Nota 1: Suits e seus personagens não me pertencem, caso o contrário Darvey estaria junto desde a season 2 e com várias crianças ruivas até agora.
Nota 2: O nome da fanfic e os trechos em inglês no inicio e no final é de uma música do James Young -Habits Of My Heart, que por coincidência descobri depois de escrever e apenas se encaixou tão bem.
Nota 3: Já faz bastante tempo que não escrevo uma fanfic, então ela não está 100%,me desculpem por qualquer erro ou qualquer absurdo.
Nota 4: É após o famoso 7x10, sei que há milhões de fanfics após esse episódio, mas é apenas irresistível.
Nota 5: Acredito que seja um pouco OOC,pois na série Harvey aparenta estar crescendo(será?) e Donna pensando mais em si mesma, mas aqui na fanfic acho que não. Eu gosto de drama e angst, fazer o quê?

"In a dark room ,in cold sheets,i can't feel a damn thing.
I lost myself between your legs
Your medicine is in my head"

Prólogo

Fazer sexo com Donna por mais casual que fosse era perigoso, e por mais que ele estivesse acostumado a dormir com várias mulheres durante muitos anos da sua vida sem criar um laço romântico ou qualquer laço,tirando umas quatro mulheres, na qual ele teve um relacionamento sério,porém todos acabaram e fora cortado qualquer vínculo e apesar de ele ter a certeza que ele poderia ser desapegado o suficiente para o sexo casual e sem complicações, ainda sim seguir esse caminho com Donna era um grande risco.

E ele gostava de riscos, ele vivia para os riscos extremos,o tempo todo,sua vida era guiada por ele testando todos os limites de qualquer situação sendo profissional ou pessoal,e se ele em algum momento se deparasse em algo na qual o caminho era incerto e arriscado,ele o seguia sem hesitar,porém ultrapassar o limite que era fazer sexo com Donna era um que ele queria realmente evitar.

Porque Donna era Donna.

Donna com seu cabelo ruivo que a destacava em qualquer multidão que ele a encontrava e fazia seus olhos sempre caírem sobre ela em qualquer lugar. Donna que possuía olhos de um castanho quase verdes que sempre pareciam prestes a desvendar sua alma e saber todos os seus segredos. Donna que quando sorria iluminava qualquer lugar e era o suficiente para fazê-lo se sentir melhor em qualquer situação,e se houvesse um remédio para tristeza,com toda a certeza esse remédio era o sorriso dela.
Donna que era sua melhor amiga por mais de uma década e que ele morreria e mataria por ela sem pensar duas vezes.

E ainda sim isso não era o suficiente para descrevê-la e sua importância.

Então sexo com Donna por melhor que o fosse(e ele sabia que era maravilhoso) corria uma grande chance de o levar há um caminho que ele tinha a absoluta certeza que não estava preparado para seguir.

Que ele não queria ir.

Sexo com Donna só serviria para machucá-la, porque ele no final de tudo era Harvey Specter: O oposto de Donna.

Enquanto Donna curava todos a sua volta, ele feria.

E ela era sua amiga,a única pessoa no mundo além do seu irmão e seus sobrinhos que ele não queria machucar em nenhuma hipótese, e o pensamento de ser possível ele fazer isso era o suficiente para fazê-lo correr para bem longe dela.

Machucar Donna, o dilaceraria,e ele estava bem ciente disso e era um peso que ele não estava preparado pra carregar que só aumentaria as chances de ela ir embora e ele realmente precisava dela na firma e por mais que odiasse admitir ele também precisava dela na sua vida.

O jeito que ele se sentiu perdido e sem rumo quando ela foi trabalhar pro Louis ainda o assombrava,e o aterrorizava precisar de alguém tanto assim.
Ele não queria se sentir assim,mas não podia evitar.

Então sexo com Donna era uma terrível ideia e se ele fosse uma boa pessoa ele não o faria,mas enquanto sentia o gosto de vinho misturado com uísque da boca dela, ele simplesmente não conseguia pensar em mais nada além do fato que ele não queria parar de beijá-la.

Ele poderia viver uma vida inteira a beijando e ainda não seria suficiente.

E só restava para ele admitir que era de conhecimento geral que Harvey Specter não era uma boa pessoa.

Nesses últimos meses, desde que caíram nesse ciclo de bebidas,risos,tensão e sexo, ele descobriu o quão viciante Donna poderia ser,e ele deveria ter enterrado o pensamento de sexo com ela na "outra vez" quando ele conseguiu refrear qualquer desejo por anos,pois agora se tornara muito mais difícil parar.

Ela era um vício.
Seu vício.

Um que ele no momento não queria largar,e enquanto o corpo nu dela estava enrolado abaixo do dele, ele tinha certeza que repetiria isso mais mil vezes, tudo que ele queria no momento era ela,somente ela, e a queria o suficiente a ponto de esquecer todos os motivos pelo qual ele não deveria fazer sexo com Donna Paulsen, de novo.

Quando ele saiu da empresa e foi na casa dela ele estava decidido que isso não aconteceria, eles poderiam se encontrar, conversar como os bons amigos que eram e ser tudo como era antes, ele seria forte o suficiente para parar,seria forte por ela, ele a devia e por boa parte da noite ele teve a certeza que conseguiria,mas quando ele notou já estava a beijando tão forte e avidamente como se não houvesse um amanhã,e em algum momento ele se viu novamente fazendo um rastro de beijo por todo o seu corpo, que ele já estava conhecendo o suficiente para saber todos os pontos mais sensíveis.
Todos os pontos que fazia ela soltar um gemido que era a própria definição de paraíso pra ele.

Donna Paulsen era seu céu.

E quando ela dizia o seu nome tão baixo e ao mesmo tempo tão suplicante como no momento em que ele a possuía, ele tinha certeza que ela era seu inferno também.

"Cause I'd rather be alone,but you've fermented in my bones.
All the habits of my heart.
I can't say no it's ripping me apart.
You get too close
You make it hard to let you go"