Inicialmente, era para ser uma one-shot. Posteriormente, uma two-shot. Um tempo depois, pensei em fazer apenas cinco capítulos. Agora... Bem, ela criou vida própria, e não segue mais as minhas ordens!
Se é que um dia as seguiu.
Disclaimer: Naruto e seus respectivos personagens não me pertencem.
Classificação etária: M
Contém spoilers
Dedicatória: Para duas personas muito especiais que, direta e indiretamente, incentivaram-me a escrever esta estória: Thaths e Kahli Hime (suas lindas, muitíssimo obrigada pelo apoio! =DD)
Ouça Rita Lee, e descubra estórias fantásticas dentro de você!
Não era como se fosse tudo sua culpa, mas digamos... Digamos que as coisas tenham saído de controle.
Para Thaths & Kahli Hime
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O plano
Prólogo
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— Kakashi-sensei, não acha melhor pararmos nas fontes termais? – Naruto dizia, enquanto tomava à dianteira.
— Não é por estarmos a caminho do País das Fontes Termais que devemos parar em alguma fonte termal, Naruto. – Sakura o respondeu. — Não é mesmo, Kakashi-sensei?
Avançavam rapidamente por entre a floresta, pulando de galho em galho.
— Estamos, aproximadamente, duas horas adiantados, Sakura. Talvez não seja nenhum problema se pararmos um pouco. É claro, se todos estiverem de acordo. – respondeu o sensei, indiferentemente.
— Na verdade... – a moça tentou protestar.
— Estamos sim! – Naruto a interrompeu. — Não é mesmo, Sai-teme?
— Bom – Sai começou. —, de fato é bastante agradável visitar as fontes termais. Um livro dizia que existem diversas crenças em relação à origem delas, no entanto, não passam de águas subterrâneas aquecidas por processos de vulcanismo ou pelo calor causado pela variação do interior da terra. – ele sorriu triunfantemente. — Sabe, será bastante afável fazermos uma visita. Só não será agradável estar com você lá, Naruto. O seu pintinho encolhe ainda mais na presença dos outros. Li em um livro que...
— O meu pinto não é pequeno! – Naruto grunhiu, avançando no garoto pálido. — Não ouse repetir isso, seu bastardo!
— Normalmente, os homens se sentem muito ofendidos quando descobrem que as suas genitálias não são de um tamanho satisfatório, segundo um livro. – dizia o ninja desenhista monotonamente. — Parece que fere o seu orgulho masculino, ou algo do tipo.
— O meu pinto não é pequeno! – berrou o loiro.
— Ok, garotos, ok. – Sakura interviu na discussão, já prevendo as horas de debate que poderiam acontecer. Se ela não os interrompem-se, isto é. — Vamos deixar essa história de... Orgulho masculino de lado e prosseguir para Yugakure, ok?
— Nada disso, Sakura-chan, a votação ainda não acabou, falta o Sasuke-teme votar! – o loiro alertou. — E então, teme, vamos ou não?
— Hn.
Mas aquilo não era uma resposta muito esclarecedora para todos, exceto para o próprio Uchiha.
— Mas o quê diabos significa esse hn? – a rosada indagou.
— Na língua Uchiha-teme-metido, hn significa "sim!, com a mais absoluta certeza". Ou qualquer outra coisa positiva, do tipo: "O Naruto sempre foi e será um ninja melhor do que eu", tô certo.
— Aham, só não se esqueça do pintinho. – advertiu Sai.
— É!... O quê? – o loiro já avançava no companheiro de equipe.
— Naruto, o Sasuke-kun não deu uma resposta satisfatória. – a garota da equipe disse, cansada. Aquelas discussões sobre o... er... "orgulho" de Naruto já estavam se tornando frequentes, durantes as missões. E, francamente, uma fonte termal não era um lugar onde o tópico seria esquecido tão facilmente. — Que tal irmos direto para o País das Fontes Termais, pegarmos o nosso quarto e cada um tomar uma chuveirada? Chuveiradas são ótimas, não acham?
— Sim, são ótimas Sakura-chan. Mas fontes termais são melhores ainda. Sinceramente, Sakura-chan, eu não entendo o porquê de você estar tão do contra hoje.
— Não estou do contra, Naruto. Eu só... – ela só queria evitar mais dores de cabeça, afinal, depois de tantos anos juntos em missões, era óbvio que as coisas terminariam em brigas.
