Declaração: Declaro que este fic doido desafia a sanidade de qualquer leitor e provavelmente faria o roteirista original da história ter um infarto! Do mesmo modo que qualquer outro fic que eu tenha postado aqui, hahaha! Lembrando que GW não me pertence. Eu nem queria mesmo, os atentados terroristas foram só por diversão! XP
N/A: Eu escrevi esse fic antes do fic "Mãe Terra", mas acabei reescrevendo tudo. Este detalhe terá uma pequena influencia mais pra frente pq determinado personagem (Hiroshi) não existe aqui. Desculpem, mas eu criei ele especificamente para o "Mãe Terra".
A BATALHAS DAS DUAS ERAS
Capítulo 1 – O Homem da Cicatriz
23 de Agosto de 197 d.c.
Planeta Terra
Uma leve brisa circulava pela cidade naquela manhã ensolarada, balançando os cabelos da moça que seguia para um carro, acompanhada de um guarda-costas de cabelos castanhos e rebeldes. Do carro desceu um senhor de mais idade, o rosto castigado pelo tempo, mas a expressão ainda jovial. Ele abriu a porta de trás, cumprimentou os dois e esperou que entrassem, para fechar a porta com uma leve batida.
- Não foi tão ruim assim, afinal. Achei que essa reunião seria bem mais longa. – disse Relena, apoiando a cabeça no ombro do rapaz para descansar.
Heero não pode evitar de olhar um momento pela janela, como se tentasse disfarçar. Olhou para o espelho retrovisor e percebeu que o motorista os observava. Os vidros escuros do carro, no entanto, lhes proporcionavam uma certa privacidade. Esticou o braço direito para cima, depois passou-o ao redor de Relena. Estava aliviado por esta ser a última reunião a respeito de alguns conflitos territoriais que estavam a ponto explodir a qualquer momento. Se sua experiência da guerra lhe ensinara alguma coisa, fora que pessoas envolvidas neste tipo de negociação corriam riscos, fosse aquela uma época de paz ou não.
Naquele mesmo dia embarcavam em um vôo para o Reino Sanc, onde Relena morava. Ainda com a desculpa de se certificar de que Relena não seria um alvo de ataques por participar das negociações, Heero seguiria com ela. O japonês agora trabalhava para a Preventers. Uma organização secreta responsável por manter a paz e zelar pelo desarmamento, ambos obtidos à custa de um sem número de vidas durante a última guerra.
Era tarde da noite quando chegaram à mansão. Com sua disciplina militar, a primeira coisa que o rapaz fez ao chegar foi pedir para usar o telefone. Relena suspirou. Gostaria de sentar e conversar um pouco, mas Heero parecia não ser capaz de pensar em outra coisa senão trabalho.
- Alô, Sally. – Heero falou, ao telefone.
Do outro lado do planeta, a mulher interrompia sua discussão com um de seus subordinados, para atender ao telefone.
- Alô, Heero. Como foi?
- A missão foi tranqüila. Sem nenhum problema. Acabamos de chegar ao Reino Sanc.
- Ele já chegou? Então você pode passar pra ele a informação daquela fábrica, pra que ele investigue. – falou um rapaz sentado em uma cadeira a menos de 2 metros de Sally.
- Ele acabou de chegar, Wufei. – Ela respondeu, tapando o telefone com a mão.
Voltou a falar com Heero, gesticulando a Wufei para que ficasse quieto.
- Não tenho nada pra você agora, talvez fos...
- Você me ouviu? – Wufei reclamou ao seu lado.
- Espera. – Sally reclamou, tapando o telefone de novo.
- Quem está aí?
- É o Wufei, mas não se preocupe, ele está de saída hoje mesmo pra investigar uma fábrica. – ela falou, frisando bem as últimas palavras mais para Wufei do que para Heero.
O chinês levantou-se e saiu da sala, murmurando algo estranho que parecia ser chinês, mas com certeza não era nada bem educado.
- Como eu estava dizendo, não tenho nada pra você agora.
- Quando devo voltar?
- Fique aí por enquanto, pelo menos eu sei onde te contatar se precisar. Tenho certeza que Relena não se incomodará de ter você como hóspede por uns dias.
