Last Song
Prólogo
Oi! Meu nome é Kagome Higurashi! Eu sou uma colegial normal. Bem, se você considera normal ser filha de uma roqueira famosa e viajar pelo mundo dentro de um ônibus...
Sempre estudei em casa, e bem, nunca fui de ter muitos amigos. Finalmente, após 15 anos inteiros de minha vida, estou me mudando para uma casa de verdade. A maioria das pessoas que conheci, e que por acaso perdi o contato rapidamente, eram fãs de mamãe... Não preciso dizer que eles não se interessavam exatamente pela minha pessoa, certo?
Mas fora a mãe que tenho, e a vida que tenho, eu sou uma garota normal. Com meus gostos, manias e jeitos.
Mas infelizmente, nunca tive a chance de ter uma vida normal... Até agora.
1. Um novo começo
Estamos de mudança, como isso é bom! Depois de 15 anos morando em um ônibus em constante movimento, uma casa pequena é o que há!
Meus pais se conheceram durante um show na adolescência. Casaram-se jovens, mamãe tinha 20 anos, o motivo foi simplesmente: sua gravidez. Mas quando eu tinha 5 anos, papai morreu em um acidente de carro.
Foi incrível como o luto de mamãe fez ela escrever músicas maravilhosas e ela ascendeu na carreira incrivelmente rápido! Mesmo grávida gravou um disco que marcou sua carreira. Sim, quando papai morreu, ela estava grávida, isso foi muito triste... Souta nem conheceu papai.
Mas agora, 10 anos depois, estamos todos prontos a começar uma vida tranqüila. Mamãe ainda dará shows, mas resolveu dar uma parada para fazer seu novo CD.
Parece que mesmo essa cidade ser a cidade natal dela, ninguém aqui reconhece seu rosto ou sua música. Muito conveniente por sinal.
Afinal, aquela vida normal que eu sempre quis!
Quando terminamos de descarregar todas as caixas (pelo menos aquelas que eu agüentava), eu resolvi dar uma volta pelo quarteirão para conhecer a vizinhança.
Eu andei um pouco e por aqui é bem tranqüilo! Até agora encontrei só com um cachorro e algumas crianças que brincavam pela rua.
Mas era só falar que "BAM" topei com um garoto que vinha correndo pela rua.
-Hei! – Disse indiguinada, caída no chão.
-Você não olha por onde anda menina? – Disse o garoto, muito grosso por sinal, também no chão.
Pude observar então que era um garoto de cabelos longos e prateados, com os olhos cor de mel com a pupila fina como a de um gato. Ele tinha caninos maiores que o de um humano comum e as unhas dele eram compridas e afiadas, logo percebi que deveria se tratar de um youkai. Ele usava uma bandana preta, uma camisa de flanela listrada por cima de uma camiseta preta e jeans.
-Ora! E você olhava por acaso? – Eu disse nervosa, me levantando.
-Não me encha! – Disse ele já de pé. – Eu não vou me importar com uma reles humana!
-Ora, seu... – Eu estava preste a lhe meter um tapa na cara, quando fui interrompida por um outro rapaz.
-Inuyasha! – Ele vinha logo atrás do rapaz de cabelos prateados. – Que droga, não pode me esperar?
Ele tinha os cabelos pretos presos por um rabo de cavalo curto, usava uma camiseta e um jeans rasgado nos joelhos.
-Qualé Miroku! Não é minha culpa se você é lerdo! – Ele limpava a poeira dos joelhos e já estava seguindo em frente com o outro garoto.
Quando me dei por conta, ele já estava longe, e o outro rapaz ia correndo alguns metros atrás.
-Inuyasha! – Foi a última coisa que consegui ouvir vinda dos dois.
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Eu corria para o teatro antes que perdesse o horário para a inscrição quando "BAM" dei um encontrão com uma garota, como se não bastasse estar atrasado!
-Hei! – Ela disse indignada, caída no chão.
-Você não olha por onde anda menina? – Eu disse nervoso, também no chão.
Ela tinha seus longos cabelos negros presos em duas tranças, usava uma blusa caída nos ombros e uma calça jeans. Seus olhos castanhos mostravam o quanto estava nervosa.
-Ora! E você olha por acaso? – Ela disse me desafiando com o olhar em chamas.
-Não me encha! – Eu estava tão nervoso quanto ela, se não mais.
Nesse momento eu a escutei bufar mais alguma coisa, mas fomos interrompidos pelo Miroku que chegava ofegante e cansado.
-Inuyasha! – Ele mal respirava. – Que droga, não pode me esperar?
Eu limpei a poeira da calça e seguia em frente com ele.
- Qualé Miroku! Não é minha culpa se você é lerdo – Eu disse enquanto voltava a seguir meu ritmo.
Voltei a correr e Miroku vinha logo atrás. Podia escutar alguns gritos vindo dele como "Me espera!" ou "Inuyasha!" mas eu ignorava.
Maldita humana, me atrasou! Como ela ousa me atrasar? Ta certo, ela é bonitinha... Bonitinha? O que está acontecendo comigo? Desde quando eu acho uma humana "bonitinha"?
Quando cheguei ao Teatro da escola, já era tarde... Haviam acabado os testes.
-Inu...Yasha... – Disse um Miroku ofegante chegando pouco tempo depois de mim. – Seu filho da mãe... Eu não sou meio-youkai sabia? – Ele me olhava nervoso.
-Sabia... – Eu disse dando de ombros. – Acabaram os testes... – Eu disse por fim, tristonho.
Miroku ainda se segurava nos joelhos, ofegante.
-Ca-calma Inuyasha... – Ele disse pousando as mãos sobre meu ombro. – Ainda vai ter aquela peça na escola!
-Romeu e Julieta?
-Essa mesma... Você vai ser um grande Romeu!
Eu olhei para Miroku surpreso. Romeu? Não me imagino como Romeu! Dei meia volta e fui pra casa, deuses! Como estou cansado!
Cheguei em casa e não havia ninguém, como de costume, me joguei no sofá e respirei fundo, que droga! Perdi a chance de fazer um ótimo papel!
Olhei para o porta retratos que ficava em cima do criado mudo, nele havia a foto de papai comigo e meu irmão mais velho, Sesshoumaru.
Uma lágrima escorreu pelos meus olhos e eu limpei-a com a mão, que droga! Papai, não vou te decepcionar!
