OIIIII!

COMO ESTÃO VCS? CURTIRAM BEM AS FESTAS DE FINAL DE ANO?

UM MONTE DE MP PERGUNTANDO SE EU NÃO IRIA POSTAR MAIS ESTÓRIAS.

SÓ TIREI UNS DIAS DE FÉRIAS PARA VIAJAR E CURTIR A FAMÍLIA.

AGORA VOLTO COM FORÇA TOTAL.

VOU COMEÇAR O ANO COM ESSA ESTÓRIA LINDA;

FÉ, ESPERANÇA, FORÇA E AMOR.

FELIZ 2015!

Maio

Edward tentou mais uma vez ignorar os risinhos incessantes das animadoras de torcida, mas, novamente, não foi possível. Distraidamente, se perguntou como inha sido convencido em trazer sua namorada para uma sessão de fotos, mas depois lembrou a ferramenta de persuasão que tinha sido usada e ele respondeu à sua própria pergunta.

Então, Tania lançou um sorriso tímido sobre o ombro, seus olhos azuis cintilantes encontraram os dele por um breve momento, antes dela voltar sua atenção para seus companheiros. Edward sabia que ela tinha feito isso, em parte, para provocá-lo e, em parte, para se certificar de que ele estava olhando-a. Ela era incrivelmente vaidosa, algo que ele se esforçou para tolerar durante três longos anos. Embora ela fosse uma das mais belas criaturas que ele já tinha visto, nunca se fazia mais fácil de suportar Tania e seu ego abominável.

Cerrando os dentes, Edward forçou seus lábios para cima na curva de sorriso falso que usava fazia seis meses, desde que ele percebeu como mal adaptados ele e Tania realmente estavam. Ultimamente, ele teve que lembrar continuamente que poderia terminar as coisas com ela depois de terminar sua última temporada de futebol.

Só mais alguns meses, ele pensou.

Até então Edward não queria mudar nada, nem arriscar-se de arruinar o seu jogo. Todo o seu futuro estava em sua bolsa de futebol para LSU e não passava um dia que seu pai não o lembrava de que não havia nada mais importante na vida neste momento.

Com isso em mente, Edward assegurou-se de que poderia aguentar sua beleza incomparável, seu apetite sexual insaciável e sua ambição férrea por mais um ano.

- Existe alguma maneira de vocês, meninas, poderem executar uma das suas rotinas para que eu pudesse conseguir algumas boas cenas de ação? - O fotógrafo pediu, dirigindo sua pergunta para Tania.

Edward sabia qual seria sua resposta antes que ela o fizesse.

Tania amava atuar ainda mais do que adorava ter sua foto tirada, o que era muito.

- Claro - respondeu Tania, acenando com a mão com desdém, o gesto desmentindo a emoção que ele sabia que ela sentia por ter mais olhos sobre ela.

Se havia duas pessoas ao redor ou duzentos, quase todos os olhos a uma distância de visualização de Tania encontravam o caminho para ela. Não só ela era a capitã da equipe e o ponto central de quase todas as rotinas, Tania também era linda de morrer. Ela sempre foi o centro das atenções e a maioria das pessoas ficava imediatamente fascinada por ela.

Edward riu interiormente. A maioria delas simplesmente não sabia o que ela realmente era.

Edward olhou seus quadris balançar dentro da saia curta, quando Tania fez seu caminho para o iPod que tinha trazido. Seus dedos ágeis trabalharam a tela iluminada de seu telefone por alguns segundos, antes de deixa-lo no slot designado. Ela não se incomodou em dobrar os joelhos, alegremente exibindo seus "dotes", como lhe dizia a Edward, onde estava sentado na grama atrás dela. Quando ela se endireitou, ela piscou rapidamente em sua direção antes de correr de volta para a manada de lobas assassinas, que ela chamava de líderes de torcida.

Embora seu corpo reagisse em resposta à exibição, Edward ainda não conseguia observar mais uma vez, outra das rotinas que ele vira dezenas de vezes já. À espera de Tania para olhar mais uma vez em sua direção, Edward fez sinal para ela que estaria de volta e, em seguida, mudou-se rapidamente para longe. Ele não podia esperar para escapar da área isolada para a equipe e seguir para a paz e tranquilidade da área principal do parque.

Quando ele andou longe o suficiente para que não pudesse mais ouvir a batida irritante da música demasiadamente enérgica, Edward diminuiu o ritmo e olhou para uma árvore onde podia recostar e desfrutar de alguma sombra. Flórida pode ser muito quente no inverno, mas na primavera e no verão? Às vezes, "sufocante" era o mínimo.

Um enorme carvalho perto da parte externa do parque atraiu sua atenção e Edward se dirigiu ali. O fato de que ele estava perto de um banco vazio só contribuiu para torna- lo atrativo.

A altura acima da média de Edward, de 1,90, exigiu que ele movesse os ramos baixos da árvore, o que ele fez, antes de virar e inclinar-se contra o tronco. Para sua surpresa agradável, Edward viu-se, basicamente, escondido da vista de um observador casual.

Respirando fundo, ele relaxou contra a casca, enchendo seus pulmões de ar que era pelo menos três graus mais frio. Edward fechou os olhos e deixou cair a cabeça para trás, apreciando os sons distantes de cães latindo com entusiasmo e crianças guinchando excitadas.

- Que tal aqui? - Edward ouviu uma aguda voz, perguntar em tom baixo, provavelmente referindo-se ao banco em frente da árvore. Ele engoliu o grunhido de descontentamento com a invasão indesejada em seu oásis. Ele só podia esperar que quem quer que fosse, que escolhesse outro local ou ficasse em silêncio no banco.

Silêncio se estendeu por tanto tempo, que Edward pensou que estava mais uma vez sozinho. Mas, então, uma voz frustrou suas esperanças.

E despertou seu interesse.

- É perfeito – respondeu a outra voz mais suave.

Os olhos de Edward abriram ao som, seu único pensamento de que como seria o rosto que combinasse com a voz. Infelizmente, sua visão foi parcialmente obscurecida. Movendo a cabeça para um lado e para outro, ele só podia ver pedaços de um rosto feminino que as folhas de carvalho trêmulas revelam, enquanto dançavam na brisa leve.

- Eu amo o cheiro de sol - disse a voz.

Edward pensou que era uma coisa estranha de se dizer, uma observação estranha de fazer, e ele se viu ainda mais curioso para ver como seria a dona daquela voz.

Atentamente, em silêncio, Edward endireitou para longe da árvore e moveu a cabeça, na esperança de ser capaz de ver através de uma lacuna nos ramos. A única vista que sua nova posição fornecia era a vista panorâmica de um balão vermelho brilhante.

- Por que é que você quer deixá-lo ir de novo? - perguntou a menor das duas vozes.

Depois de mais uma breve pausa, a voz mais profunda respondeu.

- Eu sempre quis ver um balão voar em um céu sem nuvens.

- Você é tão estranha - a criança brincou.

- Eu sei - a outra voz concordou, rindo.

Mais intrigado com cada palavra da garota mais velha dizia, Edward se agachou para olhar ao banco em frente a ele. O que viu o deixou confuso.

E o fascinou.

Duas garotas parecidas estavam sentadas no banco de ferro forjado. Era óbvio, observando que uma era muito mais nova, certamente não mais de doze ou treze anos de idade. A outra, embora, obviamente, mais velha, não era muito maior do que a criança. Além dessas observações simples, sobre o seu tamanho e de sua idade, Edward não deu a menina mais nova uma segunda olhada. Seu olhar estava voltado para a mais velha.

Ele deu apenas um breve olhar sobre o jeans super ajustado, o suéter demasiado espesso que ela usava e a alça da câmera enrolada no pescoço. Ele achou sua roupa estranha, considerando as temperaturas quentes, mas não pensou mais nela quando ele viu seu rosto.

Pele de porcelana cobria características mais delicadamente femininas que ele já tinha visto. O sol trouxe um pouco de cor para a extensão pálida de seu rosto, pintando- lhes um tom mais claro do que o rosa escuro de seus lábios carnudos. Ela estava um pouco longe dele, por isso ele não podia ver seus olhos de forma muito clara, só o nariz empinado e a curva suave de seu queixo. O brilho da pele lisa no alto da cabeça chamou sua atenção momentaneamente, distraindo-o da beleza do seu rosto. Seu couro cabeludo brilhava ao sol e ela não fez nenhum movimento para escondê-lo.

- Eu quero um, Mamãe! Eu quero um!

O grito da criança veio de algum lugar à esquerda. Os olhos de Edward disparam para um jovem garoto e sua mãe apenas por um instante, antes de voltar para a garota. Ela atraía o seu olhar como a costa atrai o oceano. Nada parecia tão interessante, tão cativante, tão importante como o rosto da garota.

A menina tinha virado na direção do menino e de sua visão periférica Edward podia ver a criança arrastando sua mãe para a frente, em direção ao banco, o seu curto braço levantado para o balão vermelho brilhante.

- Onde você conseguiu isso, querida? - a mãe do menino perguntou, seu tom educado e gentil.

- Eu o trouxe comigo - respondeu a garota, sua voz como água fresca.

- Você trouxe mais? Eu quero um - lamentou o menino.

- Gabe, shh! Não seja mal educado.

