Desejo Indomável

Título: Desejo Indomável

Autor: Ari ou Bella.

Shipper: Bella&Edward.

Gênero: Romance/ tem de tudo

Classificação: NC-17 ( Cada um sabe o que lê ) LEMONS..

Sinopse:

Essa era a realidade dele.

Sede. Muita Sede. Sangue.. o cheiro irresistível. O gosto perfeito.

Não me lembro exatamente como cheguei a essa situação decadente, onde eu estava à mercê de todos os meus instintos e desejos carnais. Porém, eu estava e não podia fazer nada para pará-los. Quando eu começava uma caçada, nada me impedia de parar. Eu era um selvagem.

Porém ela aparece para mudar tudo isso.

Eu estava pronto para atacá-la, na posição de ataque, mas a minha curiosidade era tão grande que eu decidi não fazer nada. A mente dela era completamente fechada para mim, o que me deixou frustrado e ainda mais curioso. Eu queria saber o que ela estava pensando desesperadamente. Eu precisava saber.

E foi por isso que eu não a ataquei. Não foi porque ela tinha os olhos chocolates mais encantadores e misteriosos que eu já havia visto, ou pelo fato dela ser linda e completamente imprevisível.

Eu só queria saber mais dela, porque ela era um mistério para mim. Um mistério que eu gostaria de desvendar.

E para deixá-lo confuso sobre qual era o seu verdadeiro desejo indomável..

Se era o desejo por ela.. ou pelo seu sangue.

OBS:

A história é contada pelo ponto de vista de Edward Cullen. Ou pelo menos, a maioria dela.

Ele é o único que não é vegetariano. Dos Cullen, óbvio.

Vou postar o máximo que eu conseguir.. minha primeira LONG de Twilight, portanto preciso de estímulo. Ou seja, COMENTARIOS!

Prólogo

Sede. Muita Sede. Sangue.. o cheiro irresistível. O gosto perfeito.

Não me lembro exatamente como cheguei a essa situação decadente, onde eu estava à mercê de todos os meus instintos e desejos carnais. Porém, eu estava e não podia fazer nada para pará-los. Quando eu começava uma caçada, nada me impedia de parar. Eu era um selvagem.

Um indomável. E surpreendentemente, eu me orgulhava disso.

Sem moradia fixa, eu vagava por continentes em busca de mais sangue e vítimas, descontrolado, buscando algo que nem mesmo eu sabia o que era. Sem família. Sem companhia.. permanente.

Em um momento de loucura, eu acabei parando em Forks, uma cidade conhecida por mim. Não me lembro exatamente como isso foi acontecer, pois nos meus momentos de rebeldia e sede eu fico com a visão enturvada e passo a pensar como um animal. Um animal irracional.

Então, eu estava parado em uma estrada, encarando a mata, buscando nos sussurros constantes dentro da minha mente, alguma vítima. Foi então que eu a notei.

Pequena. Morena. Vampira. E vidente.

- Carlisle não vai gostar nenhum pouco de vê-lo nesse estado, Edward. – Ela falou com aquela voz doce que eu já havia até me esquecido.

Carlisle. Esse nome ardeu em mim e me causou dores inexplicáveis. Eu havia o traído da forma mais cruel do mundo... tornando-me um dos seres mais nojentos e imperdoáveis para ele.

E o pior de tudo é que eu sabia disso.

- Eu não sabia que trombaria com vocês aqui. – Eu falei, tentando me explicar. Minha voz saiu estranha até para mim mesmo.

- Você não sabe de muitas coisas, Edward. – Alice falou com sabedoria, me deixando sem ter o que dizer.

Imagens começaram a fluir na mente dela. O desgosto de Carlisle, meu pai. A tristeza de Esme.. e a decepção de todos da família. Ela estava tentando me mostrar o que eu tinha causado e destruído. Ela queria que eu me sentisse culpado.

- O que eu sei é que eu vou embora. – Falei, me afastando. Eu estava preparado para correr, mas alguma coisa me impedia.

- Você vai realmente ir embora novamente? Edward, você vai ter a chance de se recuperar, terá a chance de voltar a ser quem era. O meu irmãozinho. – Ela estava jogando pelo lado emocional, mas eu enxergava a sinceridade nas palavras dela e na mente dela também.

Naquele momento, ela tinha visões minhas, eu ainda enlouquecido e num estado pior do que o atual, tudo por culpa da sede. Porém, de repente elas se transformaram.. eu estava feliz, e eu tocava piano alegremente para Esme. O que me chocou foi perceber a cor dos meus olhos. Eles não eram vermelhos, e sim dourados.

