***TERRA PROIBIDA***
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Título: Terra Proibida
Autora: Sophie Queen
Beta: Gaby Stew
Shipper: Bella & Edward
Personagens: Humanos
Gênero: Drama / Suspense
Classificação: M – maiores de idade (avisos:consumo de álcool e drogas, nudez, violência, heterossexualidade, sexo, incesto)
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Sinopse: Edward e Bella tinham tudo para ser um casal normal, contudo o destino armou uma cilada da qual terão que enfrentar toda a sociedade para viver o seu amor. Afinal é pecado ou tabu?
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Dos fatos:
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Desde o início da história do mundo, há registros de casos de incestos. Pais e filhas, mães e filhos, irmãos, meios-irmãos, tios e sobrinhos. Da mesma maneira que existe na história – seja ficção ou não – relatos sobre relacionamentos incestuosos, existe também conceitos, definições e pré-julgamentos sobre essa situação.
Além de ser condenado religiosamente, pelo cristianismo e pelo judaísmo, o incesto também é condenado em diversas legislações pelo mundo, sendo que em alguns casos pode até mesmo culminar em sentença de morte. Entretanto, condenável ou não, o incesto nada mais é do que uma relação sexual ou marital entre parentes próximos. O tema também é um tabu universal, visto com maus olhos em quase todas as culturas humanas, e mesmo que o ato pecaminoso ocorra com o consenso de ambas as partes, ele continua sendo punível, condenado e considerado um pecado imperdoável.
Se analisarmos o conteúdo histórico do incesto não nos surpreenderemos em encontra-lo relatado em diversas ocasiões: mitos gregos, lendas egípcias, na própria história da humanidade, livros de literatura ficcional, contos religiosos, estudos psicanalíticos, poemas, poesias e músicas. Todos os meios de comunicação um dia já exploraram o assunto, e só a sua menção pode causar arrepios, aversão.
Porém, há muitas teorias e estudos que questionam a proibição do incesto, os motivos pelos quais não se pode haver um relacionamento mais próximo entre meios-irmãos, por exemplo. A resposta para esta questão é que não haveria miscigenação genética, não existiria variedade de raças, etnias - e se não houvesse a necessidade de miscigenação, grupos familiares fechariam entre si, impossibilitando a criação da sociedade que conhecemos atualmente, que é uma mistura de raças e etnias das quais tornam o mundo interessante.
Mas ao abandonarmos os conceitos genéticos, e encararmos o fato do incesto ser praticado ao longo da história pela realeza como uma forma de proteger a sua dinastia ou para certas classes sociais mais privilegiadas que o aceitam sem nenhuma intervenção, chegamos a um questionamento: será que estes não tem o mesmo direito que uma pessoa plebeia? Alguém com menos recursos? Por que um membro da realeza pode cometer incesto e nunca ser punido? Onde está o conceito de direitos iguais que premeia na Declaração Universal dos Direitos Humanos?
Ou ainda se formos mais além, séculos antes de Cristo, onde os mitos das divindades do Olimpo eram sempre relatados com casos de incesto, como Zeus desposando a sua irmã Hera, e mantendo uma relação incestuosa com ela, inclusive gerando filhos; ou ainda Adônis que era filho de Mirra e seu pai Teias, que fora enganada por ela para que pudesse apenas gerar um filho, que anos mais tarde veio a se envolver romanticamente com a sua própria tia Afrodite.
Podemos citar, as clássicas tragédias gregas de Sófocles; Édipo Rei, que matou o seu próprio pai, e depois desposou a sua mãe com quem teve quatro filhos, para enfim, descobrir o caso incestuoso, gerando assim o suicídio de Jocasta, sua mãe e esposa. Ele fura seus olhos e acaba sendo banido por seu ato incestuoso pelo rei Creonte. Em Eurípides, Sófocles torna a abordar o tema incesto, desta vez retratando o amor e o desejo de Electra por seu pai, que tem seu ápice quando a personagem principal planeja o assassinato da própria mãe.
