Nota da autora:

Minha primeiríssima fic!!! tirando aquela série de songfics que quase ninguem comenta, embora eu veja que o povinho le inteira...

O autor ama comentários, beleza? (:D)

Bem, eu mudei algumas coisas do capítulo 01, então espero que gostem! (Graças a Ameria e a Rosy, valeu viu!)

Bjos (comentem please)

Lara

Capítulo 01 - Porque eu?

Harry estava sentado em sua cama na rua dos Alfeneiros, como era de costume... Já haviam se passado algumas semanas desde que voltara para a casa de seus tios... Não lhe agradava ficar um minuto sequer embaixo do mesmo teto que os tios, mas embora soubesse o por que de ter que fazer isso, era crescente a dor que sentia em seu peito. Há apenas algumas semanas, havia mandado seu padrinho para a morte certa ao invadir o Ministério. Agora, todos sabiam que ele falava a verdade sobre Voldemort ter retornado ao poder (e agora até mais poderoso), apesar de ter sido considerado durante um pouco menos de um ano, um completo psicótico, lunático, maluco, doido ou qualquer outra coisa do gênero. Mas ele daria qualquer coisa para ter seu padrinho vivo de novo. Como ele queria apenas conversar com Sirius mais uma vez!

Sentia-se sujo, diferente... Sentia-se além de tudo, culpado. Há algumas semanas, havia descoberto o porque de Voldemort querer tê-lo matado ainda bebê, o porque de não ter pais vivos, o por que de ter que voltar a viver com os Dursley todo verão; por causa de uma profecia idiota. Isto o deixava ainda pior. Não entendia: se ele um dia iria derrotar Voldemort (ou morrer tentando) ele teria que ser poderoso. Mas ele não tinha nenhuma qualidade superior ao de qualquer outro bruxo de sua idade e até mais velhos. Mas será que aquilo, de fato era verdade?

Uma vozinha em sua mente pareceu despertar alegremente, como se sempre estivesse sempre estado escondida e adormecida em um ponto de sua memória, bem enterrada em sua cabeça. Harry se lembrou do que Lupin dissera sobre o Patrono... Um feitiço extremamente poderoso e complicado que Harry o fizera com perfeição aos 13 anos de idade, contra mais ou menos 100 dementadores. Bem, também teve aquela vez que apareceu em cima do teto da escola fugindo da trupe de Duda... Sim, ele talvez tivesse aparatado? Nunca havia pensado nisso. Mas de que outra forma um bruxo poderia se teletransportar para outro lugar sem a varinha instantaneamente?

Harry foi até a janela onde se sentou de bruços. Certamente, aquelas duas experiencias tinham sido apenas pura sorte... ou será que não? Se lembrou de seu segundo ano, quando lutara contra um basilisco... Ah, bem aquilo não tinha sido nada agradável, mas Harry havia matado sim um basilisco... Escapara de um dragão no Torneio Tribuxo, lutara com Voldemort mais vezes que todos os outros e ainda estava vivo para contar a experiência. Também era ofidioglota, e o chapéu seletor havia lhe dito: "você poderia ser grande".

Mas porque apenas poderia ser grande? Será que a maior provação que estaria por vir seria levantar a cabeça e dizer, que sim, ele era o melhor, que ele seria capaz de executar qualquer feitiço, e que sim, iria encarar seu destino com orgulho e determinação até o fim?

Olhou um pouco mais alegre para as estrelas desejando que sua confiança não fosse em vão... Mas quem sabe não seria? Quem sabe não poderia deixar todos a sua volta orgulhosos? Será que nunca deixava ninguém assim? Pegou mais uma vez a carta que havia recebido um pouco mais cedo aquela noite... A carta que continha o resultado de seus NOM´s... Parecia bobagem, mas não havia aberto, até aquele instante. Abriu a carta de uma vez, apenas lendo as notas. Quase gritou, como aquilo seria possível?

Sim, havia recebido Excepcional em Defesa contra As artes das trevas (mais extras), em Trato das Criaturas Mágicas, Poções (não tinha certeza como, mas tinha conseguido) e em Feitiços. Parou por aí. Será que apenas aquele erro de confundir os feitiços de cor com os de crescimento havia passado despercebido? Talvez o escrito tivesse compensado o exame prático, dando a média. Não sabia explicar, Havia tirado 4 Excepcionais! Estava extremamente feliz...

Transfiguração ficou Excede Expectativas (sorriu ao constatar que poderia ser Auror), junto com Astronomia e Herbologia... Adivinhação e História da Magia estavam com um grande T (trasgo) marcado, mas nem sequer se importou. Poderia ser Auror, ia poder estudar para se tornar o que ele mais queria... Auror. Dessa vez leu a carta com um pouco mais de calma... Para completar a alegria, poderia voltar a jogar quadribol (ainda bem sua megera maldita) já que a Umbridge tinha saído. Com um sorriso no rosto percebeu que se as coisas ficassem nesse caminho por um tempo não iria reclamar nem um pouco. Afinal, somos quem somos, e não o que querem que sejamos.

Com um sorriso no rosto, Harry contemplou o nascer do Sol, pensando que agora tudo iria melhorar: iria se esforçar no que queria e precisava, mas também ia continuar a ser o mesmo Harry de antes. Só que dessa vez, não ia deixar aqueles que mais ama morressem. Lembrou abruptamente de Sirius, seu querido padrinho... O mais próximo de um pai que já teve.

Uma onda de tristeza o fez parar de sorrir e começar a pensar que talvez se não tivesse sido tão burro de ter ido ao ministério, ele estaria vivo. Pensou em tudo que ele ainda queria conversar com Sirius... Com um olhar distante contemplou o céu rosa-alaranjado que ia ficando azul, de acordo com a passagem do tempo. Pensou em todo o sofrimento que Voldemort havia causado para ele...

Mesmo que tenha que estudar noites e mais noites, mesmo que tivesse que parar de ficar conversando com Rony durante as aulas, iria detê-lo. Jurou que ia se esforçar ao máximo para parar com todo o sofrimento que ele estava causando em todos. Jurou para si mesmo que isso nunca mais ia acontecer e que era ele, que ia deter isso. Custe o que custasse, ele ia deter a onda de pavor que estava para nascer...

E para seu espanto, não sentia medo algum do futuro...