Aishi nos disse que estava acompanhada; Ártemis apressou-se em completar, olhando de soslaio para a amazona, que certamente havia captado seus pensamentos, pois lhe olhava de maneira assassina. -O que acha de tomar um sorvete conosco?- ela sugeriu sabendo que a amazona não poderia escapar agora.
-Será um prazer; o geminiano respondeu com ar casual.
-A propósito, este é meu marido, Thouma; a jovem falou.
-Como vai? –o anjo celeste falou reconhecendo de imediato o cavaleiro de Gêmeos.
-Bem... Mas, você não é o irmão mais novo da Marin? –Saga perguntou ao reconhecer os volumosos cabelos vermelhos da ruiva do leonino.
-Sou; Thouma respondeu calmamente.
Aishi suspirou pesadamente, havia se esquecido como Ártemis sabia ser perversa quando queria; ela pensou sentando-se em uma cadeira livre, ouvindo um leve ressonar de Harmonia que envolveu-lhe o pescoço com os bracinhos delicados e parecia alheia ao resto do mundo agora.
.III.
Sorriu alegremente, fazia um bom tempo que não tiravam uma folga dos filhos, agora com a amazona ali, poderia respirar até com mais calma; Ártemis pensou, vendo a garçonete se aproximar trazendo na mesa o pedido do casal.
-Não preciso nem perguntar, são seus filhos; Saga comentou apontando para as crianças.
-Sim, esses dois pentelhos são Harmonia e Heitor; Thouma falou com um meio sorriso.
-Faz algum tempo que Marin comentou sobre as crianças, daqui a pouco ela vai mudar de constelação; o cavaleiro brincou.
-Porque? –Ártemis perguntou confusa.
-De águia pra coruja; Saga respondeu com um meio sorriso. –Mas são nomes muito bonitos; ele continuou de maneira casual. –Alguma historia mirabolante por trás deles?
-Sempre gostei da performance do Heitor em Ilirada e nunca me conformei muito com o fim dele; Thouma respondeu com um sorriso sem graça.
-E Harmonia? –o geminiano quis saber, enquanto olhava de soslaio para a jovem de melenas douradas, que parecia distraída mexendo nos cachinhos vermelhos da garotinha.
-Por causa de uma amiga minha; Ártemis respondeu, chamando a atenção da amazona. –Ela me ajudou muito e acho que não estaria aqui hoje se não fosse por ela; a jovem completou de maneira enigmática.
-Com licença, desejam pedir mais alguma coisa? –a garçonete perguntou se aproximando, ao ver a taça de Heitor completamente vazia agora, mas o que lhe surpreendeu foi ver a garotinha de cabelos cor de fogo dormindo como um anjinho.
-Por enquanto não, obrigado; Thouma respondeu.
-Então Aishi, quando Harmonia acordar possivelmente vai querer sorvete, ela também adora chocolate quente e chá; Ártemis começou resolvendo mudar de assunto.
Sabia que a amazona jamais revelaria quem realmente era, estando no santuário, pelo menos foi o que ficou sabendo por Anteros a algum tempo atrás, mas era como se Saga soubesse quem ela era e não se importasse com isso.
Franziu o cenho, quem era realmente aquele cavaleiro, aquela aura de mistério que o envolvia fazia com que ponderasse ao conversar com a amazona, mas... talvez fosse apenas impressão a sua; ela pensou.
-Uhn! Deixe-me ver... Heitor não precisa se preocupar com ele, ele não costuma torcer o nariz para comida. Só Harmonia que é um pouco enjoada com essas coisas; ela completou com um olhar nada inocente para a jovem.
-Sei; Aishi resmungou num tom levemente indignado pela insinuação.
-E se não for abusar Saga, você poderia ajuda-la a cuidar de Heitor, ou esta muito ocupado? –Ártemis perguntou pegando o cavaleiro de surpresa, que até então mantinha os olhos presos com atenção sobre a jovem de melenas douradas e a garotinha em seu colo.
