Desclaimer: Naruto não é meu. O Gaara é.

Cena do começo baseada no anime Hidan No Aria (Aria the Scarlet Ammo). Mas também não me pertence.

História baseada total e inteiramente na Karin. Se você não gosta dela não leia, oras.


22h:17min PM - Tóquio

Munições e Armas diferentes jogadas em todo o quarto bagunçado com uma concentração maior de balas no criado-mudo. O quarto era grande, espaçoso e luxuoso, a janela fechada não deixava a chuva forte da noite entrar ali. O escuro só era preenchido por duas luzes dianteiras penduradas na parede, bem fracas e amarelas.

Uma mulher ruiva dormia com uma expressão dolorida abraçada a uma Beretta 92 FS, como se isso fosse seu ursinho de pelúcia. Estava com uma roupa de colegial rasgada, a saia franzida não escondia os restos das armas que estavam dependuradas em seu corpo. O coz da Beretta, do lado direito da coxa, estava vazio, o do lado esquerdo estava ocupado com uma metralhadora-pistola Mp5, mas embaixo na batata da perna estavam duas katanas curtas, quase parecidas com facas, mas com a bainha com detalhes em ouro, e a lâmina sendo de aço puro. Seu corpo estava arranhado e ferido, fazendo o sangue seco se formar dentre os lençóis de seda-pura.

O uniforme rasgado da mulher amostrava seu colete a prova de balas, assim como o revólver calibre 38 prata que havia ali no vão do braço. O outro lado estava vazio.

Em meio das muitas balas que estavam no criado-mudo, um celular começou a tocar. Algumas balas caíram ao chão, por causa do vibratório, fazendo barulho e a garota abriu os olhos lentamente, um após o outro, se sentando com dificuldade na cama. Parecia machucada.

Ofegou ao sentir o estalo em sua costela, estava realmente machucada. Hora de ligar para a Hinata.

Tateou o criado-mudo ao seu lado, fechando os olhos em dor novamente. Gemeu ao tocar embaixo de seu seio, e atendeu o celular, levando algumas balas consigo até o ouvido.

-Karin. – Atendeu, com um gemido. Algumas balas caíram entre suas coxas.

-E então? – A voz mecânica perguntou.

-Depois de dois meses escoltando aquele pivete desgraçado, trabalho completado, apesar de ter sido bem complicado matar ele depois. A Kurenai se meteu onde não foi chamada, descumpriu as ordens dadas. – Levantou cambaleante, chutando um rifle pra debaixo da cama sem querer, e pisando em munições sem nenhum problema, andando com dificuldade até a saída do quarto.

-Ela será punida por isso. Trabalho sem maiores problemas? – Perguntou.

-Não. Traga a Hinata até aqui. Estou bem ferida. – Andou pelo corredor e as luzes se acendiam automaticamente.

-Irei providenciar imediatamente. O dinheiro da missão de Rank-A já está em sua conta, Karin Scarlet.

-Ok, peça pra ela vir rápido, e amanhã pela tarde eu apareço pela sede. – Desceu as escadas se segurando no corrimão.

-Certo. – Desligaram e Karin se arrastou até a cozinha, e todas as luzes da grande mansão se acenderam automaticamente.

Abriu a geladeira, pegando água e jogando na sua boca com avidez. Sentia seu corpo pesado, a luta tinha sido intensa. Respirou fundo, fechando a geladeira e analisou seu estado. Ouch!Iria dar trabalho para Hinata. Bem, pelo menos aquela vagabunda tinha saído da luta bem pior que ela.

Tinha protegido juntamente com Kurenai por dois meses Jun Yamamoto – Filho de um ministro pouco conhecido, porém bem rico. Já não havia gostado daquela missão por que era pra cuidar de uma criança, ainda mais em dupla... Mas aceitou. E a criança era uma peste. Teve até que se fingir de colegial para protegê-lo! O menino era perseguido por alguns caras que rituavam magia negra, afirmando que o garoto era o presságio do mal. Ou seja, perseguição em massa. Nada que não pudesse ser resolvido com uma mira certa e várias armas. O problema, é que Kurenai havia se apegado ao garoto, e no final, Karin tinha de matá-lo por motivos ocultos. Não havia sentido aquela proteção de Kurenai aquele pivete, ele até teve a ousadia de encostar em sua Beretta!

Karin fechou as mãos em punhos ao lembrar-se daquele peste não querendo entregá-la seu xodó. Sorriu ao lembrar-se do tiro entrando lentamente na cabeça do menininho indefeso e jogou a cabeça para trás, com um sorriso grande ao lembrar-se do desespero de Kurenai e depois da surra que havia dado nela, apesar de ter saído bem machucada.

Sentou no sofá, afastando alguma Glock que estavam ali e se deitou, olhando para o teto e aproveitando o silêncio, enquanto esperava Hinata, a melhor médica da sede e sua médica particular chegar.

~Beijos de Princesa.~