Faltavam alguns minutos para a meia noite e fogos de artifício já coloriam o céu de National City.
Era a primeira noite de ano novo que Kara e Cat passariam juntas como namoradas e ambas decidiram que a festa seria na casa da jovem repórter, já que o romance ainda não tinha sido oficializado para a mídia e uma festa na mansão de Cat Grant atrairia muitos paparazzis.

A casa estava razoavelmente cheia. Jeremiah estava de volta, então Eliza fez questão de passar a virada do ano com as filhas e o marido. Alex arrastou Maggie para a festa já que desejava que a detetive conhecesse melhor seus amigos e sua família. Winn e Mon-El também estavam presentes, além de, obviamente, Cat, Carter e Kara.
James aproveitou o feriado para visitar seus amigos em Metropolis e M'gann convidou J'onn para "uma comemoração diferente", como ela descreveu.

- Eu acho que você está organizando isso errado. - Maggie comentou intrigada enquanto observava Alex tentando arrumar os talheres.

- Você só entende de armas, Sawyer. - Alex disse sem olhar para a namorada. Estava focada em sua organização.

- Isso está completamente errado. - Cat de repente se aproximou e afirmou categoricamente, arrancando os talheres que Alex segurava.

- O que...?

- Eu disse. - Maggie jogou as mãos para o alto em sinal de rendição.

- O que tem de errado? - Alex cruzou os braços desafiando a cunhada.

- Os garfos ficam na mão esquerda e as facas na direita. - Cat respondeu gesticulando como se explicasse para uma criança.

- Eu como com o garfo na mão direita.

- Talvez devessem ensinar etiqueta na DEO. - Cat provocou começando a reorganizar os talheres.

Maggie não conseguiu controlar a risada, fazendo Alex encará-la com uma expressão mal humorada.

- Cat, deixe minha irmã em paz. - Kara chegou carregando uma caixa enorme até uma das cadeiras.

- Estou tentando. - Cat respondeu dando de ombros e Kara franziu o cenho. - Okay, eu estava tentando até que ela começou a ofender a etiqueta básica.

- Eu ainda estou aqui. - Alex reclamou indignada.

- Não mais. Vamos, Danvers. Essa garrafa de vinho não vai esvaziar sozinha. - Maggie disse já puxando a agente da DEO pelos braços.

- Eu gosto dessa Maggie.

- Eu acho que você apenas gosta de irritar a Alex. - Kara constatou fingindo estar brava, mas tinha um meio sorriso no canto da boca.

- Eu seria uma ótima cunhada se ela não tivesse ciúmes do nosso namoro. - Cat sorriu para seu trabalho com os talheres.

- Ela tinha. - a mais nova corrigiu. - Agora ela também namora.

- Por isso eu disse que gosto dessa Maggie. - Cat se aproximou da outra, abraçando-a por trás. - O que tem na caixa?

- Relíquias da adolescência das irmãs Danvers. Álbuns de fotos, anéis de formatura, vestidos de baile. - Kara contou animada enquanto abria cuidadosamente a caixa.

- Vocês colocaram vestidos de baile dentro dessa caixa? - A CEO da CATCO soou perplexa. - Espero que tenha sido ideia da Alex, ou teremos que terminar.

- Foi ideia da Alex. - Kara riu e puxou um vestido roxo de dentro da caixa. - Baile do ano de formatura dela.

- Pelo menos para vestidos ela tem bom gosto. - Cat murmurou como se elogiar a cunhada fosse algo doloroso.

- Não vou contar pra ela que você disse isso.

- Que isso seja uma promessa, Kiera. Ou posso me vingar. - brincou em um tom malicioso aproveitando a altura do salto que usava, para alcançar a nuca da namorada e depositar um beijo.

Kara fechou os olhos sentindo a sensação dos lábios da outra contra sua pele. Um arrepio percorreu todo seu corpo.

