Necessidade de Você
Sinopse: Dois adolescentes-adultos, vivendo na mesma escola, mas com vidas diferentes. Eles não sabiam muito um sobre o outro, e não poderiam imaginar o que aconteceria quando se conhecem melhor...InuKag/SanMir/SesRinDisclaimer: Acho que eu tenho que dizer que o Inuyasha não me pertence, né? Sei lá...vai que a Rumiko acha que eu os estou roubando XD não que seja mentira ; )
N/A: Bom, eis que eu sustentei o desafio de fazer uma fic colegial, lidando com todos os malditos clichês inevitáveis, mas estou eu lutando para criar algo legal. Eu ainda prefiro avisar que não sei bem como as coisas vão acontecer, mas de fato algumas vão acontecer e eu vou vendo como tudo se encaixa ao longo da história. Assim espero.
Alguns de vocês vão estranhar a falta de alguns personagens, mas se acalmem; Eu tenho as minhas idéias em mente...qualquer coisa, podem perguntar.
Bom, acho que nada mais a declarar...boa leitura
Carin-chan.
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Primeiro Capítulo: O dia em que te conheci
Estamos num mundo idiota, cheio de idiotas que não param de fazer idiotices a todo momento. Essa história é mais uma daquelas toscas e idiotas que você encontra, falando sobre tais idiotices. Tá, tudo bem...ela pode até ser um pouco legal, mas sinceramente, isso pra mim não importa. O meu desejo é de apenas contá-la, independente se você gosta ou não. Eu quero só relatar o que se passou...uma parte de mim.
O que eu venho a escrever faz parte do meu passado, presente e futuro: faz parte da minha vida.
Tudo começou... bom, na verdade, coisas desse tipo não acontecem de um dia para o outro; é tudo um processo. Porém, eu quero poupar a minha e a sua paciência de ter que escrever e, no seu caso, ler coisas que não sejam tão relevantes para o entendimento dessa história. Mas continuando, as coisas começaram a acontecer efetivamente (digamos que foi um início) em mais um dia daquele meu antigo cotidiano escolar monótono e chato. Nesse dia, eu tive a minha real primeira oportunidade no qual eu poderia vir a conhecê-la. Eu não estou falando de "conhecer" no sentido de ter contato visual, mas sim de lidar e entender tal pessoa. Eu não imaginei - e nem poderia - que tanta coisa pudesse surgir a partir daí...
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A entrada do colégio Higawa era muito grande, majestosa e, principalmente, movimentada. Naquele lugar transitavam inúmeros estudantes de aparências e personalidades diversas: metidos, tímidos, filhinhos-de-papai, ricos, classe média( não era um colégio baratinho; era um dos mais caros da cidade), patricinhas, revoltados, CDF's, playboy's, nerds, sociais, comuns, grunges, certinhos, largados, padrão... por aí vai. Por hora, um adulto ou outro ultrapassava aquela multidão adolescente, podendo ser um professor, um responsável de algum aluno, um estagiário ou um mero funcionário qualquer.
Naquela manhã, um certo jovem percorria o seu habitual caminho até sua sala de aula, a qual ficava no segundo andar na parte oposta à entrada da escola. Seus passos agora ecoavam pelo corredor principal dos armários estudantis, no interior do estabelecimento, misturando-se ao som das inúmeras vozes pertencentes aos indivíduos que ocupavam o local ou simplesmente percorriam-no assim como fazia o nosso jovem, indo em direção às suas respectivas salas de aula. No caminho ele observava aqueles seres que ele considerava ridículos, fúteis, idiotas e irritantes. Todos com as suas vidinhas estúpidas, pouco se importando com o resto do mundo, a não ser seu próprio umbigo. Achava difícil lidar e conviver com aqueles seres mesquinhos. Porém, ao mesmo tempo em que ia caminhando, as outras pessoas não deixavam de observá-lo também. Ele sempre chamava atenção.
Também pudera: era um garoto de 17 anos, cabelos longos, lisos, sedosos e prateados; olhos cor-de-mel e possuía um porte atlético por ser forte, alto e com músculos bem definidos. Com certeza você está pensando agora que, com todas estas qualidades, o jovem de nome Inuyasha Taishou chamava atenção por ser muito bonito, tendo muitas garotas aos seus pés e a inveja de companheiros do mesmo sexo. Certamente que ele era bonito e que deveria fazer esse sucesso todo. Sim, DEVERIA. Na sua descrição feita acima faltou um pequeno detalhe(que não se tornou tão "pequeno"): possuia duas orelhinhas de cachorro no topo da cabeça, característica que evidenciava que ele não era um ser humano e, em um colégio em que só se estudavam humanos, o rapaz acabava sendo diferente(N/A: Nessa fic há colégios feitos para youkais e outros para humanos, onde eles estudavam separadamente por causa de suas diferenças, mesmo que tal sistema valesse apenas para escolas). No caso de Inuyasha, era um meio-youkai, razão pela qual era encarnado, apontado, implicado, motivo de "piada", descriminado, difamado. Essa sua natureza diferente fazia com que as meninas não quisessem se envolver com ele e sim se afastassem(ok, elas sabiam muito bem que ele era muito bonito e algumas até admitiam isso e se interessavam, mas por este ser tão impopular no local, acabavam preferindo manter a distância) e os homens quisessem tirar vantagem dele( não que conseguissem muita coisa com o rapaz, pois este era bem forte e não se deixava intimidar tão facilmente...assim, costumavam chegar em Inuyasha somente quando estavam em "bandos" ou como fazia a maioria, falavam pelas costas dele). Por fim, Inuyasha possuia uma última característica interessante a se comentar neste momento: era bem rico. Seu pai era dono de uma empresa de telecomunicações e uma rede de bancos ligada a esta, tornando a família Taishou uma das maiores detentoras de dinheiro e poder no país. Apesar de tudo isso, pouquíssimas pessoas naquele recinto escolar tinham conhecimento da condição financeira de Inuyasha, já que este procurava não chamar atenção quanto a isso. Afinal, usar de vem enquando uma roupa de marca ou um tênis caro não significava muita coisa, tendo em vista que muitos outros faziam o mesmo.
Voltando a nossa jornada no percurso do rapaz até sua classe, eis que ele encontra o destino procurado. Ao atravessar a porta, ele procura um lugar vago ao fundo da sala, onde costumava se sentar. Após acomodar-se em uma carteira no canto direito, encostado à parede, Inuyasha passa a observar os alunos que adentram o lugar assim como ele acabara de fazer, a fim de que ajudasse a passar o tempo. Ficou olhando aqueles idiotas caminharem até seus respectivos lugares sem pensar muito...até o momento em que uma pequena algazarra se iniciou por parte de uma das pessoas a qual Inuyasha mais detestava naquele lugar: Shikato Bankotsu.
