Obs.: InuYasha e CIA não me pertencem, mas a história sim :D

Prólogo

Kagome sai do carro e sorri com os olhos brilhando. Ela tinha que admitir... Os Taisho sabiam dar uma festa. A mansão estava toda iluminada com holofotes e luzes nas cores verde, azul e vermelho, que feriram seus olhos no primeiro momento. E ela nem iria comentar sobre a pista de dança com chão de led, em que as cores piscavam no ritmo da música. Já se requebrando ao som das batidas, ela segue Kikyo e Sango para dentro. No meio do caminho encontra Jakotsu, um grande amigo seu que lhe oferece um copo de bebida. Em um único gole, Kagome toma todo o conteúdo. A vodca queima sua garganta e faz seus olhos arderem, ela resiste a vontade de tossir. Fazia muito tempo que não bebia, pelo visto, tempo demais.

- Vai com calma - diz o amigo arqueando as sobrancelhas surpreso. Ela pisca para ele em resposta fazendo-o sorrir e vai embora.

Muitas pessoas tinham comparecido a festa de aniversário do seu melhor amigo, InuYasha. A grande maioria Kagome nem conhecia, mas retribuía todos os sorrisos. Mais a frente, ela encontra o aniversariante conversando com Miroku, enquanto Sesshoumaru olhava as pessoas com total indiferença. Ao lado dele tinha um homem que ela não conhecia muito bem, mas que sabia se chamar Renkotsu. Kikyo imediatamente se atira nos braços de InuYasha e o beija com força pegando-o de surpresa. Kagome revira os olhos. Um belo presente... Só faltou o lacinho vermelho amarrado nos seios. Pensa com azedume e faz uma careta. Desde quando ela se importava com o namoro daqueles dois? Decidida a deixar aquilo para lá, ela cumprimenta todos eles com sorrisos e abraços, mas para ao lado de Sesshoumaru, que parecia ser o único sóbrio ali, e pergunta sobre Kouga, seu namorado.

- Você já está fedendo a álcool – ele diz ao invés de responder olhando-a com reprovação. Quem os tivesse observando, veria apenas sua costumeira máscara fria, mas Kagome era sua melhor amiga e sabia melhor do que ninguém desvendar seus sentimentos. Ela lança para ele seu melhor sorriso inocente.

- Culpa do Jakotsu - ele franze os lábios quase imperceptivelmente, mas indica a ela onde está Kouga. Assim, Kagome o presenteia com outro sorriso, dessa vez radiante, vai até Miroku - que para variar estava azucrinando Sango -, pega seu copo e sai dançando a procura de Kouga.

Ela o encontra perto do palco. Sim, tinha uma banda tocando ao vivo. E até famosa, vale salientar. Kagome se livra do copo quando termina, dando-se conta de que era a mesma vodca que tinha tomado quando chegou, e se aproxima. Kouga sorri ao vê-la, a enlaça pela cintura e a beija logo em seguida. Ele era um homem alto, musculoso, carinhoso e amoroso, mas Kagome não conseguia se apaixonar por ele.

- Bebendo, Kag? – pergunta com o cenho franzido quando se afastam. – O que aconteceu?

- Problemas no trabalho – responde vagamente e completa quando parecia que ele ia começar um interrogatório: – Não quero falar sobre isso, pelo menos não agora, certo? - ele ainda abre a boca para retrucar, mas acaba por ceder.

Assim os dois dançam juntos por quase uma hora até voltarem para junto dos amigos. Sesshoumaru, com seus cabelos levemente grisalhos, olhos dourados, lábios finos, queixo proeminente em sua típica postura arrogante continuava com a mesma expressão de sempre, ou seja, de nada. Miroku insistia em tentar passar a mão em Sango que o batia todas as vezes. Enquanto o Renkotsu tinha sumido junto com InuYasha e Kikyo.

A festa continua...

