A linda lua cheia brilhava por de trás da grande torre que translucide pelos fachos de luzes que saiam por de trás dela, como se tudo isso fosse uma importante estreia de um famoso filme ou de um grande e novo hotel, mas a atmosfera parecia de algo serio, mas ao mesmo tempo épico, como uma grande luta que decidiria o final de um anime, talvez quase tão épico quanto a luta entre Edward e Pai, mas não tanto a luta entre Goku e Manjin Buu... Talvez algo mais Sailor Moon.
Cartas começaram a cair do céu, como se fossem uma linda chuva, ela mal podia notar os desenhos bem trabalhados delas, lindamente desenhados, ela queria estender suas mãos para pegar uma das lindas e bem feitas cartas, mas seus braços de recusavam a se mexer, como se ela estivesse em um dos jutsus dos Nara. Ela sentiu seus lábios se mexerem, mas sua voz se recusava a sair deles ou seus ouvidos simplesmente se recusava a escutar, ela viu um pequeno ser, ele a lembrava de um bichinho de pelúcia com sua textura de cor amarela com um tom escuro e pequenos olhos negros e brilhantes, ela sentiu seus pés indo em direção à ponta do prédio em que estava não entendia os movimentos de si mesma, ela ia pular? Será que era secretamente suicida? Será que esse sonho era um tipo de aviso?
De repente, ela sentiu algo em seu calcanhar, não podia ver muito bem por causa de sua posição, mas ela apenas conseguiu enxergar algo que lhe lembrava de um pequeno par de asas cresceram em seus tênis brancos. Ela se não entendia o que acontecia, mas sentiu seu corpo se inclinar para frente, como se nãoi fosse cair nos acolhedores braços da morte...
E pulou
Capítulo 1: Maria e Masoquewtf?
O som da música Hey People (A/N: Segunda abertura de Death Note^^) inundou o grande quarto de um tom lavanda. O lugar não era muito grande, nem muito pequeno, as paredes eram lavanda, havia uma cama de solteiro, uma escrivaninha com vários mangás em cima e ainda mais mangás ao seu lado no chão, havia uma TV, um guarda-roupa e uma pequena janela. A luz do dia adentrava lindamente o lugar, iluminando as paredes lavanda, as deixando com uma cor ainda mais clara.
A única pessoa do no quarto estava debaixo dos cobertores, uma mão pequena saiu de debaixo dos lençóis e ficou procurando o despertador, quando finalmente o achou, levou-o para debaixo das cobertas consigo. Cinco segundos se passaram até que a massa que estava debaixo dos cobertores azuis escuros deu um pulo e se sentou, olhando desesperada para o despertador.
A garota que estava em cima da cama tinha longos cabelos castanhos e olhos da cor chocolate, sua pele era estranhamente bronzeada, considerando a região onde moravam. Ela usava pijamas de cor rosa claro com bordas amarelas e olhava com o semblante preocupado para o despertador, suas mãos o segurando com força como se quisesse destruí-lo por acabar com seu sono, mas ao mesmo tempo não acreditasse na hora.
– Maria-san, a comida está pronta. – Veio uma voz gentil e paternal do andar de baixo da casa. O rosto da garota imediatamente ficou mais feliz com essa informação.
– Hai! – Ela gritou, colocando o despertador em sua cabeceira e tirando seu pijama para se aprontar para a escola.
Eu sou Mariana Silva e graças aos meus parentes no Japão, estudo no sétimo ano do colégio Tomoeda com 12 anos.
Mariana tratou de se vestir rapidamente, colocando sua blusa do uniforme e pegando a escova branca que estava em cima da mesa.
Minhas matérias preferidas são musica e Estudos Sociais e as que menos gosto são matemática e educação física, que são pelo menos dez vezes mais difíceis aqui do que no Brasil.
A garota acabou de escovar seus longos cabelos picotados, um estilo que adotara no Brasil para amenizar o calor de lá e mesmo no Japão, onde é muito mais frio que o Brasil, ela se recusa a mudar, pois não é um cabelo muito comum em Tomoeda. Satisfeita com sua aparência, ela pegou sua pequena bolsa vermelho sangue e desceu cuidadosamente pela escada.
Para dar uma resumida daquelas, meu lema é: um mangá por dia me dá toda a alegria. Sim, eu sou uma fã de anime, problem? Minha família, bem meu primo e meu tio...
– Ohayo! – A garota gritou, entrando na cozinha. Sua cara se fechou quando viu seu primo, Kinomoto Touya.
– Por que estava bagunçando lá no quarto? – Seu primo falou, tomando um gole de seu café.
– Eu não estava bagunçando.
– Então, por que faz tanto barulho quando desce? Parece um monstro. –... As vezes Touya deve esquecer que Mariana não era Sakura.
– E você parece gay, mas eu não falo isso todo dia. – Mariana não conseguiu conter o sorriso quando viu a cara de seu primo.
Esse cara é o Touya-Oniichan, ele está no segundo ano do colégio Seijou, que convenientemente fica ao lado do meu. Ele pode zoar com a Sakura-chan, minha prima que esta estudando no Brasil, mas eu tenho o jeito de insulto brasileiro, então eu estou podendo.
