Depois da Dor
by Karol Freitas
Disclaimer: Infelizmente Supernatural não me pertence mas eu posso sonhar com o Dean.
Sinopse: Dean foi abandonado por Castiel, a pessoa que ele achava que seria o amor de sua vida. Mas o mundo dá voltas e Sam o ajuda a superar toda a dor.
Shipper: Dean/Sam
Avisos: Fic Slash! Homossexualismo. Wincest. Conteúdo adulto! OCC. Isso quer dizer dois homens em uma relação amorosa e sexual. Já estão avisados
Beta: Bia Winchester. e co-autora também.
Ola, aqui começamos mais um historia que a principio parece muito Dastiel, mas que com certeza vai ser Wincest. E se não fosse pela minha linda beta, esse projeto nunca seria possivel. Esse capitulo é totalmente dedicado a ela.
Prólogo
Dean estava feliz. O mais feliz que fosse possível. Porém, ele nunca deu sorte em relacionamentos, e aparentemente, esse não seria diferente. Castiel chegou à vida do loiro de uma forma bem comum na verdade, numa festa de família, aquela em que ele fora "convidado a comparecer".
Seu irmão o havia obrigado a ir, dizendo que se não fosse, iria deixar a mãe de ambos, Mary Winchester, muito chateada e que seu pai, John Winchester, poderia piorar em seu estado de saúde. Ele se encontrava com um terrível problema, um sopro no coração, qualquer preocupação poderia leva-lo a um infarto.
Por isso, ele havia aparecido, antes tivesse ficado em casa, mal chegou e já tinha criado uma confusão involuntária, brigou com Sam e acabou destratando seu filho, Logan. Mas Sam o entendia, Dean acabara de terminar seu namoro de dois anos, descobrindo da pior forma que era traído sem nenhum arrependimento pela atual ex-namorada, Anabelle.
Por causa disso, Dean não queria fazer nada. Queria ficar em casa curtindo sua fossa até que estivesse disposto a enfrentar o mundo novamente. E foi ali, no lugar mais improvável que conheceu Castiel Novak. Se ele tivesse conhecimento do futuro nunca iria nem mesmo olhar na cara dele. Mas infelizmente a vida não é justa.
A relação deles nunca foi fácil. Desde o primeiro dia havia sido bastante tumultuada, era cheia de ciúmes e possessão da parte dos dois. O sexo era ótimo mas a dor de cabeça e sofrimento não valia a pena. E mesmo assim, Dean não conseguia se afastar, era totalmente destrutivo.
De uma hora para outra tudo tinha acabado. Tão rápido como o conheceu, o perdia também. Ele não se daria por vencido tão rápido. Essa era sua ultima chance de ser feliz, precisava impedir que Castiel fosse embora, para sempre.
Castiel havia se tornado a pessoa mais importante, depois de sua família, era a pessoa que ele mais amava. Apesar de ter sido um relacionamento curto, fugaz, ele sentia isso, isso parecia amor. Ele não podia deixar o amor escapar assim, desse jeito, tão facilmente. Então, era isso que Dean estava fazendo, correndo, literalmente, atrás de seu amor, antes que fosse tarde demais.
Após pegar seu carro em sua garagem, que ele odiava dirigir, tendo que passar por toda a cidade no meio de um engarrafamento, finalmente tinha chegado ao seu destino. O aeroporto de Texas, em Dallas, o "Dallas/Fort Worth International Airport".
Estacionou o carro em qualquer lugar, com pressa em sua busca, passou o mais rápido que pode pela porta, entrando no lugar. Era quase impossível andar até o balcão de informações, havia muitas pessoas, como era o comum daquele lugar. Ele precisava, necessitava chegar até lá. E contra tudo e todos, Dean saiu empurrando pessoas até finalmente chegar a seu destino.
- Por favor, você pode me dizer quando sai o próximo voo para Nova York? – Dean perguntou a beira do desespero, impaciente.
- Sinto muito, senhor, o voou acabou de sair. – A moça simpática respondeu com sua voz polida.
E sem agradecer a atendente, virou as costas e se sentou derrotado em banco qualquer. Sem esperanças ficou ali pensando em sua miserável vida, talvez não fosse para ser ou talvez o problema fosse com ele. Ele era o problema, e não o mundo que estava a sua volta. Pelo menos era isso que o loiro pensava.
Dean não entendia porque ele não podia ser feliz. Talvez ele não merecesse ou não estivesse pronto para isso. Será que era demais para Castiel entender? Ele precisava de mais tempo, o sofrimento ainda era muito recente, ele só precisava respirar um pouco, sem pressão ou pedidos. Ele apenas precisava de espaço, mas não um espaço tão grande assim.
Sem mais motivo para estar ali, Dean se virou e deu de cara com Castiel, que estava na fila de embarque. O moreno surpreso apenas observou seu ex- namorado loiro se aproximando.
Castiel só queria fugir, escapar da dor da rejeição que por tanto tempo guardou.
Agora era tarde de mais para os dois, ou talvez Castiel não pudesse mais, não aguentasse mais dor. A única solução para ele era ir embora, fugir com o rabo entre as pernas, pelo menos desse jeito não haveria mais dor. Sem dor.
Dean também não entendia Castiel, ele precisava reafirmar seu amor e precisava que Dean fizesse o mesmo através de gestos e palavras, ele havia esperado muito tempo por isso, e no momento aquela parte incompleta de amor que o loiro lhe dava não era suficiente. Ele precisava de mais, precisava de tudo.
- Castiel! Espera! Por favor! – Dean se aproximou abraçando-o. Como ele sentia falta desse contato. Único do moreno.
- Eu não posso mais. – Castiel disse afastando Dean para longe, numa distancia segura. – Desculpe. – E se virou, não mais olhando para trás. Sem arrependimentos.
- Cas! Eu te amo! – O loiro gritou com todo seu pulmão e mesmo assim, nem mesmo um olhar. Nada mesmo.
Enfim, para Dean a palavra que Castiel queria escutar tinha chegado muito tarde, muito mais do que ele pudesse pensar. E aos prantos, Dean foi para casa, com aquela despedida fria e dolorosa, se debulhar em lagrimas.
O único ponto a se observar era: Como o loiro havia chegado em casa? Para ele também era um mistério. Ele só se lembrava de sair do aeroporto e entrar no carro, depois finalmente saindo de alguma espécie de transe, se percebeu em casa deitado, apenas de boxer, chorando como se sua mãe tivesse morrendo. Bem, talvez não doesse tanto se fosse o caso. A única coisa que ele realmente sabia era que sua vida tinha acabado. Era o que ele sentia, mas era necessário ter fé que o tempo curava tudo ou talvez outra pessoa pudesse o ajudar.
Dor
Existem vários tipos de dor,
entretanto o pior tipo
é daquele que não foi vivido,
de beijos que foram negados,
abraços estraçalhados,
de livros não lidos e
tempo roubado.
Sofremos por coisas que
nos foram tiradas sem chance de recuperar.
Sim, eu sei. Vai doer,
vai sangrar como um rio de sangue maldito,
porem uma hora, um dia,
finalmente você vai poder respirar aliviado.
Um dia vai parar de doer.
Texto Original
(Karol Freitas – 13/11/2012)
