Olá, mais uma fanfiction Remodora da Mel Thewlis, não? *-*

Os personagens não pertencem a mim, ok? Não ganho nada com eles, apenas diversão e sonhos tornando-se palavras. Se me pertencessem, Remo, Ninfadora, Sirius e Fred não teriam morrido (raiva de você, J. Killer) u_u

Outra observação rapidinha: o título e os trechos presentes durante a historia, pertencem a musica Dejame Ser – Dulce Maria. Recomendo que ouçam a musica durante a leitura, ou apenas leiam a letra e/ou a tradução.

Espero que apreciem a fanfic e gostem de lê-la tanto quanto eu estou gostando de escrevê-la! \õ/

Kisses, Mel Thewlis 3

Grimmauld Place, n. 12. Ano de 1995

Voldemort havia regressado. Aos poucos, a paz ia se dissolvendo no ar, até que não restasse nada mais. Nesse meio tempo, Tonks sentia-se diferente quando Remo estava por perto: sentia-se mais segura, mais firme, mais confiante, mas ao mesmo tempo sentia-se bastante boba, infantil, como se desejasse chamar a atenção do lobisomem para si.

Ambos já sabiam do amor sentido um pelo outro - assim como todos ao seu redor -, porém Remo não se deixava levar por esse amor, alegando ser velho demais, pobre demais e perigoso demais para a garota dos cabelos rosados. Ela já havia dito que não se importava com nenhum dos itens citados por ele, dizendo que eram motivos bobos, que poderiam superá-los. O problema era que o lobo não queria ceder à maior tentação de sua vida: Ninfadora Tonks.

- Hey, Tonks! – chamou ele.

- Sim, Remo? – ela o responde, sempre com aquele olhar esperançoso.

Estavam somente os três na casa – Remo, Tonks e Sirius – e por isso ele tomou a iniciativa, pois sabia que seu melhor amigo o apoiaria em seus atos e decisões, e ainda não passaria com cara de bobo na frente de todos os outros.

- Bem... eu estava pensando se, por acaso, você não gostaria de sair algum dia desses? Por exemplo, algum dia em que haja alguém em casa para cuidar de Sirius...

- Eu ouvi isso, Remo "Poodle" Lupin! – gritou Sirius, da sala de estar, e sua voz chegou firme e alta até a cozinha, onde Remo e Tonks conversavam tranquilamente, até que ele se pontificou a fazer o convite.

- Não tem problema, Sirius "Saco de Pulgas" Black! Realmente era pra você ter escutado!

- Ah, já entendi como vocês dois se amam... – riu-se Tonks

- Isso vem desde a escola, priminha! – respondeu Sirius, dirigindo-se até a cozinha – Desde sempre esses apelidos carinhosos circularam entre os marotos.

- É, percebe-se. – Tonks parecia chorar de tanto rir dos dois.

- Mas sério. Eu fiquei magoado agora, Remo, por você ter me chamado de saco de pulgas. – disse Sirius, fazendo sua melhor imitação de cachorro sem dono, o que, obviamente, ficou bem convincente.

- Ai, que meigo esse cachorrinho – disse Tonks, apertando as bochechas de Sirius, momentos antes de este transfigurar-se num enorme cão preto e sentar-se ao lado da prima, apoiando a cabeça ao colo dela.

- Pronto, Sirius? Pode terminar logo com essa ceninha?

- Ah, Remo! Deixe-o, é tão fofo! – pediu Tonks, acariciando a cabeça e as orelhas do cão.

- Não, priminha. – disse Sirius, voltando à forma humana e respondendo a prima. – O Sr. Lupin sempre foi muito certinho, nunca gostou de brincar, de rir...

- Ah, pronto. Demorou pra começar o drama, não, Sirius? – perguntou Remo, um pouco o repreendendo, um pouco rindo do amigo.

- Nem demorei, Remo. Até achei que foi cedo demais... Mas, de qualquer forma, vou deixar de incomodar os pombinhos, ok? Vou voltar pra sei lá o que eu estava fazendo, até já esqueci.

- Estava dormindo, Sirius?

- Caramba, Remo. Parece mesmo que nos conhecemos há um bom tempo. Mesmo sem ter visto sabe exatamente o que eu estava fazendo! – respondeu o animago, com um tom sarcástico.