Sai provavelmente iria dizer que Naruto tinha o orgulho pequeno, Naruto iria chamá-lo de bastardo transparente, Sakura tentaria intervir na discussão fazendo com que Sai chamasse-a de feiosa despeitada e ela o chamaria de palmito-nin, Naruto tentaria consolá-la dizendo que contempla os peitinhos dela, e ela quebraria a cara dele. E depois, seria ela a ficar com dor de cabeça, claro, como sempre.
Definitivamente, as fontes termais deveriam ser evitadas.
— Por mim tanto faz. – O Uchiha soltou do nada, como se não houvesse importância todo o destino e a discussão que os aguardavam.
— O que você disse? – Sakura não queria acreditar.
— Eu disse que por mim tanto faz. – repetiu o moreno.
Naruto sorriu triunfantemente, acompanhado por Sai – que apesar de não esboçar um sorriso tão largo quanto o amigo, já arquitetava as maneiras de como incomodá-lo, posteriormente.
E Sakura? Bem, essa já matutava em qual bolso havia guardado a sua aspirina.
— Todos decididos? – o Ninja Copiador indagou.
— Hai. – responderam quase todos em uníssimo, se não fosse por Sasuke, que permaneceu calado.
Como sempre.
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— Não acho esse lugar apropriado. É nojento. – guinchou a garota de cabelos cor de rosa. — Além do mais, não ficarei no mesmo espaço que vocês!
— Não temos culpa que seja unissex, Sakura-chan. – Naruto se defendeu. — Mas não há problema algum nisso, nenhum de nós se incomoda.
— Vocês não se incomodam? Seus pervertidos de uma figa! Se for para ficar em uma fonte termal, contra a minha vontade, que seja num lugar decente!
— Por favor, Sakura-chan, prometemos que não iremos te espiar!
Com o olhar de cachorro sem dono – faminto e sarnento – de Naruto, Sakura quase foi persuadida. Quase. Afinal, ao observar os demais companheiros, a verdadeira perspectiva da realidade delineou-se em seus orbes esmeraldinos.
Primeiro havia o próprio Naruto, famoso por ser pego ao tentar espiar os vestiários femininos de toda a vila; além de ser discípulo do "Ero-sennin", como o próprio garoto chamava seu mestre Jiraya. Assim, como confiar no discípulo do maior depravado de Konoha? Além do mais, constantemente ele fazia aquele jutsu sexy, e sério, era perfeito no quesito semelhança com o as formas femininas. Em quem ele andou se espelhando? Ele era um depravado, tão quanto os seus professores.
Em segundo vinha Sai, um garoto bizarro que, estranhamente, não possuía qualquer pigmentação na pele e era fissurado em livros. Todos os tipos de livros. Uma vez, o garoto chamou-a para treinar novos estilos de taijutsu, que havia encontrado em um livro da biblioteca pessoal da hokage. Ela aceitou – por que não aceitaria? Mas no fim, acabou achando as coisas um pouco estranhas. Sai pedia que ela ficasse de quatro e escapasse do seu enlace, ou então, deitados no chão, ele jogava uma das pernas da kunoichi em seu ombro, enquanto circundava a outra na cintura, movendo-se de forma intrigante. É claro que ela estranhou os golpes, e então resolveu conferir o livro. Sim, aquele maldito livro de bolso. Surrado e manchado – sabe-se lá do quê. Aquele maldito Kama Sutra, que resultou na maior surra que ela deu em Sai. Ele não é confiável, é um maldito pervertido que põe a culpa nos livros. Maldito!
Também tinha Sasuke, que apesar da pose cubo-de-gelo-Uchiha-de-ser, não passava de mais um pervertido, que só pensava em reconstruir seu clã, nem que para isso devesse... er... fornicar o dia todo. Sim, a kunoichi bem que tentou seguir esse ritmo "coelho" do Uchiha, mas as coisas não deram muito certo. Depois da Quarta Guerra, o moço voltou com o rabo entre as pernas, aceitando quaisquer punições em troca da sua permanência em Konoha. Sua shishou, após persistir muito com o conselho, concedeu-lhe uma prisão domiciliar por um ano inteiro, e bem, durante esse tempo, Sakura mostrou-se muito solidária ao então ex-colega de time. Solidária até demais, diga-se de passagem. Mas as coisas não eram tão boas, ou melhor, ele não era muito bom naquilo, apesar de praticar o dia inteiro. Contudo, não era apenas isso que a incomodava, havia também o fato dele tentar controlar o ciclo menstrual dela. Pois ele queria filhos, e já! Além do mais, o rapaz não tinha nem a decência de conversar com ela – numa conversa de verdade. Céus, por que ele não era como em seus sonhos?