- Temos mais sete pessoas na casa, comporte-se. - Tirou os braços que envolviam sua cintura e deu a volta na cadeira para mexer melhor na caixa.

- Não por vontade minha. - Cat resmungou mais pra si do que pra outra. - Mas por que você pegou essa caixa?

- Desde que Jeremiah voltou, Eliza tem tentado atualizar os últimos dez anos. Essa caixa tem pelo menos seis anos de histórias.

- Deve ser difícil para ele. Apesar de não ter sido como uma mãe para o Adam, eu nunca deixei de ter notícias dele e saber sobre sua vida. E vocês tinham a idade que o Carter tem hoje quando Jeremiah desapareceu. Não me imagino sendo afastada do meu menino.

- Eliza tem tomado cuidado. Ele passou por muita coisa, não podemos sufocá-lo com informações e afeto.

Cat apenas assentiu. Começou a reflitir sobre seu relacionamento com seus filhos.
Véspera de ano novo é basicamente isso, afinal. Reflexão.

Kara devolveu o vestido roxo para a caixa e carregou-a cuidadosamente até a sala.
Eliza se animou ao ver a aproximação da filha adotiva. Amava relembrar coisas.

- Ah, não. Essa caixa não. - Alex disse com a voz abafada pela taça de vinho.

- Qual o problema agora, Danvers? - Maggie rolou os olhos. Achou que estava quase conseguindo fazer a namorada relaxar e curtir a última noite do ano.

- Essa caixa sim. - Eliza comemorou indicando o local onde Kara podia colocar a caixa, logo no centro da sala, entre os sofás e a televisão.

- Não quero reviver meu baile de formatura, mãe.

- O que é baile de formatura? - Mon-El perguntou erguendo uma das mãos.

- Baile é igual a danças entre casais e formatura é igual a terminar os estudos. - Winn explicou resumidamente. Tinha praticamente tomado o lugar de Kara como instrutora do Daxamita.

- Prestem atenção no jogo. - Carter repreendeu os dois rapazes. Os três estavam sentados no chão jogando Resident Evil no videogame.

- Desculpe. - ambos disseram juntos.

Todos os outros observaram a cena por alguns segundos, tentando entender se eram três adolescentes ou se realmente haviam dois adultos entre eles.

- Eliza, o que é isso? - Jeremiah olhou curioso para a movimentação da esposa. Ela parecia estar procurando algo específico.

- Você vai ter tempo para ver tudo, mas esse é o álbum do baile de debutantes da Alex. - a doutora pegou o item como se fosse uma jóia.

- Isso eu quero ver. - Maggie disse largando a namorada e se aproximando da sogra.

- Não sei porque vocês gostam tanto de bailes. - Alex se serviu de mais vinho e Kara lançou um olhar de reprovação.

- Estou apenas curiosa para saber quem foi seu príncipe. - Maggie brincou já folheando as páginas junto com os sogros.

- Príncipe? - Mon-El se intrometeu novamente e Winn resmungou.

- Modo de dizer. Não é como os príncipes que existiam em Daxam.

- Existiam príncipes em Daxam? - Foi a vez de Carter pausar o jogo e perguntar interessado.

- Nada que você não tenha visto quando foi visitar seu pai em Londres. - Cat comentou entediada e Alex rolou os olhos.

- Por que você é tão estraga prazeres?

- Eu não sou estraga prazeres. Diga pra ela, querida. - o tom sugestivo da empresária fez Kara sentir suas bochechas esquentarem. Maggie foi a única que riu, os outros não entenderam ou fingiram que não tinham ouvido.

- O que está achando, meu amor? - Eliza cochichou com o marido querendo saber a opinião dele sobre tudo que via.

- Minhas meninas estão lindas. - Jeremiah afirmou entre suspiros, analisando uma foto em que Alex e Kara estão abraçadas perto do bolo da festa.

- O próximo álbum é do baile de debutantes da Kara. Tudo estava perfeito e...

