Nome: Différences

Autor: Doomsday

Gênero: Romance

Classificação: M

Foco: NG (Scorpius/James)

N.A.: Pessoas, essa fic é totalmente e exclusivamente da Just. Sim, é a prenda dela de Natal. Ela me pediu e aqui está. Eu realmente estou me empolgando com NG slash. Espero que vocês também gostem. E comentem.

Só algumas explicações, dando uma pesquisada no Harry Potter Wiki, vi que não se tem bem certeza da idade de James, mas considera-se que ele é um ano mais velho que Scorpius. Então, aqui está assim, ele é um ano mais velho que o Scorpius. Todas as descrições eu peguei de lá também, olhos, cabelos e outras coisas. Se não gostou, reclame com eles, ok?

Bom, se gosta, aproveite.

Se não gosta, boa sorte e clique em Voltar ou X.

Se vai se arriscar, valeu!

Não ganho nada com essa fanfic e por escrever com esses personagens. Nenhum deles me pertence, pois se me pertencessem tudo seria muito diferente.

Boa Leitura.



Différences

por Doomsday

Parte 1

James: o vencedor. Sirius: Estrela do Cão.

Scorpius observava como James Sirius Potter era exatamente o que o primeiro nome dizia: vencedor. O rapaz estava um ano à frente na escola, tinha boas notas, era adorado pelas garotas, gostava de fazer amigos, e o irmão parecia que o seguia como um cachorrinho perdido. Sabia que o segundo nome dele viera do padrinho do pai dele, que fora morto por Bellatrix. Sirius significava Estrela do Cão. E estrela era o que James Potter era.

A estrela do time de Quidditch, o aluno com ótimas notas, a verdadeira estrela da Gryffindor. Mas tinha algo que parecia incomodar James de verdade. E era o fato de que seu irmão mais novo era amigo de Scorpius. O loiro sabia que ele não gostava disso, que para ele, Albus não deveria ter relacionamento algum com Scorpius, ele era um Malfoy afinal. Porém, nem mesmo Albus ou Rose Weasley pareciam se importar com aquilo. Na verdade, ao que via, o único que incomodava-se com isso era James.

Desde que Scorpius entrara em Hogwarts e Albus e ele começaram a se falar, James parecia que não conseguia ficar bem completamente quando o via. Eram sempre os mesmos olhares, as mesmas caretas de raiva. Scorpius entendia o porquê dele fazer isso, mas não compreendia o porquê daquilo acontecer. A Guerra, todas as batalhas estavam no passado, não fazia parte do presente deles. Mas empinava seu nariz, agindo como um perfeito Malfoy e o provocava, continuava a ter amizade com Albus, independente do que James achasse.

-Você acha que seu irmão estrela não gosta de mim? – perguntou para Albus à seu lado. Albus parou de andar no corredor, seus olhos verdes piscando várias vezes sem ter entendido a pergunta do loiro.

-O quê?

-Seu irmão James. Ele não gosta de mim. Por que você anda comigo?

Scorpius colocou as mãos nos bolsos da calça, olhando com seus olhos cinza para o rapaz à frente. Albus não estava entendendo de onde aquela pergunta viera. Porém, sabia do que ele falava. James já lhe repetira várias e várias vezes que deveria parar de andar com o garoto Malfoy. Entretanto, Albus sempre respondia a mesma coisa: ele não é como o pai era. Seu pai dizia a mesma coisa para James, mas o rapaz estava decidido a não gostar do outro, mesmo que o loiro não tivesse feito nada. E não fosse culpado pelos erros do pai e do avô no passado.

-Porque eu gosto de andar com você.

-Achei que você seguia seu irmão ídolo de toda a escola. – debochou olhando para os lados no corredor, vendo as poucas pessoas que passavam.

-Porque você não gosta dele? – devolveu a pergunta.

Virou a cabeça na direção de Albus. Do que ele estava falando? Quem disse que ele não gostava de James? Na verdade, não tinha sentimento algum por ele. E se tivesse, era a mesma aversão que o moreno sentia sobre ele.

