Diclaimer: Os personagens a seguir não me pertencem (embora eu queira muito). A música também não me pertence, e peguei a letra no site vagalume.
You'll Be in My Heart
Ele estava cansado. Não era fácil ser auror no Ministério da Magia, mesmo sendo muito mais fácil do que a caça às Horcruxes. Se tivesse que ser sincero, ele até que sentia falta desses dias, quando podia passar o dia todo com ela, ao lado dela, e não em um escritório debaixo da terra.
Com um suspiro, dirigiu-se a uma das lareiras da direita e, uma vez na superfície, desaparatou até a porta da pequena, mas bela casinha que havia comprado perto de seus amigos.
Ele mal teve tempo de abrir a porta quando uma pequena massa de cabelos ruivos o abraçou pelas pernas.
-Papai! – Gritou a massa alaranjada.
-Oi, querida. – Disse ele e agachou-se para abraçar a filha com extremo carinho. – Onde está a mamãe?
-Tá na cozinha, acho. – Respondeu ela, sorrindo.
Antes que pudesse ir em direção ao cômodo indicado pela pequena, uma voz o chamou.
-Rony?
-Oi, amor. – Disse ele sorrindo ao ver sua mulher, aquela que ele tivera a imensa sorte de conseguir, parada na porta da cozinha sorrindo.
Hermione caminhou até onde estava seu marido, o ruivo que ela tanto amava desde seu primeiro ano na escola e depositou um suave beijo em seus lábios.
-Como foi o trabalho? – Perguntou ela e virou-se para voltar à cozinha.
-O de sempre. – Respondeu Rony cansado. Ele se jogou no sofá marrom da sala e sua filha correu para mostrar uma flor ao pai. – Estou realmente pensando em ajudar Jorge com a loja de logros e sair do Ministério. Seria uma mudança maravilhosa, chegaria em casa mais cedo e estaria menos cansado. O que você acha?
A menina encarou o pai com os grandes olhos azuis arregalados em confusão.
-Eu acho legal, papai. – Respondeu a menina, inocente.
Hermione riu da cozinha e Rony sorriu com a resposta da filha.
-Então está decidido, Rosie. – Ele disse e sentou a menina em seu colo. – Vou começar a trabalhar com tio Jorge.
Rose sorriu e continuou empenhada em mostrar a florzinha ao pai.
-x-
-Papai, eu tô com medo. – Disse Rose, que estava debaixo dos cobertores, encolhida, e olhava a todos os lados assustada.
-Medo do que, Princesa? – Perguntou Rony e sentou-se na borda da cama da filha.
-De monstros papai. – Ela respondeu e os olhinhos encheram de água.
Rony encarou a filha com uma expressão de conforto no rosto.
-Não se preocupe com monstros, Princesa. Eu e a mamãe estamos aqui do lado pra te proteger. Não vamos deixar nada acontecer com você.
-Mas quem vai proteger você, papai? – Perguntou a menina ainda mais assustada.
Rony entendeu o que a pequena ruiva queria dizer. Ela tinha medo de perder os pais, de perdê-lo. Diante deste pensamento, o ruivo reprimiu um sorriso e deu um beijo na testa da filha.
-Não se preocupe, querida. Nada vai acontecer. Eu prometo. – Ele disse e Rose fechou os olhos.
Rony foi até a porta e apagou as luzes do quarto antes de sair.
-x-
-PAPAAAAAAAAI! – Gritou Rose aterrorizada. Ela acabara de ter um pesadelo, o pior de todos os pesadelos: um cachorro de três cabeças, Cerberus* como ela ouvira a mãe chamar uma vez, corria atrás de seus pais e seu tio, que escapavam por pouco das garras do animal entrando em um alçapão ou coisa do tipo. Ela se forçara a acordar nesse momento. – PAPAAAAAAAAI!
Rony correu até o quarto da pequena seguido por Hermione, que estava fechando o roupão lilás por cima do pijama. Ele sentou-se na beirada da cama de Rose e ela o abraçou com toda sua força.
