Pinky Swear

Título: Pinky Swear – Promessa de dedinho.

Autora: kharizzmatik.

Tradutoras: Beatriz Vieira e Irene Maceió

Beta: Ana Paula Pascuim

Sinopse: Bella sempre soube que amava seu melhor amigo, mas ela não se lembra do quanto até descobrir que ele está noivo. Até que ponto ela irá fazê-lo ver que ele está se casando com a mulher errada? Uma história sobre encontrar o seu coração e perder a sua cabeça.


Os personagens pertencem à Stephenie Meyer, a história à kharizzmatik, a mim cabe apenas a tradução.


Prólogo.

"O amor faz você fazer coisas loucas, coisas insanas, coisas que em um milhão de anos você não se veria fazendo, mas lá está você fazendo." – Wicker Park

Tradutora: Beatriz.

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Eu não conseguia ver.

Eu não queria dizer isso como uma metáfora cega para classificar a realidade da situação, embora eu tenha certeza que alguns provavelmente alegariam que eu estava um pouco delirante. Eu queria dizer isso literalmente – eu não conseguia ver, porra.

Eu tinha certeza de que eu estava acordada. Ou pelo menos, malditamente certa, de qualquer maneira. Estava escuro e meus olhos ardiam, como se alguém tivesse atirado ácido neles e isso estivesse corroendo minha carne. Merda. Eu pisquei rapidamente, tentando limpar minha visão, mas isso só piorou a situação. Era como jogar gasolina em um incêndio, explodindo dor direto para a parte de trás do meu crânio.

Minha cabeça... porra, isso doía. O martelar era constante, quase rítmico. Thump-thump. Thump-thump. Eu queria arrancá-la, retirar do meu pescoço apenas para fazer essa coisa parar. Eu gemia, mas fazer isso doía também. Minha boca estava seca e minha garganta estava arranhada, tornando difícil engolir. Parecia sensível, como se eu tivesse gritado durante horas.

Merda. E se eu tivesse? Eu não conseguia lembrar.

Eu mudei de posição, a dor indo da minha cabeça aos meus pés. Parecia que ela corria para o fundo dos meus ossos. Cada centímetro meu estava dolorido. Meu primeiro pensamento foi que eu tinha sido atropelada por um caminhão, ou talvez espancada com um taco de beisebol. Músculos que eu nem sabia que eu tinha doíam. Eu me sentia como um morto.

Porra, eu estava morta?

Não, nem mesmo a morte poderia me fazer sentir tão mal.

Eu estava deitada em algo que suspeitava ser uma cama, mas definitivamente não era a minha. Era dura e irregular, com molas salientes em minhas costas. Rolei para o meu lado e precisei de algum esforço, mas consegui me puxar para cima e me sentar.

E foi aí que o mau cheiro me atingiu. Deus, era horrível. Cheirava a pura bunda. Eu fiz uma careta e olhei em volta na escuridão para a origem do fedor, mas depois de um momento me dei conta de que... era eu.

Jesus, eu fedia. Que diabos?

Eu estava suada, e tinha uma camiseta enorme grudada na minha pele. Era estranha, preta com algum tipo de logotipo amarelo pequeno no peito que eu não conseguia distinguir. Ela caía quase até os joelhos, indo direto para as pernas nuas. Eu estava seminua. Onde diabos estavam as minhas calças?

Confusa, eu deslizei para a borda da possível cama, e me levantei. Meus joelhos estavam fracos e as minhas pernas tremiam, mas consegui ficar em pé. Náuseas agitavam o meu estômago e eu estava tonta, tentando ignorar a dor aguda. Eu me sentia em meio à escuridão, tropeçando nas coisas que se espalhavam por todo o chão e correndo para alguma coisa, quase a derrubando. Eu encontrei uma espécie de abajur pequeno e liguei o interruptor para ligá-lo, me encolhendo quando a luz se infiltrou na sala a minha volta. Era muito forte e fez o martelar na minha cabeça se intensificar, me deixando tão perdida como quando eu estava no escuro.

Depois de um momento meus olhos começaram a se ajustar à luz. A minha visão ainda estava turva, tudo era como um borrão, mas eu podia finalmente ver ao meu redor. O quarto era pequeno, as paredes tinham uma cor de vômito. Havia um espelho na minha frente e eu olhei para o meu reflexo, horrorizada. Eu parecia como se tivesse levado um soco em ambos os olhos e meu cabelo estava enrolado e reto em alguns lugares. Eu tentei alisá-lo tendo um vislumbre de algo em meus pulsos quando eu o fiz. Eu rapidamente olhei para as minhas mãos, vendo fracas contusões e alguns arranhões nas minhas palmas. Parecia quase como queimaduras de corda.

Mas que porra?

Eu estava esfregando um dos meus pulsos, confusa, quando houve alguns ruídos sutis atrás de mim no quarto. Eu pensei que os tinha imaginado em primeiro lugar, até a cama ranger e eu me virar, quase caindo na minha pressa. Tudo ainda era confuso, mas eu podia vagamente distinguir um corpo deitado na cama. Ele estava envolto em um edredom florido horrível, com longas pernas peludas saindo do fundo do mesmo e sobre a extremidade.

Meu coração começou a correr loucamente quando eu entrei em pânico, minha respiração superficial. Eu senti como se estivesse prestes a desmaiar. Havia um homem. Na cama. Comigo.

E eu não estava usando calças.

Puta merda, o que eu fiz?

Minha mente era um turbilhão de perguntas, enquanto eu tentava voltar a pensar e dar sentido a tudo. Lentamente, como se estivesse me insultado, as últimas vinte e quatro horas começaram a se tornar mais claras. Era como se um véu fosse levantado, os meus pecados em exposição para o mundo ver. Eu tinha feito alguns esquemas ridiculamente mesquinhos nas últimas semanas, criando o caos em nome do amor, mas nenhum deles correspondia ao que eu tinha feito na noite anterior.

Não, não volte deste ponto.

Eu apertei os meus olhos fechados, desta vez agradecendo a escuridão. Desta vez, desejando que eu realmente estivesse dormindo. Porque quando isso voltasse para a realidade... Eu simplesmente não poderia mais ver.

E foi aí que eu senti. Quando a pontada de remorso começou a borbulhar dentro de mim.

Como diabos eu tinha me deixado chegar tão longe?


Oii!

Pois bem, eu tenho a autorização para traduzir essa fanfic há um ano, se não me engano - ou quase isso -, mas venho enrolando, e enrolando, desde então. Até que a Irene aceitou dividir a tradução comigo e cá estamos nós, rs*

Pinky Swear – ou, Promessa de dedinho – é baseada no filme "My Best Friends Wedding", porém, embora tenha a mesma ideia do filme, não é idêntica ao mesmo. Tem cenas iguais as do filme, falas, elementos, mas – como a autora gosta de ressaltar, e para a felicidade dos que já viram o filme – o final não é igual.

PS é uma das histórias que estão na minha listinha de preferidas, é gostosa de ler, engraçada, e angustiante em alguns momentos, mas nada que chegue ao ponto de querer arrancar os cabelos, rs*

Espero que vocês também gostem de Pinky Swear, e, se assim for, deixem um comentário me contando o que estão achando, certo?

Beijos, e até o próximo capítulo!