-Seu irmão não faz diferença pra mim.

-Não é o que parece. – Albus comentou cruzando os braços, não estava gostado daquilo. Por que Scorpius estava agindo daquele jeito com relação a James? Queria entender.

-Mas é o que é, Albus. – falou um pouco mais bravo, odiava quando Albus começava com essas perguntas e essas caras de desconfiado. Ficava parecido demais com o irmão mais velho.

-O que está acontecendo?

Ambos garotos viraram-se para o corredor por onde tinham vindo, apenas vendo que James estava vindo na direção deles, olhando-os sério. James tinha ouvido o modo como Malfoy tinha falado com Albus, e não gostara nem um pouco. Observou seu irmão, ele estava sério, e viu que o loiro estava um pouco avermelhado nas bochechas, como se estivesse com raiva.

-Nada, James. – Albus respondeu, vendo o modo como o irmão olhava para Scorpius. Sabia que se contasse algo, sairia errado.

-É, nada, Potter.

-Não falei com você, Malfoy.

Scorpius riu em deboche, tirando as mãos de dentro do bolso e fechando-as em punho. Odiava quando Potter sentia-se superior. Ele poderia ser a 'estrela', o 'vencedor', qualquer coisa. Mas não deixaria que ele falasse assim.

James registrou os movimentos de Scorpius, mas simplesmente não reagiu a tempo, não estava esperando por aquilo. Sentiu conforme a mão dele encaixava-se perfeitamente em seu nariz. Cambaleou para trás, as mãos indo automaticamente para seu nariz, segurando-o com força. Até abrir os olhos parecia doer. Mas o fez, sentindo lágrimas escorrerem deles.

Scorpius não tinha idéia do porquê de ter feito aquilo, mas fizera, e agora não havia modo de voltar atrás. Albus o fitava sem saber o que fazer, parecia que havia sido atingido por um raio, preso no mesmo lugar. Já havia um amontoado de pessoas ao redor deles, apenas olhando o que aconteceria. Scorpius viu quando James endireitou-se, o nariz sangrando e começando a inchar. Viu a fúria em seus olhos e soube que deveria se defender, porque o moreno viria pra lhe bater.

James sentia o sangue caindo de seu nariz, escorrendo e caindo em sua camisa do uniforme. Porém, isso era o que menos importava. Fechou os punhos e partiu pra cima do loiro. O primeiro soco foi certeiro, e pegou no maxilar do rapaz, que foi jogado para o lado. Sentiu que até sua mão doera, mas faria outra vez, lidaria com as dores depois. Segurou o loiro pela gravata verde e prata, acertando o rosto dele novamente. Mas quando afastou o braço novamente, na tentativa de acertá-lo uma terceira vez, sentiu que alguém segurava seu braço.

Olhou para o lado, vendo Albus lhe segurando o braço e pedindo que não fizesse isso. Entretanto, a distração deu oportunidade para Scorpius devolver. Sabia que não deveria fazer aquilo, mas quando viu James distrair-se com Albus, aproveitou-se e lhe deu outro soco. Não era nenhum lutador, não tinha nem um terço da força do jogador de Quidditch, mas o acertara.

Viu como o moreno foi para trás, e um rapaz com os cabelos avermelhados o segurou, impedindo que viesse para cima de si outra vez. Mas o que viu apenas foram olhos verdes lhe fitando, sérios. O rosto de Albus era uma máscara de raiva.

-Está sangrando. – Albus comentou apontando seu lábio.

-Jura? – perguntou sarcástico, passando o dedo por sobre o canto dos lábios do lado esquerdo, sentindo as dores dentro da boca. Deveria estar tudo machucado.

Observou como seu dedo voltava do canto da boca manchado de sangue, e olhou por cima do ombro de Albus, vendo que James ainda estava preso pelo aperto precário do primo bem mais novo, Hugo.

-O que está acontecendo aqui, senhores?

Aquela era a última voz que gostaria de escutar naquele momento. Várias pessoas começaram a se afastar, enquanto James, Hugo, Albus e Scorpius apenas encolhiam-se, sabendo bem que a Diretora já estava sabendo o que tinha acontecido e quem participara. Scorpius já estava prevendo a detenção. James adoraria ver o que aconteceria com Malfoy.

