Pov's Rose

Era hoje, eu ia declarar-me para Scorpius. Mary, Lily e Roxanne me apoiaram quando eu disse iria me declarar para ele. Me arrumei como de costume, prendi meus longos cabelos ruivos em um rabo de cavalo alto. Coloquei meus óculos, que eram desnecessários, mas eu gostava deles. Coloquei minha saia que ia até um pouco abaixo do meu joelho; minha blusa que era muito maior do que meu corpo; minha gravata e meu sapato. Logo já estava indo em direção à cama onde Mary se encontrava. Eu a acordei, depois acordei Lily e Roxanne e desci para o salão principal. Lily só dormia em nosso dormitório por um apelo nossa à Drt. Minerva.

O salão principal estava cheio como sempre estaria naquela hora da manhã. Os alunos estavam sentados desfrutando das delícias do café da manhã, sorri assim que pensei na deliciosa geleia de morango que estava sempre na extrema esquerda da mesa da Grifinória. Antes que pudesse começar a caminhar até a minha mesa, lancei um olhar na mesa da Sonserina e foi com uma enorme decepção que vi que Scorpius não estava lá, suspirei pesadamente e fui me sentar, acho que eu podia esperar até que ele chegasse.

Eu estava ansiosa. Claro que estava, mas não podia deixar isso atrapalhar meu dia de aula. Tomei meu café e ao ver que Scorp não tinha chegado ainda, decidi procurá-lo.

Antes eu passei na cozinha para pegar um copo de suco de abóbora e um prato de torradas com geleia de uva, que Scorp disse que era sua favorita. Eu estava andando pelos corredores quando vi uma cena que esperava nunca ver. Scorpius estava beijando Dominique. Eu deixei tudo que estava na minha mão cair e os dois me olharam. Sorriram de um jeito cínico e voltaram a se beijar

Coloquei minha mão direita sobre o peito e percebi que a minha respiração estava muito acelerada, quanto mais eu puxava o ar mais sufocada eu me sentia, era como se os meus pulmões se recuassem a receber o ar. Logo dei as costas aos dois loiros que continuaram a se beijar e corri para o vasto jardim de Hogwarts.

Cheguei o mais perto possível do lago e me ajoelhei encarando o meu reflexo na água escura. Meus olhos azuis estavam cheios de lágrimas, isso os fazia parecer ainda maiores por trás do óculos, coloquei minhas mãos tremulas na armação azulada e as retirei permitindo que as lágrimas escorressem livremente.

Pov's Mary

Depois de Rose ter me acordado eu comecei a me sentir nervosa. Hoje era o dia que eu ia me declarar para Albus, hoje era o antepenúltimo dia de aula. E eu, Mary Van Allegran estava morrendo de medo. Até porque eu não era o modelo de beleza e isso me machucava, pois quem olharia para mim? Isso seria difícil. Eu tomei meu banho e coloquei meu uniforme que consistia em uma saia longa e um suéter que eu costumava usar pois ele era bem largo, coloquei meu sapato e prendi meu longo cabelo em um coque no alto da cabeça. E depois coloquei meus óculos, os quais precisava usar. Me despedi das meninas e desci para a sala comunal.

A sala comunal da Grifinória é um lugar bem amplo com decorações vermelhas e douradas, as únicas pessoas lá eram eu e um pequeno grupo de primeiranistas que pareciam estar fazendo alguma lição atrasada. Suspirei e resolvi tomar meu café da manhã.

Assim que saí da sala, eu dei de cara com Albus e seus incríveis olhos verdes me fitaram

– O-oi, Al - Gaguejei para Albus, que sorriu para mim. Eu sorri de volta.

– Oi Mary - Disse ele me abraçando. Tenho certeza que fiquei vermelha.

– Tudo bem? - Perguntei. Eu estava tentando adiar um pouco mais minha declaração, eu ainda estava muito nervosa e tenho certeza de que se eu começasse a falar agora não conseguiria parar de gaguejar e isso seria constrangedor.

