Meu pudim

Por Sargantanas

Iniciada em 23 de agosto de 2004

Postada em 02 de novembro de 2004

Nota da Autora: Essa é uma fic que começou só como um joguinho de palavras e com um Hiei-chan... De qualquer jeito, eu estou gostando de escreve-la.

Ingredientes: Kurama aproveitador mais pudim mais Hiei-chan igual Yaoi! Se não gostar, não leia... mas se só você já está tendo arrepios de prazer só com a palavra "yaoi" vá em frente!

Disclaimer: Eu infelizmente não sou dona de Kurama, Hiei, Shuuichi Minamino, Yuyu Hakusho, as partes citas em cima e em baixo o/ (ui!) mais outros personagens desse maravilhoso... Mas eu sou dona dos meus dedos, então escrevo sobre eles sem a menor culpa!


Parte 1 – Nosso pudim...

Era para ser apenas mais uma reunião na casa dos Urameshi... Todos estavam sentados à mesa, nessa ordem: Yusuke, Keiko, Kuwabara, Yukina, Shizuru, Atsuko, Botan, Hiei e Kurama. Ninguém conseguira até agora desviar os olhos da mesa farta, com doces, salgados e, é claro, algumas garrafas de sakê os esperavam, mas Hiei tinha olhos somente para uma guloseima. Á sua frente, um grande e perfeito pudim de leite condensado o fitava, provocando-o, mesmo que nem soubesse ao certo o que era. Kurama, que estava ao seu lado, notou que os grandes olhos vermelhos estavam abertos numa proporção maior que a do rosto do koorime. Convenceu-se quando olhou mais cuidadosamente dentro dos rubis, vendo um brilho de curiosidade bem lá no fundo...

- Isso se chama pudim, Hiei, ele não morde, pode comer. - Afirmou o ruivo, não perdendo nem uma chance de tentar demonstrar amor ao pequeno que sempre se esquivou quando ele se aproximava. Pegou uma colher de sobremesa e tirou um pequeno pedacinho do pudim brilhante e amarelo, junto com bastante calda. - "Abre a boca Hiei, olha o aviãozinho."

Hiei o olhava confuso, ainda sem lhe dirigir a palavra. Na sua mente imaginava como Kurama estava conseguia ignorar o barulho dos companheiros. Olhou com um misto de desconfiança e fascínio para a colher. Após algum segundos de compreensão lançou outro de seus olhares, dessa vez só de desconfiança, para a raposa louca que o olhava radiante. Manteve a boca fechada e cruzou os braços numa atitude automática, enquanto Kurama tentava fazer com que seu sorriso não morresse. Tentou então outra estratégia de abordagem...

- Okay, okay, eu como primeiro. - Kurama comeu com a cara mas imbecil do mundo, tentando demonstrar em vão que estava bom. O silencio continuou entre eles, Hiei olhando para a raposa como se ela fosse cair dura no chão ou algo parecido. – Vai querer um pouco agora? – O youko deu outra colherada no pudim, colocando-a a seguir na frente do narizinho arrebitado do koorime. O demônio de fogo deu uma leve cheiradinha na colher ao mesmo tempo em que olhava para a raposa. Não resistindo ao aroma adocicado, abriu um pouquinho a boca, o suficiente para que a colher pudesse entrar... "Hiei, o que engorda, mata..." Palavras de um ladrão que o cuidava quando era bebe.

Yusuke que estava conversando animado com Keiko do lado oposto da mesa, ficou com a boca aberta e virou a cabeça da menina para frente. Ambos boquiabertos, observavam a cena rara: Hiei tinha acabado de pular no colo de Kurama, ronronando: - Quero mais, Kuramaaaa-chaaan...- Após esse 'pequeno' ato de Hiei, o silêncio tomou a sala. Até mesmo Kuwabara que estava contando como quebrou a cara de uns garotos para Yukina, virou a cabeça para o lado na menção do nome Kurama-chan...