-Senhor Potter, o que está acontecendo? – a voz de McGonagall não deixava espaços para enrolações, ela queria respostas e queria agora.

-Malfoy começou.

-Você começou. – Scorpius sabia que era mentira, mas Potter o provocara.

-Pois bem, chega! – disse observando com seus olhos verdes o rosto de ambos rapazes. Balançou a cabeça e continuou a falar. – Ambos para a enfermaria. Conversaremos depois sobre as detenções. Agora!

Scorpius desviou de Albus, que ainda o olhava sério, e seguiu para a enfermaria. Ouvindo as pessoas comentando conforme passava, e ouvindo que James o seguia, indo na mesma direção. James soltou-se do aperto ridículo de Hugo, e começou a andar na mesma direção que Scorpius, vendo o loiro ir à frente, a capa balançando conforme andava rápido.

Apertou o nariz, aquilo estava doendo. O loiro poderia não ser tão alto, ou tão forte, ou parecer saber brigar, mas aquele primeiro soco lhe machucara mesmo. Não gostava daquele rapaz. Ele não havia feito nada para isso, mas simplesmente não gostava dele. Odiava ao modo como ele o olhava como se fosse superior apenas por ser pure-blood. Como se aquilo fosse lhe importar.

Observou seus cabelos loiros balançando conforme andava. Lembrava que seu pai lhe dissera que Scorpius parecia o pai, Draco. O rosto, os olhos cinza, a pele pálida, e os cabelos loiros platinados. Mas James sabia que os cabelos de Draco nunca ficaram daquele modo. O rapaz estava no penúltimo ano, e não cortava o cabelo desde que entrara em Hogwarts. Os fios já estavam no meio de suas costas, e as garotas pareciam gostar disso.

Fechou as pontas dos dedos com mais força no nariz, a dor começando a ficar insuportável. Caminhou ainda olhando Scorpius à sua frente. O que aquele garoto tinha de tão atraente para as garotas ele ainda estava tentando descobrir. Começava pelo nome: Scorpius: o caçador que matou Orion. Hyperion: um dos doze Titãs que tentaram dominar o Monte Olympus, o Deus da Luz. Só o nome do rapaz já indicava que ele sentia-se grande. Odiava pessoas assim.

E então vinha o modo como ele vestia-se com roupas caras, exibindo o dinheiro que a família tinha. As notas, os amigos, o orgulho da Slytherin. Esse rapaz era decididamente tudo que James não gostava. Ele sentia-se superior e sentia-se como o nome, um Deus a ser adorado.

Chegaram a enfermaria, vendo que Poppy Pomfrey já os aguardava, o rosto sério. Sentaram-se em macas diferentes, afastadas, mas perto suficiente para que escutassem o que a enfermeira falaria sobre os ferimentos um do outro. Pomfrey olhou primeiro Potter, que parecia estar com o nariz machucado de verdade.

-Oras, quando essa besteira de rivalidade entre famílias vai acabar? – perguntou enquanto mexia no nariz de James, vendo-o reclamar de dor. – Seus pais eram assim, e hoje são civilizados.

Scorpius apenas abaixou a cabeça, diria o quê? Ele começara a bater em James primeiro, várias pessoas viram. Logo, estaria mais encrencado que o outro. Esperou que a mulher examinasse o nariz do outro, ouvindo-a dizer que ele teria que tomar uma poção, que já voltaria com ela. Quando ela saiu, arriscou olhar para o lado, apenas para achar os olhos castanhos dele em si.

-Qual é seu problema, Malfoy? Meu nariz está quebrado.

-Você. Você é meu problema. – respondeu sério. – Estava a conversar, e você chegou se achando o superior, como sempre.

-Você se acha superior, não eu. – rebateu, a dor nos olhos horrivelmente mais forte conforme falava sério.

-Você não me conhece para dizer isso, Potter. – virou a cabeça para frente, olhando a porta por onde Pomfrey havia desaparecido para pegar a poção. – Não tem idéia de quem eu sou.