-Rosie. Shh... – Rony tentou confortar a filha, abraçou a menina e começou a acariciar os cabelos cobres de Rose. – Já passou, foi só um pesadelo. Está tudo bem.
Rose chorava desconsolada, os soluços cada vez mais constantes.
-Filha... – Hermione sentou-se ao outro lado de Rose, acariciando os cabelos da filha. – O que foi?
-Hermione, não força a menina. – Disse Rony com tom de bronca.
-Eu não estou forçando Ronald. – Respondeu Hermione com uma sobrancelha arqueada. – Só quero saber o que a assustou.
-Mas isso vai fazer ela se lembrar do sonho, não acalmá-la! – Rony disse e sua voz saiu um pouco mais alta do que deveria.
Um choro agudo foi ouvido do corredor. Hermione suspirou e olhou para Rony, que tentou dizer com os olhos que ficaria para cuidar de Rose.
-Não acredito que o Hugo acordou agora! – A mulher levantou-se e saiu do quarto às pressas.
Rony continuava abraçando a filha, que já parava de chorar.
-Rosie, você se lembra de quando você era um bebê, que o papai cantava uma música pra você toda noite antes de você dormir? – Perguntou Rony com voz doce.
Rose levantou os olhos azuis cheios de lágrimas e olhou para o pai. Lentamente, ela fez que não com a cabeça.
Rony sorriu.
-Você quer que eu cante agora? – Perguntou o ruivo e a menina simplesmente balançou a cabeça em sinal de afirmação.
Rony pegou a varinha e agitou-a. Segundos depois, um violão voou para dentro do quarto e parou em suas mãos.
-Deita ai. – Disse ele e Rose deitou-se outra vez.
Rony se preparou e começou a tocar uma melodia bastante bonita no instrumento. Depois, começou a cantar. (A/N: You'll be in my heart, Phill Collins)
Come stop your crying
It will be all right
Just take my hand
Hold it tight
I will protect you
from all around you
I will be here
Don't you cry
(Pare de chorar
Tudo ficará bem
Apenas segure minha mão
E segure-a forte
Eu protegerei você
De tudo que te cerca
Eu estarei aqui
Não chore)
For one so small,
you seem so strong
My arms will hold you,
keep you safe and warm
This bond between us
can't be broken
I will be here
Don't you cry
(Para alguém tão pequeno
Você parece tão forte
Meus braços irão te segurar
Te deixando seguro e aquecido
Esta ligação entre nós
Não poderá se quebrar
Eu estarei aqui
Não chore)
'Cause you'll be in my heart
Yes, you'll be in my heart
From this day on
Now and forever more
You'll be in my heart
No matter what they say
You'll be here
in my heart always
Always
(Porque você estará em meu coração
Sim, você estará em meu coração
Desse dia em diante
Agora e para sempre
Você estará em meu coração
Não importa o que eles digam
Você estará aqui
Em meu coração sempre
Sempre)
Rony terminou e olhou para a filha adormecida tranquilamente no meio dos cobertores. Ela era linda, sua menininha. Ele realmente a amava mais do que a si mesmo. E não queria saber de nenhum pretendente idiota que viesse tentar tirá-la dele. Mas por enquanto não precisava se incomodar com esse tipo de pensamentos. Por enquanto ela ainda era sua garotinha, que recorria a ele por causa de pesadelos.
Rony tirou uma mecha de cabelo ruivo que estava no rosto de Rose e depositou um beijo na testa da menina.
Ele se levantou com cuidado para não despertá-la e encontrou Hermione parada na porta do quarto.
-E você disse que essas aulas de violão não serviriam para nada quando tivéssemos bebês. – Disse ele e beijou a esposa levemente antes de levá-la para o quarto.
A/N: Eu tive a ideia para essa pequena fic quando escutei a música do Phill Collins anos depois de ter visto o filme. (Sei que vai parecer heresia, mas eu tinha até esquecido dessa música!) Originalmente, ia fazê-la do Harry com o Teddy, mas eu queria mostrar o lado fofo e paterno do Rony. Sei lá, acho que são só ideias loucas minhas, mas achei bem legal.
Espero que gostem!
Bella