Meu amável leitor,
Antes que leia essa fic, quero dar-lhe algumas informações, para depois não vierem reclamar.
Eu não tenho uma sanidade mental muito boa, então se vocês se arriscarem a ler essa fic, não me responsabilizo por nada...
Portanto, se vai continuar a ler a fic, a única coisa que devo falar é boa sorte na sua trilha com essa fanfic que envolve uma volta ao tempo, um presente de aniversário, uma reunião marota e muita, muita confusão.
Respeitosamente,
Mary Lupin – sua dedicada autora.
Capítulo I: Meu filho?!
Harry acordou em um armário e levou um susto. Onde estaria? Tio Válter e tia Petúnia não iam trancá-lo no armário debaixo da escada novamente... E Harry não havia convivido 10 anos com aquele armário em vão. Harry o teria reconhecido. Aquele não era o armário. Abriu a porta e encontrou uma sala muito arrumada, em que ele nunca estivera antes. Haviam quatro pessoas sentadas em um sofá: três homens e uma mulher. A mulher era ruiva, tinha os cabelos lisos abaixo do ombro. Um dos homens tinha cabelos e olhos castanhos claro, curtos, suas vestes um tanto amarrotadas. O outro tinha cabelos bem negros caindo até o pescoço. E o terceiro homem, Harry teve que sufocar um grito, era como ver a si mesmo adulto, com algumas falhas. Ele não tinha os olhos verdes e não tinha a cicatriz. Harry ficou olhando para eles e eles para Harry. O homem de cabelos negros pegou sua varinha:
- Riddikulus! - apontou a varinha para Harry, e nada aconteceu.
Mais um silêncio desagradável na sala.
- E-eu não sou um bicho papão... - disse Harry, um tanto assustado com aquela cena. Não despregava os olhos do homem que era a sua cara. Até que veio em sua cabeça a frase que ele mais ouvia, depois de "Você é Harry Potter!": "Você é a cara de seu pai. Mas tem os olhos de sua mãe.". Então, aquele só podia ser seu...
- Pai...? - perguntou Harry. Ele olhou para a mulher, que tinha olhos verdes. "Os olhos de sua..."
- Mãe? - perguntou Harry.
- Quem é você? - perguntou o homem de cabelos castanhos. Aquele homem parecia muito, mas muito mesmo ninguém menos que Remo Lupin, mais novo.
- Lupin?...
- Como você sabe o nome dele? - perguntou o homem de cabelos negros. Se Remo e seus pais estavam lá, aquele só poderia ser...
- Sirius?
Tiago levantou-se do sofá e andou em direção à Harry.
- Escuta aqui, garoto, quem é você? Eu não tenho filho algum, como você pode...
- Pontas, ele é a sua cara. E... Lílian, ele tem os seus olhos. - disse Sirius.
- Quem é você, garoto?! - perguntou Tiago, ignorando Sirius.
- Harry... Harry Potter. - disse Harry, o mais baixo possível.
Mais um silêncio terrível entrou na sala. Harry não sabia o que fazer. O que havia acontecido com ele? Onde ele estava? Voltara ao tempo? Como era possível?
Lílian levantou-se e chegou mais perto de Harry.
- Querida, não chegue perto dele. - disse Tiago.
- Você... Se chama como? - perguntou Lílian, ignorando Tiago e chegando mais perto de Harry. - É... Harry Potter?
Harry afirmou, nervoso.
- Mas... Como você pode ser meu filho se... Quantos anos você tem? - perguntou Lílian.
- Dezesseis... Fiz... Dezesseis anos ontem...
Lílian virou-se para Tiago.
- TIAGO-PONTAS POTTER ME EXPLIQUE ISSO AGORA! QUAL É A DE VOCÊ TER UM FILHO?
- Lílian, ele não é só meu filho não! Ele tem os seus olhos, olha bem.
A ruiva virou-se para Harry e olhou para ele bem nos olhos.
- É... Bom...
- Ainda não dá para acreditar. - disse Sirius. - Vocês estão casados há 2 meses, não dá para ter um filho de dezesseis anos tão rápido assim, não é?
- Claro que não, Almofadinhas... Não me venha com suas ironias. - disse Tiago. - Mas, se você é nosso filho, então o seu padrinho... Para termos certeza que é mesmo nosso filho, quem é seu padrinho?
- Ele. - Harry apontou para Sirius. - Sirius Black.
- Só pode ser ele, Ti, eu já disse... - disse Lílian – Mas...
- Volta ao tempo. - disse Remo, que até agora permanecera calado.
Todos viraram-se assustados para ele.
- Volta ao tempo? - perguntou Lílian, cruzando os braços.