– Brigando desde cedo... Isso é realmente com vocês. – Veio a voz paternal de antes. O tio de Mariana saiu de outra parte da cozinha, sorrindo como sempre e segurando uma bandeja de comida.
Esse é meu tio, Fujitaka-san... Ele é demais! Da aula de arqueologia na universidade, é carinhoso, cozinha bem e é maravilhoso em costura, tudo o que seu filho rude e... Eu. Nós não somos.
– Pronto. – Fujitaka disse, colocando a bandeja de comida em frente a Mariana, que o olhou como se fosse a comida de Sanji.
– Parece demais, diferente da comida do Oniichan. – Ela disse sorrindo, notando a veia na testa de seu primo e pegando os hashis. – Itadakimasu. – A morena começou a atacar vorazmente a bandeja cheia de comida, ganhando gotas na testa dos homens na casa.
Essa é minha família aqui no Japão.
Minha tia? Bom, ela faleceu quando eu e Sakura tínhamos quatro anos, não me lembro muito dela, mas todas as lembranças eram boas. Eu não acho estranho o fato de ser a única garota em uma casa de homens, tenho certeza que estaria em meu modo "Hanya" (ela era linda e gentil demais!) o tempo todo perto da tia Nadeshiko, e preciso estar normal para lidar com o Onii-chan.
– A comida esta gostosa? – Fujitaka perguntou gentilmente.
– Hai, como sempre. – Ela disse de boca cheia.
– Goutisousama. – Touya disse, colocando sua caneca em cima da mesa.
– Já vai? – Mariana perguntou, engolindo arroz.
– Treino matinal de futebol. – Ele disse, agradecendo o bentou que seu pai lhe deu, o mesmo o desejando um bom dia. – Já vou.
–Espera! – Mariana disse, praticamente sugando a comida que estava a sua frente., engolindo com facilidade surpreendente
– Já esta pronta? – Fujitaka perguntou, com uma grande gota na cabeça. Ele viu a garota calmamente balançar a cabeça. – Então pegue seu almoço.
Mariana agradeceu e foi ate a porta e colocou seus patins, aprendeu a andar com eles graças a Sakura, que insistiu que fossem patinar juntas. Ela colocou a proteção que ganhou de Fujitaka no natal, Sakura havia ganhado igual, só que rosa e com seu nome, mas o seu era vermelho e tinha seu nome nele.
– Onde está o Onii-chan? – Ela perguntou para si mesma, levantando e indo para rua.
– Ele já foi. – Mariana se surpreendeu, havia se esquecido de que seu tio estava lá. – Joje tem Club? – Ele perguntou.
– Hai– Ela disse, já andando na rua. – Até mais tarde.
– Até mais tarde. – Respondeu Fujitaka.
Ela continuou, andando, sorrindo quando viu as Sakuras. No Brasil não havia arvores como essas, ela entendia porque sua tia amava tanto as flores a ponto de dar o nome de sua filha de Sakura. Ela rodopiou por debaixo das lindas arvores, ate que avistou seu primo em sua bicicleta. Ela foi a até ele, aumentando sua velocidade. Ela começou a patinar ao lado de Touya.
– Você podia ter saído mais tarde hoje. – Ela ouviu o rapaz falar.
– É que... – A garota parecia não saber completar a frase.
O Onii-chan sempre vai pra escola com... Aquela pessoa.
– Yuki! – Ela olhou para cima quando seu primo falou esse nome.
O garoto de cabelos cinza e óculos acenou para eles, sorrindo gentilmente. Mariana sentiu sua face corar e sua entrada no modo "Hanya" estava começando.
– Ohayo, Touya. – Ele disse, sua voz doce sendo musica para os ouvidos oprimidos desse som há anos (ela viu ele ontem...) para Mariana. – Bom dia, Maria-chan, você acorda cedo.
– Hai! – A garota disse ainda corada.
–... Comendo o café da manha em 2 minutos, bateu seu recorde, Yuki. – E Touya abre a boca grande.
– Bateu meu recorde? Que bom Maria-chan! – Os dois sempre foram comilões e adoravam compartilhar seus recordes um com o outro, já que ambos nunca acharam outra pessoa que compartilhava seu interesse.
Esse pedaço de mal caminho é Tsukishiro Yukito, ele estuda na mesma serie que meu Onii-chan. Ele é gentil, inteligente, lindo e maravilhoso. Nem acredito que esta perdendo tempo com o Onii-chan!
– Até mais, Maria-chan. – A voz de Yukito tirou Maria de seus pensamentos.
Ela olhou para ele confusa e depois olhou para frente. Já dava para ver sua escola... Que droga! Ela queria mais tempo para aproveitar a companhia de Yukito-san, mas o sistama educacional esta contra ela. Ela encostou no muro da escola, levemente desolada, vendo seu primo e seu amigo maravilhoso irem embora, ela mal notou quando Yukito jogou algo para ela. Um bombom.
– Até mais. – Ele disse, depois se virou para frente e seguiu caminho.
Mariana olhou para suas mãos. Yukito-san lhe dera um presente, pequeno como um bombom, mas ainda sim um presente, sentiu seu rosto corar.
– Ele é bom! – Veio uma voz melódica por de traz dela. – Ele é bom com despedidas.
Ela se virou e viu uma garota de longos cabelos negros e olhos violeta,ela usava o mesmo uniforme que ela e era bem mais pálida que si mesma.