Kurama congelado com Hiei nos braços, olhava para a parede atrás de Yusuke e Keiko. Não podia fazer nada para tirar proveito da situação, talvez... Kurama tentou se controlar e empunhou de novo a colher tentando assim tirar certos pensamentos maldosos de sua mente. Hiei ronronou ainda mais alto quando a segunda colherada foi chegando mais perto da sua boca. Ele abriu a boquinha num gesto exagerado e fitou a colher, esperando ser alimentado na boca. O silêncio ainda imperava na sala, todos olhando para hiei e para o ruivo que agora tinha a face da cor de seus cabelos.

A colher chegou até seu destino, os olhos dos outros se arregalaram quando Hiei abraçou o pescoço de kurama, fechando os seus para saborear ainda melhor o doce. Ficaram os dois assim durante um bom tempo, até que a raposa não conseguiu mas se segurar. Ignorando os outros, pegou outra colherada do pudim e enfiou na boca, saboreando de novo a textura suave. Logo que o demônio de fogo notou o que ele estava fazendo, soltou o abraço e se grudou nos lábios adocicados da raposa. A principio não era para ser um beijo, mas era isso o que parecia para todos os presentes. Hiei, logo após grudar seus lábios ferozmente nos da raposa, forçou sua língua pra dentro, roubando ao mesmo tempo o sabor da boca quente e o frio escorregadio do pudim.

Kurama paralisou-se de vez, e ao em vez de se apoderar da situação, como faria se ainda fosse o youko milenar, somente abriu um pouco a boca, dando espaço a investida do koorime em busca do pudim. Sentia muito desconforto. Por que nunca lhe passara na cabeça a idéia de dar pudim para Hiei? Quando eles estivessem sozinhos no seu quarto, longe de tantos olhares curiosos! Voltou à si, só que era tarde demais. Quando se virou, buscando um ângulo mais confortável, o gostinho de pudim acabou. Só conseguiu dar um ângulo mais favorável aos espectadores para que vissem com exatidão o momento em que Hiei se separou dele, com a língua vermelha melada ainda para fora da boca, com os olhinhos fechados. Não abriu os olhos, foi chegando lentamente mais perto dos lábios da raposa, circulando-os com sua língua, ora buscando um pouco mais do gosto do pudim, ora limpando a calda que ainda estava no cantinho da boca do ruivo.

-Kuramaaa-chaaaan... – Falou com uma vozinha doce – ... quero mais! - Um 'ahhhhh!' foi pronunciado por todos os presentes, enquanto que Kurama queria que um buraco se abrisse no chão e o engolisse, alias, não só a ele, mas a Hiei também. Pegou a quarta colherada de pudim e a colocou em frente de Hiei, seguido por um muxoxo de protesto deste. - Nhaa! Kuramaaa-chaaan! Você não quer comer mais? - Logo após dizer isso, ele arrancou a colher e a enfiou na boca da raposa, logo após dando um beijo nele de desentupir pia.

Yusuke já imaginava que Kurama não estava se sentindo muito á vontade, colocou o pudim numa embalagem e a deixou a frente do amigo. Após Hiei e Kurama compartilharem o sabor do pudim, eles se depararam com o embrulho e Hiei ronronou: -Kuramaaaa-chaaan, cadê o pudim? Eu quero mais pudim! - Escondeu a carinha com os olhos cheios de lágrimas mos cabelos ruivos, enquanto que Kurama olhava interrogativamente para Yusuke.

- Pode levar com você. - Yusuke respondeu, apontando para o embrulho. - Se quiser, é claro. - Piscou o olho para a raposa.

Kurama corou mais ainda, permanecendo mudo, apenas ouvindo os murmúrios que agora enchiam a sala. Levantou-se, com o koorime grudado, esfregando o rosto contra a sua calça jeans. Segurando Hiei de encontro a seu corpo com um dos braços e com a mão livre pegando o embrulho, se dirigiu à porta do apartamento. - Err, será que alguém poderia me dar uma mãozinha? - Botan imediatamente se levantou e dando uma risadinha girou a chave na fechadura. Kurama pensou que sua noite não poderia ficar pior, enquanto que Hiei não pensava nada, sendo embalado pelo perfume de rosas que o cabelo da raposa desprendia.

- Boa noite, Hiei... - Notou que este nem ouvia mais, refugiado na imensidão vermelha dos fios de cabelos cheirosos do ruivo – Boa noite, Kuramaaa-chan! - Keiko imitava Hiei, dando risadinhas junto com Kuwabara. Somente Yukina e Shizuru, que ainda não estava bêbada, continuavam quietas, entendendo a situação do amigo e o confortando com o olhar.