– Tudo bem - Disse Al, sorrindo para mim - E você?

– Estou bem - Disse sorrindo timidamente. Nós rapidamente já estávamos no Salão Principal, as mesas já estavam cheias para o café da manhã - Albus eu tenho uma coisa importante para te falar - Disse, sentindo que já estava corando.

– Espere, eu tenho uma coisa pra te falar primeiro. Sinceramente Mary, eu já estou cansado disso. Eu não posso mais levar essa idiotice à sério. Eu não gosto de você, nunca gostei. Só comecei a ficar perto de ti depois de uma aposta. Você sabe que não é nada pra mim, na verdade, sabe que não é nada para ninguém. Que tipo de garoto gostaria de você? Você é só mais uma patinha feia, só mais uma idiota... Realmente achou que eu me importava contigo? Tão tola... Eu tenho nojo de você garota. Mesmo que você fosse bonitinha, o que todo mundo vê que não é... Quem ficaria com uma menina tão grudenta? Você é burra ou ainda não percebeu? Eu não sou um garoto só de uma, querida. Acho que você já deveria saber disso.

– Porque isso tudo? Seu idiota, idiota - Eu disse socando seu peito, lágrimas embaçavam minha visão. Eu corri o mais rápido possível até os jardins. Fui mais longe o possível e avistei Rose no lago e me encaminhei até ela.

Pov's Lily

Eu sempre fui a patinha feia da família. Eu não tinha o corpo muito desenvolvido e meu cabelo não era tão grande, eu usava aparelho e roupas largas. Mas isso parecia não importar para Hugo e foi isso que me fez ficar apaixonada por ele. Depois de Rose me acordar, levantei rapidamente. Eu tomei um banho rápido e depois vesti meu uniforme que era uma saia longa e um suéter que eu costumava usar pois ele era bem largo, coloquei meu sapato e deixei meu cabelo solto, até porque ele era curto e então não tinha como prender-lhe. Depois desci para a sala comunal e encontrei Lisanna Brown, uma garota nojenta (e bonita) que gosta do Hugo.

– Olha, olha, se não é a Potter... Como vai querida? - Ela disse, olhando para mim com um olhar de nojo.

– Olha, olha, se não é a VacaBrown... Como está tudo lá no pasto? - Perguntei, cínica.

– Nossa, vejam só quem fala! A patinha feia! Você já se olhou no espelho hoje, querida? Sério que pretende sair daqui vestida assim?! Sinceramente... - A vaca balançou a cabeça como se estivesse chateada.

– Pelo menos eu não pareço que estou indo para um cabaré... Desculpa, esqueci que nem no cabaré você consegue um homem - Disse fazendo uma cara de espantada. Ela me olhou com pura fúria.

– Não consigo um? - Perguntou ela fazendo-se de desentendida

– Não querida - Disse dando um sorriso sarcástico para ela. Eu comecei a andar em direção ao quadro da mulher gorda.

– Nossa... então está na hora de resolver isto, não é? Vejamos... que tal o Hugo? Bonito, inteligente... - Lisanna deu um sorrisinho malicioso.

Eu congelei no meio do caminho. Eu virei mandando um olhar sujo para ela. Eu comecei a correr e pulei em cima dela e comecei a disparar vários socos e chutes. Arranhava todo o rosto dela e puxava o cabelo dela. Enquanto isso, ela só tentava se defender com tapinhas típicos de vacas.

– PAREM AS DUAS! - Ouvi uma voz familiar gritar. Hugo se pôs entre nós, separando-nos – O que está havendo?

– É essa daí... Que acha que tem algum poder sobre você... Patético, não é? Quem você escolheria? Eu ou... a patinha ali? - Lisanna me olhou com desdém. Hugo olhou para ela e respondeu:

– É claro que eu escolheria você Lis, você é linda... E eu amo você.