Com 17 anos, moreno, alto, cabelos longos e negros, presos em uma charmosa trança, forte e olhos tão negros quanto seu cabelo, Bankotsu era um enorme alvo de cantadas e admiradoras na escola. Este fato ainda era acentuado por ele ser capitão do time de futebol da escola( sei que soa "americanizado" e clichê de mais, mas infelizmente nessa escola estúpida ser capitão do time de futebol significava muita coisa, já que constantemente haviam torneio inter-escolares e Bankotsu sempre estava a frente do time...era muito conhecido), era muito popular e liderava uma "turminha da pesada" que era muito falada na instituição por causar muitos transtornos e, por assim dizer, "barulho". Contudo, Inuyasha não odiava tanto Bankotsu só por ele ser bonito e popular. O problema é que o garoto carregava uma péssima personalidade: era muito arrogante, metido, canalha e sem-escrúpulos. Juntando o fato de que um dos seus alvos preferidos de implicâncias, "brincadeirinhas", humilhações e importunações era o hanyou com esta bagagem "qualitativa" de Bankotsu, o resultado era um ódio profundo entre os dois. Porém, voltando à situação da nossa história, naquele momento o alvo de Bankotsu não era Inuyasha.
O que havia acontecido não era nada anormal; pelo contrário, todos estavam tão habituados àquela cena que só fizeram por assistir. No instante em que uma certa jovem cruzara a entrada da sala, Bankotsu falou em alto e bom som, andando em direção à garota:
- Ora ora, chegou cedo, meu amor. É bom que assim podemos aproveitar um pouco mais a companhia um do outro, enquanto aquele palhaço que se acha professor não chega.- O garoto terminou a frase enlaçando a cintura da menina e aproximando seu rosto ao dela, enquanto que esta tentava se livrar dele, sustentando uma expressão nervosa e de raiva. Então, ela disse em meio às risadas da turma, vindas principalmente dos amigos de Bankotsu:
- Me solta Bankotsu, porque eu não tenho nada que "aproveitar com você", a não ser que seja para vê-lo tomar uma advertência por incomodar a paz alheia. - ela disso isso conseguindo finalmente livrar-se dos braços fortes do garoto, enquanto a turma continuava a rir.
- Quietos!- ele disse para os estudantes, ligeiramente vermelho de raiva e vergonha. – E você- falou se dirigindo à mesma jovem usando um tom arrogante e metido, tentando passar por cima das palavras dela - não precisa fingir que não gosta quando te abraço e está agarradinha comigo. Sei que faz isso só pra me agradar, tem consciência de que adoro mulheres difíceis. – Terminou sustentando um sorrisinho malicioso.
Enquanto a menina permanecia ignorando o moreno, Inuyasha continuava observando a cena, não conseguindo reprimir a sensação de prazer que tinha ao ver Bankotsu desmoralizado. Até que aquela garota não é tão inútil assim..., pensou Inuyasha olhando-a. Quem era ela? Seu nome era Kagome Higurashi. Possuía olhos azuis, um pouco mais claros que safiras, cabelos negros e lisos, com algumas ligeiras ondulações nas pontas que lhe davam um charme a mais. Lábios rosados, pele branca e macia, curvas bem acentuadas e definidas, com seios fartos, pernas torneadas, "bumbum levantado" e cintura fina. Assim, Kagome era inegavelmente bonita, ou melhor, acabava sendo a garota mais...podemos dizer, "chamativa" do colégio. Por ser tão bela, Kagome era costantemente importunada por meninos, sejam eles bonitos ou feios, impopulares ou populares, legais ou chatos, etc. Exemplo disso era o próprio Bankotsu que vivia em seu pé, querendo algum envolvimento com a menina. Por onde passava, recebia muitos olhares de desejo, luxúria ou esperança. Muitos queriam dar uns "amassos" nela, levá-la pra cama ou até mesmo se diziam apaixonados. Ao mesmo tempo, as meninas costumavam não gostar muito dela, já que entre elas e Kagome, na maioria das vezes a vencedora seria Kagome. Outras meninas não chegavam a sentir raiva, e sim tinham uma admiração por ela ou simplesmente a viam como uma garota qualquer. Sendo assim, Kagome é o que nós podemos classificar como "popular". No entanto, para ela isso não significava algo tão bom quanto muitos outros achavam. Ela não conseguia e nem podia confiar em quaisquer pessoas, pois elas poderiam estar querendo apenas se aproveitar dela e de sua "fama". O mesmo valia para namorados: Kagome ficava namorando seriamente poucas vezes; por razões passadas e por bom-senso, ela sabia que eles tinham em mente apenas levá-la pra cama e depois dizer para todos "eu comi a Kagome", se aproveitando dela da mesma forma que falsas amigas fariam, com objetivo de apenas ter alguma popularidade a mais no colégio. A garota repudiava de todas as maneiras esse tipo de comportamento, tendo sempre muita cautela ao se envolver com alguém. Achar um companheiro descente para si era realmente difícil. Não que todos fossem cafajestes desse jeito, mas não era fácil achar os legais e sinceros (descentes)em meio à tanta sujeira.
Outro detalhe sobre Kagome era que ela era bem inteligente, sempre tirando boas notas. Na realidade, ela precisava tirar boas notas visto que era bolsista na escola, logo não podendo ter um boletim ruim ou então seria obrigada a abandonar o lugar, coisa que, apesar de tudo, não queria fazer pois lá tinha uma qualidade de ensino muito boa.
Para Inuyasha, a garota não fazia muita diferença. Ele não odiava-a, mas também não gostava dela. Era só mais um daqueles idiotas egoístas que não pensavam em mais ninguém. Não duvidava nada de que todas essas reações dela para com Bankotsu fosse puro drama, que na verdade ela gostava de ter toda aquela atenção para satisfazer seu ego. Afinal, quem não gostava de ter o mundo aos seus pés? Era óbvio que Kagome Higurashi era mais uma em meio àquela multidão mesquinha. Só não era tão irritante na opinião de Inuyasha porque ela, sendo mentira ou verdade, fazia Bankotsu ficar com raiva, desmoralizado e com a cara no chão( pelo que sabia, ela nunca havia cedido às investidas do moreno). Além do mais, a garota nunca implicara com Inuyasha, nem fizera nada de mal a ele. Pra falar a verdade, talvez pudesse contar nos dedos de uma única mão as vezes em que trocaram algumas palavras, nem que fossem cumprimentos. Os dois não se conheciam...
