Disclaimer: personagens da J.K Rowling. Graças a Deus.
A fic é NC 17 - ou seja: violência, sexo, tortura e coisas nojentas. Crianças, por favor, fechem a página e vão assistir bob esponja. Galerinha que aguentar ler esse capítulo, aguarde o próximo que vai ser mais interessante. Se alguém gostar, faça o favor de comentar. Se você teve a cara de pau de favoritar é porque gostou, né? Vão em frente. E crianças que não fecharam a página, não me irritem depois.
You lost your innocence, girl.
4:20 a.m. Ela girou na cama mais uma vez, agora para o lado de Rony. Ele continuava virado de costas, as mãos agarradas em um travesseiro e a respiração ruidosa saindo em roncos. Hermione encarou as costas nuas do namorado e sentiu as lágrimas voltarem ao seu rosto, escorrendo frias por suas bochechas. Ela queria afundar o rosto ali e sentir o calor dele, mas Rony dormia e não queria a companhia dela aquela noite. Não quando ela recusava o corpo dele pela terceira vez naquela semana. A mulher de olhos castanhos e inchados virou-se de barriga para cima e contemplou o teto. Desde domingo sua vida começara a ruir e, o que parecia ser uma simples crise de TPM, passou a ser um grande problema. Ela não podia mais fingir para Rony que continuava naqueles dias e por isso não queria fazer sexo com ele, porque ele também não era idiota. Conhecia os sinais, e principalmente, sabia quando Hermione mentia.
- Qual é o problema? – Ele perguntara naquela noite, duas horas atrás. – É a terceira vez que você não quer dormir comigo. – Havia dor e indignação na voz dele, mas Hermione simplesmente lhe disse que não estava se sentindo bem (sim, pela terceira vez na semana) e não queria, justamente quando as caricias tinham se tornado intensas demais.
- Eu estou machucando você? – A duvida dele o fez franzir o cenho de um jeito tão doloroso que Hermione o abraçou e chorou em seu ombro, soluçando e dizendo que não, que não tinha nada a ver com aquilo. E então eles foram dormir, porque ela não disse mais nada e a paciência de Rony tinha limites, e por duas horas ela rolou na cama sem conseguir pegar no sono. A pergunta cozinhava seu cérebro e parecia borbulhar, exigindo uma resposta. Ele a machucava? Não! E... sim. Mas não era exatamente ele, Rony. Hermione não sabia explicar. Já tinham feito sexo várias vezes, mas naquela semana tudo simplesmente começou a desandar. Quando o namorado aumentava as caricias e passava a beija-la mais intensamente, a descer a boca para sua região intima, ela sentia um arrepio inexplicável e sentia dor, como se a simples aproximação dele fosse um prelúdio para a dor. Ela enrijecia o corpo e parava de se mexer, a respiração tornava-se abafada e difícil, e Rony parava com os dedos em chamas, mas os olhos preocupados. Todo o tesão tinha ido embora e Hermione começava a chorar, pensando que ia sufocar. Aqueles momentos deixavam o namorado transtornado e nas duas primeiras vezes ele a tinha envolvido e abraçado, deixado-a chorar em ombro. Nessa terceira vez, porém, era demais. A própria Hermione sabia daquilo.
Agora, deitada com os olhos no teto e o coração batendo rapidamente no peito, ela estava cansada de chorar. Tinha que encontrar respostas para o que estava acontecendo, porque nenhuma pessoa normal começava a ter dor ao fazer sexo do nada. Fazia 4 meses que estava com Rony, tinham se acertado somente dois anos depois de toda aquela guerra maldita ter terminado, e não fazia sentido o que estava acontecendo. Hermione se levantou, tirando a fina camisola que usava e colocando-a no criado mudo, sem fazer barulho. Foi para o banheiro na ponta dos pés, verificando se Rony continuava dormindo, e trancou a porta. Ela se mirou no espelho, observando cada parte de seu corpo nu. Os seios medianos, a barriga lisa, o íntimo depilado e a pele alva de suas coxas. Engoliu em seco e começou a acariciar os seios com suavidade, os olhos abertos e a imagem imitando-a no espelho. Sentiu o corpo começar a esquentar e passou a respirar pela boca, os lábios entreabertos. Suas mãos foram descendo suavemente pela barriga, os dedos gélidos apenas roçando a pele e um suspiro baixo escapou com o toque. Ela ficou tentada a fechar os olhos quando seus dedos atingiram o umbigo, mas então a sensação de náusea começou. Ela engoliu em seco e forçou-se a continuar, os dedos roçando agora no clitóris. A náusea aumentou e um arrepio correu sua espinha, fazendo-a enrijecer o corpo. Seus dedos pararam e Hermione se apoiou no espelho com a outra mão; agora ofegava ligeiramente e seus olhos estavam arregalados. O que diabos estava acontecendo? Porque ela não conseguia chegar lá? Tornou a mexer os dedos, desta vez mais hesitante, pelo clitóris. Mas o tesão já tinha sido substituído outra vez e agora o medo se apoderava dela, tornando seu próprio avanço uma tortura. Ela se apoiou contra o espelho e não conseguiu mais, subiu a mão e escondeu-a com o corpo, como se fosse a prova de um crime. Agora as lágrimas escorriam pelas bochechas pálidas e ela mordeu o lábio inferior com força, porque sua vontade era gritar. Hermione virou-se e apoiou as duas mãos na pia, inclinando-se como se fosse vomitar. Respirava rapidamente pela boca e ergueu os olhos para seu reflexo no espelhinho de cima, deparando-se com uma mulher com a visível aparência de quem fora torturada. Ela inclinou a cabeça para a esquerda e passou o dedo sobre uma cicatriz fina que se encontrava em torno de sua orelha, como se a pele tivesse sido recosturada ali. Hermione piscou várias vezes e foi se acalmando, respirando fundo e encostando a testa no objeto frio. Aquilo tudo tinha começado no domingo, mas o que acontecera antes? Alguma coisa tinha desencadeado aquilo, tinha que ser. A morena ergueu os olhos e abriu o armário de remédios, pegando um frasco verde e pequenino nos dedos. No papel colado ao frasco, dizia: Tomar 1 comprimido de 12h em 12h. Hermione agitou-o, mas sabia que não havia nada ali dentro. Os comprimidos tinham acabado... no sábado anterior. Fazia quase uma semana que não tomava o remédio, ficara de ir buscar outra receita na segunda, mas não fora. Uma luz se acendeu em sua cabeça e ela mirou o frasquinho com os olhos apertados; Fazia 9 meses que tomava aqueles comprimidos por indicação de um médico do St. Mungus, mas assim que ele acabara pela quarta vez, ela decidira que já estava curada e não tomaria aquele remédio pelo resto da vida. Os comprimidos foram indicados por causa de um trauma da guerra que ela queria esquecer, e que o feitiço da memória por si só não era suficiente. O Dr. Connors, que era seu médico particular, lhe dissera que as lembranças que Hermione queria esquecer eram fortes demais para o feitiço, e que só com o auxilio do remédio seria possível mantê-las adormecidas. A morena largou o frasco na pia. Seria a falta do remédio que estava lhe causando aquelas sensações horríveis na hora do sexo? Mas se sim, porquê? O que tinha acontecido para que refletisse daquele jeito? Hermione sentiu outro arrepio correr sua coluna e procurou se acalmar. Ótimo, no dia seguinte iria até o escritório do Doutor e voltaria a tomar os comprimidos, e tudo voltaria ao normal. Ela só precisava voltar para a cama e dormir três horas de sono.