Kagome até consegue fazer com que Sesshoumaru dançasse com ela, o que foi um grande feito. Ela bebeu bastante também, apesar dos protestos dos seus amigos e namorado, mas ignorou a todos. Quando o efeito do álcool já estava começando a passar e ela estava prestes a continuar se embebedando, alguém tocou o seu ombro. Olhando para trás, ela vê InuYasha que também a olhava reprovador. Qual o problema em deixarem ela beber? Era só uma vez na vida, por Deus. Ela nem planejava dirigir, as chaves já estavam com Sango, o que mostravam sua consciência, prudência e infeliz sobriedade.

- Você viu a Kikyo? – ele grita por cima do som da música. Kagome balança a cabeça indicando que não e tropeça quando Kouga a puxa para mais perto dele, ou para mais longe de InuYasha, depende do ponto de vista. O engraçado é que cada um agarrou um braço seu para mantê-la em pé. Ela começa a rir e os dois passam um longo minuto vendo-a se dobrar gargalhando. Eles não a soltam.

- Cara de cachorro, larga! Não, não! Larga! Senta.

- Vá para o inferno, lobo fedido - InuYasha rosna puxando Kagome que ainda ria. Pelo visto, não estava tão sóbria quanto tinha imaginado... - Kagome, sua prima sumiu, me ajuda a encontra-la. Kikyo está muito estranha hoje.

- Poxa, InuYasha - ela resmunga finalmente livre do ataque de risos e se liberta de Kouga. - Já volto, preciso ver se Kikyo está bem - Kouga não parece feliz, já InuYasha sorria vitorioso. Não que Kagome tenha visto qualquer uma das expressões.

Ela fica de olhar os quartos e InuYasha, olhar o térreo, a quadra de vôlei, a piscina, e o heliporto. Provavelmente, ele sabia que ela definitivamente se recusaria a procurar em todos esses lugares. Suspirando, Kagome começa a subir as escadas. Por sorte, só havia um corredor, mesmo que houvesse uns dez quartos ali. E ela acabou por encontrar Kikyo no sexto. No sexto! Ela não percebeu logo de primeira que não estava sozinha no quarto, porque sua atenção estava direcionada para seus pés dormentes. Aqueles sapatos eram divinos, mas faziam um estrago...

Então ela ergue os olhos a procura de um lugar para sentar e assim, tirar aqueles sapatos quando estancou petrificada. Kikyo estava espremida contra a parede aos beijos com Renkotsu. A camisa dela não estavam em nenhum lugar às vistas. Isso foi um belo banho de água fria para Kagome que instantaneamente desperta da sua embriaguez e avança quarto a dentro fechando a porta atrás de si.

- O que vocês pensam que estão fazendo? - pergunta com uma calma que surpreendeu a ela mesma. Os dois se separam bruscamente e a encaram de olhos arregalados.

- Kagome, eu... - Kikyo começa tentando explicar, mas para de falar quando Kagome se aproxima lentamente. Renkotsu faz menção de impedi-la, mas Kikyo ergue a mão.

- Eu me resolvo com a minha prima - diz tentando passar uma confiança que dificilmente sentia, então se volta para a prima que tinha parado a sua frente: - Kagome, me deixe explicar. Eu e o Renkotsu... - Kagome fecha a mão e dá um soco potente no queixo de Kikyo que cai para trás. Antes que Kagome pudesse fazer mais alguma coisa, Renkotsu se coloca entre as duas, sério.

- Kikyo, você está bem? - ele pergunta mantendo os olhos em Kagome. Em resposta, Kikyo choraminga. Ela queria ter a chance de bater em Renkotsu também, mas tinha perdido o elemento surpresa. Se avançasse agora, não conseguiria acerta-lo.

- Isso é pelo InuYasha... - Kagome cospe encarando Renkotsu já que Kikyo estava escondida atrás dele ainda no chão. - Vocês vão sair agora dessa festa e depois vão contar ao InuYasha o que aconteceu. Entenderam? – ao notar que Kagome estava mais calma, Renkotsu foi ajudar Kikyo a se levantar enquanto esta acenava freneticamente em resposta as palavras de Kagome. - Saiam daqui! - grita perdendo o controle. Os dois correm para porta.

Oiii... Tem alguém aí? rsrs

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