- É, volta ao tempo. Li isso em um livro há algum tempo atrás. Um certo objeto é enfeitiçado para as pessoas voltarem ao tempo. É claro que... nesse caso... - Remo olhou para Harry apreensivo - Não acho que um menino de dezesseis anos conseguiria fazer um feitiço tão complicado assim...
- Não fiz nada. Acordei dentro do armário. - disse Harry.
Sirius, que era o mais afastado de Harry andou até ele com uma expressão estranha até que...
- Fala aí, garotão! - Sirius deu um tapa nas costas de Harry, como uma forma carinhosa.
Harry tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu. Lílian olhou para o filho e deu um sorriso tímido, que Harry retribuiu. Tiago olhava ainda um pouco apreensivo, e Harry tentou olhar para ele o mais firme que pôde, para dar ao pai a certeza de que ele era realmente seu filho. Por um momento, eles se encararam, até que Tiago fechou os olhos e afirmou com a cabeça, como se tivesse entendido. Harry então virou-se para Remo, que sorria simpaticamente para ele. Sirius esperava ainda uma resposta de Harry.
- Ah... É... - disse Harry, tímido.
Lílian pegou a mão do garoto e andou com ele até o sofá, onde se sentaram e os outros seguiram o exemplo, menos Remo, que continuou em pé. - Vamos, ahn... filho, conte-nos... Você deve estar no sexto ano, não é? - perguntou ela. Harry afirmou com a cabeça.
- E eu aposto que ele é como nós, não é, Tiago e Remo?
- Na verdade não, mas...
- Não seja tolo, Sirius. - disse Lílian. - Ele deve ser como a mãe que não fazia baderna alguma e tira boas notas, não é?
- Não sou ruim com as notas, mas minha amiga é...
- Lílian, filho de Maroto, Marotinho é! - disse Sirius, insistindo.
- Então, é que eu...
- Sirius, você acha mesmo que ele faria isso? Claro que não, muito pelo contrário! Ele não deve perder nenhum ponto para a casa dele, que deve ser a Grifinória!
- Realmente, é a Grifinória, mas no primeiro ano eu perdi...
- Lílian!
- Sirius!
- Mas eu só quero dizer que eu...
- Ele é um Maroto!
- Nada disso, é um bom aluno!
- Maroto!
- Espera, eu...
- Bom aluno!
- Deixa eu falar...
- Maroto!
- Talvez sim, mas...
- Bom aluno!
- Talvez não, só que...
- Maroto!
- Não sei dizer...
- Bom aluno!
- Eu só queria dizer que...
- Sirius, Lílian, deixa o garoto falar! - disse Remo, de repente. Sirius e Lílian olharam para Harry.
- Obrigado... Hã... Na verdade, eu...
- Sou um maroto como o pai. - completou Sirius.
- SIRIUS BLACK! - essa foi a vez de Tiago reclamar.
Sirius olhou para o amigo, como quem não entendeu absolutamente nada. - Mas você não quer saber como seu filho é?
Tiago virou os olhos.- Por isso mesmo que eu quero que você cale a boca e deixe o menino falar.
- OK, desculpe. - disse Sirius.
- Na verdade, eu não sou exatamente um... Hã... "Maroto"... - Sirius o olhou com uma cara de horror e Lílian remexeu-se toda, com um sorriso de orelha a orelha, toda convencida – Mas também não sou o melhor da classe, minha amiga sim, a Hermione Granger é a melhor aluna... - O sorriso de Lílian murchou e Sirius sufocou o riso, enquanto Tiago cutucava ele e Lílian olhava feio para ele - E, bom... Os irmãos do meu amigo Rony... Eles são quase como os marotos, então... Hã... Bom...
- Mas nunca perdeu muitos pontos para a sua Casa, não é? - disse Lílian, seus olhos brilhando de esperanças. - Digo... sua Casa é qual?
- É... Grifinória. - todos comemoraram o fato – Mas... Bom, no primeiro ano eu... Fizminhacasaperdercentoecinqüentapontos. - Harry falou rápido e baixo enquanto eles comemoraram, para tentar fazê-los esquecer da pergunta.
- Não ouvi o que você falou, Harry. - disse Tiago, pela primeira vez, falando diretamente com ele como um pai. - O que você disse?
- Eu disse que... Noprimeiroano... EuedoisamigosfizemosaGrifinóriaperdercentoecinqüentapontos. - o rosto de Harry se confundia com os cabelos de Lílian.
- Você e depois dois amigos fizeram a Grifinória vender cinqüenta pontos? - perguntou Sirius.
- Harry... Eu aconselho que fale claramente... - disse Remo, sorrndo.
O garoto assentiu, fechando os olhos e suspirou:
- No-primeiro-ano-eu-e-dois-amigos-fizemos-a-Grifinória-perder-cento-e-cinqüenta-pontos. - disse Harry.
Silêncio.
- O QUÊ?! - gritou Remo, precisando se apoiar na mesa para não cair.