- Nem precisa te conhecer o tanto que eu conheço pra saber isso, pulguento.

- Humpft, está bem. – e saiu da sala, rindo-se.

- Mas então, Tonks, o que acha do contive?

- Pode ser, eu gostei da ideia.

- Certo então. – Remo sorri, e fica sem jeito para continuar, puxar algum outro assunto. Em resposta igualmente encabulada, Tonks sorri também.

- Er... Remo?

- Sim?

- Posso fazer uma pergunta?

- Tecnicamente você já fez, mas eu deixo você fazer outra.

- Ha, ha, ha, três vezes "ha" pra você, Remo. – disse Tonks, com olhar e voz irônicos.

- Ta, o que você precisa?

- Eu, bem... eu queria saber por que exatamente você nunca se entregou a um amor? Se não quiser responder, não tem problema.

- Olha, não é que eu nunca tenha querido, me entende? – ele começou a falar, e ela apenas concordou com um aceno de cabeça. – Eu tive algumas namoradas em Hogwarts. Uma delas, chamada Annabeth, foi a que eu mais gostei, quase a única de que eu me lembre. Eu até cheguei a pensar em largar tudo pra vivermos juntos, ela inclusive sabia da licantropia, e apesar do receio que ela sentia, ela dizia que nós poderíamos superar qualquer coisa, porque nós realmente nos amávamos. – algumas lágrimas encontraram permissão para escorrerem pelo rosto cicatrizado do lobisomem.

"Até que um dia Annabeth estava indo até a minha casa, e na porta de minha casa se lembrou que era noite de lua cheia, e que seria melhor que estivesse longe de mim, pela própria segurança, já que naquela época não existia a Wolfsbane. O problema é que eu a vi antes que ela desse meia volta, e quis atacá-la. A sorte maior de nós dois, foi que Sirius estava nesta noite comigo, e pôde me segurar."

Nesse momento, Sirius que havia retornado à cozinha e estava recostado ao vão da porta suspirou. Remo viu o amigo pelo canto do olho e continuou a falar.

- Porém, mesmo assim eu consegui arranhá-la no braço direito.

Tonks olhava para ele assustada com o que ouvia.

- Mas ela não se machucou mais que isso? – perguntou a metamorfomaga.

- Infelizmente sim, apesar de não ter sido nada muito grave. Mas na manhã seguinte, quando acordei, Sirius me contou o que havia acontecido e eu fui atrás dela, ver se estava bem. O braço dela havia se deslocado e ela ainda sentia muita dor. Apesar de ter dito pra que eu não me sentisse culpado, ela falou que era realmente melhor que terminássemos o namoro: ela percebeu que era perigoso ter um relacionamento tão próximo a um lobisomem. – Remo suspirou antes de continuar – Então depois dela, não me relacionei dessa forma com mais nenhuma mulher.

- Ah... Remo, eu... sinto muito, pela Annabeth – disse Tonks, pausadamente, sentindo-se emocionada e ao mesmo tempo triste com a historia dele. Esticou os braços por cima da mesa e segurou as mãos de Remo entre as suas.

- Tudo bem, eu superei a falta de Annabeth...

- Foram mesmo bem tristes aqueles dias – começou Sirius aproximando-se, ao que Tonks soltou as mãos de Remo e voltou à postura, corando. – Mas sabe como é o nosso amigo Remo aqui, não é, priminha? Aprendeu a lidar com a solidão tão facilmente que até assusta. – Sirius apoiou os braços sobre o ombro do amigo, fazendo uma voz de piedade para Remo.

- Ah, Sirius, dá um tempo, vai! – o lobisomem tirou os braços do amigo de sobre os ombros e riu-se. – Não seja tão dramático.

- Você que toda a vida foi dramático, Remo! Não sei por que está me repreendendo agora!

- Eu... – Remo tentou se explicar – Ah, deixa pra lá.

- Ei, interrompendo os dois aí, mais alguém além de mim está com fome? – perguntou Tonks rindo.

- Eu estou. – respondeu o lobisomem. – E você, Sirius?

- Sempre, não é mesmo?

- Então vamos ver o que há nesta cozinha pra fazer de jantar. – disse Remo, levantando-se.

- Olha, Remo... se tiver comida já está muito bom!

Então, deixando as lágrimas secarem por si só sobre seu rosto, Remo preparou algo para comerem antes de dormir.