–O-ohayo, Tomoyo-chan. – Mariana disse, ainda um pouco perturbada.
– Ohayo, Maria-chan.
Daidouji Tomoyo-chan, minha melhor amiga. É inteligente, bonita e filha de uma grande empresa. Sim, ela esta podendo o bastante mesmo.
Ah, e só mais uma coisa sobre mim: NÃO ME CHAME DE MARIANA!
– Maria-chan, você estava linda ainda agora.
–Eh? – Tomoyo também tende a pensar que eu sou bonita. As ideias da garota.
– O seu rosto de apaixonada quando você recebeu seu doce!
– Não viaja, Tomoyo-chan...
– Eu queria ter tirado uma foto ou filmado!
– Você não esta mais me ouvindo...
Ela ama tirar fotos e filmar coisas... Como eu, não entendo o que é tão interessante sobre mim. A Tomoyo-chan é um pouco estranha.
– Oh, eu comprei uma câmera nova. Posso te filmar? – Tomoyo falou sorrindo, pegando as mãos da amiga.
– Er, você não prefere filmar algo mais interessante? Como tinta secando? – Mariana disse, acreditando mesmo que tinta secando era mais interessante do que vê-la assistindo anime, lendo mangá e comendo.
– Mas não existe nada mais interessante que você! Principalmente assistindo anime, como Vampire Knight e Death Note. – A garota disse, sorrindo.
Maria tinha que admitir, ela ficava doidona quando assistia Vampire Knight. Ela era fã do Kaname! Então ela xingava o Zero, gritava com a Yuuki e admitia que o Rido era realmente fodão. Depois escrevia uma longa carta para a autora do mangá e desistia de mandar quando notava que tinha escrito tudo em português e tinha palavrões demais. Mas quando ela assistia Death Note, ele gritava com Kira, Misa e Mikami, gritava sobre o quanto o Near é fofo, o quanto o Mello parece uma garota e o quanto Matt era foda. E chorava toda vez que via a morte do L, claro...
– Eu vou trazer minha câmera amanha! – Tomoyo disse feliz, indo em direção a sala de aula.
Pensando bem, a Tomoyo-chan é muito estranha... Mas eu também sou, então faz sentido.
"Então, começamos a avistar um garoto com a boca aberta formando um "O"..." A professora lia o trecho livro, mas Maria não estava realmente prestando atenção, em qualquer país, a aula é chata demais. "Deve ter se assustado, é a laranja mágica."
A única parte que Maria ouviu foi "laranja", (afinal, laranjas eram demais!) e estava ocupada, desenhando o pequeno ser que havia visto em seu sonho, de um jeito muito mais distorcido, afinal suas habilidades artísticas estavam um pouco acima do nível de Kuchiki Rukia.
Será que era eu ali? Mas eu parecia tão foda... E suicida.
– Que desenho lindo. O que é? – Tomoyo, que sentava ao lado de Maria, perguntou.
– Hoje... – Maria começou, mas foi interrompida.
– Próxima, Silva-san. – A professora disse.
– Hai! – Ela disse alto e depois abaixou o tom e sussurrou para Tomoyo. – Depois eu falo.
– Parágrafo 24. – Tomoyo sussurrou de volta. Maria sorriu e continuou a leitura.
Maria sorriu, depois de dar um salto de costas. Treinar com Sakura realmente lhe fez bem.
– Incrível, Maria-chan! – A colega de classe de Maria, Naoko, falou.
– Legal! – Sua outra colega, Chiharu, comentou.
– Arigatou, Silva-san. – A professora falou, fazendo a garota corar ainda mais, ela era obviamente fraca a elogios.
– Isso não me faz nem um pouco feliz. – Ela disse, negando ao estilo Tony Tony Chopper.
– Agora vamos treinar o arremesso, pessoal, peguem o bastão. – A professora falou.
– Hai! – A turma respondeu em conjunto.
Aquele sonho tem alguma coisa
1, 2, 3 e pega.
Vou falar com a Tomoyo-chan depois,
1, 2, 3 e...
O bastão de repente mudou, a cor era rosa, sua ponta parecia um grande bico de papagaio e possui pequenas asas brancas... Tão familiar... Tão... Familiar.
Seus olhos se arregalaram quando ela viu o bastão vindo em sua direção... E simplesmente caiu em sua cabeça, quicando e caindo em sua mão aberta, que se fechou sobre ele de um jeito robótico, na forma original que estava antes. Sem rosa, sem bico, sem asas.
Nada.
– Maria-chan é realmente boa em esportes, apesar dela não parecer gostar muito deles, ela é ótima no bastão também, mas... As vezes ela é muito atrapalhada. – Chiharu falou, fazendo Naoko balançar sua cabeça, concordando.
Maria esfregou um pouco sua cabeça. Já estava acostumada com esse tipo de dor, mas aquele bastão... De onde veio àquela ilusão? Tinha certeza de que nunca o havia visto antes, mas era tão familiar... De onde veio aquilo?
Que merda foi essa?
Tadaima! – Maria gritou, entrando na residência dos Kinomoto.