- No... primeiro... ano... eu... e... dois... amigos... fizemos... a... Grifinória... perder... cento... e... cinqüenta... pontos... - disse Harry, respirando fundo a cada palavra.
- COMO?! - perguntou Sirius, estarrecido.
- Na PORCARIA do primeiro ano eu e dois amigos INFELIZES meus fizemos a DROGA da Grifinória perder MALDITOS cento e cinqüenta pontos!! - disse Harry.
- HEIN?! - perguntou Lílian, pulando do sofá e quase levando o marido junto.
- N-O-P-R-I-M-E-I-R-O-A-N-O-E-U-E-D-O-I-S-A-M-I-G-O-S-F-I-Z-E-M-O-S-A-G-R-I-F-I-N-Ó-R-I-A-P-E-R-D-E-R-C-E-N-T-O-E-C-I-N-Q-Ü-E-N-T-A-P-O-N-T-O-S!!!! - gritou Harry.
- Como... é que é? - disse Tiago, ajeitando os óculos.
- Não me faça repetir, vocês JÁ entenderam. - Harry, cruzou o braço e se jogou um pouco mais desleixadamente no sofá. - SACO. - bufou.
Todos olharam para Harry.
- O jeito irritado da Lílian... - disse Tiago.
- E o desleixo do Tiago... - disse Lílian.
- ESSE É MEU FILHO! - Lílian e Tiago abraçaram Harry ao mesmo tempo, fazendo com que ele perdesse a respiração.
- Ai, meu afilhado, que bonitinho! Sendo esmagado pelos pais até morrer! - Sirius abraçou Remo e começou a esfregar a bochecha no braço dele. - Ai, ai, que coisinha mais fofa! Ele é tão boni...
PLOFT.
- Mais uma dessas, Almofadinhas, e você é um homem morto. - disse Tiago.
- Você sabia que essas almofadas são duras, Tiago?
- O Almofadinhas foi almofadado, isso não é... bonitinho? - disse Tiago, mais irônico impossível. - Meu amiguinho bonitinho! - ele pegou a almofada que estava caída no chão e esfregou na cara de Sirius.
- Báfa dom fifo! - disse Sirius. - Fifo bói!! Fondas, feu dou badar fofê!
Tiago tirou a almofada do rosto de Sirius – Acho que sua amiguinha almofada não está muito feliz com você, Almofadinhas... - todos riram, menos Sirius.
- Eu acho que não teve graça. - disse Sirius, cruzando o braço.
- E eu acho que você não deve gozar da cara do meu filho. - disse Tiago, sorrindo.
- Que há 5 minutos atrás você não acreditava ser seu filho.
- E você que achou que ele era um bicho papão?
- Nunca se sabe...
- Ele é feio, é?
- Não estou dizendo isso só que...
- Parou, parou, parou... - disseram Lílian e Remo juntos, entrando entre os dois, Lílian na frente de Tiago e Remo na frente de Sirius.
- Escutem, marotos – disse Lílian – Eu tenho que ir trabalhar, portanto cuidem direito do meu filho. E, Harry... Tome cuidado com o senhor Almofadinhas...
- Ele é meu padrinho... - disse Harry, olhando para a mãe.
- E eu sua mãe. - disse ela, pegando sua bolsa, dando um beijo estalado no filho e dando um aceno para os outros.
- Evans! - disse Tiago, com os braços cruzados, batendo o pé.
Lílian virou-se para ele e disse, com um sorriso enorme:
- Siiiiiiiiiiiiiiim? - e completou – Para seu governo, POTTER, eu agora sou Lílian Evans POTTER.
- O filho recebe, mas o marido não?
- Ah, esqueci... - ele foi até ela e...
- Isso é... nada agradável, eu diria. - disse Sirius, tirando os óculos de Harry e tampando seus olhos. - E impróprio para menores.
- Sirius, deixa de ser – disse Tiago – Ele tem que ver como ele é o fruto de um amor tão... puro e maravilhoso, não é, amorzinho?
- Não quando estávamos em Hogwarts, não é, queridinho? - disse ela, apertando a bochecha dele. Todos deram risadas, e Lílian foi embora.
- Esse é o tipo de exemplo – disse Tiago, com a mão na bochecha. - Quemeu filho não deve seguir.
- Sabe do que está na hora, Tiago? - disse Sirius, com um sorriso maroto.
- Iih, começou... - disse Remo.
- Ora, Remo... Você é um maroto também. - disse Tiago, com o mesmo sorriso que Sirius.
- OK... Vamos liberar meu lado maroto, já que insistem... Harry, venha para o quarto... Temos que ter uma... conversinha. - Remo de um sorriso igual ao dos outros e foi seguindo os outros.
N/A: E aí, o que acharam?! Espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo!
Respeitosamente,
Mary Lupin.