Começar de Novo
Este fic se baseia a partir do ep. 159 do anime. Após novamente todos se encontrarem com Kikyou, InuYasha age como sempre na frente daquela que lhe balança. Kagome já arrependida de tê-la salvo mais ao mesmo tempo feliz pelo seu amado hanyou estar contente, está prestes a descobrir o porque de ter ido a era feudal e também o porque de ter gerado a jóia. Vamos entrar agora no mundo de "Começar de Novo". Espero que gostem.
Otaku-IYTodos os direitos pertencentes a Takahashi-sensei. ()
PS: As aspas nas falas e em demais trechos demonstram pensamentos.
Cap. 1 – Difícil Decisão
Enquanto voltavam ao vilarejo, o grupo estava naquele silêncio há algum tempo. Shippou já levara uns cascudos de InuYasha por falar "demais". Haviam mais uma vez presenciado o encontro entre InuYasha e Kikyou, e depois deste a tristeza de Kagome. Tristeza essa que não era igual as das outras vezes. Desde o encontro, a colegial não falava. Nem mandara InuYasha sentar, nem lançara-lhe um olhar triste. Todos estranhavam isso.
- Kagome-sama, a senhorita está bem? – bradou Miroku.
- ...
- Kagome, estamos chegando – falou Sango balançando a amiga que viajava com ela em Kirara.
- Estou vendo Sango. Assim que chegarmos, gostaria de falar a sós com a senhora Kaede. Tenho uma coisa séria a perguntar a ela. – disse com o olhar melancólico.
- O que seria tão importante a ponto de nós não pudermos escutar Kagome? – retrucou InuYasha.
- Algo que vocês só saberão depois dessa conversa. – respondeu com a franja lhe cobrindo os olhos.
Todos se entreolharam. Afinal, aquele ar de mistério não era típico de Kagome.
Chegando ao vilarejo todos seguem para a casa de Kaede que logo notou o clima e imaginando o porque dele, disse:
- Vamos comer. Fiz um delicioso ensopado.
- Vovó Kaede, gostaria de falar a sós com a senhora. – disse Kagome.
- Agora minha filha?
- Sim. Tem que ser agora. – lançando um olhar sério – E queria que fôssemos a Goshin Boku.
- Está bem.
Enquanto a idosa sacerdotisa e a colegial saem da cabana, todos se lançam olhares. InuYasha de repente se levanta.
- Volto daqui a pouco.
- Espere InuYasha. – disse Miroku saindo juntamente com ele.
- O que quer?
- Você vai a floresta atrás delas?
- Mas é claro que... Espere, o que você tem que ver com isso?
- InuYasha, deixe a senhorita Kagome e a senhora Kaede conversarem sozinhas. Não vá escutá-las.
- Mas ...
- InuYasha, vou te perguntar uma coisa. Hoje se você tivesse que se decidir por uma das duas, com qual delas você ficaria? Com a Kagome ou com a Kikyou?
- Não sei. – respondeu a Miroku cobrindo os olhos com a franja – Ao mesmo tempo que vejo a Kikyou sinto que quero ficar com ela, mas quando vejo a Kagome de novo fico indeciso. Não sei que caminho seguir nem que decisão tomar. Não quero machucá-las.
- InuYasha, eu sei como se sente. Mas faça o possível para se decidir logo, pois quanto mais você demorar, a Kagome, a Kikyou e você mesmo sofrerão com isso. Não demore tanto a se decidir InuYasha, pois o tempo pode levar de você a felicidade que estava ao seu alcance.
- ... Eu sei. – disse isso se dirigindo a cabana novamente.
------------------------------------Na Goshin Boku-------------------------------
- Pode começar minha menina.
- Sabe vovó Kaede, minha mãe sempre me disse que essa árvore cuidava de nós – alisando a árvore – ela diz também que quando estivermos com problemas ou quisermos lembrar de algo bom, devemos nos aproximar da árvore pois ela nos mostrará o que não conseguimos ver com o coração. Esta árvore para a minha família representa não só um "apoio" mas também lembranças e para mim não seria diferente.
- Kagome, o quê...
- Deixe eu terminar... Tem lembranças tristes e alegres. Mas a mais presente de todas e para mim mais alegre, foi a de quando eu conheci InuYasha. Não é segredo para ninguém que o amo, só ele mesmo que não enxerga ou finge não enxergar com medo de me machucar. Isso é uma coisa que sinto como Higurashi Kagome e não como reencarnação de Kikyou.
- Kagome – repetiu a senhora – onde você quer chegar?
- Bem, InuYasha deve ter contado que fui eu quem salvou a Kikyou do veneno de Naraku. Mas depois de ter feito isso e ter visto a alegria dele em saber dela, confesso que me arrependi. A salvei para que ele ficasse feliz.Pensar nele assim é uma coisa, vê-lo é outra. Qualquer um que tenha visto o que eu vi e sentido o que eu sinto, teria reagido assim. Afinal, sou humana.
- Mas o que você viu?
- Eu vi vovó Kaede.- esconde os olhos com a franja - Vi o dia em que ela morreu. Vi que só existo e que só gerei a jóia por causa da tramóia armada por Naraku. Se aquilo não tivesse acontecido eu nem sequer existiria. Mas desde aquele dia, tenho visto ou melhor me lembrado de coisas que já "vivi" mais que não lembro exatamente. Ainda: sabe aquele ferimento que se abriu quando a Shikon no Tama saiu de meu corpo? Não sei se é porque a Jóia está para se completar, ou se é a batalha final que se aproxima mas ele se abriu novamente – falou levantando a blusa para que Kaede visse o ferimento.