- Eliza. - Jeremiah interrompeu com a voz melancólica. - Todas essas coisas são lembretes do que perdi. Eu vou ver tudo, mas tenha paciência, por favor.

Eliza assentiu um pouco triste e Maggie, que tinha ouvido o diálogo por estar bem próxima, tocou um dos ombros da sogra, oferecendo seu apoio silencioso.

- Já que estamos sobrando, que tal fugirmos um pouco? - Cat sussurrou para a namorada que estava distraída observando o jogo dos meninos.

- Para onde? - Kara perguntou ainda sem olhar para a outra.

- Seu quarto, talvez.

- Cat, a casa está cheia e faltam poucos minutos para a meia noite.

- Não seja estraga prazeres, Supergirl. - Cat ironizou fazendo a outra encará-la.

- Você não precisava ter feito aquele comentário. - Novamente, a garota falhou em tentar manter uma expressão séria. Suas bochechas ainda estavam coradas.

- Foi mais forte que eu.

- Eu não acho que você tenha feito força alguma. - Kara fez um bico adorável enquanto cruzava os braços.

- Não posso discordar. - Cat avançou rapidamente para roubar um selinho da garota. - Mas não se preocupe, não quero te levar pro quarto para fazer o que você pensando. Só preciso de alguns minutos sozinha com você.

- Okay, cinco minutos. - Kara cedeu sabendo que se arrependeria. Não por não querer ficar sozinha com a namorada, era exatamente o contrário. Queria tanto que suspeitava que não fosse ficar apenas os cinco minutos.

- Obrigada, querida. - Cat entrelaçou as mãos e as duas foram para o quarto sem chamar a atenção dos outros.

O quarto de Kara era o ambiente mais silencioso no momento. A janela estava fechada, então diminuía o som dos fogos e artifício la fora e, assim que fecharam a porta, todo o murmúrio vindo da sala sumiu.

- Aconteceu alguma coisa? - Kara perguntou percebendo a que a namorada estava ansiosa.

- Não, só... sente-se aqui. - Cat direcionou a outra para a cama, mas continuou de pé. - Hoje é noite de ano novo e as pessoas costumam falar palavras bonitas para aqueles que amam. Você sabe que eu tenho dificuldade em expressar sentimentos, mas decidi tentar.

- Não precisa fazer isso, eu nunca te cobraria. - Kara disse surpresa pela atitude da outra.

- Eu quero. No entanto, preciso que você só escute. Caso contrário, eu vou perder a coragem. - Cat sentenciou e respirou fundo quando a mais nova assentiu.

Cat tirou um envelope do bolso do casaco. Tinha uma carta dentro e apesar das marcas das dobras, ainda estava em condições de ser lida.

- Eu achei que seria melhor se eu lesse. - soltou uma risada nervosa fazendo Kara sorrir. Ela geralmente era a que fazia o papel de namorada atrapalhada e não Cat.

"Minha querida Kara Danvers,

Essa é a nossa primeira noite de ano novo como namoradas e eu senti que deveria escrever essa carta. Devo dizer que foi mais difícil que escrever uma matéria pra capa da CATCO Magazine.
Nós já vivemos tantas coisas juntas, não é? E cada uma delas contribuiu para que eu te amasse cada vez mais.
Decidi falar sobre algumas delas, mas não se preocupe, não é como aquela lista de "10 coisas que amo em você".