Antes que Kurama pudesse responder, Hiei falou baixinho, mas ainda assim todos conseguiram ouvir: - Kuramaaa-chaaaan, o que você passa nesse seu cabelo, esse cheirinho é tããão... uaaaa, gostoooso... - Se aconchegou ainda mais em Kurama, para a seguir pegar no sono, roncando baixinho.

- Huahahahaha! - Botan e Kuwabara riam enquanto que Kurama se escorregava para o corredor. Assim que a porta foi fechada, arrumou Hiei em suas costas e desceu as escadas com o demônio de fogo adormecido, não tendo paciência para esperar o elevador.

Os dois caminhavam na rua, em direção a casa do ruivo, com Hiei ainda adormecido. Kurama não tivera muita escolha, não podia simplesmente largar o koorime em um galho de árvore por ai. Só existia um problema: Sua mãe. Obvio que a ningen já deveria estar em casa, porque o relógio do ruivo apontava 19 e 10. Pensando numa desculpa pra dar, acabou não olhando para o chão, e logo encontrou uma graaande pedra no seu caminho. Tropeçou direitinho, indo se esborrachar no chão, com Hiei voando de suas costas e caindo de cara no chão, um pouco mais à frente. Koorimes também voam.. O youko se levantou e foi verificar se Hiei estava bem. Quando chegou até lá notou que ele estava segurando o choro, com lágrimas nos olhos. O pudim descansava intacto, na mão do youko.

- Humf, humf, humf... - Hiei fungava descontrolado, ao menos ainda não estava chorando. A raposa chegou mais perto para enxergar o que Hiei escondia com as mãos. Tirou suas mãozinhas de cima da bochecha direita dele e viu alguns arranhões minusculos, mas o suficiente para sangrar.

- Não se preocupe, Hiei-chan, já já chegamos em casa, eu faço um curativo no seu rosto e te dou mais pudim, okay? – O ruivo disse, esperando fazer com que aquela expressão de tristeza se afastasse do rostinho do koorime.

- Pudim, pudim, pudim! – A tática de Kurama funcionou, o pequeno demônio de fogo agora balançava seus braços, tentando criar asas ou algo do tipo.

- Vamos! – O youko pegou na mão de Hiei e tentava o puxar, sua casa estava bem pertinho agora, já conseguia até vê-la no final da rua. Parou com o esforço quando viu que Hiei nem se movia . - O que foi agora?

- Me carrega Kurama-chan? - O koorime levantou os braços, pedindo para ser pego no colo. Kurama não resistiu, pegou o youkai e recomeçou a andar em direção a casa, enquanto Hiei brincava com uma mecha de seus cabelos. Um pouco mais perto de sua casa, Kurama foi surpreendido com um puxão para baixo e um beijo. Dessa vez conseguiu corresponder ao doce beijo, os dois brincando com suas línguas. - Kurama-chan, a,a,ai,ai, achim! - Hiei espirou bem na cara do youko antes de terminar a frase... estava anoitecendo e esfriando aos poucos.

Finalmente Kurama conseguiu chegar até a porta de casa, mas ao botar o embrulho no chão e colocar a mão no bolso descobrira que perdeu a chave. Tocou a campainha e sua mãe abriu a porta, aparentemente estava preparando o jantar na hora, já que estava vestindo um avental com imagens de vegetais sorridentes. – Shuuichi, quem é ele? É seu amigo? Oh, ele está machucado. – O ruivo não deu satisfação à sua mãe, colocou Hiei sentadinho no sofá.

-Me espere um pouquinho. – Foi colocar o pudim na geladeira e pegar uma toalha para secar seu rosto. Como essa noite foi cansativa, e pior, ainda nem acabou...

Continua


Continua... só se eu quiser . é claro... não perca! Parte 2 – Em quanto o pudim não vem! - As salamandras

Continuarei atordoando vocês com minhas historias bobinhas e sem sentido! Huahahaha!

Postem um Review pleaaase! Se não... eu faço o hiei ter uma dor de barriga por ter comido tanto doce no próximo capítulooo!