Depois que a turma se acalmou, o sinal irritante foi ouvido por todos e logo foram obrigados a se acalmar, tendo em vista que o professor entrava na sala naquele momento.
- Bom dia turma – O professor de história dizia. A turma deu um bom dia dessanimado...era óbvio que ninguém tinha muita paciência para aturar uma aula tão parada quanto história(pelo menos aquele professor dava aula da forma mais chata e maçante possível), ainda mais àquela hora da manhã.- Senhorita Higurashi- ele virou-se para Kagome naquele momento- por mais interessante que sejam seus assuntos com a senhorita Hiraikotsu, infelizmente agora não é hora para conversas. Faça silêncio, por favor.
Kagome virou-se para frente e ajeitou-se em sua cadeira, um tanto quanto vermelha por ter sua atenção chamada pelo professor. Naquele momento, ela estava combinando com sua amiga Sango, o melhor horário em que poderiam se encontrar para fazer um trabalho que elas tinham que elaborar, em dupla, para a semana seguinte. Ao mesmo tempo, a menina com quem ela falava, virava-se também para frente e suspirava alto, deixando escapar baixinho:
- Lá vem a tortura matinal...
Sango Hiraikotsu era a melhor amiga de Kagome. Com seus cabelos castanhos e lisos(quase sempre presos em um rabo de cavalo), olhos castanhos, pele branca e formosas curvas, Sango era muito bonita, sendo procurada por vários garotos também, apesar de não ser tão assediada quanto Kagome - para sua própria felicidade. A menina era uma das únicas pessoas em quem a morena de olhos azuis confiava, já que estavam juntas há muitos anos e já haviam superado uma ao lado da outra muitas dificuldades, brigas e coisas do tipo. Ela também sabia por quantas coisas Kagome passava naquele colégio e, às vezes, sentia-se tomada por uma raiva daquelas pessoas que não a entendiam. No entanto, Sango tinha seus próprios problemas também: seus pais haviam morrido há muitos anos, em um acidente fatal. Depois disso, Sango passou a viver com o irmão junto aos seus tios. Naquele momento, Kagome não arredara o pé da companhia da amiga e ofereceu toda a ajuda que podia para ela, assim como a outra fizera quando o pai de Kagome falecera. Felizmente, os pais de Sango deixaram uma boa quantia de herança para os filhos, garantindo-lhe uma vida confortável em tempo suficiente até que ela terminasse sua faculdade e comandasse as rédeas da própria vida. O que foi diferente para Kagome, já que os pais não possuíam tanto dinheiro, mas tinham o suficiente para viver bem, mesmo que vez ou outra tivessem uma dificuldade financeira; e era por isso que a menina precisava de bolsa de estudos, pois o colégio era muito caro para a renda familiar dela. Assim, as duas se apoiavam sempre uma na outra para todo tipo de situação, construindo aquela amizade duradoura e forte.
Após três tempos de aula seguidos, o sinal tocou indicando o início do intervalo.
- Quero que vocês leia as páginas 236,237,238 e 239 para quinta-feira, tudo bem?- o professor falava dirigindo-se à turma, que respondeu com resmungos e reclamações e alguns simplesmente ficaram quietos.
O barulho das cadeiras se arrastando e das vozes aumentou dramaticamente naquela hora. Todos estavam ansiosos para esticar as pernas e sair da sala. Até os mais fãs da matéria estavam com expressão cansada. Naquele momento, Sango virou-se novamente para Kagome como fizeram no início das aulas:
- Então ,Kagome, pode ser na minha casa hoje, depois das aulas?Aí você aproveita e almoça logo lá em casa. - a morena de olhos castanhos perguntou.
- Por mim tudo bem, Sango. Eu só tenho que avisar a minha mãe. Você me empresta o seu celular pra eu ligar pra ela?- Kagome respondeu.
- É todo seu- A outra falou sorrindo, entregando o aparelho para a amiga.
Kagome então levantou-se, indo em direção ao fundo da sala para que pudesse falar mais tranquilamente, afastada do barulho da porta. No entanto, no momento que ia andando e discando o número do celular, ela esqueceu-se de prestar atenção em seu caminho e acabou por dar de encontro com o peitoral bem definido de um certo alguém, deixando o celular escapar de suas mãos. Por sorte, o garoto com quem esbarrara pegou o objeto a tempo.
- Ai, me desculpa! Eu não olhei por onde andava.- Ela falou levantando o rosto para dar de cara com os olhos cor-de-mel de Inuyasha.
- Percebi- ele falou entregando o aparelho para ela. Sua expressão era neutra, mas conservava um quase imperceptível tom avermelhado no rosto. Depois disso, ele saiu andando em direção à porta- passando por uma Kagome um tanto quanto sem-graça no caminho- para fazer alguma coisa durante o intervalo que não fosse ficar sentado na sua carteira naquela sala.
- Obrigada!- ela virou-se depois de uns segundos parada, imersa em seus pensamentos,dizendo para o garoto o agradecimento, mesmo que este não tivesse se virado para dizer um "de nada". Nossa, que olhos... ela pensava. Tinha que admitir que ele era bem charmoso. Ela então continuou o que estava fazendo antes do "encontro", terminando por discar o número de sua mãe. Depois de terminar a ligação, voltou-se para Sango, que estava terminando de guardar algumas coisas suas na bolsa e no estojo.
- Toma aqui Sango.- ela entregou o celular para a amiga- Minha mãe disse que tá tudo bem se eu for almoçar na sua casa. Mas ela pediu pra eu não voltar tarde.
- Sem problemas. Acho que a gente não vai demorar tanto assim, caso não fiquemos conversando ou fazendo qualquer outra coisa, sabe?- ela disse soltando algumas risadas.
- Vishi, acho que a gente vai demorar um pouquinho então...-Kagome falou terminando por rir junto com Sango. As duas sabiam que sempre se distraiam com coisas idiotas quando estavam fazendo trabalho, o que sempre dificultava o andamento deste.