Ela tirou seus patins e adentrou a casa, indo em direção à cozinha. De repente, sentiu um forte pulsar em sua cabeça e automaticamente se virou para a porta do porão, onde era a biblioteca de seu tio e meio sua também, pois a maioria de seus mangás ficava lá. Era como se algo estivesse a chamando... Ela balançou a cabeça e ignorou o sentimento, devia ser apenas um expressão.
– "Voltarei as 9:00". – Maria leu em voz alta. – Parece que tio Fujitaka vai chegar tarde hoje.
Não que fosse novidade, sabia que ficaria sozinha em casa alguns dias. Ela foi até a geladeira e a abriu, logo avistando um lindo pudim de leito coberto com chocolate. Tio Fujitaka realmente sabia fazer doces, então ela não duvidava que o pudim estivesse maravilhoso. Ela mesma não sabia fazer doces... Devia pedir algumas aulas para seu tio quando não estivesse ocupado. Ela tirou esses pensamentos da cabeça e colocou a mão em direção ao pudim... Mas ela ouviu um barulho e aquele sentimento de antes voltou.
– Tem alguém aí? – Ela perguntou, antes de bater coma palma na própria cara. – Genius, Maria, é claro que um ladrão vai responder "sim, eu estou aqui, chame a policia".
Maria pegou o bastão que usaram apara praticar hoje e foi em direção ao corredor, pronta para desacordar qualquer um suspeito. Ela notou que o barulho vinha da biblioteca e seus olhos quasem pegam fogo. Como ousam ameaçar seus lindos mangás... Se tentarem tocar na edição de coleção de Naruto clássico... Oh, o bicho vai pegar!
Maria, apesar de toda sua raiva de bicho louco (o que ela é e até admite que é), cautelosamente desceu as escadas, não era idiota de pular em um ladrão, teria bastente tampo de gritar com ele quando a policia chegasse. Ela chegou até o final da escada, ficando o mais nas sombras possível e olhando por de traz dos livros, como se ela estivesse no escuro, acabasse de tocar no Yukiteru e Yuno esteja na mesma sala que ela. O pensamento de Yuno acalmou seus nervos, afinal, quem não se acalmaria se pensasse em um psicopata de cabelos róseos? Ok, muita gente normal, mas como foi mencionado anteriormente, Maria não é sua definição de "normal".
Por algum motivo, sentia-se segura e tinha certeza de onde estava indo, apesar de ser a parte mais clara do lugar, onde um psicopata provavelmente não estaria. A não ser que o que ele estivesse procurando estivesse lá... Ah, foda-se, não é hora dela pensar essas coisas. Ela andou calmamente em direção ao pequeno corredor, se virando e sentindo seu coração palpitar por algum motivo. Não era o que devia sentir no momento, medo, era algo como... Se fosse achar alguma coisa que começaria um novo capitulo em sua vida, como um dos livros que escrevia, mas se empacava em vários capítulos diferentes. Ela decidiu apagar esses pensamentos de sua mente.
Ela agarrou o bastão com mais força e andou com mais pressão nos pés, pronta para dar um pulo, para conseguir mais impacto no assaltante ou psicopata. Ela também teve certeza de que tinhas saídas o mais próximo possível, ela tentou se acalmar mais um pouco, sua postura menos rígida, para guardar energia se um briga fosse necessária. Ela respirou fundo e olhou para o estreito corredor, encontrando...
... Nada.
– Não tem ninguém... – Ela disse levemente desapontada. Ela achava que finalmente poderia bater ou atacar alguém, algo que ela não podia fazer com qualquer um desde que desacordou Touya com um pedaço grande de madeira, há mais de seis anos.
De repente, ela sentiu aquilo de novo, como se fosse uma presença... Algo grande, ela começou a olhar em volta, seu coração voltou a acelerar de novo. Esse sentimento foi o que a levou a se virar, vendo um estranho e pequeno brilho dourado do canto mais escuro do corredor. Estava na prateleira, como se fosse um livro, inocentemente alojado entre um a coleção de Harry Potter que ganhara do tio (ela rinha tantos livros que era necessário deixa-los na biblioteca, apenas os mais novos ficavam em seu quarto), entre Harry Potter e o cálice de fogo e Harry Potter e o enigma do príncipe. Claro que já havia notado esse livro, mas nunca tinha prestado muita atenção nele, tinha livros demais e raramente vinha ler Harry Potter, algo que tinha certeza que Julia, sua amiga brasileira (que provavelmente estaria traumatizando Sakura-chan com historia de terro, juntamente a Lilian), não ficaria feliz em saber.
Maria não notou quando começou a andar, mas podia sentir algo a chamando, algo muito poderoso, como se ela estivesse atrasada fazendo isso. Ela sabia, era aquele livro... Mas por que hoje? Por que agora? A energia não lhe permitia pensar em algum tipo de resposta. A energia era calmante e fria, mas ao mesmo tempo quente e aconchegante, como estar bem embrulhada em um cobertor em um dia de chuva, assistindo um bom anime, mas era ainda melhor, natural. Quando se deu por si, já estava com as mãos perto do livro, pronta para toca-lo, mas o brilho parou. Maria ignorou isso e pegou o livro cuidadosamente.
Quando estava com os livros em suas duas mãos, ela sentiu algo que lhe fez com que derrubasse seu bastão em surpresa. Era como se... Fosse algo que já viu antes, mas lhe lembrava do sonho que teve essa mesma noite.
