Capitulo Um
Tudo começou quando éramos crianças. Estava em um parque, sozinho. Não podia acreditar que havia acontecido de novo.
Eu estava em meus oito anos de idade, e estava apaixonado por aquela mulher. Cedo, não...
– Olá! – um garoto se aproximou de mim.
– O que você quer? – fui rude, como sempre.
– Se você gosta tanto assim de uma pessoa, mesmo que ela não saiba disso, proteja-a com toda a sua força, Shizu-chan...
– Quem é você?
– Orihara Izaya, prazer... – ele me disse, sorrindo.
E depois disso eu não o vi. Até que, um dia eu passava em frente à padaria com meu irmão, e vi uns caras brigando com a vendedora. Minha primeira reação foi quebrar tudo, eu queria protegê-la.
No mesmo momento, as palavras dele vieram em minha mente. E como tal, eu o fiz. Mas não queria que ela tivesse se machucado, eu a amava. Depois daquilo, nunca mais voltei ali, não podia, não deveria. Kasuka não se importou muito, sempre foi muito recluso.
Encontrei-o de novo, em um dia de chuva. Eu havia fugido de casa, estava cansado. Me escondi em um armazém velho, não queria que ninguém me encontrasse. Mas alguém já estava lá.
– Você... – eu disse arfando.
– Shizu-chan... – disse sorrindo – Há quanto tempo, eu pensei que viria...
– Como? – eu me aproximei e me sentei ao seu lado.
– Eu apenas senti. – ele sorriu – O que aconteceu?
– Eu machuquei outra pessoa... Odeio violência, odeio minha força, odeio ter nascido.
– Tudo bem usar sua força Shizuo... – ele disse, mexendo no meu cabelo – Ninguém vai te rejeitar por tentar proteger as pessoas...
– Mentira! – eu gritei – Todos eles! Todos fogem, vão embora, todos me abandonam! Todos tem medo de mim...
– Eu nunca te abandonaria, Shizu-chan...
– Realmente?
– Sim, eu sempre estarei aqui. Por isso, se quiser chorar, me procure. Se quiser sorrir me procure. Se quiser descontar sua raiva em alguém me procure. - ele riu e continuou:
– Eu vou estar sempre aqui, para você. Por isso, não chore por bobagens... - ele pegou em minha mão, me olhando nos olhos.
–Não tenho medo de você, sei que nunca me estou aqui, vê? Eu vou sempre estar aqui, Shizu-chan...
– Realmente? – eu estava chorando e não percebi.
– Sim.
Depois disso, comecei a encontrá-lo todos os dias naquele mesmo armazém. Mas depois daquele ano, na festa de final de ano, eu nãoencontrei. Eu esperei e esperei, mas ele não aparecia.
Eu continuei a ir até aquele armazém, mas já não era a mesma pessoa. Continuei a ir lá, até que, eu me mudei.