Enquanto isso, o rapaz com orelhinhas de cachorro andava em direção à cantina, com a intenção de comprar alguma coisa para comer naquele tempo. Conforme ia caminhando, os seus pensamentos vagavam em coisas diferentes. Desde as suas reclamações para com os estudantes que ocupavam o corredor até a jovem com quem esbarrara agora a pouco.- Dá pra entender porque tanta gente fica atrás daquela garota...ela é bonita mesmo...- Ele pensava, lembrando-se da proximidade em que se encontravam há alguns minutos atrás. Naquela hora, ele havia ficado sem-graça ao ter o rosto da menina tão comentada colado ao seu peito. Mas logo tratou de afastar aqueles pensamentos da cabeça porque sabia que eles não dariam em lugar algum, já que pra ele Kagome não passava de uma garota tão idiota quanto as garotas que estavam na sua frente comentando, em meio a gritos e esganiços, sobre o namoro de um ator qualquer.- Eu odeio gente escandalosa desse jeito...-Ele logo estava se irritando com aquelas meninas e tratou de se afastar, colocando-se no balcão da cantina e fazendo seu pedido para que assim pudesse rumar em direção a algum lugar longe daqueles seres estúpidos. Ao terminar de comer, Inuyasha caminhava em direção a sala novamente, desejando que as aulas corressem rápido para que pudesse ir para a paz de sua santa casa. No entanto, qual não foi a sua infelicidade quando ele escutou a voz daquele que o fazia sentir tanta raiva. Bankotsu vinha andando atrás dele junto com aquele "bando". Ele logo foi falando alto para que todos que estavam no corredor pudessem ouvir:
- Nossa, estou sentindo um fedor de cachorro nesse corredor. Será que algum vira-lata entrou no colégio escondido? Inuyasha, você viu algum companheiro seu por aqui ou esse cheiro é seu mesmo?- ele falou em tom debochado, enquanto as risadas ecoavam pelo lugar. A maioria dos que passavam, pararam para assistir. Alguns riam também, outros permaneciam quietos apenas olhando. De toda forma, era sempre interessante para eles ver as brigas entre Bankotsu e Inuyasha.
- Bankotsu, quando você tiver criatividade suficiente para inventar uma piadinha ridícula nova sobre mim, pode ser que eu venha a lhe responder bem. Mas por enquanto...sabe, essa daí já deu. Tá cansando...- Inuyasha falou virando-se para encarar o garoto que o olhava de forma desafiadora. O hanyou sustentava um sorriso tão debochado quanto o de Bankotsu. Já este, ao ouvir as palavras ditas pelo "oponente", deixou seu sorriso murchar um pouco. As risadas cessaram temporariamente enquanto o moreno de olhos negros recuperava a pose e devolvia:
- Ora, Inuyasha, você sabe que essa já é um clássico, não posso me despedir dela. Até porque, eu não estava mentindo: o cheiro aqui está ruim mesmo, já que você se encontra aqui.
Inuyasha chegou a abrir a boca para falar, mas nessa hora o sinal tocou estridente de novo naquela manhã, agora indicando o fim do intervalo. Ele então decidiu por apenas voltar ao seu caminho, ignorando Bankotsu. Já este, encontrava-se rindo com os seus companheiros, ao mesmo tempo que ia falando coisas idiotas com as pessoas do corredor, provavelmente falando do meio-youkai, já que este quando passava, as pessoas se afastavam e algumas o olhavam torto. No entanto, Inuyasha não estava prestando atenção a nada que acontecia ao seu redor. Estava muito habituado aquilo para dar importância para toda aquela bobagem.
Depois de alguns minutos após o sinal tocar, todos já se encontravam na sala, mesmo que a maioria estivesse em pé conversando. Foi aí então que a professora de geografia entrou apressada na sala, parecendo estar um pouco agitada.
- Bom gente, sentem-se, sentem-se.- Todos alunos vão sentando-se em suas cadeiras- Vamos, vamos, que eu não tenho o dia inteiro. Andem logo! E chega de conversas!- ela já estava começando a elevar a voz, quando finalmente todos já se encontravam quietos e sentados em seus lugares. Ela parou por um momento e observou a turma, depois de ajeitar sua tralha de professora na mesa. Então recomeçou a falar:
- Hoje teremos um dia cheio. Tenho muitos avisos para vocês e ainda tenho que dar matéria. Então comecemos logo!- a turma olhava-a de formas diferentes: alguns estavam curiosos, outros não demonstravam nada e outros nem prestavam atenção. A professora fez uma pausa e continuou - Em primeiro lugar, eu quero avisar-lhes que esse bimestre nós faremos um trabalho que valerá metade da nota da prova.- ao falar sobre a nota da prova, todos imediatamente prestaram toda a atenção na mulher. Um aluno a interrompeu nessa hora:
- Mas professora, metade da prova? Caramba, a senhora tá ficando boazinha, hein...uhauauhahuaa- a turma ria juntamente com o menino.
- Eu não vejo nenhuma razão para tantos risinhos. É exatamente por valer metade da prova que o trabalho não será nem um pouco fácil.- Nessa hora todos pararam de rir. A professora sorriu um pouco então e continuou - Ele falará sobre o desenvolvimento econômico, social e político da nossa cidade, e terá duas partes.- Ela fez uma pausa novamente.
- A primeira parte será completamente teórica e vocês me escreverão todos os conceitos, processos e tudo mais que eu pedir. Não se preocupem, eu lhes entregarei uma folha ainda hoje com um roteiro dando todos os tópicos requisitados.
Já a segunda parte, essa será feita de modo mais prático; literalmente. Eu vou querer que vocês entrevistem as pessoas no centro comercial de Tokushima( N/A: gente, essa cidade existe mesmo, hein XD Carine olhando o mapa do Japão procurando uma cidade de nome legal e que não fose muito no Norte por causa do clima), tirem fotos do que vocês acham que retrata a cidade e farão um mapa do uso do solo em determinado quarteirão. Não se preocupem, cada um terá de fazer um mapa de quarteirão diferente e eu também lhes entregarei um roteiro com perguntas que vocês poderão fazer nas entrevistas. Nesse roteiro eu vou colocar o que eu vou querer que vocês coloquem no relatório de pesquisa que terão de fazer a partir da prática. Alguma dúvida?
Um aluno levantou a mão e falou:
- Professora, esse trabalho é individual ou em grupo?
A professora o olhou e assumiu uma expressão de quem lembrou-se de alguma coisa:
- Ah, sim! Já ia me esquecendo. Vocês farão esse trabalho em dupla.- Nesse momento houve uma agitação em que vários dos estudantes começavam a falar com seus colegas, formando duplas. No entanto, a professora os interrompeu:
- Maaaas, tem um detalhe: Serei eu que farei as duplas. Quer dizer, será um sorteio.- Nesse momento, a turma começou a protestar e a reclamar.- Não, não adianta. Eu já me decidi. Eu trouxe os papéis com seus nomes e conforme eu for tirando as duplas aqui nos papéis, chamarei cada uma para vir aqui na frente e pegar os roteiros do trabalho.