– É aquele livro... – O lindo livro que havia visto em seu sonho, antes da cena com a grande torre.
Ela ouviu o cadeado se abrir e deu um pulo de surpresa, ela não era de se assustar fácil, mas ninguém via um cadeado se abrir todo dia, como se fosse... Mágica. Ela abiu o livro, avistando o que parecia uma pilha de cartas em um buraco no livro, agora que foi notar, nem parecia um livro, era mais... Um compartimento de cartas disfarçado de livro, algo que não se vê todo dia. Ela retirou a pilha de cartas, colocando o livro de baixo de seu braço direito, passando as cartas.
Todas eram lindas, com lindos desenhos bem trabalhados, ela notou que por trás, elas havia um sol, uma lua e um grande desenho de estrelas em lindas cores quentes, como dourado e vinho, mas os desenhos da frente eram diferentes e todas possuíam cada uma, uma palavra em inglês, o que ela teria a paciência de ler depois que desse a volta. Ela finalmente viu todas, reconhecendo o desenho do que ela reconhecia como a primeira carta. Um desenho de uma linda mulher em branco, como que parecia ser lindas e brancas rajadas de vento lhe formando asas.
A palavra ela já reconhecia, fizera inglês ao mesmo tempo em que fez japonês, queria estar realmente pronta pra escola japonesa. A palavra era uma derivação de "Wind", que significava vento, e a palavra em si significava ventoso. Será que eram cartas de treino de inglês para crianças? Havia palavras nítidas e lindos desenhos, finos e delicados, mas bonitos. Algo dentro dela negava essa possibilidade, lhe dizendo que a carta em suas mãos havia um significado muito maior do que aprender uma língua... Algo que era para ela. Ela balançou a cabeça, notando que estava olhando fixamente para a carta há um tempo.
– Windy. – Ela disse, sentindo a sensação de novo, mas com muito mais força.
A carta em suas mãos começou a brilhar uma luz azul celeste e ela sentiu algo debaixo de seus pés, ela olhou para baixo rapidamente, notando um circulo amarelo que por algum motivo a lembrou de um circulo de transmutação, mas isso foi tudo que ela teve tempo de pensar. Um vento começou a envolvê-la e o circulo começou a brilhar com mais força, ela segurou firmemente a carta. Ela sentiu seu corpo ser jogado para traz com a força do vento, mas o livro continuou no circulo, onde as cartas começaram a se espalhar. Maria até tentou agarra-las, mas estava levemente dolorida com a força do impacto e sua cabeça doía um pouco.
Quando o vento finalmente parou, ela se levantou calmamente e controlando sua tontura, foi em direção ao livro caído. Ela se ajoelhou na frente dele e pegou o livro cuidadosamente, a Windy ainda em suas mãos, ela começou a olhar em volta, procurando as outras cartas, mas elas pareciam ter desaparecido como se tivessem atravessado a parede e voado para longe com o vento.
– O que... Foi isso? – Sua voz era baixa e suave, lembrando a voz de Tomoyo, estranha compara a sua voz normal, forte e divertida. A voz até lhe lembrava de levemente da de Sakura para quando ela estava curiosa.
O livro começou a brilhar novamente, o mesmo brilho dourado de antes, mas dessa vez era apenas uma sensação quente e aconchegante, como se acabasse de entrar em casa em um dia de neve e estivesse entrando uma banheira de água quente, Maria ainda estava em seu choque silencioso, assistindo algo sair da capa do livro.
A criatura era originalmente dourada, como banhada em ouro muito brilhante, e sem forma. Mas ela foi ficando mais definida, dando a forma do que parecia um pequeno bichinho de pelúcia, orelhas redondas, patas pequenas e orelhas redondas. Sua cor também foi clareando, deixando se brilhar e ficando de uma cor amarelo queimado. A forma foi ficando aparentemente macia, como se fosse um pelo de uma onça. Sua pequena face tinha uma boca que lhe lembrava de um gato e seus pequenos olhos finalmente se abriram pretos e redondos.
–Konhanhochiwa! – A pequena criatura gritou sua voz fina e fofa, algo que se esperaria de um urso de pelúcia, se ursos de pelúcia pudesse falar. A voz fofa tirou Maria de seu choque e fez uma gota crescer em sua cabeça.
– Muito obrigado por ter me libertado! – A pequena criatura falou, usando um Osakaben (sotaque de Osaka). Ela nem tinha notado que pensou alto até ouvir a pequena criatura lhe responder.
– Pois é, esse livro ficou muito tempo em Oosaka, acabei pegando o sotaque. – Assim que o pequeno "urso de pelucia" acabou de falar, Maria saiu de seu choque e agarrou o pequeno.
– Kawaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ! – A garota gritou, o abraçando com força para seu peito, afagando seu pelo que era, como pensou, muito macio, como se não tivesse acabado de sair da dura capa do livro que continha as cartas. Depois de dois minutos falando do quanto ele era "fofinho, mas não tanto quanto Near". – O que é você exatamente? – Ela disse, soltando o pequeno ser e acariciando levemente sua cabecinha, algo que ele apreciou, como um pedido de desculpas por seu abraço apertado. O "bicho de pelúcia" bateu as asas e voou em direção ao livro.