-Uhn? –ele murmurou confuso, voltando-se para ela.
-Aishi vai cuidar de Heitor e Harmonia para nós, você poderia ajuda-la a leva-los ao santuário? –a jovem perguntou com uma expressão angelical, que fazia até Hades ficar com medo do que viria a seguir.
-Claro; ele respondeu prontamente.
-Então Aishi, pode fazer isso por nós? –Ártemis perguntou casualmente.
-É por sua conta e risco; ela avisou.
-Não se preocupe, sei que você vai cuidar bem deles; a jovem falou calmamente, porém numa promessa de morte lenta e dolorosa, se algo acontecesse.
-Vou leva-los ao ultimo templo, nos encontre lá depois; Aishi avisou.
-...; Os dois assentiram, enquanto Thouma passava Heitor para o colo de Saga.
-Obrigado; o anjo celeste falou acomodando o filho no colo do cavaleiro.
-Não por isso; Saga respondeu com um sorriso amigável.
-Então nos vemos depois... Há Harmonia adora coisas geladas; Ártemis avisou mal dando tempo para o marido agradecer e já o arrastava para longe.
-Quem entende; Aishi murmurou vendo os dois praticamente desaparecerem da sua frente.
-Deve ser coisa de casal; Saga comentou, porém achando também estranha a atitude do casal ao sumir daquele jeito.
-Agora você já pode abrir os olhos, eles já foram; Aishi avisou, afagando levemente os cabelos vermelhos da garotinha.
-O que? –Saga perguntou voltando-se para ela, mas surpreendeu-se ao deparar-se com os orbes azuis de Harmonia ao abrirem-se com um brilho intenso e vivaz, típico de uma criança de sua idade.
-Ela sempre faz isso; Heitor falou calmamente, fazendo Saga voltar-se curioso para ele, até então as crianças não haviam dado um pio, o que será que estavam aprontando? –ele pensou intrigado.
-Então, o que esta aprontando? –a amazona perguntou vendo-a sorrir matreiramente.
-Como sabia que ela não estava dormindo? –o geminiano perguntou curioso.
-Intuição; ela respondeu com um meio sorriso, enquanto afagava os cachinhos vermelhos.
-Tia, quero sorvete; Harmonia pediu apontando para o potinho que Heitor terminava de comer.
-Está certo, do que? –Aishi perguntou lembrando-se das coisas que Ártemis falara que a garota gostava ou não.
-Do verde; Harmonia respondeu.
-Que sorvete é esse? –o cavaleiro perguntou, vendo Heitor recostar-se melhor em seu colo, com uma expressão satisfeita.
-Pist-... pist; o garotinho tentou pronunciar, mas enrolou-se.
-Pistache? –Aishi perguntou, vendo os dois assentirem. –Então vamos pedir e depois ir para o santuário; ela completou.
-...; as crianças assentiu veementemente.
.IV.
Recostou-se no sofá, abrindo calmamente o jornal no colo, aquele sábado estava tão tranqüilo, alias, tranqüilo demais; ele pensou sentindo uma veinha saltar na testa, aquele silencio nunca queria dizer boa coisa.
Não que fosse algum louco por agitação como seu caro amigo Escorpião, mas algumas coisas às vezes, lhe deixavam desconfiado; Kamus pensou.
Franziu o cenho ao ouvir um barulho de passos em seu templo, deixou o jornal em cima da mesa de centro e saiu a procura do individuo que entrada lá, não conseguia sentir cosmo algum diferente no ar.
Desceu as escadas em direção à sala da armadura e para sua surpresa viu uma garotinha de melenas vermelhas e incríveis orbes azuis correndo alegremente em direção a armadura.
-O que pensa que esta fazendo mocinha? –Kamus perguntou fazendo-a estancar a poucos passos da armadura.
