oi pessoal! Demorei pra aparecer? É que eu fiquei para recuperação. Estudos em primeiro lugar. Continuando, agradeço a perséfone-san que me encorajou a continuar com essa fic( ela ainda não leu, é surpresa) e também para minhas parceiras de mente. Qualquer semelhança com shaman-king é pura coincidência.
Cavaleiros do zodíaco pertencem a Masami Kurumada, porque se pertencesse a mim, seria um yaoi muito forte mesmo.
Fantasmas do presente.
Miro era um jovem rapaz que morava junto com o tio, Kanon, na casa deste. Uma noite, estava na rede quase pegando no sono, quando ouviu seu relógio de pulso começar a tocar e a piscar descontroladamente. Sentiu algo se aproximando do lugar onde estava e os pêlos de seu corpo arrepiaram. Alguma coisa ou alguém estava lá. A pessoa parou e ficou olhando para a rede, que estava fechada e Miro segurava a abertura o mais forte que podia. Sentiu algo deitar por cima de seu corpo e ficar olhando para seu rosto. Uma mão passou por cima do tecido da rede bem perto de sua face. Eram três horas da manhã. E meia hora se passou com a pessoa encima de Miro, até que a coisa saiu e Miro não pensou duas vezes antes de sair da rede e começar a correr até o quarto do tio.
Corria o mais rápido que podia pelo vasto corredor e sentia que "aquilo" o seguia, olhava para todo o lado, mas, não via ninguém, só sentia que era seguido pela coisa. Chegou na porta do tio e começou a bater, e sentia a pessoa se aproximar cada vez mais, até que o tio abriu a porta.
- Miro! Meu deus, o que houve? Foi assaltado? – diz Kanon, preocupado com o estado do sobrinho.
- na...Não. – Miro tremia muito e estava pálido. Os olhos estavam arregalados e ele se agarrava ao tio com muita força.
- Miro, pelos deuses! O que houve então?
- tem... Algo... No quarto. – Miro mal conseguia falar. Kanon achou melhor trazê-lo pra dentro do quarto e dar uma água com açúcar pra acalmar.
Depois de contar toda a história para o tio, Miro pediu para dormir lá naquela noite. Se voltasse agora para seu quarto não conseguiria dormir e ainda corria risco de "aquilo" voltar. Passou a noite no sofá cama do quarto e de manhã foi ver seu quarto. Não havia indícios de arrombamento e nem de que alguém tinha estado por lá. Até a porta que ele tinha fechado quando corria estava do mesmo jeito.
-não entendo. Juro que senti algo tocando meu rosto ontem. – diz Miro para o tio.
-Miro, você devia estar sonhando ou algo parecido. Sonhos as vezes são muito realistas.
- num sei não tio, era muito real.
- bom, seja o que for já está bem longe. Eu vou pro meu quarto. Bye.
- tchau, tio. Obrigado por nada.
Miro resolveu sair um pouco para arejar a cabeça. Ainda podia sentir o toque suave em sua face e aquele peso sobre seu corpo. Tudo tão sombrio e ao mesmo tempo tão agradável. Era como se já conhecesse essa sensação, aquela pessoa, aqueles toques. Sentia algo no peito, um sentimento de angústia, ansiedade e por que não saudade. Sua alma clamava por encontrar com "aquilo" denovo enquanto sua mente dizia para ficar bem longe daquele quarto. O conflito entre vontade e raciocínio crescia cada vez mais. Decidiu-se por voltar ao quarto e tentar dormir, já começava a escurecer.
Já eram três horas da manhã quando o relógio de pulso de Miro saiu de controle, como na noite passada. As sensações voltando, os arrepios, a longa observação por parte do outro, desta vez "aquilo" não deitou encima da rede, só ficou observando. Dessa vez Miro já não estava com tanto medo e sim curiosidade. Com muito custo, consegui proferir algumas poucas palavras.
- quem... É... Você? – Miro consegui falar. Sua respiração estava acelerada e seu coração estava a mil. Seu corpo não respondia aos comandos do cérebro e tudo que conseguia fazer era falar.
- você sabe quem sou. Mas, e você quem é?
Miro sentiu que podia se mexer. Levantou bruscamente na expectativa de ver o rosto daquele que o visitava pela segunda vez. Ficou surpreso quando não encontrou nada, seu quarto estava vazio.
- Miro, Miro. Sempre o mesmo, igual há vinte anos atrás. – a pergunta veio repentinamente por trás de Miro.
-porque você não me deixa ver seu rosto?
- meu rosto está deformado. Não quero que me veja assim. – diz o rapaz, num tom triste.
- deixe-me vê-lo, tenho certeza que você é lindo de qualquer jeito.
- as mesmas respostas de vinte anos. Mesmo depois de reencarnar você não mudou nada, continua sendo aquele Miro.
Antes que Miro pudesse responder, um lindo rapaz de cabelos azul petróleo aparece na sua frente. Uma parte do belo rosto estava coberta pelos cabelos e sua expressão era de extrema depressão. Era o mesmo rapaz da foto, e era mais belo pessoalmente. As roupas eram simples, uma camisa branca e short azul. Miro se aproximou e afastou o cabelo do rosto do rapaz, aquela parte do rosto tinha várias cicatrizes e o que pareciam ser tatuagens tribais.