James ouviu o tom de voz que Scorpius falara a última frase. Nunca ouvira aquele tom de voz. Era como se o loiro estivesse realmente chateado com aquilo. O observou, os cabelos caíam parcialmente em seu rosto, e viu o filete de sangue seco no canto da boca. Tinha acertado dois socos certeiros na boca dele, com certeza por dentro a boca do rapaz deveria estar totalmente machucada.

McGonagall não o deixaria passar impune com isso. Ele estava no último ano e havia acertado um soco em um sextanista. Se Teddy estivesse lá naquele momento o teria segurado assim que o loiro o acertara da primeira vez, sabendo bem que ele revidaria. Ficou em silêncio apenas fitando Scorpius, olhando-o fitar algo. Não entendia o que Albus via para gostar dele, para ter amizade com ele.

-Você não me conhece, Malfoy, pára dizer que eu me sinto superior. – disse sem realmente estar brigando, apenas queria ser o último a dar a palavra.

-Então esse é o problema. – Scorpius inclinou o corpo para trás, deitando na cama, olhando o teto cheio de sombras da tarde que passava devagar.

-O problema? – viu Scorpius virar o rosto em sua direção, os dentes que apareciam com a boca parcialmente aberta, estavam manchados de vermelho. Os cabelos caíram pela beirada da maca, a capa também.

-Não te conheço e você não me conhece.

James fitou o rapaz. Claro, poderia começar a provocá-lo, seria algo tão típico seu que ninguém lhe diria nada. Mas o outro parecia tão pacifico, tão calmo, que destoava da imagem que tinha dele. Via o garoto sempre de nariz empinado, de roupas caras e cara de pouco caso. O garoto que conversava não era assim, era... amigável.

-Você é um Malfoy, já diz muita coisa. – viu como o loiro apenas levantou as sobrancelhas, os olhos continuando calmos.

-Você é um Potter, também já diz muita coisa. – rebateu e virou o rosto para o teto, fechando os olhos. Aquilo estava ficando cansativo. – Seu irmão também é um Potter, mas é civilizado.

-Você me bateu primeiro. – o lembrou, mas o loiro deu de ombros. – E eu sou civilizado. Diferente de você.

-Quer que eu peça desculpas, Potter?

A pergunta ficou pendurada no ar. James não conseguia acreditar, Scorpius Hyperion Malfoy estava mesmo dizendo que pediria desculpas pra si? Não conseguia acreditar. E onde estava Madame Pomfrey para testemunhar isso?

-Não que eu vá pedir. – Scorpius disse após alguns segundos, ouvindo Potter deixar uma exclamação escapar.

-Típico.

-Potter, você não me conhece, não pense que sabe o que seria típico meu. – abriu os olhos, ouvindo a mulher voltar da sala que fora pegar a poção, entregando-a para Potter, fazendo-o tomar toda a dose indicada.

Alguns minutos depois o nariz do outro estava perfeito novamente, e Madame Pomfrey examinava a boca e o maxilar de Scorpius, vendo os estragos que James fizera. A mulher saiu novamente para pegar uma poção que faria os ferimentos cicatrizarem rapidamente, mas dissera que ambos mereciam continuar a sentir dores. Assim aprenderiam que brigar era o último recurso, que tinham bocas e poderiam resolver as desavenças conversando.

-Como se você soubesse ouvir algo. – James disse para Scorpius assim que a mulher se afastou.

-Já disse que não me conhece, Potter. – disse jogando-se na cama outra vez, os olhos observando o teto novamente.

-Você não ouviria uma palavra do que eu diria. – lançou, sabendo que era verdade aquilo. Malfoy achava-se superior demais para isso.

-Eu converso com seu irmão, o que te faz pensar que não escutaria o que você diz? – olhou para ele novamente, vendo o arroxeado mais claro embaixo dos olhos dele.

