Cause when I arrive, dear it won't be that long
No, it won't seem like anytime that I've been gone
It ain't the first time, it won't be the last
Won't you remember these words to help the time pass?
Lullaby, I'm not nearby
Sing this lullaby to yourself
Don't you cry, no don't you cry
Sing this lullaby to yourself…
(Lullaby, Jack Johnson)
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PRÓLOGO
Um bichinho de pelúcia. Talvez essa fosse a melhor forma de descrevê-lo quando eu o segurei em meus braços pela primeira vez. O cabelo fino e anormalmente escuro cobria toda sua cabeça minúscula, os olhinhos azuis mal conseguiam ficar abertos por muito tempo. Ele se debatia debaixo dos inúmeros cobertores, resmungando, querendo se livrar da prisão a que fora imposto.
Um bebê humano. Um bebê humano frágil e inocente em uma casa recheada de vampiros. Carlisle não estava em seu juízo perfeito quando decidiu roubá-lo do hospital, só podia ser.
Então o pequeno embrulho começou a choramingar, a voz fina cortando o ar gelado daquela madrugada de março. Eu o apertei contra mim em uma tentativa inútil de mantê-lo aquecido. Sem saber o que fazer, eu comecei a cantar, baixinho, meus lábios quase tocando seus ouvidos. Aos poucos o garotinho foi se acalmando, o choro ficando mais fraco, até que o único barulho no carro era o dos pneus girando rápido sobre o asfalto.
Eu o aninhei em meus braços com o cuidado de cobri-lo com todos os cobertores e o observei dormir. Era tão calmo, tão sereno, tão inocente. Sorri por um momento, contemplando toda a fragilidade e dependência daquele ser humano que eu carregava junto a mim.
-Já escolheu o nome dele, Alice?
Eu me virei para Carlisle, quase alheia à sua presença ao meu lado. Assenti devagar com a cabeça e voltei meus olhos para o pequeno embrulho que jazia em meus braços.
-Emmett. – eu respondi. – Emmett Cullen.