- Mas como isso foi acontecer? Esse ferimento já se fechou a tanto tempo. Há não ser que...
- Há não ser que...
- Kagome, depois de ter salvo minha irmã, tem visto ou sonhado com cenas de uma batalha?
- Pensando bem... Sim. Todas as noites. Cada vez o sonho fica mais visível.
- E quem está nessa batalha?
- Uma dessas pessoas com certeza é uma mulher que é muito parecida comigo, e a outra, não é bem uma pessoa e sim muitos youkais unidos em um só. Me lembro agora que quando conhecemos Sango ela nos levou a caverna de Midoriko e nos contou sobre uma batalha...
- Meu Deus! – disse ficando pálida e se sentando.
- Vovó, o que a senhora tem?
- Kagome tudo indica pelo sonho que você não é simplesmente a reencarnação de minha irmã. Eu já suspeitava disso desde o dia em que a Urasue a ressuscitou e você tomou sua alma de volta. Primeiro pensei que isso se devesse a bruxaria, mas depois vi que não era isso.
- Como assim?
- Você além de ser reencarnação de Kikyou, ao que tudo indica, é também a reencarnação de Midoriko. A sacerdotisa que criou a jóia.
- Mas como pode? Eu não possuo poder algum!
- Ter tem. Só não sabe usá-lo.
- Entendo. Eu poderia suspeitar de algo assim, afinal quando fui a caverna dela, senti como se já estivesse estado lá. Agora sabendo de tudo, quero voltar lá. A senhora poderia me acompanhar?
- Claro, mas por quê você não chama InuYasha e os outros?
- Não,vovó Kaede, se isso que conversamos aqui se confirmar, não quero envolvê-los nisso. – com o olhar de repente ficando profundo e triste, assustando Kaede – E o InuYasha tem que aguardar um pouco mais. O fim já está próximo. Logo ele poderá viver feliz com quem escolher. Seja comigo, seja com Kikyou.
- Kagome... Então o que fará agora?
- Primeiro falarei com eles. Por enquanto, não viajarei mas em busca pelos fragmentos. O tempo que ficar aqui com a senhora, gostaria de treinar um pouco meus poderes.
- Podemos fazer isso sim. A dúvida é, seus amigos e principalmente InuYasha aceitarão isso? Você pretende dizer a eles a verdade?
- Não sei se terei coragem, mas pretendo dizer a verdade sim.Quando já estiver no patamar de Kikyou, quando meus poderes realmente rivalizarem os dela, eu serei capaz de derrotar Naraku. Por enquanto, quero apenas que a senhora me ensine o que puder.Está bem?
- Sim. Está bem.
- Certo, agora vamos voltar. Eles já devem estar preocupados – "Não sei se até a batalha final ainda estarei viva. Naraku com certeza já deve saber de algo sobre isso, se não, por quê ele teria tanto medo de mim?" pensou Kagome.
Ambas agora se dirigiam ao vilarejo...
-------------------------------------No Vilarejo-------------------------------------
- Argh! Onde estão aquelas duas? – retrucava InuYasha.
- Você não precisa ficar assim... Afinal, a Kagome foi conversar com a vovó Kaede. Não é para você ficar com ciúmes seu bobo...
- Cala a boca pirralho!
- InuYasha seu...
- Será que vocês não conseguem ficar um tempo sem brigar a não ser que eu esteja por perto?
- Kagome!!! – gritou Shippou já pulando em cima daquela que considerava sua mãe.
- Pessoal, tenho uma coisa importante a dizer.
- Kagome você parece triste. Algum problema? – perguntou uma preocupada Sango.
- Não é exatamente um problema Sango. Só uma coisa que eu suspeitava e agora descobri que realmente ela era verdade.
- Kagome – sama, você já está nos deixando preocupados. – bradou Miroku.
- Kagome – diz InuYasha com uma voz que não é seu normal, uma voz que demonstrava preocupação e até uma certa tristeza – está acontecendo algo?
- Bem eu... "Aiaiai, eu não vou conseguir..." ... Pessoal, eu não vou, pelo menos por enquanto mais viajar com vocês. Tenho que ficar aqui com a vovó Kaede.
- Ora, mas por quê? Você não tem nada a fazer aqui. A não ser que queira voltar escondida a sua era....
- Se fosse só isso InuYasha. O motivo pelo qual ficarei aqui é que terei que treinar com Kaede. "É agora..." Desde que salvei Kikyou do miasma de Naraku, venho tendo visões e sonhos que não eram exatamente sonhos, mas lembranças de uma batalha que já lutei. Uma batalha na qual a Shikon se formou.
- Mas Kagome isso é impossível. Você não está dizendo que está sonhando com a batalha de Midoriko está? A batalha que aconteceu na aldeia onde viviam os exterminadores de youkais ... – disse um assustado monge.
- Não, não é impossível. E é dessa batalha sim que estou falando ...
- Kagome isso significa que você é... – atordoada falou Sango.
- Sim Sango. Tudo indica que sou a reencarnação de Midoriko...
Dito isso ninguém nem InuYasha pode deixar de se sentir assustado...
Continua...
Bem pessoal, demorou mas aí está o cap. 1 da minha nova fic... Meus planos para ela são de uma fic não muito longa. Mais ou menos 15, 16 capítulos. Essa fic terá um universo mais sombrio que a outra mas nem por isso, menos romântico... Espero que vcs a curtam...
Abraços,
Otaku-IY
Ateh o cap. 2 ( Onde tudo começou)