- Não, eu não trouxe - respondeu a garota, franzindo a testa em decepção compartilhada. - Eu sinto muito.

- Está tudo bem - disse o menino, sua voz indicando claramente que não estava bem.

- Vamos, Gabe. Podemos conseguir um balão outro dia. Que tal um sorvete? - A mãe o subornou. - Eu já tomei um sorvete - ele gemeu. - E eu sou o único na festa que não conseguiu um balão. Por que eu não posso conseguir um hoje?

O desgosto na voz do menino era tão evidente, que Edward conseguiu afastar seus olhos longe da garota apenas tempo suficiente para olhar para Gabe, seu rosto era nada menos do que cabisbaixo e seu queixo tremia de emoção.

- Você vai a uma festa hoje? - a garota perguntou.

O garoto balançou a cabeça.

- Mas você não conseguiu um balão para levar para casa?

Ele balançou a cabeça, uma lágrima grande caindo lentamente pelo seu rosto arredondado .

- Todo mundo tem um, mas eu não.

A garota escorregou no final do banco para se ajoelhar na frente do menino. Tirando a fita, que estava amarrada em volta do pulso, ancorou o balão para seu corpo frágil, ela o segurou para fora em direção a Gabe. Quando ele não avançou imediatamente um passo à frente, a garota assentiu encorajando-o e sorriu.

A respiração de Edward ficou presa em seu peito. Ele estava completamente hipnotizado pelo simples gesto. No fundo de sua mente, ele estava certo de que ele nunca tinha visto nada mais belo, mais perfeito do que o seu sorriso.

- Aqui. Tome o meu. Eu posso conseguir outro – lhe assegurou ela.

- Você não tem que fazer isso - a mãe ofereceu, agarrando a mão de Gabe quando ele chegou para tirar a fita de sua mão, ele estava ansioso para se apossar do balão cobiçado.

- Por favor - disse a garota. - Eu quero. Eu quero que ele o tenha.

- Você tem certeza?

Ela balançou a cabeça mais uma vez, seu sorriso nunca vacilando.

- Eu tenho certeza.

Emocionado, Gabe pegou o balão da mão da garota, correndo imediatamente com entusiasmo em direção a uma extensão aberta de grama para brincar com seu novo brinquedo.

- Eu sinto muito. Ele não é, geralmente, assim rude - a mãe explicou visivelmente embaraçada. - Mas obrigada. De verdade - disse enquanto ela saia para pegar seu filho.

O olhar de Edward caiu mais uma vez para a garota.

Ela permaneceu de joelhos, com a cabeça voltada para o menino, que corria em círculos largos, balançando o balão vermelho no ar acima de sua cabeça.

- Por que você deu para ele? - A menina mais jovem perguntou. - Você estava falando de deixar o balão ir por meses.

Edward viu o tórax da garota subir e descer em um suspiro.

- Porque o fez sorrir, Alice. Olhe para ele.

A menina mais nova, Alice, virou a cabeça para ver Gabe enquanto brincava.

- Mas, ainda assim... - argumentou.

- Não, sem mas. Ele precisava mais do que eu.

Só então, uma voz estridente invadiu a beleza estranhamente pungente do momento, balançando Edward de sua absorção. Por reflexo, olhou para a esquerda, na mesma direção de onde Gabe e sua mãe haviam chegado e viu sua namorada fazendo seu caminho pela grama para ele. Não tinha mais como se esconder dela. E nunca havia desejado tanto se esconder.

- Aí está você! - Tania exclamou, acelerando o passo e correndo em direção a ele.

O movimento levou a atenção de Edward de volta para a garota ajoelhada, a poucos metros dele. Ela virou-se para olhar para ele, obviamente surpresa com sua presença.

Ele ficou imediatamente perdido nos mais incríveis olhos chocolates que já tinha visto.

Eles olharam um para o outro durante o que pareceu uma eternidade antes de Tania acabar com a perfeição do momento.

- Nós acabamos. Você está pronto?

O olhar da garota se voltou para Tania antes que ela se levantasse e voltasse a sentar-se no banco.

Tania olhou de relance para a dupla, de imediato catalogando-as como sem importância.

- Vamos lá, baby. Estou com fome e nós temos que comer antes de irmos para o depósito.

Antes que ele pudesse se deter, os olhos de Edward voltaram para a garota. Encontrou-a olhando-o com a expressão mais curiosa. Se não soubesse melhor, ele poderia ter pensado que era piedade. Mas por que ela teria pena dele?

Tania pigarreou, chamando a sua atenção de volta para ela. Estava bastante agitada quando ele finalmente foi capaz de se concentrar nela.

- O quê? De repente te agrada as garotas carecas?

Edward podia sentir o sangue correr até o pescoço e inundar suas bochechas. Elas queimaram em constrangimento. Ele olhou para trás com culpa para a garota, sentindo um mal estar na boca do estômago, porque Tania poderia ter lhe causado alguma dor. Mas o que ele encontrou foi um banco vazio. Ela e a menina mais nova tinha discretamente movido para fora do assento e foram caminhando lentamente.

Edward viu-as se retirarem. Ele viu a garota parar por um momento antes de dobrar um dos mirantes decorativos que pontilhavam o parque. Seu coração saltou no peito, pensando que ela ia virar e olhá-lo. Mas ela não o fez. Em vez disso, Edward a viu inclinar a cabeça para trás e deixar o sol derramar sobre o rosto, como se estivesse apreciando a sensação de calor em sua pele.

O gesto simples mexeu algo dentro de Edward, fazendo com que de repente sentisse vergonha da companhia que tinha , envergonhado da maneira como viva a sua vida, com vergonha das coisas que ele tinha como certo. Ele não tinha idéia de como algo tão leve, tão inócuo como esse gesto poderia ter um efeito tão profundo sobre ele, mas fazia.

Ela fez. Era inegável.

Enquanto ela desaparecia atrás do mirante, Edward não poderia deixar de se perguntar o que tinha acontecido com ela em sua curta vida para torná-la tão agradecida por essas coisas mundanas como o sol, o parque e um balão. Ele ficou surpreso com o quão desesperadamente queria saber a resposta a essas perguntas, conhecer as respostas dela - sua vida, sua mente, seu coração. Ele sabia que não havia nada que ele queria mais do que conhecê-la.

Perdido em pensamentos, Edward pensou sobre a garota enquanto Tania seguia em silêncio. Até o momento que ele caiu em si, já estavam de volta onde eles começaram e Tania foi colocando as chaves do carro na mão dele.

- Você dirige. Eu preciso trocar de roupa - ela disse, seu tom de voz indicando que ela ainda estava irritada.

Profundamente abalado pela garota do balão vermelho, Edward olhou fixamente para Tania durante vários segundos. Sabia que sua hesitação custou-lhe, provavelmente, algo maravilhoso.

Em sua mente, Edward jogou a cautela ao vento e se afastou de Tania correndo de volta para a árvore, volta para o banco. Voltar para a garota. Ele sabia que ela não estaria lá, então, em sua cabeça, ele vasculhou o parque por ela, seus olhos examinando cada cabeça e cada rosto, buscando-a. Mas estava longe de ser encontrada. Ele sabia que quando se deixou levar para longe por Tania, ele tinha perdido sua chance de descobrir o nome da garota que, sem uma única palavra trocada com ele, havia roubado seu coração.

Cinco meses mais tarde

Pela primeira vez, que ele conseguia se lembrar, Edward estava realmente ansioso para ir para a aula. Normalmente ele demorava tanto quanto podia, empurrando a sua chegada para os limites que seus professores tolerariam. Ele tinha aprendido há muitos anos que ser o zagueiro tinha suas vantagens.

Neste dia, no entanto, Edward estava praticamente empurrando as pessoas para fora do caminho para chegar ao Laboratório de Química. Ele realmente não poderia se importar menos sobre estar atrasado, ele só queria que houvesse uma razão para Tania se calar.

Por mais de uma semana, ela falava incessantemente sobre seu próximo aniversário, dando dicas sobre o que queria. Só um completo idiota iria deixar de ver que ela queria um colar de borboleta. Sua obsessão com isso tinha começado a destruir seus nervos após cerca de uma hora. E isso havido sido somente uma semana atrás. Ela estava destruindo sua paciência e ele era um cara extremamente paciente.

Lutando através da porta para chegar ao seu assento, Edward deu pouca atenção para a pequena morena de pé na frente da sala, conversando com a Sra. Goodman. Ele só queria colocar a cabeça para baixo por um ou dois minutos antes da aula começar. Tania lhe tinha dado o início de uma dor de cabeça horrível.

Quando a campainha tocou, Edward levantou a cabeça e inclinou-se para recuperar a seu livro de química da mochila. Quando se endireitou, seus olhos colidiram com os curiosos olhos castanhos da garota sentada ao lado dele.

Edward estava atordoado. Enquanto bebia em seus traços delicados, todos eles pareciam familiar, exceto o cabelo castanho na altura dos ombros.

Quando esta menina o tinha hipnotizado antes, ela tinha sido careca. Edward a reconheceu, no entanto. Ele teria reconhecido aqueles olhos em qualquer lugar.

Os cantos de sua boca se curvaram em um sorriso sereno. Por alguma razão, a imagem de um anjo surgiu em sua cabeça. Edward estava certo se algum dia chegasse a ver o sorriso de um anjo, isso é o que seria semelhante.