Harmonia voltou-se para ele com um olhar curioso, fitando-o de cima a baixo com olhar critico, como se medisse forças com ele.
-"Isso me parece familiar"; o cavaleiro pensou intrigado aproximando-se. –Quem é você? –o aquariano perguntou vendo-a abrir a boca para responder quando...
-HARMONIA! -a voz de Aishi soou por todo o templo chamando-lhes a atenção.
-Você esta com Aishi? –Kamus perguntou surpreso vendo-a assentir e correr esconder-se atrás das pernas dele.
-o-o-o-o-o-o-
Entrou correndo no templo, estavam subindo os templos com Saga, Heitor e Harmonia, quando pararam para falar com Mu e Shura no décimo templo e a garotinha de melenas vermelhas simplesmente sumira, lhe fazendo simplesmente entrar em pânico. Ártemis lhe mataria se acontece algo a ela.
-Então ai está você; a jovem falou vendo a garotinha fitá-la com ar inocente, usando Kamus como barreira.
-O que está acontecendo Aishi? –o cavaleiro perguntou em seu habitual tom frio ao falar com ela.
-Estou cuidando de Harmonia e Heitor a pedido de Ártemis e Thouma que chegaram há pouco; a amazona explicou aproximando-se calmamente, ignorando o tom frio dele. –E quando parei com Saga em Capricórnio essa mocinha arteira saiu correndo e sumiu; ela completou vendo a garotinha rir e sair de trás do cavaleiro para correr até ela.
-Thouma não é o irmão da Marin? –o aquariano perguntou de maneira casual, tentando ignorar o porque de sentir-se incomodado com a menção ao geminiano estar com ela.
-É, ele e Ártemis chegaram hoje e acabamos nos encontrando na sorveteria; Aishi explicou pegando a garotinha no colo.
-Tia, cadê o tio de cabelo azul? –a garotinha perguntou adquirindo uma expressão preocupada por não encontrar o irmão que estava com o cavaleiro.
-Esta com Heitor no templo de baixo, mas já esta vindo; Aishi respondeu calmamente. –Heitor e Harmonia são gêmeos; ela respondeu diante da indagação muda do cavaleiro que a observava atentamente.
-Entendo; ele balbuciou. – Esta indo para o templo de Athena agora?
-Pretendia, até ela vir correndo para cá; Aishi respondeu sorrindo.
-Tia, olha! – a garotinha chamou, agitando-se em seu colo.
-O que foi? –a amazona perguntou acompanhando o olhar da garotinha e vendo-a apontar freneticamente para a armadura de Aquário. –Essa é a armadura de aquário; ela explicou e virou-se para Kamus. –Algum problema de deixa-la se aproximar? –a amazona perguntou.
-Não, contanto que não toque, ela pode levar um choque; ele preveniu.
Afastou-se com Harmonia e aproximou-se da armadura, a menina parecia cada vez mais agitada.
-Tia, é pesada? –Harmonia perguntou com os olhos brilhantes de curiosidade infantil.
-É, pois é feita de ouro; Aishi respondeu pacientemente.
-Mas como ele consegue coloca-la? –ela perguntou confusa.
Parou um momento para pensar no que responder, era difícil saber que resposta ela queria. Naquela ultima hora que estivera com Heitor e Harmonia aprendera algo realmente interessante sobre aqueles dois. Alem do fato de Heitor não ser tão quietinho como Ártemis falara, porque ele e Saga haviam se dado bem demais e o pequeno dera uma bela canseira no geminiano quando começara a falar. Agora Harmonia era muito ativa, falava, perguntava e questionava, obrigando as pessoas a saciarem sua cede pelo saber, ela não se contentava com qualquer resposta.
-Porque ele treinou bastante para se tornar forte, para poder usa-la e agüentar seu peso; Aishi explicou calmamente, já esperando pela enxurrada de perguntas.