A professora então voltou-se para a sua mesa, ignorando todos os protestos da turma. Ela então começou a retirar papéis de dois em dois. A cada dupla formada, ela chamava esta e entregava envelopes que continham os roteiros. A uma certa altura, os alunos já estavam conformados e sendo chamados aos poucos. Foi então que ela chegou no nome de Kagome:
- Kagome Higurashi - nesse momento a garota olhou para Sango e essa sussurou um "boa sorte" ao mesmo tempo em que observavam que muitos alunos pareciam desejar ser o próximo nome pronunciado depois do nome da menina. No entanto, o que veio a seguir não era esperado por ninguém, nem mesmo pela pessoa em si, o qual encontrava-se encostada na parede ignorando aquela algazarra toda - Inuyasha Taishou.
Por um momento, os dois não tiveram reação nenhuma, apenas ficaram encarando o vazio absorvendo a informação. Enquanto a sala permanecia em um silêncio total por uns mínimos segundos, Kagome e Inuyasha estavam mergulhados em seus pensamentos. -E agora? Eu nunca fiz trabalho com ele, como será que é? Será que ele vai querer trabalhar comigo? Será que ao menos ele vai trabalhar ou vai ignorar tudo e fingir que nunca houve trabalho? - Kagome pensava. Enquanto isso... - Eu e a Kagome? Mas como assim? Mas...como que eu vou fazer trabalho justo com ela? Hoje não é meu dia...tomara que esse inferno acabe logo! - Inuyasha já estava com a cabeça a mil. Foi então que os pensamentos dos dois foram interrompidos pela voz da professora:
- Ora, vocês estão pensando o que? O que estão esperando para vir aqui na frente? Andem logo!
Sango então deu um cutucão em Kagome, fazendo-a levantar. Foi aí então que ela percebeu que vários companheiros de turma dela já estavam cochichando, olhando indiscretamente para ela e para Inuyasha. Este tinha levantado também e vinha logo atrás de Kagome, em direção à mesa da professora. Depois que pegaram os envelopes, Inuyasha percebeu o olhar fulminante que Bankotsu lançava a ele. - Também...nem eu imaginava que ia ficar com a Kagome como dupla. Eu só não queria ter que trabalhar com ele...mas a Kagome? Isso tá parecendo loucura...- Ele pensava. Na verdade, não tinha motivo para ele estar em tanta confusão mental. O problema era que ele nunca teve necessidade de lidar com a garota e parecia que isso nunca ia acontecer. No entanto, agora eles seriam forçados a trabalhar em conjunto, a não ser que quisessem ficar com menos metade da nota de sua prova de geografia.
Depois todas as duplas foram formadas, a professora terminou de dar todas as explicações e começou a dar a matéria. No entanto, a turma parecia um tanto quanto agitada depois de todas aquelas informações dadas. Uma dupla em particular parecia ser o maior motivo de falatório. Foi então que Sango aproveitou para falar com a amiga, já que naquele momento a professora encontrava-se no outro lado da sala tentando fazer a turminha de Bankotsu se aquietar.
- Kagome!- a garota olhou para ela- Caramba hein...tá fazendo dupla com o Inuyasha. No que você acha que isso vai dar?- A garota encarou Kagome com uma expressão um pouco curiosa e divertida.
- Não sei, Sango...não sei mesmo. Mas eu realmente espero que dê tudo certo.- ela falou parecendo um pouco aflita.
- Isso todos nós esperamos, né? Mas por enquanto, parece que vocês ainda vão ter que agüentar mais um pouco o falatório desse povo chato e fofoqueiro sobre a mais nova dupla do Colégio Higawa. Mas não se preocupe...vai dar tudo certo!- ela falava tentando tranqüilizar a garota que encontrava-se mais aflita ainda depois que Sango lembrou-a de que todos estavam falando deles. Não que se importasse tanto assim, mas simplesmente não queria confusão.
- Isso, tudo vai dar certo!- ela falou com firmeza mais para si mesma, do que para Sango. As duas então encararam-se e sorriram conformadas.
Depois de muito tempo, a aula finalmente terminou e agora eles teriam só mais um tempo, que seria aula de física, a aula que Kagome mais detestava. A garota sempre saiu bem em todas as matérias. Normalmente, era melhor na área de humanas e em língua estrangeira. Na verdade, até em matemática, biologia e química ela era boa. Física era a única coisa que ela ainda tinha alguma dificuldade pra ultrapassar, mas nada que com muito estudo e esforço ela não conseguisse contornar. Contudo, um dos motivos para Kagome não gostar da matéria era o professor: Ukiro Onigumo. Um homem em seus 40 e poucos anos, cabelos negros com alguns fios grisalhos, altura mediana, magro e branco. Onigumo quase sempre acabava defendendo Bankotsu nas suas brincadeirinhas, sendo descaradamente injusto na maioria das vezes. Então, como o garoto adorava importunar Inuyasha e Kagome, por motivos diferentes, os dois então sofriam mais naquelas aulas de física, onde o professor acabava quase sempre ajudando o incorreto aluno. Kagome e Inuyasha tinham certeza que Onigumo gostava disso tudo, mas nunca ousaram fazer algo contra o professor; sabiam que talvez não fosse muito sensato pois ele era muito bem visto na diretoria. Por essas razões Inuyasha "gostava" tanto quanto Kagome daquela aula. A diferença era que o garoto tinha uma certa facilidade na área de exatas e por isso sempre se saia bem naquela matéria( na verdade, Inuyasha era um aluno mediano, com notas muito boas em exatas , completamente relaxado em humanas- a não ser em geografia que parecia gostar- e biológicas ele ia na média).
Naquela manhã, Inuyasha e Kagome sabiam que estava por vir uma longa e cansativa aula, tendo em vista os acontecimentos de minutos atrás com relação a um certo trabalho. Não deu outra. No momento em que o professor pisara na sala, Bankotsu já estava de pé, indo em direção à Kagome, com seu costumeiro sorriso debochado. A diferença era que agora ele parecia um tanto quanto nervoso de raiva. A garota já estava se preparando, enquanto que Sango olhava para a garota e para o moreno que se aproximava ao mesmo tempo, não sabendo a quem dirigir a palavra. Mas na hora em que ele chegou perto de Kagome, esta já se adiantou, antes mesmo de Sango:
- Nem vem Bankotsu, porque não estou com paciência pra você hoje!- ela disse impaciente.
- Poxa Kagome, eu só queria consolá-la por esse triste episódio que ocorreu hoje. Lamento, sei que vai ser difícil trabalhar com um cachorro.- ele falou fingindo cara de dó.
- Pois não há o que lamentar, eu estou muito bem do jeito que estou. Além do mais, só tenho que agradecer, porque não fui forçada a fazer dupla com você.- Ela falou ríspida, mas contento a expressão de satisfação ao ver a cara irritada de Bankotsu e os costumeiros risos da turma.
- Ah, Kagome, mas você vai se arrepender disso...vai perceber o azar que teve não só por ter caído com aquele cachorro como por falar assim comigo...não vai dar um dia e você estará implorando para se unir a mim.- Ele disse com um sorriso que escondia sua irritação.