Tenho que começar com o que fez que a gente se conhecesse: sua entrevista pra ser minha assistente.
Eu nunca acreditei em amor à primeira vista e ainda não acredito, mas naquele momento eu sabia que você seria alguém especial. Por mais que eu tenha demorado para admitir pra mim mesma.
Ter você trabalhando comigo tornou tudo mais fácil e mais agradável, o ambiente estava sempre leve.
Isso me incomodava porque eu não entendia como vê-la sorrir, se atrapalhar nas palavras, fazer uma careta adorável sempre que tinha que mentir por mim e pra mim ou ajeitar os óculos sempre que estava nervosa, podia me deixar tão feliz.
Minha saída foi criar um apelido para você. Chamá-la pelo nome errado foi a forma que encontrei para lembrar-me que não éramos íntimas. Esse plano deu miseravelmente errado, pois "Kiera" se tornou nada mais que uma forma exclusivamente minha de tratar você. E isso novamente me mostrava que você era diferente dos outros funcionários.
Você era diferente não apenas por causa dos meus sentimentos.
Querida, você fez tanto por mim. Ajudou-me com meu relacionamento com meus filhos. Pude compreender melhor o Carter e me reconciliar com Adam. Por causa de você eu também tive coragem para enfrentar minha mãe, dizer tudo que precisava dizer.
O simples fato de estar dizendo tudo isso nessa carta já demonstra o quanto você me mudou. Eu sempre fui péssima em falar sobre sentimentos, me abrir, e, no entanto, você me conhece melhor que ninguém. Sabe meus medos, pontos fracos e fortes, as coisas que amo ou odeio.
Você me tem em suas mãos, Kara. Pode fazer o que quiser com meu coração, inclusive, esmagá-lo, mas escolheu acolhê-lo.
O mundo te conhece como Supergirl, mas seu heroísmo vai muito além dos super-poderes. Você é super em tudo o que faz. Logo todos conhecerão também a repórter Kara Danvers porque você tem um futuro brilhante pela frente e eu espero estar ao seu lado quando chegar lá.
Eu espero ver seu sorriso todos os dias quando acordar, pelo resto da minha vida. Em você eu encontrei quem eu realmente sou. Seus olhos são os espelhos com os quais me vejo agora, sua boca é meu norte, seus braços são meu porto seguro, seu coração é meu novo lar e sua intimidade é o meu prazer.
Você é minha perdição e minha salvação.
Será que você entende que não estou exagerando?
De todas as pessoas que precisam de você, eu sou a mais frágil.
Talvez você esteja pensando que está lendo um trecho de algum livro do Nicholas Sparks, mas eu prometo, que se depender de mim, teremos um meio e um final feliz, porque nosso começo a gente já escreveu.

Receba minhas sinceras palavras.
Com amor, sua Cat. "

Cat terminou de ler com os olhos marejados e dobrou a carta cuidadosamente. Demorou alguns segundos para erguer os olhos e encarar a namorada.
Kara também tinha lágrimas nos olhos quando terminou de ouvir as palavras da outra. Sentia-se como a protagonista de algum filme romântico.

- Então, você gostou? Eu falei sério quando disse que tinha sido difícil escrever. - Cat tentou parecer descontraída, mas por dentro estava tremendo por não saber se sua garota tinha gostado.

- Eu te amo mais do que amava há cinco minutos. Como isso é possível? - Kara respondeu ainda extasiada, assimilando as palavras que ouviu.

- Isso significa que você gostou?

Kara riu baixo e levantou-se, dando dois passos pra frente, alcançando a outra. Abraçou-a pela cintura, colando os corpos.

- Significa que foi o melhor presente que já recebi. - sussurrou roçando os narizes e juntando as testas.

- E a enorme caixa de chocolates que enviei pra você no Natal? - Cat brincou e a outra fingiu estar pensativa.

- Foi o segundo melhor presente.

Por alguns minutos ficaram abraçadas daquela forma, trocando selinhos ou beijos mais demorados. Como Kara previa, ficaram mais que cinco minutos dentro do quarto e o barulho dos fogos aumentando indicava que já era quase meia noite.

- Nós temos que voltar pra sala. - disse contra a própria vontade.

- É melhor, antes que sintam nossa...

- Saíam já dai, pervertidas! - Antes que Cat pudesse terminar de responder, a voz embriagada de Alex soou da porta.

- ... falta. - as duas riram juntas e ajeitaram as roupas, apesar de não terem feito nada demais. Nada que Alex possa ter pensado que era demais, pelo menos.