- não acho que esteja deformado. – diz Miro num tom de voz doce.
O outro só sorriu e levou a mão até a de Miro, segurando-a. Uma lágrima escorreu dos olhos bonitos, e Miro rapidamente a secou com a ponta do dedo.
- qual seu nome?
- você já sabe.
-se um dia eu já soube seu nome, agora não me recordo.
- Kamus Pierre. – disse num tom de voz baixo, quase inaudível.
- belo nome. Quase tão belo quanto você.
Kamus corou. Depois de vinte e poucos anos finalmente podia ouvir aquelas doces palavras em seu ouvido novamente. Abraçou Miro fortemente, q que o deixou desconcertado, mas não o impediu de corresponder. Ficaram assim até Miro se levantar com Kamus nos braços. O rapaz ficou surpreso quando foi delicadamente depositado no sofá da sala, Miro sentou-se de frente para ele e começou a falar calmamente.
- porque está aqui.
-vim aqui por sua causa. Você é a reencarnação de uma pessoa muito importante pra mim.
- e quem seria essa pessoa?
- antes você era meu melhor amigo.
- só amigo? Do jeito que você me tocou no outro dia parecia que éramos namorados de longa data.
Kamus ruborizou ao lembrar-se do acontecimento.
- não, éramos só amigos. Eu o amava, mas nunca falei. Fui amaldiçoado e preciso de sua ajuda.
- amaldiçoado? Quer dizer que você está aqui porque sua alma não pode descansar?
- na verdade, eu nunca morri. Minha alma foi separada de meu corpo. Para conseguir voltar eu preciso achar uma pessoa especial.
- especial? Como assim?
- uma pessoa que me ame e que eu ame. Entende?
- sim. Mas porque precisa de mim?
- duas opções. Ou você me ajuda a achar a pessoa especial ou você é essa pessoa. Simples não?
- certo, mas como vou ajudar?
- vou passar a te seguir pelos lugares, estarei sempre ao seu lado. Entende?
- sim. Mas, todos vão ver você. Isso não é um problema?
Kamus parou e sorriu, o que deixou Miro ainda mais confuso do que já estava. Cada explicação de Kamus, trazia mais duvidas para Miro. O rapaz queria muito ajudar Kamus, mas não sabia como.
- na verdade isso é uma solução.
Pronto. Agora sim Miro estava confuso. Como o problema podia ser a solução? Antes de poder falar algo, os primeiros raios de sol adentraram o quarto, em breve seu tio o chamaria para o café. Olhou para Kamus. Como o esconderia de seu tio? Kamus parecia tranqüilo diante da situação, então, resolveu deixar as coisas rolarem. Kanon não demorou a chamar Miro para o café da manhã.
- você come? – pergunta Miro ao rapaz.
- posso, mas, não preciso. Só quando estou com vontade.
- não precisa comer? Por isso você é tão magro.
Kamus sorriu. Os dois saem do quarto, rumo a cozinha, onde Kanon preparava algo para comerem. Miro sentou-se numa cadeira e Kamus ficou em pé mesmo. O tio sorriu e serviu o café para os três.
- seu amigo não vai sentar Miro?
- você pode me ver? – pergunta Kamus, surpreso.
- claro que sim! Não a como não ver um rapaz desse tamanho encostado na parede. – disse sorrindo.
- vem Kamus! A comida do meu tio não é ruim, dá pra engolir – diz Miro sorrindo.
Kamus ainda estava meio estático. Era impossível que o tio de Miro o visse. Ele era praticamente uma alma! Somente pessoas ligadas a ele ou que tenham sensibilidade espiritual poderiam visualizá-lo.
- a segunda opção está certa meu jovem. Eu possuo sensibilidade espiritual. – diz Kanon num tom de voz calmo.
- com disse? – pergunta Kamus surpreso.
- sou de uma família de pessoas que mechem com espíritos, estou com meu tio para treinar e achar algum amigo morto pra me acompanhar. – diz Miro, divertido.
- e você não me diz isso!
- era importante? – pergunta Miro confuso.
- claro que era! Se você é um deles fica tudo mais fácil! Conhece o ritual de libertação de espírito?
- eu conheço – diz Kanon rapidamente.
- foi esse ritual feito ao contrário fez minha alma ficar vagando por aí. Eu preciso de um ritual específico pra voltar a viver!
Kanon pareceu parar e pensar. Enquanto Kamus e Kanon tentavam achar uma solução, Miro atacava o café da manhã sem dó nem piedade. Depois de um tempo de silêncio, Kanon finalmente se manifestou.
- para achar o ritual certo, terei que pesquisar, enquanto isso terá que aturar nós dois por um tempo. – diz Kanon.
- certo, não me importo de ficar perto do Miro. Só mais uma pergunta, como sabia o que eu estava pensando? – pergunta Kamus.
- digamos que você é meio, transparente. – Kanon não se conteve e começou a rir, sendo acompanhado por Miro e Kamus.
Continua...
Bom, primeiro capitulo. Foi difícil terminar,mas, essa fic só vai ter dois capítulos mesmo. Obrigada a todos que perderam tempo lendo isso que eu chamo de fanfic.
B
Ji
Nhus