E é através da tragédia de Sófocles, que o pai da psicanalise Sigmund Freud, cria um conceito clínico para explicar como algumas crianças desenvolvem interesse sexual por seus próprios pais. Em sua tese, ele conceitua o interesse do filho em sua mãe, que gera uma aversão ao pai, nomeando-o de "Complexo de Édipo". Freud também criou um termo específico para o interesse de uma filha ao pai, seguidamente da aversão à mãe, chamado de "Complexo de Electra".
Na história do mundo, pode-se citar o incesto no Antigo Egito, praticado por Ramsés II, Amenhotep III, Akhenaton, e tantos outros faraós, fazendo com que aquele período da história seja conhecido como o "berço do incesto"; até mesmo o Brasil tem a sua participação histórica no assunto, já que segundo estudos, o Regente Diogo Feijó vivia maritalmente com a sua própria irmã.
A bíblia por sua vez, ao abordar o tema incesto, o usa em vertente pecaminosa, proibitiva; como se tal fato causasse desgraça completa a seus praticantes, da mesma maneira que Sófocles retratou em suas tragédias. No livro de gênesis há duas passagens sobre o tema. A primeira refere-se à Ló e suas filhas, que embebedam o próprio pai e se deitam com ele para ficarem grávidas dele. Já na outra passagem, é o momento que Abraão revela ao rei Abimeleque que Sara não era apenas a sua esposa, mas também a sua meia-irmã.
Com relação a meios-irmãos, uma das obras mais aclamadas da literatura ficcional portuguesa, do escritor português Eça de Queiroz, "Os Maias" explora a ideia do amor incestuoso de Carlos e Maria Eduarda, que de forma inconsciente – pois não sabiam do grau de parentesco entre eles – se apaixonam perdidamente e vivem um romance tórrido como amantes. Todavia, o segredo deles é revelado, pelo menos a Carlos, que perdidamente apaixonado e incapaz de resistir aos encantos de Maria Eduarda, comente incesto conscientemente, antes de enfim por fim ao relacionamento sem que ela saiba do grau de parentesco entre eles.
Condenável ou não, considerado pecado religioso e sendo tabu universal, o fato irrefutável é que o incesto existe, e é muito mais comum do que muitos imaginam. Quando o destino insiste para que tal situação aconteça, que ocorra o envolvimento amoroso entre familiares, não há tempo, circunstância, barreira ou peso na consciência que faça um amor não ser transcendental ou épico por conta dos laços genéticos que os unem. Pois o sentimento nunca morre, a chama da paixão nunca se apaga, mesmo quando apenas uma brasa fraca permanece...
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N/A: Hey amores!
E aí?! Como vocês estão?! Por esta tão vaga introdução deu para perceber que o tema desta fic será sobre incesto, certo?! Sei que é um tema bastante conflituoso e que muita gente não gosta, mas este sempre foi um daqueles temas que sempre quis tratar mais sempre faltava o "feeling", bem... depois de ler a trilogia Tebana para um trabalho na faculdade, a ideia (que há 2 anos existia em minha mente) criou vida e todo o "plot" surgiu.
Não tenho a intenção de obrigar ninguém a ler esta fanfic, lê quem quer, mas se for ler tenha plena consciência de que eles são meios-irmãos e que este fato não irá mudar em nenhuma parte da fic, vai continuar até o fim, pois a minha ideia é debater de uma forma lúdica os preceitos acerca do incesto, se é somente uma conveniência social ou um pecado realmente. Como um assunto que é considerado tabu universal pode interferir na vida das pessoas envolvidas direta e indiretamente.
Para aqueles que forem ler, me comprometo a tratar do assunto com um nível de sensibilidade necessária, bem como mostrar como o incesto pode interferir nas suas próprias razões de ser, em sua crença e principalmente na sua vida como um todo. Tentarei relatar como um sentimento forte como o amor pode até mesmo suprimir os ensinamentos, os conceitos bíblicos.
Bom... acho que é isto, o primeiro capítulo vem em seguida então preparem-se.
Obrigada por lerem mais um devaneio dessa mente insana e incapaz de criar algo "normal".
Beijos,
Carol.
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