E por último, mas não menos pior, estava seu velho sensei, Hatake Kakashi, oh sim, o lendário ninja de mais de mil jutsus, sim, o filho do tão destemido Canino Branco, e também, o ninja cretino que vive com o rosto enfiado num livreto laranja, de autoria de Jiraya. Sim, o mascarado conhecido por suas excentricidades e por ser fã número um da série Icha Icha. Neste momento, Icha Icha Paradise estava em suas mãos. Todos os dias estavam, desde que ela o conheceu, e provavelmente, até mesmo, bem antes disso. Que tipo de perversões poderia estar naquela mente doente?...
— E então, Sakura-chan?
A garota observou Naruto, que sorria bobamente. Depois olhou para Sai, Sasuke e Kakashi, respectivamente. Todos permaneciam impassíveis, dentro de seus próprios pensamentos.
Mas é na indiferença em que se localiza o perigo.
— Não, Naruto, não. Eu já disse que esse lugar é inapropriado, e também, olhe bem a sua volta, está tudo uma imundice! Não me surpreende que esteja nesta penumbra.
— Mas Sakura-chan... – choramingou o rapaz.
— Não insista, Naruto. Se continuarem assim, mandarei imediatamente um relatório para a shishou avisando-a que, seus melhores ninjas, ao invés da missão, preferem ficar numa fonte termal capenga!
— Yare, yare. – o grisalho mascarado se intrometeu. – Não vamos incomodar a Hokage por algo tão bobo assim, não é? E ninguém deseja ver aquela distinta senhora estressada rachando a cabeça do seu velho sensei.
— Como se você não merecesse. – resmungou a kunoichi, recebendo o apoio de seus colegas de equipe.
— Hey, eu só estou tentado firmar um acordo por aqui.
— Mas não há acordo por aqui, Kakashi-sensei. – o loiro murmurou. — A Sakura-chan não quer ficar na fonte termal, e nós queremos! Não há acordo, sensei, alguém sairá prejudicado nessa história, tô certo.
Oh kami-sama, por que seus alunos tinham que ser tão problemáticos? Tudo era motivo de rebelião. Sim, tudo. Desde o último bolinho de arroz ao sumiço de um singelo sutiã tamanho P – não que ele conhecesse pessoalmente a lingerie desaparecida, longe disso, mas Sakura não poupou detalhes sobre a peça. Rosa bebê, enfeitada com pequenas cerejinhas e lacinhos vermelhos. Um tanto infantil para uma moça de... er... Dezessete anos? Ou seria quinze?
Não importa. São problemáticos.
— Façamos o seguinte – disse preguiçosamente —, seguiremos a caminho de Yugakure...
— Mas...
— E quando chegarmos lá – continuou. —, procuraremos uma fonte termal de acordo com a exigência de cada um.
— A única exigente aqui é a Sakura-chan. – o Uzumaki resmungou.
— Então escolheremos um lugar conforme as exigências da Sakura.
— O quê? – o loiro bagunceiro não queria acreditar no que acabara de ouvir.
— Obrigada sensei! – a garota se jogou nos braços do mascarado, esquecendo-se de qualquer pensamento mal que tinha por esse.
— Yare, yare. Agora vamos.
— Hai. – responderam quase todos em uníssimo, se não fosse por Sasuke, que permaneceu calado, e por Naruto, que planejava a sua vingança.
Oh, sim, Uzumaki Naruto havia perdido a batalha, mas não a guerra. E se Sakura e Kakashi pensaram que as coisas permaneceriam como se encontravam, estavam redondamente enganados.
Como diria o Sasuke-teme, a vingança é um sorvete de genjutsu, servido numa taça de sharingan. Ou seria um sorvete de taijutsus numa taça de Rock Lee?... er... Que seja, o que importa é que ele iria se vingar, e todos iriam ver que com Uzumaki Naruto não se brinca!
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:: Próximo Capítulo: Algumas verdades ::
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Curtiram?
Em breve estarei de volta ;D
Beijos,
Pimentinha.