E como se sentiria. Estar perto do próprio sol não podia tê-lo feito se sentir mais quente.

De repente, Edward foi compelido além da razão para descobrir quem era a garota. Ele não sabia por que isso importava tanto. Ele só sabia que era.

Ele sorriu de volta para ela, mas antes que ele pudesse falar, uma voz irascível cortou o momento.

- Olha muito - a voz de Tania zumbia do assento em frente a ele. Pelo canto do olho, ele podia ver que ela virou a cabeça para olhar para a menina nova.

Edward se encolheu interiormente, enquanto o sangue corria para seu rosto. Ele tinha certeza de que só corou duas vezes em sua vida. Ambas as vezes tinha sido em frente a esta menina e ambas as vezes foi por causa de Tania.

- Somente a ignore - disse ele bruscamente, revirando os olhos.

A nova garota voltou a sorrir, primeiro para Edward e depois, surpreendentemente, para Tania. Quando Tania bufou e virou ofensivamente de volta para frente da sala, a menina olhou para Edward e piscou.

Para desgosto de Edward, a Sra. Goodman escolheu aquele exato momento para começar a aula. Edward teria dado qualquer coisa para falar com a garota nova por apenas mais alguns minutos.

- Antes de começarmos, eu gostaria que todos vocês dessem boas vindas a nossa nova estudante. O nome dela é Isabella Swan. Ela é de Forks, Washington. Bem- vinda, Isabella.

- Isabella - disse Edward em voz alta. Ele realmente não tinha intenção. Apenas escapou. Mas conseguiu que se virara na direção dele novamente, então ele achou que valia a pena o embaraço. - Nome Legal - ele disse casualmente, tentando disfarçar.

- Que tipo de nome é Isabella? Tania murmurou na frente dele.

Isabella não se dignou a responder, ou até mesmo realmente reconhecê-la em qualquer outra forma que não a sorrir novamente. Seus lábios se curvaram em paz, como se ela estivesse completamente não perturbada com a atitude de Tania.

Durante todo o resto da aula, Edward roubou vários olhares na direção de Isabella. Ele não sabia por que a achou tão fascinante, mas ele achava. Só aumentou a curiosidade que ela não prestou atenção a nada.

Em um ponto, Isabella pareceu perder o interesse no que a Sra. Goodman estava dizendo. Viu-a voltar-se para a janela e olhar para fora em um dia ensolarado, distraidamente tocando a caneta contra sua bochecha. Ele encontrou-se perguntando o que ela estava pensando e se estava sorrindo. Imaginou que estava. Ela parecia estar sempre sorrindo.

Ao final da aula, Edward propositadamente tomou seu tempo arrumando as coisas. Ele estava secretamente esperando que Tania iria ficar frustrada e iria à frente dele, assim ele poderia ter alguns minutos com Isabella. Mas ela não o fez. Na verdade, Tania rapidamente tornou impossível para ele permanecer uma vez que ela começou a hostiliza-la.

- Você pode acreditar nesta garota, te olhando fixamente dessa maneira? Quero dizer, vamos. Tão grosseira?

Pelo menos ela estava fingindo manter a voz baixa. Estava sussurrando alto o qual Edward sabia era uma tentativa de transmitir o seu ponto de vista, sem parecer muito venenosa. Edward tinha certeza de que Isabella podia ouvi-la, mesmo que não mostrasse nenhum sinal externo. Ela parecia agradável e fresca como uma alface.

Com um suspiro tão alto que beirava um grunhido, Edward pendurou sua bolsa por cima do ombro e saiu do laboratório de Química à frente de Tania. Ele podia ouvir o clack de seus sapatos enquanto tentava alcança-lo.

- Qual é o seu problema? - Ela chamou atrás dele, uma vez que estavam no corredor.

Quando Edward não diminuiu a velocidade, nem a reconheceu, Tania se lançou para frente, agarrando seu braço.

- Hey! Qual é o seu problema?

Quando Edward se virou e viu sua expressão, a raiva voou pelo meio dele.

- Você é tão rude e desagradável! Às vezes eu não sei por que eu estou com você.

Imediatamente ele se arrependeu de suas palavras. Mesmo que fosse verdade, ele não tinha a intenção de ferir seus sentimentos, o sabia que tinha feito quando seus olhos começaram a encher de lágrimas.

- Sinto muito - disse ela em voz baixa, piscando seus cílios grossos para segurar o derramamento de lágrimas. - Ela não fez nada de errado. Eu sei que ela só estava sendo gentil, mas eu não pude deixar de sentir ...

Ela parou, sorvendo lamentavelmente as lágrimas, trabalhando o único ângulo seguro para conseguir que Edward se acalmara - a culpa.

- Sente o quê?

- Parece que estou te perdendo - ela terminou, lançando os olhos para baixo. - Você esteve distraído durante todo o verão. Esperava que isso mudasse quando começássemos nosso último ano, mas não está acontecendo.

Edward suspirou, passando os dedos pelo cabelo curto, em frustração.

- Você não vai me perder, eu estou apenas ... - Edward fez uma pausa, sentindo uma pontada na área de sua consciência sobre a mentira. Consolou-se com o pensamento de que ela realmente não o estava perdendo, ele já tinha ido embora. Era apenas uma questão de tempo antes que ela percebesse.

- Eu estou tentando me concentrar no futebol, isso é tudo. Você sabe o quão importante é este ano para mim. Papai está tentando obter olheiros para sair e me ver, e eu tenho que manter minha cabeça no jogo. Desculpe-me se eu pareço distante.

Tania pegou sua mão, passando os dedos entre os seus enquanto ela falava:

- Eu ficaria arrasada se algo acontecesse com a gente. Eu te amo. Você sabe disso.

- Eu sei - disse Edward, puxando os dedos dos dela para envolver o braço arredor do pescoço e puxá-la junto. Por alguma razão, ele não queria que Isabella saísse da aula e os vissem em pé lá.

- Precisamos começar a nos mexer ou vamos nos atrasar.

- Desde quando é um problema para você? - Ela perguntou, olhando para o seu rosto como se o sol nascesse e se pusesse ao seu comando.

- Bom ponto - Edward brincou quando eles viraram a esquina para ir para seus armários.

O almoço era sempre uma produção em Seminole Senior High, pelo menos se você comia no terceiro grupo com os membros do time de futebol. Havia um punhado de rapazes desordeiros que serviam de entretenimento para todos e qualquer um parecia estar perto deles. Sendo o quarterback, Edward parecia estar sempre no centro de tudo, incluindo Seth e Sam, dois dos mais desordeiros.

Todo mundo na mesa de Edward tinha acabado de comer e se reuniram do lado de fora no gramado. Atualmente, eles estavam todos de pé em um círculo solto assistindo as repugnantes travessuras de Seth e Sam. Eles estavam cuspindo ao ar e pegando-os a medida que caiam de volta. Apesar de mais ou menos divertido, ainda fez água na boca de Edward por assistir a baba atropelar seus queixos, quando quase perdiam.

A multidão estava aplaudindo-os entre séries de risos e gemidos de desgosto. Uma dupla de garotas passou por trás de Seth e um delas chamou a atenção de Edward.

Vestindo sua marca registrada de sorriso doce, Isabella estava andando pela encosta do gramado com uma garota que ele reconheceu, mas não sabia quem era. Ele tinha certeza que ela era uma das estudantes de arte, o tipo que não estava muito envolvido nos esportes ou festas, que eram as várias atividades de Edward se envolvia na maioria das vezes. A única atenção que ele pagou foi o de perceber que ela andava com Isabella. Além disso, ela foi imediatamente esquecida.

A dupla entrou na luz do sol. A luz dourada brilhava no cabelo de Isabella, com destaque para um tom castanho avermelhado e leve ondas que ele não tinha notado antes. Ele tinha visto o suficiente de revistas de Tania para saber que as meninas matariam pelo cabelo de Isabella. Era grosso e rico, muito longe da cabeça careca que ele tinha visto antes.

- Merda, que boa!

A admiração chamou a atenção de Edward de volta para James, cuja cabeça estava voltada olhando Isabella, também.

- O quê? - Perguntou Edward, já se sentindo na defensiva sobre a resposta que provavelmente receberia.

- Quem é essa?

Embora não fizesse sentido, Edward queria dar um soco na boca do seu melhor amigo. Um notório mulherengo, James tinha uma reputação de perseguir qualquer coisa em uma saia, e, mesmo que era um cara legal, no fundo, Edward tinha um grande problema com a forma como ele estava de olho em Isabella.

- Ela é nova. Ninguém que você estaria interessado - Edward respondeu, tentando parecer casual, apesar de sua ira formigando.

- Por que não, Edward? Ela seria ideal para James - Tania saltou, fazendo Edward cerrar os dentes em frustração. - Ele gosta das magras. Olha, James - disse ela, dirigindo-se ao melhor amigo de Edward. - Ela se parece com um menino de doze anos de idade. Perfeito!

- Não, ela não se vê assim - argumentou Edward, um pouco bruscamente.

- Sim, ela se vê! Olhe para isso. Ela é reta como uma vara e não tem peitos.

- Ela é apenas delgada. E suas roupas estão soltas.

- Isso não é 'apenas delgada,' Edward.

- Eu gosto de seu corpo. - James interrompeu.