Kamus ouviu curioso a resposta da jovem e aproximou-se sem que fosse notado para ouvir melhor.
-O tio Hyoga me contou que uma vez ele já usou uma, então quer dizer que ele também é forte? –Harmonia perguntou com ar pensativo.
-É, porque ele era meu aluno; Kamus respondeu antes da amazona, não escondendo o orgulho ao dizer isso.
-Aposto que não diria o mesmo, com todo esse orgulho se fosse de outra pessoa; Aishi rebateu adquirindo um tom sombrio, que não passou despercebido por ele. –Agora nós já vamos, tenho que encontrar o Saga que esta com Heitor; ela falou mais para a garotinha do que para ele.
-Aishi; Kamus chamou tencionando se aproximar, porém hesitou, de certa forma ela estava certa. Isso era tão confuso; ele pensou serrando os punhos.
-O tio de cabelo azul, tia me desce; Harmonia pediu pulando em seu colo.
-Esta bem, apenas no corra; Aishi pediu, sabendo que ela certamente iria ignorar isso.
Mal colocou a menina no chão, Harmonia desatou a correr em direção a porta vendo um cavaleiro entrar.
-Mas o q-...; Milo não teve nem tempo de falar quando uma garotinha de melenas vermelhas pulou em seu colo, no susto teve apenas tempo se segura-la para não cair. –Quem é você? –ele perguntou curioso.
-Você tem cabelo azul, mas não é o tio; ela falou ficando imediatamente emburrada e cruzando os braços na frente do corpo.
-Quem? –ele perguntou arqueando a sobrancelha.
-O Saga; Aishi respondeu aproximando-se.
-Então ela veio pra cá; a voz de geminiano soou no templo, enquanto ele se aproximava com Heitor no colo.
-TIO! –Harmonia chamou, agitando-se no colo de Milo.
-Quem são? –o Escorpião perguntou voltando-se para Kamus, que não parecia nada contente com o que estava vendo.
Aishi pegou a garotinha no colo, fazendo-a se acalmar e bocejar sonolenta.
-Parece que a bateria já esta ficando fraca; a amazona brincou voltando-se para o geminiano.
-Dele também; Saga respondeu com um doce sorriso, fazendo alguém rosnar.
-Tia, quero chocolate; a garotinha pediu acomodando-se no colo da jovem, com ar cansado.
-É melhor subirmos então, ai eu faço para vocês; ela respondeu.
-Eu também quero; Milo falou fazendo beicinho.
-O que? –Saga perguntou com um olhar entrecortado.
-Chocolate quente; ele respondeu casualmente.
-Não sei quem é mais criança, os gêmeos ou ele; Kamus comentou apontando para o Escorpião.
-Hei! Eu gosto de chocolate ta, isso nunca foi um problema; o cavaleiro reclamou indignado.
-Ta na chuva é pra se molhar, não; Aishi balbuciou suspirando. –Vamos logo;
-Uhn? –os cavaleiros murmuraram.
-Não vou falar de novo; ela completou se distanciando.
Saga foi o primeiro a seguir a amazona, restando apenas os dois ali.
-Você não vai? –Milo perguntou ao ver o amigo dar-lhe as costas para retornar a sala do templo.
-Não; Kamus respondeu num tom frio e indiferente.
-Porque? –o Escorpião perguntou quase indignado, não acreditava que Kamus iria continuar bancando o indiferente ate em finais de semana; ele pensou.
-Porque não é algo que me diga respeito; o aquariano respondeu.
-Ah deixe de ser idiota Kamus, parece que não sei; ele exasperou indo até o cavaleiro e arrastando-o consigo.
-Milo, me solte; Kamus mandou irritando-se.
-Se continuar a ser um idiota, vai deixa-la cair que nem um cordeirinho na toca do lobo mau... E nós sabemos quem é o lobo mau aqui, alem de mim; ele completou, com ar sugestivo enquanto o puxava para fora.