– Eu sou o Protetor desse livro, a besta do lacre, Kerberos! – Ele disse, pousando em cima do livro.
– Lacre? Quer dizer o cadeado do livro? E Kerberos? Esse nome não combina você é fofo demais! – Maria protestou.
– Sim, lacre, meu dever é cuidar dessas cartas para que elas não façam malda- – Kerberos ignorou a segunda pergunta, mas congelou quando viu que o livro estava, bem, vazio. Ele finalmente pareceu ter saído do choque e começou a entrar em pânico. – Ahhhhhhhhhhhhhh, as cartas não estão aqui! Por quê? Por quê? Para onde elas foram?
Maria ficou observando Kerberos entrar em pânico, ele lhe lembrava de algo, como se já tivesse visto ele antes... Seus olhos ficaram levemente maiores quando se lembrou: o sonho! Kerberos estava em seu sonho, ao seu lado no prédio. A garota sentiu como se precisasse ajuda-lo, afinal, ela abriu o livro e sentia como se ela possuísse um pouco (muito pouco mesmo, menor que uma célula) de culpa pelo desaparecimento das cartas e pelo choque que provavelmente faria o Protetor morrer mais cedo. Então, ela se lembrou da carta em sua mão.
– Isso? – Ela perguntou, sorrindo o mais gentilmente possível e segurando a carta em direção a Kerberos.
– Isso! É isso mesmo! – O sorriso da brasileira aumentou ao ver a animação do pequeno guardião. – Então, e as outras? – O sorriso dela ficou nervoso depois disso e ela se sentiu um pouco mais desconfortável.
– Er, veja bem, eu li as primeiras palavras da carta no topo, "Windy", – Ele balançou a cabeça – Uma grande ventania começou, sabe... – Ele balançou a cabeça de novo – Todas elas saíram voando. – Ela começou a esfregar a parte de trás de seu pescoço, algo que adotou dos animes para quando estava nervosa.
– Ah, entendo! – O guardião começou a rir e Maria riu junto, aliviada, talvez ele realmente não estivesse bravo...
– COMO É QUE É? –... Talvez não.
Maria estava praticamente sugando seu jantar, mais rápido que o normal, claro e sabia que Touya havia notado, mas ela não estava ligando para isso no momento. Ela engoliu a água do copo de uma vez, e começou a recolher suas coisas enquanto levantava da mesa.
– Gotisousama! – Ela gritou como uma doida, levando os pratos até a pia. Ela foi até a geladeira, finalmente pegando o pudim, mas parecia menos animada com isso. Como quando ela vai dar doces para outra pessoa.
– Para onde está levando a comida? – A morena ouviu seu primo perguntar, quando ela já estava saindo da cozinha.
– Vou comer enquanto assisto Death Note! Assistir o L comendo me da fome de doces! – Ela gritou já no topo das escadas. Era algo plausível, afinal, L comendo doces (o que ele faz sempre) realmente da fome.
Kerberos parecia estar meditando acima do livro, Maria notou enquanto entrava no quarto e viu o guardião flutuando, coberto de um brilho dourado, que deixava a sensação de calor que a garota sentia quando estava perto. Ela entrou em silencio no quarto, fechando a porta cuidadosamente e apoiando o pudim em uma mão, ela pretendia da-lo a Kerberos, como mais um meio de pedido de desculpas.
– Como foi? – Ela falou com calma, tentando ser mais respeitável do que era geralmente, afinal, ela praticamente libertou o mal no mundo.
– Não consegui, não da pra saber onde estão as cartas, senti-las quando não estão em movimento é difícil! – Ele disse, sentando-se no livro de cabeça baixa. O brilho dourado parou, deixando o lugar um pouco mais fresco, não que a garota ligasse o calor que ele transmitiu a deixava feliz de certo modo.
– Aqui. Mais um tipo de pedido de desculpas. – Ela disse, colocando o pudim gelado na frente do guardião.
– Parece bom. – Ele disse já um pouco mais animado. Isso fez Maria sorrir, não queria ver o pobrezinho triste. – Aquelas cartas são chamadas de Clow Cards.
– Clow Card? – A brasileira repetiu sua pronúncia melhor que a dele, saboreando as palavras em sua língua.
– Clow Cards, quando o selo for desfeito, esse mundo encontrará catástrofes. Elas são cartas especiais criadas por Clow Reed, um mago muito poderoso! Cada carta possui um poder incrível e uma vida, mas... Não é qualquer um que pode derrota-las e são muito desobedientes. Por isso mesmo que o próprio mago Clow criou esse livro, para sela-las e me colocou na capa do livro, para guarda-las! De qual-
– Eu não as culpo. – Maria disse, interrompendo Kerberos, que parou com a colher no meio do caminho. – Ficar presa, em uma carta e ter que seguir as ordens de alguém que deviria ser como um pai, que me criou. Eu não as culpo de serem rebeldes, talvez elas queriam atenção. – Kerberos ficou a encarando, nunca pensou por esse ângulo. – Mas voltando ao assunto! – Seus olhos começaram a brilhar, algo que até chegou a assustar o guardião. – Cartas mágicas espalhadas pelo mundo mundo para causar desastre e é necessário alguém para recupera-las! Isso parece um enredo de anime! E você é o guardião que dá os poderes para o protagonista, então vou te ajudar nesse mundo desconhecido para você! – Os olhos de Kerberos começaram a brilhar.