- Você gosta - Tania zombou.

- Você sabe que eu gosto de qualquer maneira que eu possa pegá-los, não é, Tania? - a farpa de James efetivamente silenciou Tania, sua boca fechou com um clique de seus dentes. Ela e James tinham uma história e ele sabia exatamente como empurrar seus botões.

- Eu não acho que ela é o seu tipo de qualquer maneira, James - disse Edward.

- Qualquer garota é o meu tipo.

- Qualquer garota exceto as garotas boas. - Tania se ofendeu com o comentário de Edward, bufando e batendo o braço em um ataque de ressentimento.

- Sabe que eu não me referia a você - esclareceu Edward rolando seus olhos.

- Como você sabe que ela é uma garota legal de qualquer maneira? - perguntou Tania. - Você nem mesmo a conhece.

Edward não tinha resposta para isso. Tania estava certa, ele não conhecia Isabella. Não é verdade. Mas, de alguma forma, ele sentiu que a conhecia. E certamente queria conhece-la.

Procurando por qualquer desculpa para mudar de assunto e tirar a atenção de Isabella, Edward colocou o seu sorriso mais travesso e brincou com James.

- É melhor você colocar pensamentos como esse fora de sua cabeça, James. Você tem as mãos ocupadas, lembra? Não era Rena aquela que você marcaria em uma semana? E o que são agora? Seis?

Dois caras no círculo saltaram para acercar brincando com James, efetivamente desviando a atenção longe de Isabella. Todos, com exceção de Edward, é claro. Ele não conseguia parar seus olhos de se afastarem para a luz do sol, em busca de sua cabeça escura. Um forte golpe em suas costelas tirou sua atenção de volta para a garota ao seu lado. Quando ele se virou para olhar para Tania, ela estava olhando para ele com cuidado, franzindo a testa. Embora ele pudesse ver alguma preocupação em seus olhos, o que ele viu em sua maioria era raiva.

O 6º período, o último do dia e favorito de Edward, era fotografia. Todos os do último ano que tomaram algum tipo de arte eletivo tinham como sua última aula do dia. A maioria via-o como um período de brincadeira para relaxar. Edward viu-o como uma hora em que ele poderia seguir a sua paixão.

Passeando na sala de aula, Edward colocou sua bolsa de câmera no chão ao lado de sua mesa e deslizou na cadeira. Ele já estava pensando no futuro para as duas principais atribuições do primeiro semestre, a natureza e as pessoas. Edward esperava um dia ganhar a vida como fotógrafo esportivo. Não que qualquer pessoa no mundo sabia ou se importava se o fizesse. Seu pai e Tania queriam que ele fosse um jogador de futebol profissional. Sua mãe queria que ele fosse um dentista como o pai dela, embora ela concordou com a coisa do futebol por medo. Todos os seus amigos pensavam que qualquer tipo de arte era para maricas, então Edward manteve seu amor pela fotografia para si próprio.

Ele estava olhando sonhador para fora da janela, pensando no que gostaria de fotografar em primeiro lugar, quando uma voz como veludo havia lhe sacudido a cabeça para a frente da sala. Seu coração disparou quando a viu. Ele não conseguia parar o sorriso idiota que curvou seus lábios quando ela se virou e viu-o. Ela devolveu o sorriso com um dos seus próprios. Fazia as palmas das mãos suarem. Edward viu quando ela fez seu caminho entre as mesas para o único assento vazio na sala, atrás dele mesmo, no fundo da classe.

Edward deu a Isabella um minuto para se situar antes dele se virar para falar com ela. Seu coração batia enquanto pensava no que iria dizer. Nunca em sua vida tinha ficado nervoso ao falar com uma menina.

Eu realmente não estou nervoso, ele disse a si mesmo. Mas ele estava. Pela primeira vez, que ele podia se lembrar, ele realmente se importava o que uma garota pensaria dele, na verdade queria fazer uma boa impressão. Normalmente, elas o procuravam. Ele nem sequer tinha que tentar. Em absoluto. Mesmo que ele estivesse saído com Tania em quatro anos, nunca faltou atenção feminina. Aparentemente, as meninas não se importavam se ele era comprometido ou não. Elas só o queriam. Ponto.

Finalmente, limpando a garganta, Edward virou em seu assento, colocando o braço casualmente sobre o canto da mesa de Isabella.

- "Isabella, certo?"

Idiota! Pensou Edward. Ela sabe que você sabe o nome dela. Agora você só soou como um débil mental.

- Sim - disse ela, seus lábios curvando-se naquele sorriso angelical. - Eu não sei o seu nome.

- Edward - respondeu ele, trazendo a mão direita em torno da oferta de um aperto de mão. - Edward Cullen.

Isabella olhou para a mão de Edward e seu sorriso se alargou. Podia chutar-se a si mesmo.

Cara! Você está oferecendo-lhe um aperto de mão? Você está oferecendo a uma menina um aperto de mão?

Era tarde demais para rescindir o gesto, entretanto, assim Edward manteve sua posição, rezando para que ela não pensasse nele como um idiota completo e corresse o mais rápido que podia na outra direção. Lentamente, para grande alívio de Edward, ela deslizou os dedos em seus e apertou-os para um aperto de mão surpreendentemente firme.

A pele estava fria e suave como qualquer coisa que ele já havia sentido. Edward perguntou distraidamente se seu rosto seria da mesma maneira. Ele imaginou que sim.

- Prazer em conhecê-lo, Edward.

Eles sacudiram a mão um do outro, sorrindo para os olhos um do outro por alguns segundos antes de Isabella puxar a mão da dele. Quando o fez, Edward apertou por apenas um momento, não querendo deixá-la ir.

- Desde que vocês dois já fizeram suas próprias apresentações - disse o professor, da direita atrás de Edward, fazendo-o saltar e largar a mão de Isabella - por que você não a ajuda a recuperar o atraso do que ela perdeu e mostrar-lhe um pouco os arredores, Edward? Nós só estamos discutindo a luz natural neste período de qualquer maneira e parece que Isabella sabe tanto sobre ele como você. Eu duvido que qualquer um de vocês vai perder muito.

Edward limpou a garganta novamente.

- Sim, senhor.

Edward propositadamente mantinha os lábios em uma linha neutra enquanto ele se virava de volta em seu assento. Demorou um pouco de esforço para suprimir a bolha de riso pateta que estava fazendo cócegas no peito. Ele simplesmente não podia acreditar na sua sorte!

Após o Sr. Gault terminar os anúncios, ele acenou para Edward. Alcançando sua sacola da câmera, Edward virou calmamente para Isabella.

-Vamos. Hora de começar a turnê.

Edward quase estendeu a mão para Isabella tomar. Felizmente, ele percebeu em cima da hora e enfiou a mão no bolso em vez.

Ele não tinha idéia de que havia de errado com ele, por que estava reagindo a Isabella como estava agindo. Ele só sabia que teria que ser o mais educado possível. Por alguma razão ela estava fazendo-o sentir uma espécie de loucura e de todos os anos Edward poderia ter proporcionado um pouco loucura, este não era um deles.

O primeiro lugar que levou Isabella foi o quarto escuro.

- Este lugar está fora dos limites para quem não está em uma aula de fotografia, mas ainda temos uma folha de inscrição uma vez que existem muito poucos de nós. É configurado para duas pessoas trabalharem aqui em um momento, por isso você deve sempre ser capaz de entrar - explicou Edward. - Na verdade, se você quiser, eu poderia inscrevê-la para alguns dos meus momentos. Só assim você vai ser capaz de recuperar o atraso e outras coisas. Você sabe ...

Ela mostrou seu sorriso doce, um pouco triste e o estômago de Edward capotou.

- Obrigada. Eu realmente aprecio isso. Eu não sei quantas vezes eu vou ser capaz de vir, mas eu gostaria de tentar e seguir o ritmo.

Isabella inclinou a cabeça para um lado e deixou escapar um pequeno suspiro, avançando adiante um dedo melancolicamente ao longo da borda de um tabuleiro. Ele queria desesperadamente perguntar o que ela quis dizer com isso, mas algo sobre a expressão dela o deteve.

Incerto sobre o que dizer e hesitando em interromper seu pensamento, Edward pegou o porta-papéis preso a parede. Quando ele olhou para baixo na lista de tempos atribuídos, amaldiçoou todas as pessoas que haviam se inscritos para compartilhar o tempo com ele. Havia ainda algumas vagas em aberto, no entanto, e ele escreveu o nome de Isabella ao lado do seu em todos os últimos.

- Então, eu estou supondo que você tenha revelado suas próprias fotos antes?

Isabella assentiu distraidamente.

- No ano passado, fomos autorizados a usar câmeras digitais para alguns projetos, mas a maior parte, ele queria que a gente ficasse com o método da velha escola, em preto e branco.

Mais uma vez, ela balançou a cabeça.

- Ok, bem, deixe-me mostrar-lhe o "jardim de Inverno" - Edward disse, usando aspas no ar.

- Há um jardim de inverno aqui?

Edward odiava decepcionar Isabella quando ela parecia tão impressionada com isso.

- Uh - ele riu. - Não, não realmente. Isso é exatamente como eles chamam. Vamos. Você vai ver.

Edward levou Isabella para fora do quarto escuro, ao fundo do corredor e saiu para o sol da tarde. Mesmo que ele tivesse vivido na Flórida toda a sua vida, o calor do verão ainda o golpeava como um tapa na cara, de vez em quando.