-Milo, sua imaginação é assombrosa; o aquariano falou sarcástico.
-Mas pelo menos eu me garanto, diferente de uns e outros por ai; o cavaleiro insinuou. –AI, porque me bateu; ele gritou ao levar um cascudo.
-Para aprender a não ser inconveniente; Kamus resmungou soltando-se dele e seguindo por conta própria para o ultimo templo.
-Mas que funciona, funciona...; Milo murmurou com um sorriso maior que o gato da Alice no país das maravilhas.
.V.
Mal colocaram os dois sentados no sofá e os mesmos correram sentar-se no chão. Suspirou cansada, quem entendia as crianças; ela pensou enquanto ia até a cozinha preparar aquilo que eles tanto queriam.
-Tia, conta uma historia; Harmonia pediu assim que viu Aishi retornar com uma bandeja com cinco canecas de chocolate quente.
-Ahn bem...; Aishi balbuciou, não era muito dada a ficar lendo historias infantis, alias, nunca pensou que fosse ter de bancar a baba para alguém antes o que queria dizer que estava com um belo problema ali.
-Aishi, porque não conta a ela, sobre aquela que estávamos conversando na sorveteria; Saga sugeriu de maneira enigmática.
-Uhn? –ela murmurou confusa. Com toda aquela correria acabara esquecendo-se da conversa que estavam tendo.
-Afinal é só uma lenda; ele completou num leve tom de provocação que apenas ela percebeu.
-Que história? –Milo perguntou curioso, sentando-se no tapete da sala ao lado das crianças para pegar a xícara de chocolate.
Aishi arqueou a sobrancelha, definitivamente aquele Milo ela ainda não conhecia; ela pensou.
-Tia, conta; Heitor pediu com os olhinhos brilhando.
-Bem...; A jovem balbuciou, sem saber ao certo o que fazer para sair daquela enrascada. Até que uma luz pareceu acender-se em sua mente. –Vamos lá então;
-Tia, qual o nome da história? –Harmonia perguntou voltando-se para o Escorpião com um olhar envenenado quando o mesmo tentou pegar sua caneca de chocolate, pois a dele já estava completamente vazia.
-A Virgem de Gelo; Aishi respondeu pacientemente, surpreendendo o geminiano.
-Como? –Saga perguntou, não era bem esse nome que se lembrava de ser referente à lenda que conversaram mais cedo, o que ela pretendia. Até que lembrou-se de um pequeno detalhe, aquela lenda não era nem um pouco infantil então no mínimo, ela teria que contar algumas partes um pouco diferentes para não ter censura; ele pensou.
-Xiiiiiiiiii; Milo falou fazendo sinal para ele se calar, enquanto puxava uma almofada para sentar-se melhor com as crianças e ouvirem.
-Nem Freud explica; Kamus murmurou balançando a cabeça levemente para os lados, ao ver o que acontecia, Milo praticamente disputando atenções com as crianças.
Viu a garotinha de melenas vermelhas levantar-se e se aproximar de si com um olhar sério.
-Tio, senta aqui; Harmonia falou surpreendendo-o ao puxar-lhe pela mão, tentando faze-lo se levantar para segui-la.
-Uhn? –ele murmurou confuso, diante do olhar curioso dos demais.
-Acredite, é melhor não contrariar; Aishi falou sentando-se no chão com as crianças, que pareciam mais a vontade daquela forma.
Sem outra alternativa e intrigado com o comportamento da garotinha, Kamus acabou por deixar-se levar e sentou-se junto dos demais. Viu Harmonia sentar-se a seu lado e fitar Aishi ansiosa, pelo começo da história, voltou-se para a amazona e a mesma mantinha o mesmo olhar, esperando que os demais se acomodassem para começar.
Estranho, como eram parecidas; ele pensou intrigado.
-Isso aconteceu a muito, mas muito tempo atrás...; Ela começou por fim.
Continua...