– Nossa, você aceitou muito mais fácil do que eu pensei. – Ele disse, sorrindo. Ela aceitara facilmente ser a "protagonista",como disse.
– É claro, então precisamos de alguém pra ser o protagonista! –...
–Essa é você –...
– Sinto muito, mas isso não dá. – Com isso, Kerberos caiu da cadeira.
– Por que? Você abriu o livro! – O Protetor gritou.
– O que você estava fazendo nessa hora? Por que não estava lá pra dizer "Não abre essa porra"? – Ela disse, já perdendo a formalidade com ele.
– Eu... estava dormindo. – Ele respondeu, uma coloração vermelha aparecendo em suas bochechas.
– E a culpa é minha? – A morena disse com uma gota na cabeça.
– A vida é cheia de imprevistos! – Ele gritou, tentando cobrir seu erro.
– Bem, não importa. Eu ainda tenho mais um motivo. – Ela disse, abrindo um grande sorriso. – Eu sou inútil. – Kerberos caiu de cara na mesa.
– Isso não é um motivo!
– Não me importa. – Ela disse se sentando na cadeira da escrivaninha. – Vai, procurar o Chuck Norris, ele nem vai precisar procurar as cartas, as cartas irão até ele.
– Mas, se você conseguiu abrir o livro, quer dizer que tem poderes mágicos. – Ele falou. – Você consegue sentir, não consegue?
Maria olhou para Kerberos, pronta para negar tudo, dizer que era coincidência, não havia sentido nada, mas ao olhar para o Protetor, ela pode sentir a magia dele, pode sentir aquele sensação quente e reconfortante. Ela sabia de algum jeito que aquilo era magia.
– O que você quer que eu faça? – Kerberos sorriu diante das palavras da garota.
– Qual seu nome?
– Mariana, mas me chame apenas de Maria, sempre apenas Maria.
– Ótimo, agora, Maria, fique em pé. – A garota obedeceu, se perguntando que teria que fazer.
Será que ele pegaria uma Zanpakutou e atravessaria seu coração com ela? Ela teria que ser atingida por uma energia para acordar instintos felinos? Ganharia um jeito de se transformar? Aprenderia a desenhar o circulo que viu mais cedo na biblioteca? Havia tantas coisas que podiam ser, possibilidades. Qual delas seria? Ela viu Kerberos começar a brilhar e sabia que iria começar.
Ela se viu em um lugar escuro com o mesmo circulo de antes, o Protetor das cartas estava em cima do livro, que era a única coisa nesse lugar de escura imensidão.
– Chave do Selo, – Kerberos começou algo saiu do cadeado agora aberto do livro, tomando forma rapidamente. – Há alguém que quer fazer um contrato. Uma garota, seu nome é Maria. Chave dê poderes a ela. Release!
A essas palavras, o pequeno objeto começou a crescer, com uma luz que cegava. A Chave se transformou em um bastão familiar. Era longo, com a cor de rosa choque, havia um bico no topo que lhe lembrava de um papagaio, com asas em seu topo. Ela conhecia aquele bastão... Era o do sonho e o que ela viu hoje mais cedo.
– Peque o bastão, Maria! – A voz de Kerberos a tirou de seu transe. Ela tentou agarrar o bastão, mas o a pressão que estava nela aumentou drasticamente.
"O que está acontecendo? A chave está reagindo com a magia dela... Qual forte... Sua magia é?" O Protetor do selo pensou, espantado.
Eu não consigo... É muita pressão, mal consigo respirar... Mas, eu disse pro Kerberos que iria o ajudar... E as cartas podem machucar alguém! E eu não posso desistir! Não posso! Eu tenho que dominar... Esse bastão!
Kerberos viu os olhos da possível CardCaptor ficarem mais determinados e sua postura mudar um pouco, seus pés ficando mais firmes no chão.
"O que ela está fazendo?" O guardião se perguntou, mas tudo foi respondido quando ele viu seus próximos movimentos.
Maria tomou impulso no chão e chegou o mais perto possível do bastão, mas ainda parecia não conseguir levantar seus braços direito. Mas ela conseguiu levantar seus braços em um único movimento e agarrou o bastão com sua mão direita, o puxando para mais perto com força.
Logo que ela fez isso estava de volta em seu quarto. Sem imensidão escura, sem circulo mágico, sem pressão monstruosa em si mesma. A única prova de que ela esteve lá, conquistou o bastão e agora tem um contrato com a Chave era o bastão que ainda estava em suas mãos.
– Isso é tão... – Ela olhou fixamente para o bastão. –... Foda! Isso é tão foda! Eu tenho poderes mágicos! OMG, por que minha carta de Hogwarts ainda não chegou?! Kerberos?! Responde-me! – Ela se virou para ver Kerberos olhando para ela com uma expressão emocional. – O que foi? – Isso parecia ter tirado o Guardião do transe.
– Nada. – Ele disse, olhando para seu pudim.
"Ela vai ser muito poderosa" Kerberos sorriu, enquanto comia o pudim que Maria lhe deu, saboreando o chocolate por cima "E também, ela me da as melhores comidas!"