- Entendido.
Depois de desligar e falar com Relena, que ficara muito feliz ao saber que sua estadia ali seria prolongada, Heero foi ajeitar suas coisas em seu quarto e tomar um banho. Quando saiu, um empregado da casa veio lhe dizer que o jantar seria servido. Seguiu para a sala de jantar, onde Relena já o esperava.
- Você gostaria de fazer alguma coisa amanhã? – Relena perguntou, enquanto jantavam.
- Pode ser.
- Que tal irmos andar a cavalo de manhã? Faz tempo que não faço isso.
- Se não chover. – o rapaz respondeu, uma vez que nuvens agourentas agora cobriam o céu.
- Ou podemos ficar em casa e ver um filme.
Heero assentiu e, tendo terminado seu prato, levantou-se da mesa. Relena o acompanhou até a sala, perguntando se ele não gostaria de ver as notícias na televisão. Pelo menos era uma desculpa para mantê-lo por perto, pensou. O rapaz sentou-se em um dos sofás, indo mais para o canto para dar espaço à Relena, que sabia que ia querer se sentar ao lado dele.
Por mais que apenas compartilhassem o mesmo espaço, gostava de ficar junto dela. O noticiário não mostrava nada de interessante e começando a sentir-se entediado, Heero olhou à sua volta. Nenhum empregado à vista. Aventurou-se a passar a mão pelos cabelos molhados de Relena, que tinham o cheiro do xampu com o qual ela acabara de lavá-los, logo antes do jantar. A moça desviou o olhar da televisão, apenas para se deparar com a expressão distraída de Heero. Encararam-se um momento, Heero agora incomodado pela situação estranha. Não mexera no cabelo dela planejando aquilo.
- Cheiro bom. Do seu xampu. – falou, para quebrar o incômodo silêncio.
- Você gosta?
- Gosto.
Ela sorriu, sem desviar o olhar do dele. Não havia ninguém por perto e não era difícil prever a próxima cena. O rapaz podia ver o que ela esperava, mas por que raios ela esperava que ELE fizesse alguma coisa primeiro? Por que ela mesma não assumia o controle da situação? Ele o entregaria de bom-grado. A beijara uma vez por impulso em uma nave espacial, mas ali, naquela calma, na casa dela onde qualquer empregado poderia entrar na sala a qualquer momento...
Sentiu os lábios dela juntarem-se aos seus de repente. A moça aparentemente cansara de esperar. Ótimo.
TRIIIIIIIIIIIIMMMMMMM
'Droga.' – pensou, afastando-se dela. Relena levantou-se e atendeu o telefone. Pareceu surpresa por um momento, depois passou o telefone a Heero.
- É pra você.
'Se for o Duo a essa hora vou dar um tiro nele na próxima vez que o vir...'
- Alô.
- Alô, Heero?
- Sou eu. Quem é?
- Ah, que bom. Estava com medo de ter pego o telefone errado. É o Cézar. Quer dizer, meu nome é Cézar. Você não me conhece.
- Como conseguiu este número? – Heero perguntou.
- Isso não importa. Eu preciso falar com você e os outros pilotos gundam pessoalmente.
- O que o faz pensar que sou piloto de gundam? – Heero perguntou, surpreso com a naturalidade com que o homem falava de um assunto confidencial, como se fosse o último furo jornalístico de uma revista de fofoca.
- Qual é, piloto do Wing Gundam? Chamado pela OZ de 01? Piloto do Wing Zero? Dominou o Sistema Zero?
- Como você sabe de tudo isso?
- Só posso responder esta pergunta quando todos os pilotos estiverem reunidos. Preciso falar com os 5. Você, o Duo, o Quatre, o Wufei e o Trowa. É muito importante. Só posso dizer que tenho informações essenciais.
- Onde você quer nos encontrar e quando?
- Você escolhe. Se quiser um local público, não deve confiar em uma pessoa que nunca viu antes, não?
Heero pensou um pouco, citando então um endereço de uma rua muito movimentada em um país próximo.
- Quanto tempo você acha que é necessário pros outros poderem vir? Só vou falar se todos tiverem reunidos, isso é muito importante.