Ele respirou fundo.

- Oh meu Deus, é tão malditamente quente! – Isabella não disse nada, simplesmente o seguiu ao longo do caminho pavimentado, passando o edifício horticultura. Edward dobrava a esquina na parte de trás da estrutura de tijolo e, em seguida, virou à esquerda, continuando ao longo da trilha para baixo, uma ligeira inclinação para uma estufa antiga. Ele parou alguns metros à frente da porta e varreu o braço em um gesto grandioso e dramático.

- O "Jardim de inverno" - ele anunciou com um floreio jocoso.

Separado de qualquer outra estrutura da escola, a estufa foi construída de nervuras de ferro forjado, fosco e envelhicidas plexiglás, abrangendo o espaço entre eles. Os painéis em direção ao topo estavam rachados, abertos para permitir a liberação do ar quente, sem dúvida, esfriando as temperaturas sufocantes no interior.

- O 'jardim de inverno' é uma antiga estufa? - Isabella perguntou, os cantos de sua boca torcendo-os.

- E isso não é mesmo a melhor parte - Edward declarou, dando um passo a frente para manter a porta aberta para Isabella entrar.

- Oh, há mais? - ela perguntou, seguindo o jogo com uma voz animada.

- Acha que seu coração pode suportar isso?

Isabella riu levemente e murmurou baixinho:

- Meu coração não é o problema.

Edward não estava certo de que tinha ouvido corretamente, mas, novamente, ele estava relutante em fazer-lhe todas as perguntas pessoais. A imagem de seu rosto delicado debaixo de um couro cabeludo careca, ainda circulava nos arredores de sua mente, fazendo-o inquieto em abordar todos os assuntos sensíveis.

Deixando a porta se fechar atrás dela, Edward dirigiu a atenção de Isabella para a folhagem verde que cobriam as bancadas e prateleiras de vários níveis à esquerda e à direita.

- As aulas de horticultura usam isso para crescer as plantas e brincar com a composição do solo e todas essas coisas. Eu não sei muito sobre isso. É muito chato. - disse Edward, movendo-se lentamente para baixo da passarela estreita que atravessava o centro da estufa. - Há uma coisa que eu acho que é muito legal, apesar de tudo.

- O que é isso? - Isabella perguntou, virando a cabeça para um lado para conferir todas as plantas que eles passavam.

Por um momento, Edward ficou em silêncio, sentindo-se um pouco deslumbrado pela olhar suave de apreciação no rosto. Olhando rapidamente para as plantas verdes indescritíveis que tinha visto dezenas de vezes, ele perguntou o que ela achou tão interessante, perguntou o que ela estava pensando enquanto ela olhava para a folhagem.

- Ele está aqui - ele disse em voz baixa, virando-se para levar Isabella em torno do único canto da estufa. Uma pequena adição foi construída de um dos lados da estrutura. O vidro era mais claro e a temperatura era ligeiramente mais quente no pequeno espaço. As instalações eram perceptivelmente mais novas e tecnologia mais moderna, também. Essas eram as coisas que Edward normalmente notava e foi preparado para comentar.

Mas hoje não. Hoje, ele estava ciente da menina na frente dele e a expressão de espanto que ela usava. Pela primeira vez, ele pensou que poderia estar vendo o que viu.

Orquídeas de todas as cores e matizes forrando os bancos de metal em ambos os lados da passagem. Em comparação com a visão bastante monótona no quarto maior, este parecia viva, com cor, com vida. Os aromas florais de diferentes orquídeas misturados, dando ao ar um cheiro doce, sedutor, que nunca tinha notado antes.

Mas o mais incrível de tudo era Isabella. Seus olhos castanhos eram redondos de espanto e seus lábios carnudos estavam entreabertos em reverência. Ela moveu a cabeça lentamente, absorvendo cada detalhe que aparecia.

Obrigados a fotografar a natureza de uma forma que nunca tinha visto antes, Edward silenciosamente abriu a bolsa e tirou a câmera. Depois que ele retirou a tampa da lente, tirou algumas fotos das belas flores, Edward se encontrou com foco em uma visão de um tipo diferente. .de uma face: o de Isabella

O sol da tarde brilhante vertia para o topo de sua cabeça. Quando ela se inclinou para frente, pegando a flor delicada de uma orquídea roxa profunda e enterrando seu nariz no centro de suas pétalas, seu rosto ficou na sombra. Através da lente de sua câmera, Edward viu os olhos fechar-se enquanto ela inalava. Ele ficou cativado. Ele tirou fotos enquanto ela provava os aromas deliciosos de várias orquídeas diferentes. Cada vez que ela levantava a cabeça, ele caia um pouco mais enamorado com o sorriso docemente triste que parecia sempre presente.

Finalmente, Isabella virou-se para Edward, inclinando a cabeça para um lado como se dissesse: você está em apuros, senhor!

Edward sorriu, tirando fotos para cada ação e ela sorriu e balançou a cabeça.

- Eu não me lembro de lhe dizer que estava tudo bem tirar uma foto minha - ela repreendeu suavemente.

- Preço do passeio, senhora. Preço da turnê - disse Edward de trás da câmera.

- É por isso que o "jardim de Inverno", ela disse, levantando os dedos para aspas no ar como ele tinha feito antes - está incluído na turnê aula de fotografia?

Edward baixou sua câmera.

- Na verdade, mais ou menos isso. O Sr. Gault os conveceu a nos deixar usar isso para alguns dos nossos requisitos do curso. A luz e as cores são geniais, especialmente aqui atrás. Além disso, quando chove, é difícil sair e tirar fotos e é isso que um dos nossos principais enfoque este ano, a natureza.

- Bem - Isabella disse, olhando para o sol quando ela se virou um círculo completo. - Há definitivamente alguma natureza muito boa aqui.

- Isso é exatamente o que eu estava pensando - Edward murmurou perplexo.

A cabeça de Isabella caiu de volta no lugar e seus olhos se encontraram com os dele. Por alguns segundos tensos, ela não disse ou fez nada. Sua expressão era simplesmente em branco. Mas então, lentamente, como se alguém estivesse pintando-as com pinceladas do céu, seu rosto floresceu com a cor e ela sorriu de novo. Edward tinha certeza que ele nunca tinha visto nada mais assombroso do que o seu sorriso.

Era radiante. Foi de tirar o fôlego. E foi devastador.

Ou como para partir o coração.

- O que é isso? - Perguntou Isabella apressadamente, como se ansiosa para mudar de assunto. Seus olhos tinham mudado e ela estava olhando além de Edward, para o final do curto disso, para a parede de trás, onde uma linha de panelas revestidas de uma única prateleira lá. As flores emergentes deles parecia muito diferentes do que as outras orquídeas.

- Eu acho que eles estão cultivando orquídeas noturnas. A flor só abre à noite, e depois fecha durante o dia.

- Isso é incrível! - Exclamou.

Quando ela passou, um leve aroma flutuou até envolvê-lo. Incapaz de se conter, Edward inalou. Morango. De alguma forma, o aroma delicado combinava com Isabella, perfeitamente.

- Eu amo flores, quase tanto como eu amo fotografia - Isabella meditou em voz baixa, passando o dedo para baixo em uma folha verde. - Há poucas coisas que me fazem mais feliz.- Edward reparou que, enquanto falava, Isabella distraidamente acariciou o pequeno bolso preto de sua câmera que estava pendurado em seu lado esquerdo.

Para desgosto de Edward, o sino escolheu aquele momento para tocar. Não parecia possível que o prazo já tinha acabado.

- Uau, isso foi rápido - Isabella observou, voltando-se para a saída.

Sem dizer uma palavra, Edward guardou sua câmera em sua bolsa e atirou-a por cima do ombro. Ele fez sinal para Isabella precedê-lo até a porta, flexionando os dedos para não colocar a mão na parte baixa de suas costas enquanto ela passava. Ele nunca quis tocar outra pessoa tanto em toda a sua vida.

Ambos estavam em silêncio quando eles fizeram o seu caminho de volta para a escola. Edward roubou olhares a Isabella, enquanto caminhavam. Seus olhos estavam fixos no chão. Ele não podia deixar de se perguntar o que ela estava pensando,

Muito em breve, eles estavam de volta na porta em frente ao laboratório de fotografia e Edward encontrou-se sem saber o que dizer. Ele sabia que o que ele dissesse iria pôr fim ao seu tempo com Isabella, um fato, que ele teria feito qualquer coisa para evitar.

- Bem, obrigada - disse ela, finalmente, sorrindo timidamente para ele. - Eu realmente apreciei...

- Aí está - Tania exclamou, enquanto ela dobrava a esquina para o corredor.

- Eu estive esperando em seu armário. - Fazendo seu caminho rapidamente para o lado de Edward, Tania enganchou seu braço no dele e sorriu para Isabella. - Oi! Eu sou Tania.

- Oi - Isabella disse, com um sorriso tolerante nos lábios. – Eu sou Isabella.

Esforçando-se para não se afastar de Tania como queria fazer desesperadamente, Edward observou o rosto de Isabella. Apesar de ter sido sutil, ele pensou que podia detectar uma diferença em seu sorriso. Parecia um pouco mais frio, mas não algo que ele suspeitava que alguém teria notado. Ele acabara apenas prestando uma enorme quantidade de atenção para o seu sorriso. Estava começando a sentir como algo que ele não poderia viver sem, o que era ridículo. Ridículo, mas verdadeiro.