– Ei, Kero-chan. – Maria, chamou o guardião com o novo apelido que deu para ele. – Como vou saber como achar uma Clow Card? – Ela não recebeu resposta – Kero-chan?
Ela se virou e viu o guardião pulando feito doido na cama, ignorando-a. Uma veia saltou em sua testa. Ela foi até ele e o pegou enquanto ele estava no meio de um pulo.
– Kero-chan, me responde.
– Bom, Maria, temos que esperar que a carta comece a agir e- – Ele foi interrompido por um grande vento e uma presença.
Os dois foram até a janela e olharam para todos os lados, procurando algum sinal de magia, até que Kero apontou para cima.
– Olha Maria.
A garota olhou para cima, só para ser recebida por uma grande e branca criatura alada que voava belamente pelo céu escuro da noite, suas asas formavam grandes correntes de vento, deixando o lugar frio e com um grande ventaneio.
– É Uma Clow Card! – O guardião falou. – Provavelmente Fly Card. Vamos, esse será seu primeiro trabalho como CardCaptor Maria.
– Ok.
Maria não estava realmente assustada, quando se deu conta que aquilo era uma Clow Card, sabia que iria ter que captura-la, ela prometeu para Kero-chan, então tinha que cumprir, esse era o tipo de pessoa que era. Ela desceu silenciosamente e colocou seus patins. Indo rapidamente pela rua, ela as vezes se segurava em alguns objetos fixos, para poder dar mais impulso e não ser lavada pelo vento que o bater de asas de Fly causava.
"Ela realmente vai ser uma boa CardCaptor" Kero pensou.
Maria parou perto de uma rampa e, como se a sentisse, Fly também parou por um momento.
Eu preciso ser rápida para pegar essa carta, ela não tem ataques, mas seu vento já é o bastante para me derrubar!
A garota foi em direção a carta, ouvindo os gritos encorajadores do Protetor das Cartas, mas, novamente como se a sentisse, Fly bateu suas asas, causando um vento que causou a morena a ser levada para cima, mas foi pega por Kero.
Não vai dar pela frente, se ela me vir chegando, eu posso morrer da próxima, vez, mas e por cima... É isso!
Maria se virou e foi na direção oposta da carta, fazendo Kero se perguntar se ela havia desistido.
"Não, ela não faria isso!" Ele pensou e viu a Fly perseguindo a CardCaptor. – Maria, cuidado!
A garota deixou a carta chegar perto dela, mas não a ponto dela poder ser levada pelo vento causado pelas asas gigantescas de Fly. Quando a Clow Card estava perto o bastante dela, a garota foi para o lado, usando a estrutura da parede ao seu lado como uma rampa e pulou em cima de Fly.
"Isso, ótimo, CardCaptor Maria!" Kero pensou, sorrindo.
Enquanto isso, Maria tentava se segurar em Fly com toda força de seu ser.
Merda, fudeu, eu esqueci que tenho medo de altura, burra, burra.
A garota agora sentia lagrimas em seus olhos, não iria conseguir capturar a carta. Kero-chan realmente havia errado em escolher ela...
Não! Kero-chan confia em mim e eu prometi! Eu prometi! Eu vou capturar as Clow Cards.
Com seu surto de adrenalina, Maria ficou em pé em cima da criatura alada e segurava o bastão com força, colocando a carta de vento a sua frente.
– Por favor, funcione. – Ela falou baixinho para a carta. – Se transforme nas correntes de L, Windy!
Ela tocou a carta com seu bastão e ela começou a brilhar. Logo Fly estava sendo a forçada a descer, graças a fortes correntes mágicas de vento. Maria facilmente pulou quando a carta já estava no chão, ainda sobre o efeito de adrenalina, colocando seu bastão a sua frente.
– Agora, volte a forma humilde que merece, Clow Card! – A CardCaptor gritou e logo, Windy e Fly estavam em suas mãos.
– Você fez muito bem, CardCaptor Maria. – Ele viu ela olhando fixamente para as cartas. – Mar-
De repente, a garota começa a chorar e cai no chão de joelhos.
– Eu estava com medo, Kero-chan. – Ela disse abraçando o guardião que ficou rígido.
"Faz tempo que não abraço ninguém" Seus olhos ficaram mais suaves. "Mas dessa vez não faz mal."
– Vamos, Maria, teste a carta.! – Kero falou, depois que ela acabou de chorar.
– Mas...
– Vamos, vai ser legal.
A CardCaptor suspirou e mexeu a cabeça. Ela pegou seu bastão, o tocou na carta e pronunciou:
– Fly!
– Vamos, abra os olhos!
– Não, Kero-chan, é assustador!.
– Mas você não vai cair, eu prometo. – A garota abriu um olho.
– Promete? – Kero sorriu.
– Hai.
Maria lentamente abriu os dois olhos e ficou encantada com a paisagem, a grande cidade, as luzes, a lua... Ela tinha que ver mais de perto. Ela foi lentamente ficando de pé no bastão.
– Cuidado, Maria! – Esperando para pegar ela quando cair, mas ela não caiu.
Os pés dela estavam fixados no bastão.
"Magia de fixação?!" Kero pensou espantado, mas depois sorriu. "É, ela vai ser uma boa CardCaptor".
