Olá à todos os navegantes. Depois dessa fanfiction ser criticada refaço ela novamente (pleonasmo!). Ainda não tomei vergonha na cara mesmo. No final de Inu-Yasha, Kagome pede para a Jóia desaparecer, mas acaba presa em seu mundo. Depois de três longos anos, ela volta e me concentrei em contar a relação dos dois depois disso. Algo simplesmente lindo, eu suponho. Espero que gostem e podem criticar se quiser. Acostumei. Até, navegantes.
Título: Inside. us
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Era um dia claro e ensolarado. Bem claro, os olhos ficavam cerrados diante de tanto brilho. Estava de tardezinha e um casal brincava dentro da floresta, sentados no tapete ralinho que a grama formava entre as árvores altas. Inu-Yasha encostara no tronco de uma, as pernas separadas, abrigando Kagome no meio delas.
Os dois aproveitavam a brisa fresca que passava e a bela paisagem para namorar. Estavam namorando! O híbrido reclamando, pedindo para a humana ficar quieta enquanto tentava beijar seu pescoço, e ela se agitando e rindo. Quem imaginaria uma cena assim e Inu-Yasha....namorando....
Grosseiro, mal-humorado, egoísta e mostrava-se agora extremamente galanteador. Rosnou quando finalmente conseguiu afastar os cabelos dela e roçar os lábios em sua pele. Ela quietou, fechando os olhos e aproveitando aquele toque. Estava tão feliz, nem era possível medir tamanha felicidade. Esboçou um sorriso satisfeito e inspirou fundo, fazendo com que Inu-Yasha a olhasse. Passou a mão no pescoço dela novamente, cheio de carinho.
Kagome riu de novo, a cabeça baixa. Olhou para trás, encontrando o par de olhos âmbares fitando-a. Profundos, perfeitos. Recostou-se nele, serelepe, e ele rodeou-a com seus braços, protetor. Afundou o rosto na curva de seu pescoço e resmungou alguma coisa.
Sempre resmungando. Se bem que agora eram mais palavras amorosas que os habituais xingamentos. Lembrando que "humana irritante" e "garota chata" eram o limite de amor que Inu-Yasha podia chegar. Ela entendia.
Assim como estava tentando entender o porquê. Porquê apesar de ser a namorada dele agora, apesar de tê-lo abraçado a si, sua respiração arrepiando sua pele, ela voltara. Há menos de dois dias receberam a notícia; a terra do antigo sepulcro de Kikyou fora roubada.
Vira sim o olhar estupefato dele. E talvez uma certa preocupação? Saudade? Ainda sentia dúvidas. E medo. De perdê-lo. A anciã Kaede falara que talvez esse acontecimento pudesse trazer problemas...em relação ao que aconteceu antes, quando utilizaram a terra e a alma de Kagome para reviver a sacerdotisa? Ou sobre o relacionamento dos dois?
Inu-Yasha estranhou o silêncio da garota e seu olhar pensativo direcionado ao chão. Apertou o abraço, fazendo-a levantar a cabeça em um pequeno susto. Encaixou-se de novo nela, sério. Não sabia o que dizer algumas horas. E gostaria de um dia saber expressar aquilo que estava entalado em sua garganta há tanto tempo. Engoliu em seco. Na garota ainda calada, depositou um beijo no rosto. Demorou um tanto, sentindo como a feição dela mudava para um sorriso. Um dia conseguiria.
E ela se censurou pela preocupação. Nada mais existia entre eles. No sentido de que ninguém os atrapalharia agora. Porque tudo existia entre eles. Quase tudo. Virou-se mais uma vez para ele, os dois se olhando com uma felicidade serena, um carinho extremo.
Fecharam os olhos. Os lábios se tocaram. Em um beijo calmo e doce. Só eles em meio a floresta, feixes de luz desviando-se das árvores e vindo espiar a cena, curiosos. Incrível imaginar como agüentaram não se tocar se gostando do jeito que gostavam. Torturante, eu diria. Enquanto Inu-Yasha tinha a boca na dela, completamente extasiado, pensava em como isso era bom. Depois dos três anos que ficaram longe (isso tinha que acontecer exatamente quando ele tinha decidido ficar com ela!), e a viu de novo e começaram a se beijar, ele se perguntou porquê demoraram tanto para fazer isso. E se sentiu idiota. Bom, sabemos que ele é.
Avermelhou-se ao senti-la colocar a mão em seu rosto, mas continuou com os olhos cerrados. Sentindo-a. Uma mão passou a brincar com os dedos da outra, demonstrando seu nervosismo. Ainda não se acostumara com isso. Mas não significava que não gostava ou que ia querer parar.
Um idiota que ama Kagome Higurashi.
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Até o próximo capítulo, navegantes. Mas se disserem que eu escrevo mal de novo, acho que desisto. Dessa vez, eu desisto.