Inuyasha, que até aquele momento estava tentando ignorar a discussão, resolveu intervir para por um ponto final naquelas implicâncias tediosas de Bankotsu. Porém, alguém interferiu na conversa antes dele.
- Ora, parece que hoje temos bons assuntos. Percebo a agitação da turma...O que aconteceu Bankotsu? – O professor perguntou fingindo seriedade profissional, que em hora alguma enganou nem a Kagome e nem a Inuyasha, pois estes sabiam muito bem que ele estava apenas querendo matar sua curiosidade e ainda conseguir talvez um motivo para ajudar Bankotsu a infernizar a vida alheia.
- Aconteceu, professor, que hoje tivemos um trabalho importante que a professora de geografia passou para nós. O fato é que o trabalho é em dupla e a professora fez um sorteio para nomear as duplas. Adivinha com quem Kagome está fazendo trabalho?- Explicou Bankotsu, ansioso para ver a reação de Onigumo.
Antes de responder, o professor encarou Bankotsu, Kagome e, por fim, Inuyasha, daquele modo debochado e malicioso que só ele sabia fazer, causando a costumeira raiva no hanyou e na jovem em questão.
- Quer dizer então que o meio-youkai tirou a sorte grande? Meus parabéns, Inuyasha! Mas vê se controla seus instintos animais com a pobre Kagome, ela pode ficar assustada se você quiser forçá-la. De todo modo, eu não lhe culparia, me falaram que a senhorita Higurashi gosta de ajudar os necessitados, então creio que ela não relutará em ceder aos seus desejos carnais.- Ele falou isso lançando olhares sutilmente maliciosos para as curvas de Kagome ao mesmo tempo que ria olhando para a expressão irritada do meio-youkai.
Bankotsu e todos que ouviram riram gostosamente do comentário, principalmente o moreno de trança. Adorava aquela aula apenas por causa do professor, totalmente ao contrário de Inuyasha e Kagome, que mantiam a expressão séria, escondendo a raiva para não fazerem uma besteira. Inuyasha sentia os dedos formigarem, fechando os punhos para manter maior controle. Já Kagome, esta abriu e fechou a boca sem soltar nenhum som, prevenindo besteiras que com certeza causariam confusões para a mesma, mas não deixando de sentir-se envergonhada e pisada com aqueles comentários maldosos. Os dois sempre mentalizavam vinganças nessas horas, mesmo que não passasse do pensamento.
Após mais algumas piadas e tiradas maldosas, a aula transcorreu, vez ou outra interrompida por mais comentários ou coisas do gênero. Tendo o tempo de física terminado e depois mais alguns de outras matérias, chega, para o alívio geral, o fim daquele dia escolar.
- Então, Kagome, vamos indo?- Disse Sango se dirigindo para a amiga que guardava o material na sua bolsa.
- Ah, Sango, eu já ia falar com você, sabe o que eu tav...
- E então meu amor, já está melhor perante a sua tragédia de ter que fazer sacrifícios ao ajudar vira-latas? Não se preocupe, você sabe que eu estou aqui para lhe consolar - Surgiu Bankotsu cortando a conversa de Sango e Kagome, sendo que esta já estava bem irritada, mais do que o normal, com aquelas chateações exageradas do garoto.
- Sabe, Bankotsu, é incrível como até vira-latas conseguem ser mais simpáticos e aturáveis que você! Vou lhe dar um de presente no natal, talvez você melhore essa sua personalidade insuportável com ajuda de um amiguinho...- Ela falou num tom falsamente meigo, exatamente para irritar o moreno.
- Ah, minha cara, eu dispenso a companhia de um vira-lata, prefiro mil vezes tê-la no meu lado durante a noite do que um pulguento, até porque, eles não podem me oferecer tanta diversão quanto você, não é? – Ele se recuperou da resposta de Kagome mais rápido do que esta pensava, fazendo-a apenas corar de raiva. Ela se embolava nas palavras mais facilmente quando o assunto envolvia formas de "se divertir" com seu corpo ou algo do tipo. Em meio a isso ela percebia os olhares de Bankotsu observando sua mini-saia com malícia, o que fez a garota virar o rosto, mais irritada ainda e ao mesmo tempo um pouco desconfortável.
Inuyasha, que observava a briga de longe, observou as atitudes da garota mais pensativo;- Não sei por que, mas de repente ela pareceu mais fraca, menos segura de si, como se a tivessem pego pelo ponto fraco...o que será que ela tem?- Ele abandonou seus devaneios, resolvendo então deixar logo aquela sala pois pretendia almoçar rapidamente porque iria ficar na escola para fazer um maldito trabalho e para isso precisava de alguns livros da não conseguiria sair sem antes fazer Bankotsu deixar logo suas implicâncias e ir embora do recinto.
- É realmente tocante ver seu desespero para arranjar uma mulher, Bankotsu, mas eu acho que pra você conquistar alguma tem de tratá-la bem, a não ser que queria levar foras fenomenais como os da Higurashi. Ou será que você já levou fora de todas elas e agora restou apenas a Kagome?- Ele disse com um sorriso irônico na face, tendo certeza de que estava irritando o humano a sua frente.
- Ora, hanyou nojento, vai procurar a sua cadelinha que os meus assuntos não lhe dizem respeito. Até porque, a Kagome é muita areia pro seu caminhãozinho.
-Ué, Bankotsu, voltou pras piadinhas de cachorro? Isso quer dizer que você não tem outra melhor...eu já disse pra você usar mais a criatividade,não disse? Tá cansando. E se você acha que a Kagome é muita areia pro meu caminhãzinho, eu aconselharia você a se preocupar, porque não levo fé de que o seu caminhãzinho seja tão bom quanto o meu. E agora chega de conselhos, já estou muito generoso hoje...- Ele terminou sorrindo diante da expressão raivosa de Bankotsu e deixando a sala( ele sabia que o moreno terminaria por vir atrás, não tendo o meio-youkai para responder as provocações), fazendo todos olharem com ar de assombro para a situação formada.
Bankotsu acabou por bufar e sair andando em direção à porta, fazendo os seus amigos o seguirem, enquanto ele resmungava algo como "Maldito hanyou".
Kagome, que até o momento encontrava-se apenas observando aquela algazarra, voltou-se novamente para a amiga.
- Caramba, Sangoáontrava-se apenas observando aquela algazarra dinto ele resmungava algo como "bro para a situaçaconselharia a procurar aquelas , com essa chateação eu até ia me esquecendo do que a gente tava falando...que saco, odeio essas interrupções do Bankotsu.