- Em 2 dias então.
- 2 dias pra eles virem? Cara, eu daria pelo menos 3, mas se você diz...
- Achei que o que você tinha a dizer era importante.
- Era, quero dizer... É. É muito importante.
- Como é seu nome?
- Inteiro? Cézar Gonzales de Lamarque.
Como se soubesse que Heero planejava procurar informações sobre ele, o homem soletrou seu nome e sobrenome, lhe deixou um telefone para contato e desligou agradecendo pela atenção.
Sem dúvida, aquele fora um dos telefonemas mais estranhos que recebera. Ao seu lado, Relena parecia preocupada.
- Preciso contatar os outros pilotos gundam. – Heero falou.
- O que ele queria?
- Falar com nós 5. Disse que é importante, mas não falou sobre o que é.
Naquela noite mesmo, depois de informar Sally, Heero foi procurar informações sobre Cézar nos registros militares, de trabalhadores das colônias, da Terra, fichas criminais, mas não achou nada. Tendo um nome latino o homem talvez tivesse algum registro na América ou talvez na Espanha. Finalmente encontrou alguma coisa, mas não era o mesmo homem que lhe telefonara. O registro de um reformatório acusara na lista um Cézar Gonzales de Lamarque, mas quando Heero abriu o arquivo, ele continha a foto de um garoto de óculos, pele morena e cabelos lisos bem pretos. Tinha uma cicatriz no lado direito do rosto, que lhe repuxava a pele do queixo de modo singular. O garoto da foto no entanto, tinha no máximo 12 anos de idade. A voz que Heero escutara no telefone era de um adulto, não de um garotinho.
Incomodado, Heero voltou a telefonar para Sally, para saber se ela já contatara todos os pilotos.
- Já falei com todos. Os 4 disseram que vão e o Duo falou pra você arranjar problemas mais cedo, acho que eram umas duas da manhã em L2 quando liguei pra ele.
Exatamente dois dias depois, os cinco pilotos gundam esperavam reunidos, em frente a uma loja qualquer em uma rua movimentada. Ninguém falava nada, apenas esperavam que alguém entre as pessoas que iam e vinham se dirigisse a eles.
Heero olhou em volta, procurando alguém suspeito, quando sua atenção deteve-se em um homem que caminhava em direção a eles. O homem era alto e tinha a barba por fazer. Aparentava vinte e poucos anos, usava óculos, tinha cabelos pretos lisos e uma cicatriz no lado direito do rosto, repuxando-lhe o queixo. Era simplesmente uma versão adulta do garoto de mesmo nome da foto que estava na lista do reformatório.
Heero o seguiu com o olhar, até que o rapaz atravessou a rua e todos perceberam que ele se dirigia a eles.
- Boa tarde, galera. – o homem falou.
- Você é Cézar? – Heero perguntou.
- Em carne e osso. Tudo tranqüilo, Heero? E vocês? Tudo beleza?
- Por que nos chamou aqui? – Wufei perguntou ríspido.
- Sempre direto, né, Wufei? – Cézar respondeu, com um sorriso no rosto.
O homem olhou em volta e ergueu a jaqueta que vestia.
- Viram? Nenhuma arma. Podemos ir para um lugar um pouco mais quieto pra conversarmos? Vocês escolhem, eu só vou atrás.
Os cinco pilotos se entreolharam, concordando em silêncio e tomando a direção de outra rua, menos agitada. Cézar os seguia aparentemente agitado. O que aquele homem queria? Não parecia fazer sentido serem contatados por alguém tão bem-humorado e que nunca haviam visto antes.
N/A2: Olá povo! Espero que este primeiro cap interesse vcs! No próximo cap vcs já saberão o q está acontecendo, então não deixem de ler! E por favor, deixem reviews! Até pq se houver interesse por parte do povo eu tenho uns 'extras' pra serem postados à parte e q acredito q vcs poderiam gostar. Então é isso. Avisando pra quem tá lendo história minha pela primeira vez q eu SEMPRE termino meus fics. As atualizações demoram 2 a 4 semanas, dependendo de quão atolada de trabalho/estudo eu esteja. Então é isso. Vlw por lerem e até o cap 2! Bjos!
