Notas do autor: Para tentar reanimar a sessão portuguesa de Beyblade, sete dias, sete drabbles, para começar uma história com Kai.
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Ele estava acabado, feito, arrasado, destruído, qualquer sinónimo que quisesse utilizar, e ele sabia isso muito bem.
Era uma noite fria, gelada, capaz de lhe enregelar os ossos, usava o seu cachecol já comum, e roupas quentes, que no entanto eram incapazes de impedir que o gelo se enterra-se no seu corpo.
A sua respiração saia, fazendo um bafo que se destacava em relação ao branco, branco que cobria tudo, incluindo ele.
Seus pensamentos estavam a ficar toldados, os seus raciocínios mais básicos, a temperatura do corpo a descer, e o seu corpo, já pálido, a tornar-se ainda mais pálido.
Kai usou a pouca energia que lhe restava para se amaldiçoar a si mesmo por ter sido tão descuidado, quem é que na sua certa sairia de casa para uma tempestade de neve? Casa era onde o calor estava, havia fogo, aquecimento central….Kai sorriu por entre a neve que lhe cobria os olhos…a escuridão estava a começar a sobrepor-se a tudo o resto, já não conseguia sentir as pernas, os braços, até o seu peito, toda a dor que lhe tinha passado, todos os desapontamentos, as traições, tudo o que sentira na sua vida a apagar-se, por uma das primeiras vezes na sua vida…estava feliz, viu os seus amigos, ao longe, sorrindo-lhe, e depois….nada mais, apenas a paz que a vida lhe negara.
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Número de palavras:223 (contagem do word)
Título: Paz