- Ih, é mesmo Kagome! O que você tava falando?- Sango perguntou rindo
- Pois é...assim, a gente ia pra sua casa agora, não é? Pra terminar o trabalho...-Sango confirmou com a cabeça- Então, eu lembrei que eu precisava dar uma pesquisada melhor em um daqueles tópicos que ainda faltam, aí acho melhor eu ficar um pouco aqui na escola pra dar uma olhada na biblioteca, aí depois te encontro na sua casa. Tudo bem?
- Ah, Kagome, por mim tudo bem, contanto que você não demore muito, né?- ela disse enquanto começava a caminha fora da sala, com Kagome ao seu lado.
- Ok então, Sango, a gente se vê mais tarde. Eu vou comer qualquer coisa e depois vou logo ver os livros, pra ir mais rápido.- Kagome falou enquanto remexia na bolsa procurando dinheiro.
- Tudo bem, mas você vai comer descentemente na minha casa, isso é uma ordem!- ela disse com a expressão determinada que só Sango tinha. Kagome ficava imaginando às vezes como seria a amiga quando fosse mãe...com certeza muito coruja e super-protetora, ela pensou sorrindo amavelmente para a companheira que andava ao seu lado resmungando sobre a "péssima mania de Kagome de comer mal".
- Ah, mamãe, não precisa se preocupar não, a filhinha tá fortinha, oh! - Kagome falou rindo mostrando os braços e levantando-os em pose. Sango começou a rir dela dizendo "boba" e as duas foram rindo até a saída, quando a morena de olhos castanhos se despediu com um "até mais" e deixou Kagome indo em direção à cantina.
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Kagome já havia feito anotações de uns três livros. Não deu muito tempo ela já havia se cansado e concluído que já era suficiente a pesquisa que fizera. Então, começou a recolher seu material normalmente, pensando no que ainda faltava do trabalho para fazer na casa de Sango. Espero que a gente consiga fazer isso rápido, não tô afim de ficar até tarde da noite acordada escrevendo...- Ela pensou.
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Mesmo que a biblioteca seja feita para ser um lugar silencioso e de paz, Inuyasha ainda assim não gostava dela. Sempre tinha um infeliz pra azucrinar e, pelo que ele havia constatado com sua audição aguçada e a movimentação momentânea que ocorria às vezes, anormal para aquele horário, Bankotsu encontrava-se na escola fazendo sabe-se lá o quê, mas seja lá o que fosse, o hanyou não tinha mínima intenção de descobrir. Assim, Inuyasha pegou os livros que julgou necessários e rumou para uma sala qualquer que estivesse vazia, para que assim pudesse obter a certeza de tranquilidade e conseguisse fazer o trabalho com eficiência e produtividade. Mal sabia ele que nem tudo estava tão tranqüilo quanto ele pensava...
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A morena de olhos azuis saiu da biblioteca com alguns livros nos braços, carregando sua bolsa de forma desajeitada. Precisava ir logo para a casa de Sango mas...preciso ir urgente ao banheiro!! - ela preferiu antes passar no toalete, ou melhor, precisava ir. Então primeiramente se encaminhou ao vestiário, banheiro mais próximo, já que assim como a biblioteca, ficava na parte de trás da escola,mais ao fundo. Enquanto caminhava pela escola vazia, sentia certos calafrios, pois odiava lugares vazios, que era a situação atual da escola. Era incrível como aquele recinto criava um ar fantasmagórico com todas as salas vazias e corredores desertos...parecia até que apareceria um fantasma a qualquer hora. Só de pensar Kagome ficou mais arrepiada, mas tentava se conter - como estou sendo idiota, com medo da minha própria escola, sendo que nem está de noite.
Ela então entrou no banheiro, fez o que queria fazer, arrumou suas coisas e pôs-se em direção à porta novamente, para então poder fazer o que queria ter feito há algum tempo, ou seja, ir logo para a casa de Sango. Ela voltou a andar pelos corredores extremamente vazios da escola, observando o entardecer. Foi então que outro calafrio percorreu sua espinha, como se realmente tivesse um fantasma atrás dela.
- Ora, Kagome, chega de criancices!!- ela falou em voz alta para repreender a si mesma.
- Falando sozinha, Kagome?- uma voz um tanto quanto conhecida ecoou pelo corredor, fazendo Kagome sentir seu estômago revirar. A garota não estava gostando nem um pouquinho daquilo...
- O que você quer agora, Bankotsu?- ela falou sem se virar em um tom ríspido.
- Oh, meu doce, relaxe! Por que está falando tão tensa? Mas pode deixar, eu vim aqui exatamente para isso! Te deixar mais relaxada...
- Bankotsu, chega de brincadeirinhas, eu tenho mais o que fazer, muito mais - ela falou impaciente, logo retomando seu passo para ir embora. Estava querendo sair dali logo...
Mas logo apareceram os amigos de Bankotsu em volta, bloqueando a passagem de Kagome, e fazendo um círculo entre os dois. Kagome então virou-se de frente para Bankotsu.
- Olha, é sério, eu estou muito ocupada hoje, a Sango tá me esperando, me deixa logo ir Bankotsu! Isso já cansou, vai procurar outra pessoa pra você pertubar, apesar de que eu não desejo isso a ninguém.- ela disse séria, deixando mostrar a irritação. Ainda assim, ela estava disfarçando o leve desespero que vinha surgindo nela...aquilo não lhe trazia boas memórias, era o fraco de Kagome.
- Ah, eu sei que você tá ocupada, mas eu só vou te tomar um tempinho de nada...Além do mais, eu já cansei também desse seu tom abusado. Você e aquele hanyou estão achando que eu sou brincadeirinha, mas acho melhor vocês começarem a abrir o olho. No caso, você primeiro Kagome...eu vou até te dar uma ajududinha. - Ele então que vinha falando de maneira séria e um pouco rancorosa, passou a sorrir maliciosamente. As risadas dos companheiros ecoavam pelo corredor deserto de forma que parecia um filme de terror.
- O que você quer, Bankotsu?- Kagome perguntou, preferindo não responder os absurdos que ele havia dito, ao mesmo tempo que o desespero ia crescendo mais e mais. Ela olhou em volta, cercada por aqueles garotos acéfalos que seguiam o moreno a sua frente. E o pior é que eles estavam na parte realmente deserta da escola, pois as pessoas que ainda estavam lá encontravam-se na outra extremidade do lugar e ainda por cima no andar de baixo. Eu realmente não estou gostando disso...
