Título: Entrevista com o Bruxo: What about christians?
Autora: Prince's Apple(-Polisher)
Censura: +K
Personagens: Severus Snape & Rita Skeeter [ personagens de JK Rolling]
Aviso: Fic non-sense? Um pouco, talvez. Baseada em algumas tiradas do filme Sleepy Hollow. Cristãos talvez se sentirão diminuídos – ou não
Resumo: Mais uma entrevista com o Professor Snape assunto da vez: Religião/
~*~
Trick-or-treat?
Reviews-or-avadas?
~aka Prince's Apple
– Mais uma?
– Só mais umazinha, Professor Snape
– Srtª Skeeter suas entrevistas são...
– É claro que são, professor. – ela o interrompera – São lidas em todo o mundo bruxo.
– É isso o que eu temo... – Snape bufou – Temo que todos leiam as mentiras que a senhorita escreverá sobre mim!
– Mentiras?! – A jornalista exclamou rogando-se desentendida – Todos conhecem a essência das minhas matérias!
– Disso não tenho dúvidas... – ele replicou entediado
– E quem conhece a essência de Severus Snape? – se fez sarcástica – A sua mãe? Certamente que sim.
– Saia desse recinto agora mesmo, Rita Skeeter!
– Se insiste, Professor. – Ela concordou levantando-se da cadeira e se dirigindo à porta entreaberta – Eu só sinto por você nunca saber do que viria a se tratar essa entrevista.
– Grande coisa deve ser! – Snape bufou novamente.
– E é uma grande coisa professor! – Como se tivesse sido convidada, Rita, de pronto, voltou para o lugar que antes ocupava. – Religião! – Exclamou cruzando as pernas enquanto procurava por sua pena e pelo seu bloco de notas.
– Religião? Bruxos são adeptos às religiões, Skeeter?
– É certo que são, senhor! – ela respondeu animada. – Eu mesma sou budista.
– Há! Budista! – Snape exclamou com ironia
– Você deve ser cristão, não?
Na verdade, Rita não precisava perguntar muito à Snape, pois a sua pena de repetição já redigia um longo texto sobre o dia em que Snape descobriu que se converter ao cristianismo era a melhor opção para livrar-se do grande tormento de sua vida: uma paixão repentina nutrida por uma freira católica.
– Eu, cristão? – Snape fez-se pálido antes de agarrar o bloco de notas e arrancar a folha redigida – Você certamente sabe o que os cristãos acham de bruxos, não?
– Sim, eu sei, professor. – Rita respondeu – Achei isso por conta da sua natureza sociopata...
– Basta! – Snape bradou, aproximando seu rosto do alheio – A senhorita quer ouvir uma verdadeira história sobre o cristianismo?
– Sim! – ela respondeu paralisada, sem saber o pezar que viria a seguir, pois Snape apanhou sua pena de repetição e num só movimento partiu-a em dois. – Professor! – ela gritou, mas já era tarde demais.
– Ótimo. – Ele continuou, evitando o olhar daquela enraivecida Rita Skeeter. – Seja como for, contarei para você de onde tiro as razões que nutrem o meu ódio por estes cristãos fanáticos trouxas. – O professor de poções sentia-se apto a abrir o jogo, para a jornalista – Agora não há problema algum, sua maldita fábrica de mentiras já foi pro inferno! – referiu-se à pena de repetição – Nasci bruxo, morrerei bruxo, Srtª Skeeter! Mas, apesar daqueles outros que foram condenados à fogueira há séculos atrás apenas sentirem cócegas enquanto o fogo queimava-lhes a pele, a minha mãe sentiu nos ossos a fúria de um trouxa cristão!
– Esse trouxa...
– Sim, Srtª Skeeter, esse trouxa era o meu pai! – ele interrompeu alterado – Um castrador, um perseguidor de pecados, um autoritário, um abusado, um assassino! –concluiu voltando a se sentar.
– Assassino? – Rita pulara na cadeira.
– Sim, pois de certa forma ele matou a alegria que existia em nossa família.
– Mas para eles...
– Eles quem?
– Para os cristãos, para eles deus não é isso, professor – ela tentava explicar – Deus não é dor, deus é amor!
– De que livro imbecil você retirou essas palavras, Skeeter? – ele perguntou– Não me diga que deus é amor, senhorita!
– Para os cristãos é... – explicava Rita – Para eles, Jesus morreu por...
– Não espera que eu fique grato, espera?
– Não, Profes...
– Será que ele, o grande Jesus, espera que eu chore por isso, hein Skeeter? – Snape a interrompera novamente – Não, ele não espera! E sabe por que? – perguntou retoricamente – Porque ele simplesmente não existe.
Jesus não me quer como discípulo
[ estes nunca foram feitos como eu
Não espere que eu chore...
... Por todas as razões que você teve para morrer
Nem nunca peça seu amor de mim
(The Vaselines)
p'sapple:.