- Eu sinto muito pelo de antes - disse Tania, franzindo o nariz. Edward ficou surpreso com a mudança em seu comportamento. Ela parecia ser quase... genuína. - TPM. Não é desculpa, mas pelo menos é uma explicação.

O sorriso de Isabella se aqueceu um pouco, não de todo, para surpresa de Edward. Ele imaginou que ela era o tipo de perdão.

- Eu sei como isso é - ela simpatizou.

- Você está em fotografia, também?

- Sim.

- Pobre Edward, ele tem que ter uma aula como esta para fazer dele o melhor candidato para as melhores escolas, mas ele odeia cada minuto. Ele não é exatamente inclinado para o artístico - Tania brincou, cutucando Edward nas costelas.

Interiormente, Edward revirou os olhos. Tania não o conhecia em absoluto.

Isabella não disse nada. Embora ela continuasse a sorrir em sua forma pacífica, Edward viu a pele entre as sobrancelhas franzir-se. Uma pequena carranca apareceu lá no espaço de um batimento cardíaco antes de desaparecer como se nunca tivesse existido.

Limpando a garganta, Tania moveu-se rapidamente para outro assunto.

- Então, você é do estado de Washington, certo?

Isabella assentiu.

- Então, você precisa vir com a gente amanhã para a Tarde Livre de Sexta-feira. Nós quase sempre fazemos algo fora e não há nada como o sol da Florida. Edward viu os olhos de Isabella acender. Eles estavam cheios de tanta expectativa, ele sentiu um puxão de um sorriso nos cantos da boca.

- Obrigada! Isso soa muito bem, mas o que é Tarde Livre de Sexta-feira?

- Os mais velhos saem da escola após o almoço às sextas-feiras. Eu acho que eles descobriram que isso nos impede de faltar à escola às sextas-feiras. Eles começaram há alguns anos atrás. E para nós - disse Tania, apertando o braço de Edward e dando um sorriso brilhante a ele - a gente sempre vai fazer algo divertido antes do jogo. Faz parte do ritual de Edward.

- Ritual? - Isabella perguntou, com os olhos saltando de Tania a Edward e de volta.

- Sim, Edward tem um grande futuro no futebol e todos nós estamos fazendo a nossa parte para garantir que nada mude e que ele tenha o melhor ano de sua vida.

- Não vai estragar tudo para ele, então, se eu for?

- Oh, não. Enquanto eu estou lá, ele vai ficar bem – disse Tania docemente. Talvez um pouco demais docemente. – Então, você vai?

- Claro.

- Bom - disse Tania com um aceno. - Então, vamos nos encontrar depois do almoço no estacionamento, ok?

- Eu preciso levar alguma coisa?

- Não... Se você precisar de alguma coisa, eu vou trazê-lo.

- Okay. Bem, acho que vou vê-la amanhã e depois - disse Isabella, sorrindo educadamente antes de ela se virar para Edward. - Obrigada novamente por me mostrar os arredores.

- Não há problema - disse Edward, retendo todas as outras coisas que ele desejava poder dizer.

Com isso, Isabella saiu em uma direção e Tania puxou Edward pelo corredor na outra. Foi com crescente perplexidade que ele percebeu que sua mente e seu coração foram com Isabella.

Edward estava mais ansioso do que nunca para que chegasse sexta-feira à tarde. Ele sempre foi um feixe de energia nervosa antes de um jogo, mas isso era algo diferente. Ele descobriu que ele estava mais ansioso para passar a sexta-feira com Isabella do que um bom desempenho no jogo. E essa foi a primeira vez.

Depois do que pareceu a manhã mais longa na história do tempo, o almoço finalmente acabou e Edward foi fazendo o seu caminho até o estacionamento para esperar Isabella. Ela tinha estado no laboratório de química, embora ela apenas sorrisse educadamente e depois se virasse para olhar pela janela durante a maioria da classe. E ela estava na hora do almoço, ele a tinha visto com a estudante de arte novamente. Angela, acho que seu nome era esse. Ele observou-a discretamente com o canto do olho, praticamente saltando quando o último sinal do almoço tocou, sinalizando oficialmente o fim do dia escolar truncado.

E agora ele estava esperando por ela, ansiosamente verificando cada rosto que saia pelas portas da frente da escola. Tania estava conversando com sua melhor amiga,Irina,deixando Edward aos seus próprios pensamentos, que pareciam sempre girar em torno de Isabella.

Edward olhou para o relógio. Estava ficando tarde. Decepção inundou quando ele percebeu que Isabella provavelmente não estava vindo. Foi o suficiente para fazê-lo querer cancelar. Ele se virou para Tania para discutir exatamente isso quando ele avistou uma cabeça escura surgindo através das portas. Era Isabella.

Ela ficava na altura do ombro de quase todos perto dela. Edward se endireitou, olhando para ela quando fez seu caminho através da multidão até o limite do estacionamento.

Ela parou para olhar em volta, protegendo os olhos do sol brilhante quando ela esquadrinhou os carros em busca de um rosto familiar. Quando seu olhar o alcançou, Edward sorriu largamente e acenou. Seu estômago se contraiu em emoção quando ela devolveu o sorriso e deu um passo para fora da calçada.

Ele a olhou enquanto ela caminhava em sua direção. Seu corpo pequeno contornou ao redor em lento movimento. Ela sorriu e falou com cada pessoa. Era como se ela não pudusse entrar em contato com alguém ou alguma coisa sem transmitir um pouco de sua bondade para eles. Ele nunca conheceu ninguém como ela.

Quando ela finalmente chegou a eles, Edward viu seu olhar em expectativa passar dele para Tania e de volta. Foi então que Edward percebeu quão silencioso se tornou ao seu redor. Tania não estava mais falando. Ele olhou para a direita até onde ela estava e viu que ela estava calmamente o assistindo. Ela sustentou o olhar por alguns segundos antes de se virar para Isabella.

Para grande alívio de Edward, Tania coloco um falso sorriso muito brilhante. Ele não achava que Isabella notaria. Ele estava grato por Tania estar sendo agradável.

- Pronta para ir?

- Quando vocês estiverem. - foi a resposta de Isabella.

- Andaremos juntos. Todo mundo já foi embora.

- Para onde vamos? - Isabella perguntou quando ela entrou no banco de trás do conversível de Tania.

- Seja paciente - Tania repreendeu levemente com um sorriso. - Você vai ver.

Com isso, Tania ligou o motor e acelerou para fora do estacionamento. Dez minutos depois, ela estava puxando para um lote privado de uma rua da praia.

Desligando o motor, Tania pulou para fora do carro. Irina rapidamente seguiu o exemplo, deixando Edward para levantar o seu lugar e deixar Isabella sair. Ele estendeu a mão e segurou a respiração quando ela a tomou. Ele nunca iria esquecer como sua pele era suave.

Uma vez que ela estava em segurança fora do banco de trás, Edward soltou sua mão. Ele sabia que Tania o estava olhando, ele podia sentir isso. E ele não queria aumentar a sua ira. Ela poderia arruinar o dia, se ele não fosse cuidadoso.

Tania rodeou o carro para o porta mala, onde ela e Irina pegaram dois enormes sacos de lona. O quarteto partiu para atravessar a rua.

Enquanto eles estavam fazendo seu caminho entre dois hotéis, o vasto oceano apareceu à vista.

- Nós estamos indo para a praia? - perguntou Isabella. Edward esqueceu que ela provavelmente não estava familiarizada com Middleton ainda e não sabia onde estavam.

- Certeza que sim - Tania respondeu alegremente.

- Hum, eu não trouxe um traje de banho.

- Eu trouxe um para você - Tania informou com um sorriso. - Está vendo? Eu lhe disse para não se preocupar com nada.

- Eu aprecio isso, mas eu acho que vou ficar de fora.

- Não seja ridícula. Você tem que tomar algum sol. O clima é perfeito nessa época do ano.

- Eu vejo isso, mas eu posso apreciá-lo sem trocar de roupa.

- Sério, Isabella, você vai ferir meus sentimentos se você não, pelo menos, pegar um sol e nunca seria capaz de fazer isso com essas roupas.

- Edward viu as bochechas de Isabella rosa quando ela puxou timidamente o decote de sua camisa de mangas compridas. Ele viu a indecisão no rosto e estava quase pronto para entrar em ação quando ela concordou.

- Tudo bem.

- Sim! - Tania exclamou, batendo palmas.

Com isso, eles fizeram o seu caminho para a areia e para a cabana que possuía a família de Tania.

- Seu traje de banho ainda está em sua gaveta - Tania aconselhou Edward.

- Depois que ele se mude, você pode se trocar, Isabella. Eu tenho tudo que você precisa aqui. - Tirando uma toalha para ela, Tania entregou a Isabella a mochila de lona.

- Onde está o teu traje? – perguntou Isabella.

- Estou usando o meu - disse Tania, erguendo a bainha de sua camiseta e puxando-a sobre a cabeça dela para revelar um top de biquíni vermelho brilhante. Ela começou a desabotoar e contorcer-se para fora do calção que usava, estando de pé orgulhosa, na frente do grupo. Edward teve que admitir que certamente podia preencher um biquíni.