Alice sorria.

- Eu preciso pensar. – Eu falei, andando para longe dela e entrando na mata.

- Absolutamente. Isso é algo que você não faz há décadas. – Ela falou de longe, e eu soltei um suspiro.

Voltei a vagar, deixando o meu olfato me levar, e minha mente entrar em um total torpor. Eu conseguia sentir o cheiro doce de um humano que estava próximo, e ouvir a mente dele. Era um homem que estava fazendo trilha, próximo a mim.

Pelo visto aquele não era o dia perfeito para se fazer uma trilha.

Sem nem pensar duas vezes, eu corri para cima dele e o ataquei. Seu sangue não era o mais delicioso que eu já havia provado, só que também não era ruim. Era algo.. comível.

A culpa pesou em minha mente e tentei esquece-la novamente. Eu era um monstro, e não havia mais volta. Será?

De repente um cheiro delicioso e irresistível me alcançou e eu ouvi uma voz doce vindo de longe. Como eu não havia percebido que havia alguém com aquele homem? A mente da outra pessoa estava vazia e completamente muda para mim.

- Chefe Bones? – Era um menina. E ela tinha uma voz doce e rouca ao mesmo tempo. Seu cheiro estava mais forte agora, o que significava que ela estava mais próxima. Era magnífico. Minha garganta queimava e eu sentia todo o meu corpo clamando por aquele sangue.

Foi nesse momento que eu percebi que eu havia matado um policial. Ele não estava vestido, mas agora ficava visível a arma em seu bolso, e o distintivo estava jogado no chão da mata.

Eu me escondi, e a menina entrou em meu campo de visão. Ela parecia estar cansada, mas isso não tirou o seu visual fantástico. O cheiro dela me alcançou com tudo, e eu me controlei para não ataca-la naquele momento.

Ela foi caminhando lentamente, prestando muita atenção aonde pisava, em direção ao policial morto. Eu tinha um sorriso perverso nos meus lábios. Eu adoraria vê-la em desespero, implorando para eu mata-la, mas eu tinha que me controlar.

Um sangue tão bom não merecia uma morte tão rápida e sim lenta e bem feita. De um jeito especial.

Eu queria ver as reações dela, o medo em sua face, porém ela me desapontou. Ao ver o policial morto, ela apenas olhou para os lados e arregalou os olhos.

- Droga. – Ela murmurou e eu fiquei sem reação.

Cadê o desespero? O grito?

- Droga.. mil vezes Droga. – Ela falou, aproximando dele. – Será que ele morreu?

Pegou no pulso dele e ao constatar que ele estava sem batimentos, ela soltou um longo suspiro. Levantou e olhou novamente para os lados.

Eu estava pronto para atacá-la, na posição de ataque, mas a minha curiosidade era tão grande que eu decidi não fazer nada. A mente dela era completamente fechada para mim, o que me deixou frustrado e ainda mais curioso. Eu queria saber o que ela estava pensando desesperadamente. Eu precisava saber.

E foi por isso que eu não a ataquei. Não foi porque ela tinha os olhos chocolates mais encantadores e misteriosos que eu já havia visto, ou pelo fato dela ser linda e completamente imprevisível.

Eu só queria saber mais dela, porque ela era um mistério para mim. Um mistério que eu gostaria de desvendar.

- Tem alguém aí? – Ela perguntou, cortando todos os meus pensamentos. Eu decidi não me manifestar. Eu a assustaria com os meus olhos vermelhos e toda a caçada perderia a graça.

- ... – O silêncio foi a resposta dela, junto com o barulho dos animais que estavam próximos.

- Ótimo. – Ela resmungou, afastando-se do corpo sem vida do policial. – Por que isso sempre acontece comigo?

Ela foi falando mais um monte de coisas, que eu simplesmente ignorei. A visão dela ainda me encantava. Finalmente eu havia encontrado um concorrente a altura. Alguém que era completamente misterioso para mim, e imprevisível. Alguém que eu gostaria de jogar, porque finalmente o jogo teria graça.

Ela foi se afastando, parecia temer correr, apesar de estar na vontade. Ela queria chamar ajuda, eu acho.. ou estava com medo do que aconteceu com o policial acontecer com ela. Era a única coisa que passava na minha cabeça.

- Vamos, sua inútil. Corra.. – Ela fala para si mesma, apressando os passos. De repente começou a correr, e tropeçou em uma árvore. Explicado o motivo dela não querer correr. – Argh. Preciso sair daqui, antes que eles pensem que eu matei o velho.