Aquilo era uma verdade também. Nunca tentara falar com Scorpius, nunca nem ao menos tentara conversar ou escutá-lo. Apenas nutria aquele sentimento. Apenas não gostava do rapaz desde que o vira de amizade com seu irmão e sua prima. Cruzou os braços, Malfoy sorriu pelo canto da boca, algo tão típico dele.

-Se vai dizer algo, diga algo que valha a pena escutar, por favor. – Scorpius disse sorrindo, vendo o outro ficar bravo.

-Eu odeio você. – declarou com força, odiando aquele sorriso no canto da boca machucada do loiro.

-Não, isso não vale escutar. – virou novamente o rosto para frente, fechando os olhos. Porém, ouviu a risada baixa de Potter e isso o fez virar a cabeça para o lado novamente, olhando o moreno na outra maca. – Você riu?

-Quer que eu chore?

-Quero que faça sentido.

James pensou. Nada fazia mais sentido. Malfoy não era de todo mau como havia pensado. O rapaz o fizera rir, exatamente como Albus dissera que ele fazia. Era um humor ácido, sem realmente ser humor, era mais o gênio do rapaz, mas que era engraçado. O olhou nos olhos cinza, analisando que talvez estivesse realmente errado todos esses anos. Entretanto, não daria o braço a torcer, ele continuaria sendo um Malfoy, o fazendo rir ou não.

-Você também não faz muito sentido.

Scorpius deu de ombros, apoiando-se no cotovelo esquerdo, o corpo virado para James. Sorriu daquele jeito que fazia com que todos que conheceram seu pai na época do colégio, dissessem que ele sorria do mesmo jeito. Os olhos cinza fitando com força os olhos castanhos do outro.

-Não me conhece para dizer se faço sentido ou não, Potter. – viu que o outro abria a boca para responder, mas falou mais rápido. – E vale a pena escutar o que você fala, mas preciso começar a entender o que você quer dizer. Ou você precisa começar a fazer sentido. Ainda não sei qual seria a ordem certa disso.

Riu baixo novamente, Malfoy realmente não era tudo aquilo que havia pensado. Mas então, poderia ter passado seis anos de sua vida enganado de verdade sobre alguém? Ficou fitando Malfoy, o modo como ele também o olhava era diferente. Não era o mesmo modo de antes, porque sabia que se erguesse sua armadura, levantasse o muro, ele faria o mesmo. As caras de raiva, o nariz empinado e todo o resto, voltaria. Mas assim, daquele modo, ambos desarmados e já machucados, estavam de igual para igual, e essa não era a imagem que havia montado de Scorpius Malfoy.

Scorpius fitava James. Aquela pose altiva dele não estava presente. Ali, com ele na enfermaria, onde somente eles poderiam se ver e ouvir, conversavam civilizadamente. E era pela primeira vez. Olhava-o como se realmente quisesse entender o que poderia estar acontecendo dentro da mente. Sabia que ele poderia estar considerando que ele não era de todo mal, mas James Sirius Potter seria capaz de dizer que estivera errado?

Pomfrey voltou e entregou a poção para Scorpius, que sentou-se e tomou fazendo careta de desagrado no fim. James riu novamente, fazendo Scorpius olhá-lo nervoso. Após serem dispensados, sem receberem a dose de poção para as dores, ambos caminharam lado a lado pelos corredores que levavam ao Hall. Scorpius usava o cabelo longo como escudo, os fios platinados escondiam seus olhos cinza, que ficavam a fitar James de canto de olho, vendo os movimentos dele.

James observava Scorpius pelo canto dos olhos, e riu baixo outra vez ao vê-lo lhe observando por detrás dos cabelos. Chegaram ao Hall, parando e observando as escadas, nenhum deles dizendo nada.

-Falarei.

-Insultos não valem. – Scorpius rebateu, sorrindo, ainda sem olhar para o outro à seu lado.

-Boa tarde, Malfoy. – disse e foi na direção das escadas, indo para a Gryffindor, pedir para Rose fazer uma poção para dor.

Scorpius ainda ficou algum tempo fitando as costas de Potter enquanto esse subia as escadas. Ele não era como pensava, mas aquilo faria diferença? O que mudaria entre eles?


continua...