N.A: Nenhum dos personagens abaixo me pertencem e eu não passo de uma fã. 8D

........................................................................................................................................................

Arthur Kirkland via-se em casa num sábado a tarde. Não é que não tivesse nada o que fazer , é claro – O pessoal da União Européia, pelo menos os mais chegados, insistiram para que ele saísse nesta tarde de verão tão intensa. Dessa vez era a Espanha quem convidara para passar o final de semana em sua casa de praia, no Mediterrâneo. Afinal, na próxima segunda-feira 6 de julho aconteceria mais uma reunião entre os países para discutir a recente crise... americana.

O inglês solta um suspiro. Era só o que faltava mais uma crise de 29 em pleno século XXI. Aquela criança nunca aprende mesmo.

A poltrona em que repousava, sob uma brisa gostosa vinda da janela semi-aberta, parecia confortável demais para pensar em sair dali. O chá ainda estava quente em sua xícara. Há quem lhe julgasse por tomar um líquido tão quente no ápice do verão. Santa Ignorância... Quanto mais quente o líquido, mais quente o corpo fica – menor a distância de temperatura entre o corpo e o ambiente, menor o esforço para se adaptar. Física termométrica básica.

"Eu não quero essa água suja fervendo! Eu quero limonada com gelo antes que o meu corpo frite nesse calor!"

A voz da 'criança' ecoou pela casa vazia. Arthur olhou em direção ao corredor, prestes a relembrar a cena de mais de 200 anos atrás. Foi salvo pelo telefone.

Levantou-se de má vontade, rumo ao objeto histérico na mesinha de centro decorada. Atendeu.

"Inglaterra, esta é o último pedido formal que lhe damos! O próximo será a invasão de sua casa."

Arthur ergueu as grossas sobrancelhas.

"Francis, você chega a extremos irritantes quando quer."

"Artie, Artie! Veja bem! Preciso lhe lembrar das maravilhas do Mediterrâneo? Preciso te lembrar que estas maravilhas estão totalmente inclusas no generoso bolso de Antonio?"

"Eu já sei, Francis, eu já sei. Mas eu tenho algumas questões a resolver aqui ainda... Não posso sair."

O tom do francês deixara o melosidade de sempre, tornando-se mais sóbrio e hesitante. "Não posso deixar você em casa hoje, Arthur."

Silêncio.

"Por favor, deixa a gente te buscar."

"Bom passeio, Francis." Arthur desligou o telefone friamente. Volta para a poltrona, mas, no meio do caminho, a televisão LCD lhe chama a atenção.

Ele saberia exatamente o que assistiria num dia como hoje naquela televisão. Mesmo assim não foi capaz de não ligá-la. Como todos os anos.

A BBC International não lhe desapontou.

"Nesta noite acontecerá, de acordo com a patrocinadora Macy's inc, a maior queima de fogos já realizada pelo país. São mais de 25 toneladas de fogos de artifícios, o que supera o Reveillon de Nova York do ano retrasado, um recorde mundial de 23,5 toneladas. Adrian Steppers, o mais recente sub-diretor da acessória de eventos da Macy's, diz que o 4 de julho é, para os americanos, uma data de importância sem igual; por isso a empresa não hesita em gastar alguns milhões de dólares neste evento.

Uma das redes televisivas mais importantes do País, ABC, preparou uma programação exclusiva para instruir o povo americano da importância desta data. O diretor geral..."

Arthur assistia ao canal com um sorriso de desgosto involuntário. A importância da data para os americanos...

Engraçado como aquele comentário em qualquer outro dia lhe deixaria solidário, indiferente. Afinal, já se passaram dois séculos, veja bem. Mas aquele comentário aliado à data de hoje conseguia...

Whatever.

O inglês desligou a televisão e foi caminhar pela casa. Mal sabia ele que os passos o direcionavam pro armário de madeira clássico do período Arts and Crafts onde guardava suas garrafas mais finas. Abriu a porta de vidro moldurada de madeira como quem abre a porta da geladeira pra pensar, mas o olhar captou o Whisky que ganhara de presente de Gilbert – sim, já fazem alguns aninhos. Os séculos deixaram a bebida maravilhosa. Encheu um copinho de dose e o virou. Não dava nem para fazer careta. Ah, Prússia... dava até saudade das Guerras daquela época. Pareciam tão inocentes perto das guerras de hoje. Guardou a garrafa e pegou outra qualquer, mais nova. Voltou para a poltrona.

Tudo começou tão de repente, pensou Inglaterra.

...................................................................................................................................................

Eu confesso que tive uma inspiração bem forte pra escrever isso daqui. #[vejanocapitulo4]

É um dos momentos que eu mais gosto da relação dos dois, o que entrará no próximo capítulo. Por que eu adoro barraco e drama e choro e e e ./////. Uhauhauhahuah

EU NÃO SEI MEXER NISSO DAKI ¬¬