Edward olhou para Isabella, que estava assistindo Tania com uma expressão preocupada. Imediatamente, ele viu a exibição de Tania em uma luz totalmente diferente. E ele não gostou.

- Eu vou me trocar - anunciou ele, irritado com a exposição de Tania. Por alguma razão, ele sentiu que ela tinha feito isso como uma provocação para Isabella, mesmo que ela não tivesse dito uma única palavra cruel.

Menos de cinco minutos depois, Edward surgiu vestindo sua sunga. Suas outras roupas estavam enroladas em um bolo apertado na mão. Isabella estava empoleirada, desconfortavelmente, no final de uma chaise, olhando para Tania, mordendo o lábio inferior.

- É tudo seu - disse ele, indicando o pequeno vestiário.

Com um sorriso apertado, Isabella se levantou e passou por ele, fechando a porta firmemente atrás dela.

Na areia, Edward se posicionou onde ele poderia fingir toda a sua atenção para Tania, mas na verdade para assistir Isabella sair da cabana. Com seus óculos de sol, ele não precisa se preocupar que Tania percebesse quantas vezes ele olhava para trás.

Quando Isabella surgiu, a primeira coisa que Edward notou foi que tinha uma toalha enrolada em volta dela e estava segurando-a com força contra o peito. A única prova que podia ver de roupa era a correia de cor coral de seu maiô, envolvendo seu pescoço. Ela parecia desconfortável quando se aproximou do grupo e parou.

Irina mostrou Isabella e Tania girou em sua direção.

- Será que ele se encaixa?

Isabella assentiu.

- Bom. Eu pensei que serviria - disse Tania, parecendo satisfeita consigo mesma. - Vamos. Vamos procurar todos os outros.

Tania e Irina assumiram a liderança, deixando Edward e Isabella andando atrás delas. Assistindo Tania brincando e afetada na frente dele, deixou Edward sem dúvida de que ela estava fazendo isso de propósito. Não estava tendo o efeito desejado, apesar de tudo. Ao invés de impressionar Edward, só o envergonhou e o fez se sentir desconfortável na frente do Isabella. Ele não podia imaginá-la agindo dessa maneira em qualquer circunstância e isso o fez se perguntar o que ele tinha visto em uma garota como Tania.

Um grande grupo de seus amigos já estava descansando em suas toalhas abaixo, perto da água. Quando Tania parou na frente deles, ela desenrolou a toalha e estendeu-a na areia.

- Ok, quem entrará? - ela perguntou.

Várias pessoas pularam e afastara a areia fora de seus trajes, prontos para irem para o oceano.

- Isabella? - perguntou incisivamente Tania.

- Não, eu acho que vou ficar por aqui, mas obrigada. Vocês todos, vão em frente.

- Oh, vamos lá! A água é quente nesta época do ano.

- Eu prefiro não ir, mas obrigada.

- Você tem que, pelo menos, descer e ficar molhada.

- Eu acho que vou ficar por aqui. Você vai.

- Oh, vamos lá, Isabella! - Disse Tania, agarrando a mão e puxando Isabella. - Só por um minuto.

Tania puxou Isabella, mas Isabella cravou os pés na areia e resistiu.

- Realmente, eu prefiro não ir.

- Por favor. Vamos. - Tania pediu, puxando novamente.

- Sério, vocês todos, vão em frente.

- Não me obrigue a fazer Edward carregá-la até lá - Tania ameaçou com um sorriso, pegando na mão de Isabella que prendia a toalha no lugar. Isabella agarrou a toalha, quase freneticamente, afastando Tania.

- Eu não vou. Vocês vão em frente. Eu vou ficar aqui.

Rindo, Tania rapidamente estendeu a mão e puxou a ponta da toalha de Isabella, surpreendendo-a e puxando-a para longe de seu corpo. Isabella engasgou, de pé, em embaraço e choque por alguns segundos, antes de mudar os braços para tentar se cobrir.

O coração de Edward caiu em seus dedos do pé. Embora em algum nível Edward notasse que Isabella era muito mais voluptuosa do que ela parecia em suas roupas demasiado largas, a escondendo, seu prazer ante isso ficou em segundo plano pela dor que sentiu por ela, quando viu a cicatriz.

Desde que viu Isabella naquele dia no parque, Edward tinha se perguntado por que ela estava careca. Ele achava que era algo relacionado com a saúde, mas não se podia ter tanta certeza de que não era uma espécie de declaração de moda ou ato de rebeldia. Ele sabia, sem dúvida, que a cabeça calva de Isabella não era nenhum dos dois.

Uma cicatriz arroxeada, longa, marcava o abdomem de Isabella. Ela se estendia verticalmente a partir de suas costelas para baixo, em um ângulo em direção ao osso ilíaco. Ela destacava-se nitidamente contra sua pele pálida e ela era, obviamente, extremamente auto-consciente sobre isso. Ela tentou escondê-la sob suas mãos, mas elas não eram grandes o suficiente para cobrir toda a extensão da mesma.

Todos no grupo haviam parado e se viraram para olhar, com os olhos arregalados e boquiabertos, a Isabella. Edward a observou silenciosamente assimilando cada rosto, seu olhar finalmente fazendo o seu caminho de volta para ele. Ele viu as lágrimas brilhando em seus olhos e o pouco controle que ele tinha sobre seu temperamento explodiu.

Caminhando até Tania, Edward puxou a toalha de seus dedos frouxos, desafiando-a com os olhos para dizer alguma coisa. Sacudindo a areia de um lado, Edward caminhou lentamente até onde estava Isabella e cuidadosamente envolveu a toalha ao redor de seus ombros, puxando-a próximo ao seu redor.

Quando seus enormes olhos chocolates levantaram-se aos seus, Edward viu gratidão nas profundezas líquidas. Era tudo o que podia fazer para não curvar-se e levantá-la, levando-a embora para a segurança, mesmo que fosse apenas a segurança emocional. Mas isso só iria piorar as coisas para ela, ele sabia. Em vez disso, Edward gentilmente colocou a mão entre as omoplatas e cutucou, instigando-a a se virar. Quando ela o fez levou-a pela areia quente de volta para a cabana.

- Desculpe Isabella - Tania finalmente gritou, quando eles estavam quase fora de alcance da voz.

Isabella não disse nada, mas Edward sentiu sua profunda inalação sob sua mão e sabia que ela estava lutando com a emoção.

Uma vez que eles chegaram à cabana, Edward parou e levou Isabella pelos ombros. Sentiam-se tão delgada e frágil sob suas mãos. Ela era ainda menor do que o que ele tinha imaginado. E agora ele sabia por quê.

- Você quer que eu te leve para casa?

Isabella engoliu em seco.

- Não, vá e diverta-se Eu vou ficar aqui até que você esteja pronto para sair. Não é um grande negócio.

Edward não podia imaginar o que lhe custou a ser tão corajosa e tão altruísta. Ele percebeu que ela era duas vezes mais a pessoa que ele jamais poderia esperar ser.

- Eu estou pronto para ir. A praia perdeu a maior parte de sua atração. Por que eu não te levo para casa?

Alívio brilhou rapidamente no rosto de Isabella antes que ela começasse a franzir a testa.

- Você tem certeza? Eu não quero estragar a sua tarde. E isso é importante para você, para o seu jogo.

Edward quase riu. Naquele momento, nada era mais importante do que Isabella.

- Eu vou ficar bem. Sério. Por que você não muda de roupa e eu te alcanço no caminho?

Relutantemente, Isabella assentiu, voltando-se para pegar a mochila de lona grande de Tania e seguiu para o vestiário.

Edward escorregou em sua camiseta enrugada e seus tênis enquanto esperava, a visão de Isabella tentando cobrir-se se reproduzindo uma e outra vez através de sua mente. Ele não podia deixar de pensar com tristeza que quando ela olhava-se no espelho, ela provavelmente não via mais além da cicatriz. Ele duvidava que ela via a menina bonita olhando para ela.

Quando surgiu Isabella, vestida mais uma vez em suas roupas um pouco mal ajustadas, o coração de Edward apertou dentro do peito ao ver que seus olhos e nariz estavam vermelhos. Ela estava chorando. Silenciosamente.

Edward tomou a mochila de seus dedos, abriu o bolso exterior para tirar um jogo de chaves. Palmeando-as, estendeu a outra mão para Isabella.

- Vamos lá - disse ele, sem se importar se alguém iria vê-lo segurando a mão dela. Na verdade, ele não poderia ter se importado menos.

Hesitante, Isabella deslizou seus dedos frios em toda a palma da mão e ele curvou os seus dedos maiores em torno deles, maravilhado com seus ossos delicados. Nenhum dos dois disse uma palavra quando eles fizeram o seu caminho de volta para o carro de Tania.

Depois que Edward tinha guardado seus calções e meias sob o banco do motorista, ele virou a chave de ignição e o motor ronronou rapidamente à vida. Ele se virou para Isabella e sorriu. Ele estava feliz em ver que ela estava sorrindo também, era uma pequena e travessa.

- Não vai ficar brava Tania por você estar tomando seu carro sem pedir?

Edward deu de ombros, completamente despreocupado.

- Não sei. Não me importo.