Assim que eu escutei isso, saí correndo da sala comunal. Só dando tempo para eu ver Lisanna sorrindo maldosamente para mim. Corri até o lago e logo avistei Mary e Rose, corri até elas.

Pov's Roxanne

Eu acordei totalmente de bom humor hoje. Eu iria dizer " Eu te amo" para Luke Zabini. Mas do mesmo jeito estava nervosa seria possível eu erra todas as palavras. E se ele não me quisesse... Roxanne Weasley, pare com isso. Ok, eu não sou a menina mais feminina do mundo, mas ainda sou atraente. Eu coloquei meu uniforme que era o masculino ou seja, uma calça, uma blusa social e uma sapato fechado.

Eu desci até a sala comunal da Grifinória e falei por uns três minutos com o pessoal que estava lá. Depois fui em direção ao refeitório, no meio do caminho encontrei com um garoto da Sonserina, Matthew Goyle.

– Vejam se não é a menina macho da Grifinória - Disse ele, sorrindo de escárnio.

– Vejam se não é o gay da Sonserina - Disse, com deboche. Ele me olhou com ódio e acertou um um tapa em meu rosto. Eu fiquei furiosa com o atrevimento dele e também parti para cima dele. Nós rolamos no chão por um bom tempo, até que senti alguém me segurar pela cintura. E vi que Crabbe segurou Goyle também.

– O que vocês acham que estão fazendo? - Perguntou Luke, sério.

– Esse louco me acertou um tapa na cara - Falei, apontando para Goyle.

– Você bateu nela? - Perguntou Luke, suspirando e olhando para Goyle

– Ela me chamou de gay - Disse Goyle, na defensiva. Luke me olhou.

– Ele me chamou de menina macho - Disse, também na defensiva.

– Ah, cansei de vocês - Disse Luke, saindo irritado de perto de nós. Eu logo tratei de correr atrás dele.

– Luke. LUKE! - Gritei e ele parou de andar.

– Que foi?! - Perguntou, irritado.

– Eu queria pedir desculpas. - Disse, com certo receio da reação dele.

– E eu não vou aceitar - Disse ele andando.

– Mas...Mas eu te amo - Disse, já sentindo lágrimas nos meus olhos.

– Espera aí... Você acha mesmo que eu ficaria com uma garota como você? Uma garota que se comporta como garoto? Acorda. Eu tenho a garota que eu quiser na minha mão, a hora que eu quiser. E acredite, você não é uma delas - Disse e depois riu - Chora não, um dia você vai achar o garoto certo para você. Ou melhor, a garota - Disse, rindo com um tom de deboche.

Depois de escutar ele falando isso tudo, eu saí correndo. Fui em direção ao lago e ao avistar Rose e as meninas corri de encontro à elas.

– Alguma das declarações deu certo? - Perguntei, esperando que alguma de nós tivesse uma boa história para contar. Todas me olharam com lágrimas nos olhos e eu me sentei do lado de Lily e nós quatro choramos juntas. Depois contamos como foi que deu tudo errado.

– Esse não é nosso lugar - Disse Mary, de repente. Todas concordamos.

– Será que eles sentiriam nossa falta se fossemos embora? - Perguntou Rose, nos olhando. Nós negamos.

– As vezes, eu queria simplesmente sair daqui de Hogwarts. Dar um tempo sabe? Mudar minha aparência... Essas coisas - Falei, suspirando. Depois disso eu só vi as garotas me olhando com um sorriso.

– Porque não fazemos isso? Poderíamos ir para err... Beauxbatons, mudar e depois quem sabe voltar para ter nossa vingança - Disse Lily, animada.

Nós ficamos conversando por mais umas 3 horas e então mandamos uma carta para nossos pais explicando quase tudo para eles. 3 dias depois suas respostas chegaram e interessantemente eram positivas. Nunca me senti tão feliz na vida. Que todos se preparassem, nós estávamos indo. Mas voltaríamos e queríamos vingança.