- Ah, meu amor, isso é óbvio de mais, é claro que você sabe!- ele falou aumentando seu sorriso, enquanto ia se aproximando de Kagome- Mas sabe, eu estava aqui na escola por causa de uns assuntos que não vêm ao caso. Aí eu vi que você tinha ficado na biblioteca e pensei "Nossa, mais que oportunidade de ouro!!". E você até ajudou bastante, vindo aqui na ala sul do colégio, o melhor lugar para se resolver assuntos particulares- Kagome estava recuando a medida que Bankotsu se aproximava, mas via que uma hora ia ficar sem saída- E nossa, hoje você falou coisas tão cruéis para mim, eu precisava resolver isso particularmente com você- ele falou isso com uma expressão falsamente chateada, aumentando cada vez mais a proximidade- Ah, e eu não posso esquecer também que essa sua sainha tá me deixando louco- Agora ele já falava com aquele tom maldoso de Bankotsu...os olhares maliciosos agora tão gulosos que Kagome sentia-se quase despida só com aquilo.
-Ban-Bankotsu, eu peço desculpas se você não gostou de alguma coisa que falei, mas eu realmente quero ir...me deixa ir, por favor- O tom desesperado já estava mais claro em sua voz...ela se via cercada, o medo se apoderando cada vez mais de seu ser, em desespero.
-Ah, que gracinha, agora que você está com medo me pede desculpas. Que conveniente. Mas agora não dá mais Kagome...e nem sei por que falei medo, eu sei que você adora isso. Pode deixar seu teatrinho de lado, a gente vai se divertir!- ele falava malignamente radiante. Nesse momento, Kagome tinha dado de encontro com um dos rapazes que os cercavam, e este a empurrou na direção de Bankotsu quando ela havia chegado no limite do círculo.
Depois foi meio rápido: Assim que Kagome foi empurrada, Bankotsu a pegou pelos ombros e enlaçou sua cintura. Logo em seguida, contia os braços agitados dela com uma mão e outra forçava-a para um beijo. Com as mãos ágeis, ele mandou os companheiros próximos à parede se afastarem e disse "Não se aproximem e não façam nada", e então a prensou na superfície plana. Ela se agitava bastante, mas não tinha a força do moreno e, mesmo que tivesse, ainda tinham aqueles montes de dementes que riam feito ienas perversas em volta deles. Em um segundo Bankotsu estava com uma das mãos nas coxas de Kagome querendo passar por baixo de sua saia, enquanto a outra ele segurava fortemente o braço da garota, que ainda se debatia.
- Bankotsu, me solta, seu monstro, ME SOLTA!!!- ela já estava gritando, mas ao mesmo tempo, suas forças iam murchando, como se vissem a derrota. As lágrimas já estavam correndo pelo rosto da púbere, que já se encontrava em tal desespero que nem conseguia mais pensar direito.
- Calma ,Kagome, a melhor parte ainda não chegou! E essa sua cena de drama já está me deixando irritado, não precisava fingir aqui não. Eu sei que você tá amando, meu amor.- Ele disse dando um beijo na boca da jovem agitada. Os amigos de Bankotsu riam mais e mais, vendo o seu líder se sair tão bem ao "traçar" Kagome Higurashi. Ela começou a sentir as mãos dele subirem por baixo da blusa, o corpo dele prensando o dela firmemente na parede, como uma corrente. Os braços da morena já estavam cansados, seus olhos perdiam a cor, ela ia amolecendo, deixando a vida escapar de si. A sua cabeça ia girando, o medo já dominante...
Quando Bankotsu viu que ela tinha parado de se debater, chorar e gritar, ele estranhou. Ela estava como se tivesse desmaiado, a cabeça pendida para frente. Ela vendo que ele havia se desprendido um pouco para olhar melhor Kagome, viu sua oportunidade: chutou-o rapidamente, e saiu correndo desvairada, em uma última esperança que ela nem sabia existir. Ela só viu que empurrou dois dos companheiros do garoto que há poucos a agarrava, enquanto este se contorcia no chão com o chute certeiro dado por Kagome. Ela passou a correr freneticamente no corredor...
-Arg, vão atrás dela, o que estão esperando?!?!- Bankotsu berrou levantando-se, esbanjando raiva.
- Mas é que você nos disse para não fazer nada...- Disse um deles.
- E você acha que eu quero que vocês façam nada enquanto a Kagome foge? ANDEM LOGO SUAS ANTAS!!!- Ele já estava de pé, indo caçar Kagome - Ah, por essa você vai pagar Kagome Higurashi...daqui você não escapa.
Então todos desataram a procurar pela jovem.
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Inuyasha ainda escrevia seu trabalho quando pensou ter ouvido outro barulho que indicava movimentação. Provavelmete é aquele idiota fazendo algo típico dele...
Estava em uma das salas do segundo andar, e ainda assim Bankotsu conseguia pertubá-lo. Ele sempre dá um jeito de fazer isso, até quando não é necessariamente para mim. A única coisa que ele achara estranho é que, por um momento, achou ter ouvido uma voz feminina, o que não era comum, visto que Bankotsu não andava com mulheres em seu bando, a não ser...Não acredito que esse retardado tá pegando mulher na escola de tarde, aproveitando os corredores vazios...puta que pariu, ele não deve conhecer o significado de "motel"...Ele pensava exasperado, averiguando cada vez mais defeitos para o moreno de olhos negros. Só espero que ele não me ache pra não resolver me pertubar também...
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Uma jovem de olhos azuis corria desesperada pelos corredores do segundo andar. Ela tentava ao máximo desviar a cada vez que via um dos compaheiros de Bankotsu se aproximar. Já estava ficando sem esperanças de novo, o medo tomando conta completamente dela...- Eu não sei o que fazer...por favor, Deus, não deixe essa desgraça acontecer comigo!!- Ela pensava enquanto corria tentando achar alguma saída sem esbarrar em algum dos seguidores do garoto que há pouco tentava agarrá-la a força. Foi quando ela viu eles vindo, em maior número, mas ainda à distância. Só lhe restava uma saída...esconder-se em uma das salas e esperar que não fosse encontrada. Apenas encarou o corredor, vislumbrando as portas, pronta para escolher uma. Foi sua última esperança...
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Ele não entendeu na hora. Só viu que, de repente, a porta abrira-se com tanta violência quanto quando foi fechada. O meio-youkai encarou então o ser que encontrava-se com as costas na porta que acabara de fechar, e viu que este escorregava lentamente para o chão. Inuyasha demorou um pouco para raciocinar, mas então percebeu de quem se tratava...mas a imagem que viu foi a última coisa que esperaria ver com ela.
O-o-O-o-O-o-O- Fim do primeiro capítulo- o-O-o-O-o-O-o-O
Mereço reviews?
Please
See ya minna /o/ ; )
ps.: Odeio o fato do comer os meus parágrafos ¬¬