Com um sorriso, ele mudou a marcha. Pouco antes de seu pé bater o pedal do acelerador, ele ouviu Isabella dizer em voz baixa:

- Eu sei que ela não queria fazer isso.

Edward simplesmente olhou para Isabella. Sabia que ela pensou que Tania não a embaraçou propositadamente dessa maneira, não havia nenhuma maneira que ela poderia ter sabido sobre a cicatriz. Mas Tania tinha tentado forçar Isabella em fazer algo que não queria fazer. Assim, se suas intenções eram boas ou não, o fato de que sua natureza imprudente causou a Isabella tal humilhação óbvia foi o suficiente para fazer Edward ver vermelho. Ele não era tão gentil e indulgente como Isabella. Ele duvidava que alguém no planeta era.

- Ela ainda arruinou sua tarde e eu realmente sinto muito por isso.

Isabella sorriu, seu sorriso triste e doce, chegando a colocar a mão sobre a dele. Edward teve que forçar-se não girar a sua mão para entrelaçar seus dedos com os dela.

- Não sinta- ela aconselhou gentilmente. Seus olhos brilhavam com algo que ele nunca tinha visto em outra pessoa, algo de outro mundo, como se tivesse visto as coisas que a maioria dos outros não tinham. Edward só podia adivinhar o que ela teve que sofrer a fim de obter um olhar assim, uma visão de mundo como esse. Isabella fez seu coração doer. Mas ela também o fez voar.

- Agora - disse Isabella, fechando os olhos e inclinando a cabeça para trás contra o encosto de cabeça. - Vamos ouvir um pouco de música e pegar algum vento em nosso cabelo!

Edward sorriu, sentindo-se mais energizado por sua presença do que ele tinha o direito de sentir. Por um momento, ele não tinha certeza se seria capaz de tirar os olhos dela o tempo suficiente para dirigir. Ela inclinou a cabeça para trás apenas o suficiente para que o sol caísse em cheio no rosto. Sua pele era como creme rico, os lábios carnudos e seu nariz reto. Ele ainda banhava a curva suave de sua garganta. Ela era fascinante.

Finalmente, quando ela virou a cabeça em direção a ele e abriu uma pálpebra, ele olhou para baixo para ligar o rádio e em seguida, dirigiu o carro para fora do estacionamento.

- Para onde vou? - Ele perguntou, odiando perturbá-la.

- Você sabe onde é a rua Ferro?

Edward concordou e ouviu enquanto Isabella dizia-lhe como chegar a sua casa. Edward sabia que a Rua Ferro era de baixa renda. Fora isso, ele sabia muito pouco, já que ele nunca tinha estado lá. Mas, ainda assim, ele sabia onde estava.

Isabella retomou sua posição e Edward puxou para a estrada. Ele furtivamente dava um olhar em sua direção a cada dois minutos, incapaz de evitá-lo. Ela parecia perfeitamente em paz. Ele esperava que ela pudesse simplesmente esquecer o dia de hoje. Só não sobre ele.

Isabella abriu os olhos quando ele começou a fazer uma série de voltas curtas que iria levá-los para sua casa. Nenhum dos dois disse nada. Não até que ele puxou a uma parada do lado de fora de uma pequena casa branca e parou o carro no estacionamento, ela sequer olhou em sua direção.

- Muito obrigado por me trazer em casa.

- O prazer é meu - disse Edward simplesmente, sorrindo e esperando que não houvesse menção de Tania ou suas palhaçadas.

Isabella observou-o por alguns segundos - segundos durante os quais ele concluiu que nunca quis beijar alguém mais - antes que ela assentisse e estendesse a mão para a maçaneta da porta.

- Isabella - disse Edward, parando-a. Ela se virou para ele, um olhar de expectativa no rosto. - Você vem para o jogo de hoje à noite?

Ela fez uma cara que deu a sua resposta antes mesmo de abrir a boca. Ela torceu o nariz e mordeu o lábio como se hesitante em dizer-lhe que não, mas planejando fazê- lo, no entanto. Ele sabia, antes de perguntar, qual seria sua resposta. Mas ele tinha que perguntar.

- Eu não creio.

- É só que ... Eu pensei ... é só que eu realmente adoraria que você viesse.

Edward estava, silenciosamente, dizendo a si mesmo para se calar, para não pressioná-la. Mas algo dentro dele queria vê-la muito na arquibancada, queria saber que ela estava lá, tanto que não conseguia parar a si mesmo.

- Eu realmente não conheço muitas pessoas e depois de hoje...

- Por favor, não deixe que isso a aborreça - disse Edward, fechando os olhos em súplica.

Isabella encolheu os ombros.

- Eu só não sei se é uma boa ideia.

- Não sabe se o que é uma boa idéia? - Uma voz pequena, vagamente familiar perguntou atrás de Isabella. Edward estava tão absorto que não tinha notado a menina, Alice, sair da casa.

Isabella virou-se para ela.

- Ir para o jogo de futebol esta noite.

O rosto de Alice se iluminou.

- Oh, eu quero ir!

- Alice, eu só disse que eu não acho uma boa ideia.

- Mas por quê?

- Eu só ...não.

- Por favor, Isabella. Leve-me. Pleeeeeeease!

Edward assistiu Alice enrugar seu rosto enquanto ela implorava.

Isabella suspirou. Elas olharam uma a outra, envolvidas em uma luta silenciosa, Edward achou muito interessante. Era óbvio que Alice sabia exatamente quais botões empurrar, a fim de conseguir o que queria.

Finalmente, com um suspiro de alma cansada, Isabella voltou para Edward.

- Eu acho que eu vou estar lá.

- Nós. Nós estaremos lá - Alice acrescentou com um sorriso satisfeito. Isabella revirou os olhos.

Edward não pôde conter a risada. Foi em parte devido a sua dinâmica e frustração de Isabella. Mas, principalmente, porque ele não podia se lembrar de estar tão feliz com qualquer pessoa em particular, vindo para vê-lo jogar futebol. Nem mesmo os olheiros.

- Incrível. Eu tenho certeza que vou vê-la na arquibancada.

- Como? Você estará jogando.

- Eu vou encontrá-la. Confie em mim - disse Edward com um sorriso. Sem outra palavra, ele trocou a marcha e se afastou do meio-fio. Melhor fazer a sua saída, enquanto ele ainda tinha um mínimo de dignidade intacta. Não tinha idéia em que tinha se metido, mas sabia que teria de se cuidar.

Isabella podia ser perigosa.

- Quem era? - Alice perguntou, enquanto observava Edward se distanciar no carro.

- Edward Cullen.

- Edward - repetiu em transe. - Doce bebê Jesus, ele é quente!

Isabella riu.

- Você acha?

Alice virou para olhar para Isabella, com a boca aberta e os olhos incrédulos.

- Você está brincando, certo?

Isabella não disse nada, apenas riu de novo.

- Deixe-me colocar desta forma, se você não beijá-lo e dar-me cada detalhe sórdido, vou fazer um laço e pendurar-me do ventilador de teto no seu quarto. E você sabe como isso pode acabar. Levei anos para aprender a amarrar meus sapatos.

Isabella riu novamente. Alice tinha quatorze anos e, não surpreendentemente, propensa a hipérbole e teatralidade. Embora ela era ainda mais delicada do que Isabella, ela não devia ser subestimada. Era madura, lutadora e extremamente inteligente para sua idade.

- Talvez possamos praticar laços nas próximas semanas, então, porque ele está namorando a menina mais linda e cruel da escola.

- O que é, sem dúvida, porque ele já está apaixonado por você.

- Essa é a lógica mais insana que eu já ouvi.

- Insanidade é um requisito para viver na nossa casa. Você sabe disso.

- Bom ponto.

- Então, você está me levando para o jogo. O que vamos vestir?

- Eu não sei quanto a você, mas eu estarei usando isso.

- Uh, não, você não está - Alice bufou. - Você vai estar vestindo algo meu. Algo que se encaixa.

- E por que eu iria querer fazer isso, quando eu posso estar muito mais confortável na minha própria roupa?

- Porque eu quero isso para você - disse Alice, em um raro momento de sentimentalismo. - Eu quero ele para você.

Isabella podia sentir seu coração inchar em torno do que sua irmã estava querendo dizer e trouxe uma nova onda de lágrimas aos olhos. Se ela morresse amanhã, morreria feliz, sabendo que ela estava cercada pelas pessoas mais incríveis que o mundo tinha a oferecer.

Isabella piscou os olhos várias vezes antes de suspirar e rolá-los drasticamente.

- Tudo bem. Vamos jogar os disfarces.

Alice gritou, batendo palmas animadamente. Isabella riu enquanto a observava saltar abaixo a passagem em frente a ela. Valeria a pena as próximas quatro horas de tortura só para ver Alice tão feliz.

Isabella sabia que Alice necessitava de coisas como estas – momentos sem preocupações, de irmãs e normais - para adicionar à sua abundância de más recordações. Havia sempre a esperança de que o bom acabaria por superar e eclipsar o ruim. Tudo que elas precisavam era de alguns bons momentos.

MENINAS EXCLUÍ O SEDUTOR PORQUE ESTAVA SÓ A METADE ADAPTADA.

QUERENDO A ESTÓRIA É SÓ ME PEDIR QUE MANDO POR EMAIL, OK?

BEIJOS E ATÉ.