Kurenai estava no cemitério de Konoha, em frente ao túmulo de Asuma, chorando.
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- Você me ama? - perguntei à Asuma, com meus olhos já marejados.
- É claro que eu te amo - Asuma respondeu acariciando minha bochecha direita.
- Promete que nunca vai me deixar? - grossas lágrimas já rolavam de meus olhos.
- Prometo - selou nossos lábios em um selinho demorado, passando seus dedos pelos meus cabelos.
- Você pelo menos cumpriu sua promessa - falou passando as mãos em sua barriga. Sorriu.
Kurenai depositou as flores que carregava em cima do túmulo de Asuma e se encaminhou para o Hospital de Konoha.
- Olá, Sakura! - Cumprimentou ao avistar a ninja médica.
- Oh olá, Kurenai-sensei. Veio fazer os exames?
- Sim.
- Me acompanhe por favor.
Andaram por alguns corredores até chegarem numa sala grande, branca e bem equipada.
- Vá até aquela porta e coloque a bata, sim? - Kurenai fez o que foi pedido e voltou instantes depois. - Deite-se, por favor. - Sakura pediu.
A Yuuhi deitou-se calmamente. O peso da barriga de seis meses não permitia muito esforço.
Sakura ergueu a blusa de Kurenai e espalhou o gel gelado e incolor pela barriga da morena com um aparelho específico, iniciando assim, o exame. Cerca de um minuto depois apontou para o monitor à sua frente.
- Está vendo? É uma menina - A Haruno disse sorrindo.
Kurenai deixou finas lágrimas escaparem de seus olhos.
- Asuma ficaria tão feliz! - A mulher não se conteve; abraçou Sakura aos prantos.
- Tenho certeza que sim. - A rosada disse contendo as lágrimas.
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Entrelacei nossas mãos e encostei minha cabeça em seu peito suado e desnudo.
- Eu te amo - disse Asuma.
- Também te amo - sorri.
- Kurenai... Você teria filhos comigo? - perguntou receoso.
- É claro que sim! - dei-lhe um beijo calmo, porém caloroso.
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Kurenai deu um grande sorriso e foi se deitar para dormir.
Dois meses depois
- AHHH! - Kurenai gritou sentindo uma dor latente em seu ventre. Um líquido escorreu pelas pernas da morena.
- O que foi? - Shikamaru, que estava acompanhado da morena, perguntou.
- A bolsa estourou! - A jounin disse reprimindo um grito de dor.
Shikamaru saiu em disparada em direção ao Hospital de Konoha carregando Kurenai no colo.
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- O que aconteceu? - Shizune, que estava na recepção do hospital, viu quando o Nara entrou com a Kurenai no colo.
- A bolsa dela estourou!
Kurenai conteve mais um grito de dor.
- Chamem a Sakura, rápido! Sala A-13. - Shizune ordenou para algumas enfermeiras - Shikamaru-kun, deite a Kurenai-san nesta maca, rápido!
Shizune empurrou a maca pelo longo corredor do hospital, até chegar à sala onde seria realizado o parto.
Shikamaru resolveu não atrapalhar. Saiu do hospital e foi procurar o Time 8.
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Na sala do parto, Kurenai gritava e se contorcia de dor.
Já estava há horas nisso.
- Calma, o bebê está vindo, eu a vejo - Sakura disse. Estava exausta, mas não podia desistir, não agora.
Ino segurava a mão da grávida em sinal de apoio, enquanto tentava acalmá-la.
A Yuuhi, num último movimento, "expulsou" a recém nascida de dentro de si. Sakura pegou a pequenina, cortando o cordão umbilical e limpando-a em seguida. Entregou-a à morena.
- Que linda!
- Já pensou em algum nome? - Ino perguntou.
- Mirai. - Kurenai sorriu - Sarutobi Mirai.
"Ela é linda, assim como a mãe." Kurenai pôde ouvir a voz de Asuma em sua mente.
Finas lágrimas de felicidade escorreram de seus olhos.
- Obrigada, meninas! De verdade! - Depois de amamentar a pequena Mirai, entregou-a nas mãos capazes de Ino e Sakura.
- Vamos fazer os exames necessários.
Quatro anos depois
Konohamaru, Shikamaru e o Time 8 estavam reunidos na casa de Kurenai. Brincavam com Mirai enquanto que Kurenai colocava a mesa.
- O almoço está pronto! - Da cozinha, a mulher os avisou.
Hinata carregava a pequena Sarutobi no colo, enquanto se encaminhava para a mesa.
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Kurenai sempre pensará em Asuma, mas ela sabe que a pequena Mirai sempre terá um pedaço do Sarutobi em si. Afinal, ela é fruto do amor entre Kurenai e Asuma.