- Deixa elas, Danvers. - Maggie gargalhava e tentava puxar a namorada que batia repetidamente na porta do quarto da irmã.

- Não. Elas querem se pegar? Que arrumem um...

- Quarto? - a detetive sugeriu apontando para o quarto e dando aquele sorriso que mostrava ambas as covinhas.

Alex a encarou um pouco confusa. Talvez tivesse realmente bebido demais.

- Já é meia noite? - Kara perguntou assim que abriu a porta.

- Falta exatamente um minuto. Estão todos perto da janela esperando dar a hora. - Maggie respondeu checando seu relógio.

- Vamos, então.

Cat e Alex ameaçaram iniciar mais uma discussão, então Kara e Maggie puxaram suas respectivas namoradas.

Já na sala, Mon-El estava parecendo uma criança animada. Seria seu primeiro ano novo na Terra. Carter e Winn também estavam animados, mas riam do amigo Daxamita que cismou em perguntar como conseguiam fazer os fogos terem cores diferentes.
Eliza e Jeremiah interagiam pouco com os três rapazes, pareciam estar dentro de uma bolha própria. O que era compreensível já que era o primeiro ano novo que passariam juntos depois de dez.

- Que bom que chegaram, a contagem vai começar. - Winn anunciou assim que as quatro mulheres se aproximaram. - Prontos?

Todos que estavam com relógios assentiram e agora faltavam 10 segundos.

- 10! - Gritaram juntos. - 9!

A cada segundo que passava, algum pensamento diferente pairava sobre eles.
Tinha sido de longe o ano mais intenso na vida de todos.

- 5!

Todos se abraçaram formando um pequeno círculo.

- 3, 2, 1! Feliz ano novo! - jogaram juntos os braços para o ar e o som dos fogos de artifício aumentou ainda mais. Talvez fosse a maior queima em muitos anos.

No céu sobre o mar que banhava a cidade, um desenho colorido se formou com o número 2017.
Todos olharam por alguns segundos até que sumisse e eles começassem a se convencer que estava se iniciando um novo ano.

- Feliz ano novo, meu amor. - Kara abraçou a namorada, pedindo silenciosamente que aquele fosse apenas o primeiro de muitos anos que virariam juntas.

Ambas compartilharam um olhar que deixava claro que aquele era um desejo mútuo.
Olharam brevemente para o lado e viram que os outros dois casais já trocavam o primeiro beijo do ano, como era costume.
Sorriram juntas e também colaram os lábios.

- Parece que estamos mesmo de vela tripla. - Winn comentou apenas fingindo estar incomodado.

- Dessa vez, não preciso nem entender a expressão para saber do que você está falando. - Mon-El afirmou começando a se arrepender por não ter aceitado o convite de nenhuma garota para passar a noite da virada.

Winn e Carter trocaram um olhar cúmplice e gargalharam, puxando o alienígena para um abraço.

Não demorou muito para que todos tivessem acabado de se cumprimentar desejando felicidades, paz, etc.
Todos se deram conta de que estavam com fome e tinham uma mesa farta para ser devorada.

- O convite para fugir ainda está de pé? - Kara cochichou para a namorada que tinha acabado de ajudar Eliza a lavar as louças sujas.

A repórter insistiu que a empresária não precisava ajudar e a resposta foi: "Eu nem sempre tive empregados para fazerem tudo por mim". No entanto, a verdade era que apesar de ser a rainha das mídias, Cat queria agradar a sogra tanto quanto qualquer outra nora ou genro faria.

- Achei que já tivéssemos fugido.

- Não para o quarto. Para fora dessa casa. - Kara explicou e a mais velha a encarou com uma expressão curiosa. - Nem adianta, você vai saber quando chegarmos.

- Isso envolve a gente voando pelo céu de National City para ver os fogos de perto? - Cat disse como se pudesse ler a mente da outra. Kara a olhou perplexa. - Certo, como quiser, Supergirl.