Eu tive vontade de rir. Ela estava fugindo por que achava que a culpariam? Oh, ela era completamente louca.

Ela levantou-se e foi resmungando para longe, entrando cada vez mais na floresta, às vezes andando em círculos. Pelo visto ela não conhecia muito daquele local. Ela parecia realmente perdida.

A vontade de mordê-la ainda estava presente e me incomodava, pois a minha garganta ardia mais do que nunca, mas a curiosidade de conhecê-la e ver as reações dela eram maiores. Eram a prioridade.

Fiquei a seguindo por horas, a vendo andar de um lado pro outro, ou simplesmente jogar-se no chão e xingar todos os antepassados do policial morto. Tudo nela me deixava espantado e fascinado. Ela era diferente, mas não deixava de ser a minha presa. Eu sabia que uma hora ou outra eu tinha que mata-la, mas parecia adiar cada vez mais esse momento.

- Isabella Swan? – Eu ouvi um grito, e ela pareceu escutar também, ficou olhando para os lados, e os seus batimentos cardíacos aceleraram. – Onde você está?

- Eu estou aqui! – Ela gritou após um tempo, entendo que aquilo era o socorro.

Eu não fiquei chocado de saber que ela estava sendo resgatada, e sim pelo fato de saber exatamente quem estava ali. Aquilo me desesperou. Eu precisava fugir, mas eu não queria. Eu não conseguia.

Carlisle entrou no meu campo de visão e no da garota também. Ela pareceu relaxar e correu ao encontro dele. Eu sentia a respiração dela ofegante e ouvia o sangue passando pelo seu corpo com facilidade, o que aumentava a minha sede.

- Isabella, você está bem? – Ele perguntou, segurando no ombro da garota. Ela parecia estar encantada com a beleza dele.

- Eu estou bem. – Ela confirmou sorrindo, parecia mais tranqüila, porém a sua voz entregava que havia algo que não estava bem. – A propósito, me chame de Bella. Isabella soa tão.. briga de mãe.

Carlisle riu baixinho.

- Vá andando nessa direção, que você encontrará um carro da policia e uma ambulância. Entre na ambulância e me espere lá. – Ele disse para ela, que o obedeceu prontamente.

Então, eu senti os pensamentos dele se dirigirem para a minha pessoa.

Para pega-la, você terá de passar por mim.

Aquilo me chocou. Foi como uma bomba para mim.. eu não esperava ouvir o meu pai pensando algo como aquilo. Eu estava sendo visto como o inimigo, como o vampiro-mau que meu pai odiava.

Percebi que Bella já estava longe o suficiente, e eu me aproximei de meu pai.

- Eu não ia pega-la. – Ainda. Completei mentalmente.

- Eu não consigo reconhecê-lo, Edward. Você parece uma outra pessoa. – Ele falou com frieza.

- Não fale assim, eu ainda sou o mesmo. – Eu falei, irritado. Eu ainda era a mesma pessoa.

- Edward, isso tem que parar. Isso não vai te levar a nada. – Ele falou com a voz um pouco mais doce e chateada.

Carlisle era o mesmo, fisicamente. Dez anos antes e ele era exatamente a mesma pessoa, tirando os olhos. Os olhos dele agora não transbordavam só alegria, como antes, mas sim preocupação e tristeza também.

E isso me feriu muito.

- Você sabe que não tem mais volta.

- Eu não sei de nada disso, Edward. Você sabe que tudo é possível. – Ele se aproximou mais de mim.

- Não me peça isso, Carlisle. – Eu implorei. Sabia que faria tudo o que ele pedisse.

- Eu já estou o fazendo. Por tudo que nós passamos juntos, eu peço isso para você, Edward. Faça isso por mim e por você. – Sabia que se ele fosse humano, estaria com os olhos lotados de lágrimas de decepção. E eu de arrependimento.

- Carlisle.. – Eu falei, tentando me explicar.

- Por favor, filho. Dê mais uma chance para aquele Edward bom que eu conheço. – Eu não tinha como negar aquilo. Eu estava cansado de ser dominado por emoções, e ali estava a minha única chance de voltar a ser quem era.

- Tudo bem, pai. – Eu falei para ele, dando um sorrisinho. – Nos vemos em casa.

Mas antes eu tenho assuntos pendentes com Isabella Swan e o seu sangue magnífico. Completei mentalmente.

Essa seria a minha última missão.